Eureka Street
Frank Brennan 13-Dec-2007
There have been changes of government in Australia and East Timor in recent months. These changes present fresh challenges and new possibilities in the relationship across the Timor trough.
East Timor has had a dreadful couple of years with civil unrest, an emergency resulting in tens of thousands of internally displaced citizens, and an election which did not result in a smooth transfer of legitimate political power. The new Australian government would do well to ensure that appropriate processes are followed in providing ongoing assistance to the new Timorese government and Timorese society.
Australian and New Zealand troops are still patrolling the streets of Dili. They are known as the ISF — the international security force. They are on the streets at the invitation of President Horta and Prime Minister Gusmao who joined the President of the National Parliament with a signed request for assistance in May 2007.
Eighteen months on, there has been no imperative for Australian forces to exchange berets and operate under UN auspices as occurred with the original INTERFET engagement after the 1999 popular consultation leading to independence. Post Iraq, John Howard and Alexander Downer were happy to proceed in a more unilateral fashion, responding to requests from their friends in Dili. Maintenance of this status quo is risky.
The FRETILIN party and many of its supporters still feel cheated by President Horta's decision to invite Gusmao to form a government, even though FRETILIN outpolled Gusmao's party.
Most Australians argue that Gusmao was entitled to form government because he was able to marshal a coalition of parties with a majority of votes in the parliament. But Mari Alkatiri, the head of FRETILIN, which got the most votes of any party, remains adamant that under the Timorese constitution he should have been given the first option to form a government. He thinks he would have been ultimately able to form a coalition.
Having missed out, he and his supporters continue to question the legitimacy of the Gusmao government. They also question the legitimacy of Horta and Gusmao's request to have Australian troops continuing to patrol Dili. In July Horta asked the Howard Government to allow Australian troops to remain at least until the end of 2008.
Surprisingly, the original agreement relating to the Australian troop presence was never approved by the Timorese Council of Ministers. Neither has it been approved by the National Parliament. Key FRETILIN members are adamant that such an agreement is not constitutionally valid unless it has the approval either of the Council of Ministers or of the National Parliament, preferably both.
It is troubling that these constitutional procedures may have been bypassed so that the Australia-Timor agreement did not have to be presented to the Australian parliament in accordance with our own procedures for international agreements and treaties.
The change of government in Canberra provides clear air for revisiting the terms of the agreement. If Australian troops are to serve on the streets of Dili but not as part of a UN peacekeeping force, they should serve only if their presence is approved by the Timorese Council of Ministers and its National Parliament.
The farcical stand-off between the rebel leader Alfredo Reinado and the authorities in East Timor highlights the problem. President Horta has abused the judiciary for wanting to pursue criminal charges against Reinado. Senior FRETILIN figures have criticised Brigadier John Hutcheson, the Australian military commander, who decided to withdraw his troops from the Reinado manhunt in response to a request from President Horta.
There is a growing perception among local critics of the Timor government that the Australian troops are the personal troops of the President given their presence without full constitutional mandate and their ready response to Horta's arbitrary command, which showed little respect for the traditional separation of powers between the Executive and the judiciary.
Now is the time for Australia to clarify the terms of its military presence. Eighteen months since the original crisis, there are still thousands of displaced persons living under plastic tents in Dili. The situation is not stable. Politically orchestrated East-West divisions have been played out on the streets, in political parties, and in the Timor military. It is not fair to Australian troops to have them patrolling in constitutionally suspect circumstances.
The recent oil and gas dispute over the Timor Sea provides a salutary lesson. There are many Australians as well as Timorese who wonder about the fairness of the final deal thrashed out by the Howard and Alkatiri governments. Despite the complexity of the issue, a majority of citizens in both countries were reassured by the overwhelming vote of the Timor parliament across party lines to support the final outcome.
Critics of the new government and president are suspicious that Gusmao and Horta are too close to Australia. Thus they have reason to be suspicious of arrangements with Australia when those arrangements have not been approved by the parliament or the Council of Ministers.
Transparent arrangements following the letter and spirit of the Timor constitution could save everyone grief in both countries.
Frank Brennan SJ AO was director of the Jesuit Refugee Service in East Timor for 15 months from 2000-1. He was adviser to the Church Working Group on the Constitution. He writes from East Timor on his first return visit since the troubles 18 months ago.
