Tradução da nossa Margarida:
The Washington Post
By David Fox
Reuters
Terça-feira, Junho 27, 2006; 7:32 AM
DILI (Reuters) – Milhares de apoiantes do desapropriado Primeiro-Ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri juntaram-se fora da capital na terça-feira, um dia depois do Primeiro-Ministro ter resignado no seguimento de uma semana de protesto contra a sua governação.
As esperanças para o fim dos dois meses de violência foram-se quando se espalharam notícias da concentração dos apoiantes do partido Fretilin.
O Conselho de Estado, um órgão de nomeados para aconselhar o Presidente Xanana Gusmão, reuniu-se antes para discutir quem deveria substituir Alkatiri, mas a reunião acabou sem resolução aparente.
Uma declaração do Gabinete de Gusmão dizia que ele consideraria dissolver o parlamento se um candidato adequado não se conseguisse encontrar.
"Se, mesmo assim, se tornar impossível formar um governo, o presidente da república considerará a dissolução do parlamento para permitir a realização de eleições antecipadas," disse.
A Fretilin tem 55 dos 88 lugares do parlamento e, de acordo com a constituição, tem o direito de nomear o próximo primeiro-ministro. Contudo, é entendimento geral que Gusmão procura um candidato de unidade não partidário.
Numa mostra de força, a Fretilin juntou milhares de apoiantes cerca de 16 km (10 milhas) a leste da capital para marchar para Dili. Alkatiri dirigiu-se à multidão, mas poucos o ouviram porque o megafone estava sempre a falhar.
Eles aclamaram-no desvairadamente, de qualquer maneira, cantando "Viva Fretilin" e "Viva Alkatiri."
"O que se está a passar, passa-se de modo anti-democrático e contra a constituição," disse Alkatiri à multidão. "Devemos mostrar que somos o partido da força."
Ele chegou no carro oficial de primeiro-ministro, rodeado de guarda-corpos.
Foi a primeira aparição pública de Alkatir em semanas no seguimento de protestos espalhados desde que Timor-Leste se tornou uma nação independente em 2002.
quarta-feira, junho 28, 2006
Milhares juntam-se para apoiar o líder de Timor-Leste desapropriado
Por Malai Azul 2 à(s) 05:57
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
12 comentários:
Ao ponto a que as coisas chegaram era bom que o PR e "comandante supremo" das FA, viesse publicamente garantir a segurança de todos, em particular dos principais responsáveis da FRETILIN.
Se alguma coisa lhes acontecer que fique bem claro que isso é única e exclusivavente da responsabilidade do Presidente da República, devendo responder por isso!
Quem semeia ventos tem de se responsabilizar pelas tempestades...
"As esperanças para o fim dos dois meses de violência foram-se quando se espalharam notícias da concentração dos apoiantes do partido Fretilin"
E quando os opositores se concentraram? As esperanças aumentaram?
Sydney Morning Herald
THOUSANDS of East Timorese protesters broke into wild celebration yesterday when their embattled Prime Minister, Mari Alkatiri, finally relinquished power, fearing the political crisis was about to turn violent.
Mr Alkatiri said he would take a share of responsibility for the crisis that has left scores of people dead, hundreds of homes destroyed and forced more than 100,000 people to seek refuge in makeshift camps.
Just hours after his departure it was reported last night that the country's chief prosecutor, Languinhos Monteiro, had issued a warrant for his arrest on charges including arming rebels.
Mr Alkatiri told reporters he was resigning after having "deeply reflected" on the situation because he was "determined not to contribute to any deepening of the crisis".
His resignation opens the way for the President, Xanana Gusmao, to negotiate the formation of a new government to lead the country into elections early next year.
The Foreign and Defence Minister, Jose Ramos Horta, who quit in disgust on Sunday, may be asked to lead the new government, although he told reporters: "I'm not interested in the job. I would do it if I was persuaded that I am the only person that everybody agrees with."
Under East Timor's constitution, the ruling Fretilin party, which remains loyal to Mr Alkatiri, must nominate a new prime minister, who would then be sworn in by Mr Gusmao.
But Mr Alkatiri made it clear that Fretilin is prepared to bow to Mr Gusmao in setting up a new administration. "I am ready to dialogue with his excellency the President of the republic in order to contribute to the formation of the interim government," he said.
