Jornal Nacional Semanário – 25 de Agosto de 2007 (colocado online a 27 de Agosto de 2007)
O Movimento Nacional Povo Maubere (MONALPOM) exige ao Presidente da República, Dr. José Ramos Horta, que paralise as actividades do Quarto Governo Constitucional formado pelo partido CNRT e os seus aliados, caso contrário boicotarão as actividades do Governo, quer a nível nacional quer nas áreas rurais. Segundo o MONALPOM, o Quarto Governo Constitucional liderado pelo Presidente do CNRT, Xanana Gusmão, é ilegítimo e inconstitucional, pois não respeitou a vontade da maioria do povo, expressa através dos votos na eleição democrática.
Essa exigência foi apresentada pelo Coordenador do MONALPOM, Sanamia, ao Jornal Nacional Diário, no Palácio das Cinzas, Caicoli, Díli, segunda-feira (20/8), após a entrega das suas exigências ao Presidente da República.
Segundo Sanamia, a AMP não foi registada na lista do CNE.
«Exigimos a paralisação do Governo inconstitucional AMP porque esse Governo não reflecte a vontade do povo nas eleições democráticas realizadas e porque a AMP não consta na lista do CNE. Neste caso, consideramos ilegítimo e inconstitucional», afirma Sanamia.
Além da paralisação das actividades do Governo exigem também a dissolução do Parlamento e a realização de eleições antecipadas, pedindo também ao Presidente da República que respeite a vontade do povo na formação de Governo.
«O Presidente da República tem de demitir este Governo, um Governo inconstitucional, e, segundo, dissolver o Parlamento, que é ilegítimo, porque na eleição parlamentar o povo não deu confiança à AMP, o povo deu os seus votos a outra organização política. A AMP, uma organização estabelecida após a eleição, não cumpriu os actos democráticos, portanto não é legítimo assegurar o Governo. Exige-se ao Presidente que considere a voz do povo, do povo pobre e em dificuldades. Apesar de a voz não ter valor, deve ser considerada porque o povo é que fez esforços para participar nas eleições. Ramos Horta olha para a realidade em vez de consultar muita gente. Deve tomar uma decisão segundo a consciência. Exige-se uma eleição antecipada para que o partido derrotado aceite o resultado e o vencedor governe», afirma o Coordenador do MONALPOM.
«Boicotaremos as actividades do Governo a partir da aldeia até ao nível nacional e não cooperaremos com esse Governo» salientou.
Segundo Sanamia, o objectivo era realizar uma acção no Palácio Presidencial, porém a segurança no Palácio Presidencial não permitiu, por se preocupar com a infiltração de terceiros que estragassem a acção pacífica e, assim, mudaram a acção para o Estádio Municipal de Díli, onde os coordenadores da acção apresentarem as suas aspirações ao Presidente da República.
Em relação ao pedido do Presidente da República para apresentar queixas ao Tribunal, em vez de realizar uma manifestação, o Coordenador MONALPOM afirmou que para levar ou não ao Tribunal, o Presidente da República é que deve saber porque foi ele quem tomou a decisão, não foram eles.
O Presidente da República é que deve apresentar o caso ao Tribunal, não pode ser outra pessoa, só o Ramos Horta é que pode levar o caso ao Tribunal, por se ter declarado como fundador da Fretilin, como fundador Maubere, não fomos nós, portanto tem todo o direito de apresentar o caso ao Tribunal», afirma Sanamia.
Segundo a observação deste diário no Palácio Presidencial, o Coordenador do MONALPOM e três representantes dos manifestantes não conseguiram encontrar o Presidente da República, que esteve ausente, e apenas conseguiram entregar os documentos com as suas exigências ao Chefe de Gabinete do Presidente da República.
terça-feira, agosto 28, 2007
MONALPOM ameaça boicotar as actividades do Governo
Por Malai Azul 2 à(s) 07:11
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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