No Triumvirato:
Não gosto muito de Mari Alkatiri e, de certa forma, admiro Xanana Gusmão. Mas não posso deixar de criticar este último.
Xanana Gusmão devia assumir-se em Timor-Leste como o garante da Democracia. Tem formação para isso e, certamente, candidatou-se à Presidência da República para fazer esse papel num estado novo e pouco habituado a esta forma de estado.
Mas desiludiu-me com a declaração da passada sexta-feira. A Democracia não consiste em levar a cabo manobras políticas de tal envergadura completamente à margem (não é contra, mas à margem) da constituição. Pode dizer-se que a constituição timorense não é a ideal, mas dá competências ao Presidente para demitir o Primeiro-Ministro quando esteja em causa o regular funcionamento das instituições democráticas (art. 106º, nº2), situação que, inegavelmente, se verifica. Para se ver a gravidade deste comportamento, imagine-se que Jorge Sampaio, em Novembro de 2004, em vez de dissolver a Assembleia, ameaçava demitir-se se Santana Lopes não se demitisse até ao dia seguinte...
O resultado deste comportamento de Xanana Gusmão é que, a partir de agora, já mais ninguém se vê obrigado a seguir estritamente a constituição e o caminho para uma situação de guerra civil está aberto. É que, ao contrário do que até aqui a imprensa fazia parecer, também há muitos timorenses que apoiam Alkatiri e estão dispostos a manifestar-se activamente.
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quarta-feira, junho 28, 2006
Democracia... não?
Por Malai Azul 2 à(s) 04:52
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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