terça-feira, junho 13, 2006

Obrigado, Margarida.

Tradução:

Australian Broadcasting Corporation
TV PROGRAM TRANSCRIPT
LOCATION: http://www.abc.net.au/lateline/content/2006/s1661279.htm
Broadcast: 12/06/2006

A ONU concorda com investigação em Timor
Reporter: Anne Barker

TONY JONES: As Nações Unidas concordaram com um inquérito completo e independente ao recente derramamento de sangue em Timor-Leste. Pelo menos morreram 21 pessoas em tiroteios e outras violências desde o final de Abril, e muitos alegam que o número de mortes é muito maior. Mas a ONU não investigará alegações separadas de que algumas das mortes foram orquestradas pelo Primeiro Ministro Mari Alkatiri, que se agarra ainda ao poder. De Dili, Anne Barker relata.

ANNE BARKER: Mesmo quando a violência diminui em Dili, os refugiados como estes não arriscam. A maioria da população da cidade ainda se abriga em campos improvisados dentro e fora da capital; na última contagem, 100,000 pessoas tinham fugido das suas casas.

FINN RESKE NIELSEN, do Programa de Desenvolvimento da ONU: Presentemente, as pessoas ainda estão preocupadas, e ficam nos campos, pelo menos à noite.

ANNE BARKER: O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste Jose Ramos-Horta hoje juntou-se a trabalhadores de ajuda (humanitária) para se encontrar com os que estão nos campos (de acolhimento) e prometeu que tudo está a ser feito para os ajudar. Mas enquanto as agências humanitárias tratam das necessidades dos vivos, começarão em breve investigações sobre as muitas mortes violentas. Mr Ramos-Horta assegurou o apoio das Nações Unidas para um inquérito sobre quantos morreram e quem os matou.

JOSE RAMOS-HORTA, Ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste: É importante mostrar que somos sérios acerca das investigações, que convidámos algumas agências internacionais independentes para o fazerem.

ANNE BARKER: Mas o inquérito da ONU não cobrirá as alegações sérias levantadas a semana passada contra o Primeiro Ministro Mari Alkatiri pelos homens que referem que ele os recrutou como uma patrulha de segurança secreta para eliminar os seus oponentes políticos. O seu líder, que se auto-denomina Comandante Railos, alega que o Primeiro Ministro e o antigo ministro do interior Rogerio Lobato os armou com armas automáticas e munições para matar os 600 ex-soldados que desencadearam o recente derramamento de sangue em Timor-Leste. Jose Ramos-Horta diz que a ONU só investigará os que se sabe que morreram.

JOSE RAMOS-HORTA: Ah não, eles – esta comissão internacional de inquérito foi solicitada para alegar (sic) sobre factos que ocorreram no terreno, em termos de mortes etc., que aconteceram no 28, 29 de Abril, no 25 e outros parecidos – mas sobre essas alegações particulares, o Presidente Xanana ele próprio é a primeira autoridade que terá que as estudar e se encontrar base para mais investigações, então dará ordens para mais investigações.

ANNE BARKER: No cimo das montanhas detrás de Dili, as forças rebeldes estão a perder a paciência. Mesmo quando se juntaram às multidões na missa para rezarem pela paz, estavam a planear o seu próximo passo, preparando-se par descer das montanhas para conversas urgentes com o Presidente. Alfredo Reinhado e os seus apoiantes querem visitar o Presidente na sua casa fora de Dili para o apressarem a suspender a constituição de Timor-Leste, para que possa à força tirar o poder a Mari Alkatiri. Mas Mari Alkatiri chegou até aqui e não dá sinal de recuo.
Anne Barker, Lateline.”

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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