sexta-feira, dezembro 14, 2007

Como resolver o problema dos "refugiados" = "deslocados internos"?

13 Dezembro 2007

Blog Do alto do Tatamailau!...

Calma gente! Não pensem que eu tenho a solução na manga... Alguém terá? Apesar de haver quem tenha dito que tinha a solução... mas guardou-a para si... O que, diga-se, é de uma safadeza de todo o tamanho!... :-) Nestas coisas não deveria haver "copyrights"!...

O que me preocupa nisto é que se prevejam verbas para resolver o problema sem que se diga como é que ele vai ser resolvido...

Creio que o normal seria pensar numa solução e DEPOIS orçamentá-la... Parece que se fez ao contrário: primeiro bota-se um número e depois logo se vê o que fazer com o dinheiro.

Só espero que nas soluções a implementar não haja nenhuma do tipo "toma lá o dinheiro e agora 'raspa-te' para a tua terra"...

Comment?!... Então um habitante de Baucau (ou de Viqueque ou de Raça) pode, cumpridas as leis necessárias, instalar-se em Inglaterra, em Portugal ou na Cochinchina e não pode instalar-se em qualquer parte do seu próprio país (seja em Dili ou em Ermera ou outro local) sem que "a casa lhe caia em cima"?!...

Esperemos que não se entre por aí pois seria a mais completa e evidente declaração, pelo próprio Estado, de que que falhou... Nunca haverá penitência suficientemente grande para quem soltou a fera...

Publicada por Manuel Leiria de Almeida em Quinta-feira, Dezembro 13, 2007

2 comentários:

Anónimo disse...

Ban Ki-moon admite «impaciência» com processo timorense

Diário Digital / Lusa
14-12-2007 12:10:00

A lenta reconciliação timorense é causa de «impaciência e frustração» da comunidade internacional, reconheceu hoje o secretário-geral das Nações Unidas.

«Este país é muito novo e as Nações Unidas estiveram envolvidas na construção timorense antes e depois da independência», notou Ban Ki-moon em Díli, onde chegou hoje para uma visita de menos de 24 horas.

«Precisamos de apoiar o Governo e o povo de Timor-Leste até eles poderem por si enfrentar os desafios», explicou Ban Ki-moon.

«Ao mesmo tempo, existe uma sensação de impaciência e frustração pelo processo prolongado» de reconciliação nacional, admitiu.

O secretário-geral respondia, numa conferência de imprensa organizada no quartel-general da missão internacional (UNMIT), a uma pergunta da Agência Lusa sobre o sentido do seu discurso perante o Parlamento Nacional.

Ban Ki-moon apelou «a este importante órgão, e a toda a liderança timorense, para trabalharem em conjunto e dar primazia aos interesses colectivos do povo timorense».

Diplomatas europeus ouvidos na ocasião pela Lusa leram na intervenção de Ban Ki-moon no Parlamento «uma mensagem clara de cansaço da comunidade internacional com as querelas políticas timorenses».

«Através dos desafios que enfrentaram, vós sabeis bem que é muito mais difícil construir do que demolir», afirmou Ban Ki-moon aos deputados.

Ban Ki-moon recomendou «a promoção da inclusão e da participação alargada na tomada de decisões».

«Isso significa assegurar a transparência e a responsabilidade nos assuntos governamentais e responder efectivamente ás necessidades do povo», acrescentou.

Ban Ki-moon prometeu no Parlamento «um envolvimento de longo-prazo das Nações Unidas com Timor-Leste».

Na conferência de imprensa, o secretário-geral da ONU foi um pouco mais longe e anunciou que vai «analisar» com o Conselho de Segurança a extensão do mandato da UNMIT, que termina em Fevereiro de 2008.

«Timor-Leste ainda atravessa um período importante de estabilização», pelo que o secretário-geral defende a continuação da UNMIT «por um período credível e longo».

O Presidente da República, após a audiência concedida a Ban Ki-moon, pediu a continuação da UNMIT «pelo menos até 2011 ou 2012».

José Ramos-Horta explicou que esse pedido resulta «de ensinamentos do passado», sublinhando que não concorda com «uma retirada precoce» das Nações Unidas de Timor-Leste.

O secretário-geral das Nações Unidas, que além dos contactos oficiais visitou um campo de deslocados em Motael, no centro da cidade, incluiu o reforço das instituições de segurança no topo das prioridades que a UNMIT e a ONU continuarão a assistir.

Ban Ki-moon referiu na conferência de imprensa «os assuntos pendentes da crise do ano passado, como o caso do major Alfredo Reinado e os deslocados».

Ressalvando que «não estamos em tempo de complacência ou autoelogio», Ban Ki-moon aplaudiu, nas suas diferentes declarações em Díli, o sucesso do processo eleitoral timorense em 2007, com a realização de três eleições «dentro dos melhores padrões internacionais», com a assistência da ONU.

Uma delegação do Conselho de Segurança visitou Timor-Leste no final de Novembro, preparando um relatório que será a base da decisão sobre o futuro da UNMIT para lá de Fevereiro do próximo ano.

Anónimo disse...

"o normal seria pensar numa solução e DEPOIS orçamentá-la"

Concordo inteiramente com esta frase. Gerir um país (podia ser uma empresa ou associação, tanto faz) não se limita a "arranjar dinheiro".

Orçamentar um projecto também não se limita a "arranjar dinheiro".

Em primeiro lugar, é preciso saber o que se vai fazer. Depois é preciso saber como, durante quanto tempo e com que recursos. Chama-se a isso fazer um plano.

Também é preciso estudar a viabilidade desse plano antes de o executar, para não se correr o risco de desperdiçar dinheiro em vão.

Só depois vem o orçamento: de onde vem a verba, como vai ser paga e durante quanto tempo. Tudo isto em articulação com as várias rubricas do Orçamento Geral do Estado, sem desequilibrar nem limitar as grandes opções governativas.

Mas a parte fundamental fica para o fim. Talvez por isso fique por vezes um bocado esquecida: depois de tudo isso ainda é preciso realizar o plano...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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