terça-feira, junho 13, 2006

Dos leitores

Sobre a Nilva Guimarães em resposta a um leitor frio e desonesto

comentário:

Gostava de lhe dizer que a memória lhe falha e a honestidade também. A casa da Nilva Guimarães é um símbolo. Foi queimada propositadamente com motivações políticas. A jornalista em questão tem sido desde a primeira hora neste país uma combatente pela verdade - leia os editoriais dela (mas será que você sabe ler tétum?.

Quanto aos jornais e sua linha editorial experimente a passar pela redacção da nilva e vá ver um a um, olhe que já são muitos - são aqueles que você gostaria de ter visto nos defuntos "Kadala", "Vox Populis" (de Fernando de Araújo e amigos), "Diário Tempo" (de Fernando de Araújo e amigos) e "Lia Foun" (família Carrascalão).

Quanto ao sobrar nas ruas... tem dias, sabe como é. Nem toda a gente tem dinheiro para comprar um exemplar por 50 cêntimos de dólar americano. Mas já agora... pode comprar o jornal em qualquer um dos 13 distritos. Eu já o vi à venda em várias sítios...

Fique também a saber que a Nilva Guimarães, timorense, jornalista sénior timorense, professora de jornalismo, gere uma equipa de 16 pessoas entre jornalistas e estagiários... todos eles são jornalistas de reconhecido valor e coragem cá por Timor-Leste. Mesmo ameaçados de morte nunca deixaram de fazer os jornais... só pararam, disse-me a própria Nilva Guimarães, pelos indonésios terem abandonado Timor, não havendo gráfica que funcione.

Mais respeito pela Nilva Guimarães e por todos os jornalistas que não estão vendidos aos interesses australianos e americanos. Estes jovens são os que defendem as línguas oficiais, são os que têm história, Identidade.

Pessoas como você não existem neste panorama... a não ser para beberem dos recursos da ambição dos australianos que financiam os projectos de contra-poder sabe como é... timor um país pobre, mas há espíritos "pobrérrimos" como o do Fernando de Araújo e seus amigos.

O "Vox Populi" e o "Diario Tempo" surgiram com o apoio financeiro de USD50,000 a cada um - cada um nasceu a seu tempo e morreram separadamente várias vezes - e depois fecharam (mais ou menos três meses de vida). Depois, ressuscitaram políticamente com mais umas injecções financeiras da USAID e da AUSAID - as tais organizaões que não financiam projectos em língua portuguesa...

Caro e cara você, quando entender falar nao o faça... pois há muito aqui por dizer e dentro dessa caixa pode estar a sua verdade.

No que toca a casas queimadas... é uma tragédia seja a casa do Fernando de Araújo ou a da Nilva Guimarães. Para si talvez não seja uma tragédia, mas sim uma estratégia...

fique bem e seja solidário caro leitor, com a verdade, apenas e só.

2 comentários:

Anónimo disse...

campanha de Macau mal organizada no terreno...

"Fundação Oriente dá exemplo de ajuda recorrendo ao mercado local"
Anonymous said...
Se a tal CAT 2006 tivesse credibilidade tudo seria mais fácil!
A diferença está em quem serve Timor e em quem se serve de Timor!
Já alguém perguntou ao Sr. Dr. Paulo dos Remédios porque é que num dia diz que a campanha foi iniciativa do Sr. Embaixador de Timor em Pequim e noutro dia diz que foi a pedido da igreja de Baucau?

Porque faz citações duma nota que diz ser do Sr. Embaixador e que nunca foi publicada em sítio nenhum?

Porque anunciou um avião que nunca esteve apalavrado, pedindo que as ofertas fossem entregues em 3 dias, porque essa era a data da partida do avião...

Porque andou a aliciar pessoas de boa fé para irem como voluntários a Timor distribuir os bens (segundo a tese divulgada íam e regressavam no mesmo avião??? ), porque, como teve a falta de senso e de sensibilidade de declarar à comunicação social, não confiava no Governo de Timor.

Está tão mal informado sobre o que se passa em Timor que desconhece que o ministério com a responsabilidade de coordenar a assistência se desdobrou a trabalhar quaise 24 horas por dia? E que a maior dificuldade que enfrentava era as condições de segurança para fazer chegar a comida onde ela fazia falta?


Ninguém lhe perguntou, se houvesse avião, como e para onde o descarregava nas condições de segurança que existiam, ou será que também não conhece as condições do aeroporto?


Se a ajuda angariada tivesse sido expedida por barco como foram nos períodos dificeis dezenas de contentores de Macau, já estaria a chegar a Timor, mas sem os efeitos que, provavelmente, se pretendiam. E porque persiste na história do avião em vez de reconhecer o disparate e enviá-la por barco? Os barcos funcionam e se o importante é a ajuda, o que havia que fazer era fazê-la chegar...


E a história dos refugiados? Sim, porque também íam vir para Macau, umas dezenas deles...Quem , como, para onde? Mistério. Quando chegassem o Governo de Macau havia de resolver o problema. Dito na rádio para quem tinha ouvidos!! Uma forma mais de tirar efeito mediático do repatriamento que a RPC estava a fazer de nacionais chineses e que nada tinha a ver com Macau e muito menos com a dita Comissão.


Os residentes de Macau e o Governo de Macau, quer no tempo da administração portuguesa quer o actual governo da RAEM têm sido sempre solidários e generosos com Timor e, certamente, vão continuar a sê-lo, mas ninguém gosta de ser usado e muito menos encostado à parede com compromissos que não assumiu...

Era bom que alguém com responsabilidade no Governo de Timor explicasse:
1) a estes senhores que há coisas que só devem ser feitas com seriedade, senão as portas começam a fechar-se e, também aqui, quem perde é Timor e o seu povo,
2)ao Sr. Embaixador que não pode ser tão ingénuo, que não pode deixar-se usar duma forma tão evidente.
Em português também se sofre Timor em Macau, se mastiga a raiva da impotência e se engolem lágrimas desse mar que a todos nos ligou, para o bem e para o mal.

Anónimo disse...

Se alquem duvida uma campanha organizada ter existido e que ainda existe contra a independencia dos jornalistas, ontem no Fomento foram agredidos dois jornalistas do Timor-Post por jovems de Bebora, ja conhecidos e um ja detido, com mais que vao ser detidos por causa do ataque.

A razao foi porque nao estao a escrever noticias "como devem", quem dizer, nao como querem. Infelismente tambem durante o ataque, o jornalista da ponta leste de Timor foi chamado 'Iraq' e quantos "Iraqs' trabalham no Timor Post. Aparentement estava a referir a pessoas da ponta leste como "Iraqs". A lingua preocupa-me porque vem de fora de um outro conflicto ja conhecido a nos todos. Pode ser que foi ensinado pelos "Peace Corps" que infestaram Ermera e Liquica. Ja tinha ouvido disto. Meia duzia de testemunhas viram e ouviram isto tudo. Os jovens conhecidos como gente de Ermera e Liquica estavam a andar de motorizadas que tinham roubado da loja de um empresario Indonesia tambem ai no Fomento que foi saqueado nas semanas anteriores. Ladroes e racistas tudo numa vez.

Vamos ter a falar com os deputados para por no nosso codigo penal uma lei contra racismo e discriminacao.

Irmaos e irmas jornalistas Timorenses, tenham coragem, porque o diabo so foi abatido coma coragem do Nosso Senhor, e ele esta no meio de nos neste momento na forma dos que comecaram esta procaria de dividir o nosso pais em grupos.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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