Mr Ramos Horta's former wife, Ana Pessoa, who as Minister of State Administration is in effect deputy prime minister, would almost certainly be Fretilin's first choice to be the next prime minister. But she is seen as a close ally of Mr Alkatiri and Mr Gusmao may oppose her appointment.
Looking tired and haggard, Mr Alkatiri said he was stepping down to avoid the resignation of Mr Gusmao, who had threatened to quit unless the prime minister left office. "The people of Timor Leste deserve to live in peace and tranquillity," Mr Alkatiri said in a brief statement he read to reporters before sending a formal resignation letter to Mr Gusmao.
The Prime Minister, John Howard, said the resignation was to be welcomed if it ended the instability. He had no view on who should succeed Mr Alkatiri.
Este artigo entre outros encontra-se publicado no site da UNOTIL http://www.unotil.org sob o título
"INTERNATIONAL DAILY MEDIA REVIEW
Tuesday 27 June 2006
International Media Reports"
A final é dito
"These Items Do Not Reflect the Position or Views of the United Nations. UNOTIL Public Information Office"
O estranho é que o "International Media Reports" se limite aos seguintes media:
The Australian
Radio Australia
ABC Australia
New York Times
Sydney Morning Herald
Será que só os media australianos publicam noticias sobre a actual crise de Timor?
É esta a imprensa internacional para as Nações Unidas em Timor?
Ou será porque o "Public Information Officer" da UNOTIL é Australiano?
Ian Martin vai ter que estar muito atento ou a próxima missão das Nações Unidas será mais um falhanço a acrescentar à actual UNOTIL.
É grave o que se vê no site da UNOTIL.
Alguém do governo deveria dar por escrito conhecimento ao Senhor Ian Martin.
Há funcionários da UNOTIL a violarem com gravidade os altos principios que regem as Nações Unidas.
Hasegawa deverá ser abrir um inquérito e apurar responsabilidades já que é o responsável máximo da UNOTIL
"Uma declaração do Gabinete de Gusmão dizia que ele consideraria dissolver o parlamento se um candidato adequado não se conseguisse encontrar"
Aqui está mais uma "esperteza" de Xanana Gusmão.
Deixa um canal aberto para que a instabilidade continue e os manifestantes anti-alkatiri se sintam legitimados para continuarem o seu trabalho "as reinvidicções em nome do povo". Desta vez será a dissolução do Parlamento Nacional.
Lentamente, como tudo em Timor, passo a passo, Xanana avença para o seu objectivo final enquanto os observadores se entretêm com a alegada entrega de armas a civis.
E como ninguém duvida do "mito" Xanana o trilho é bem mais fácil do que aqueles que percorreu nas montanhas de Timor.
Muita "esperteza" Senhor Presidente da República.
Os meus sinceros parabéns!
Qual será o conceito de "candidato adequado" para Xanana Gusmão?
Aposto que muitos saberão responder.
Pena é que em Timor não haja um jornalista "esperto".
Será que a constiuição tem a definição de "candidato adequado"?
Como dizem os timorenses:
"Não faz mal"
Xanana está acima da Constituição.
E como também dizem os timorenses:
"Fica assim".
Hoje, um pequeno grupo, vindo do exterior, quer repetir os comportamentos que nós tivemos de 1975 até 1978.
Hoje, um pequeno grupo, vindo do exterior, quer repetir os comportamentos que nós tivemos de 1975 até 1978.
Hoje, um pequeno grupo, vindo do exterior, quer repetir os comportamentos que nós tivemos de 1975 até 1978.
De acordo com o que todos nós sabemos, em Agosto de 1975, a UDT fez o golpe para expulsar os comunistas da nossa terra, iniciando a guerra entre os timorenses. Em 2006, a FRETILIN quer fazer um golpe para matar a democracia que eles próprios escreveram na Constituição. O problema da distribuição das armas não tem a ver com a situação que estamos a viver, já estava nos seus planos, distribuíram para as eleições de 2007. Por isso é que estamos sempre a ouvir eles dizerem: só a FRETILIN pode criar a estabilidade ou a instabilidade
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