quarta-feira, junho 28, 2006

Dos leitores

Durante anos aprendi a respeitar a Dra. Ana Gomes. Presentemente as suas afirmações deixam-me preplexo. Porque o que tenho visto é: o golpe militar dos Taras e quejandos, e o apoio do Xanana a esse golpe? o pedido que o Xanana fez da vinda dos Australianos? as pequenas manifestações contra o governo eleito democraticamente, onde o Xanana discursou? E uma grande manifestação, a de hoje, dos apoiantes da Fretilin.

Em Timor há pessoas interessadas em acabar com a criação dum estado democrático e instituir um governo fantoche ao serviço dos australianos. Xanana Gusmão, como tantos antigos dirigentes africanos das lutas de libertação, parece não aceitar um papel menor no novo estado timorense e pactua ou é agente de tentativas golpistas. Parece que quem tem tido a cabeça fria neste processo têm sido os dirigentes da Fretilim e muito particularmente o primeiro-ministro. É triste que venha o antigo presidente indonésio, pedir aos timorenses que resolvam os seus problemas pelas vias institucionais, melhorando a constituição, se consideram que ela não é perfeita?

Senhora Embaixadora? quem serve a senhora? não é o povo concerteza.

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Com o tal governo de iniciativa presidencial a língua portuguesa acabará em Timor-Leste...
Ainda ontem, José Ramos Horta dava o mote quando destacava as capacidades de Arsénio Bano como sendo um bom falante de língua inglesa... mas Arsénio Bano não se deixa comprar...

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Também duvido que, sem Xanana e Ramos-Horta, Timor tivesse conquistado a independência. Mas receio que, com o comportamento seguido nas últimas semanas, Timor se mantenha... de facto... um país independente, em vez de se tornar numa espécie de protectorado australiano!
Não acredito que Xanana esteja a seguir interesses estrangeiros. Acredito que ele considera que está a fazer o melhor para o país! Mas... mesmo inconscientemente... está a favorecer a estratégia australiana de incluir Timor-Leste na sua esfera de influência. Os planos para a construção de um aquartelamento permanente para 3.000 soldados são um passo decisivo nessa estratégia. Ai Timor... calam-se as vozes dos teus avós...


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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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