Tradução:
Tempo para processamento adequado na assistência a Timor-Leste
Eureka Street
Frank Brennan 13-Dez-2007
Houve mudanças nos últimos meses do governo na Austrália e Timor-Leste. Essas mudanças apresentam desafios frescos e novas possibilidades na relação através do canal de Timor.
Timor-Leste teve dois anos terríveis com desassossego civil, uma emergência de que resultou dezenas de milhares de cidadãos deslocados, e uma eleição de que não resultou uma transferência suave de poder político legítimo. O novo governo Australiano andaria bem em assegurar que sejam seguidos processos adequados no fornecimento da assistência em curso ao novo governo e à sociedade Timorense .
Tropas Australianas e da Nova Zelândia estão ainda a patrulhar as ruas de Dili. São conhecidas como ISF — a força internacional de segurança. Estão nas ruas a convite do Presidente Horta e do Primeiro-Ministro Gusmão que se juntaram ao Presidente do Parlamento Nacional com um pedido escrito de assistência em Maio de 2007.
Passados dezoito meses, não houve nenhum imperativo para as forças Australianas mudarem de capacetes e operarem sob os auspícios da ONU como ocorreu com o engajamento original da INTERFET depois da consulta popular de 1999 que levou à independência. No pós-Iraque, John Howard e Alexander Downer ficaram felizes em prosseguir numa maneira mais unilateral, respondendo a pedidos dos seus amigos em Dili. É arriscado a manutenção deste status quo.
A FRETILIN e muitos dos seus seguidores sentem-se ainda enganados pela decisão do Presidente Horta de convidar Gusmão para formar governo, mesmo apesar da FRETILIN ter ultrapassado nos votos o partido de Gusmão.
A maioria dos Australianos argumenta que Gusmão tinha direito de formar governo porque conseguiu manobrar uma coligação de partidos com uma maioria de votos no parlamento. Mas Mari Alkatiri, o responsável da FRETILIN, que obteve mais votos que qualquer outro partido, mantém firme que sob a constituição Timorense lhe devia ser dada a primeira opção para formar governo. Pensa que no fim de contas seria capaz de formar uma coligação.
Tendo sido passado por cima, ele e os seus seguidores continuam a questionar a legitimidade do governo de Gusmão. Questionam ainda a legitimidade dos pedidos de Horta e de Gusmão para que as tropas Australianas continuem a patrulhar Dili. Em Julho Horta pediu ao governo de Howard para autorizar que tropas Australianas continuem pelo menos até ao fim de 2008.
Surpreendentemente, o acordo original relativo à presença das tropas Australianas nunca foi aprovado pelo Conselho de Ministros Timorense. Nem sequer foi aprovado pelo Parlamento Nacional. Membros chave da FRETILIN são firmes em que um tal acordo não é constitucionalmente válido a não ser que tenha a aprovação ou do Conselho de Ministros ou do Parlamento Nacional, de preferência de ambos.
É preocupante que esses procedimentos constitucionais tenham podido ser contornados de modo a que o acordo Austrália-Timor não tivesse que ser apresentado no parlamento Australiano de acordo com os nossos próprios procedimentos para acordos e tratados internacionais.
A mudança de governo em Canberra fornece uma oportunidade clara para revisitar os termos do acordo. Se as tropas Australianas tiverem que servir nas ruas de Dili mas não como parte duma força da ONU, apenas devem servir se a sua presença for aprovada pelo Conselho de Ministros e Parlamento Nacional Timorense.
O burlesco enfrentamento entre o líder amotinado Alfredo Reinado e as autoridades em Timor-Leste ilustra o problema. O Presidente Horta abusou do sistema judicial por querer prosseguir com acusações criminais contra Reinado. Figuras de topo da FRETILIN criticaram o Brigadeiro John Hutcheson, o comandante militar Australiano, que decidiu retirar as suas tropas da procura de Reinado em resposta a um pedido do Presidente Horta.
Há uma percepção crescente entre os críticos locais do governo de Timor que as tropas Australianas são as tropas pessoais do Presidente dada a sua presença sem mandato constitucional e a sua resposta rápida ao comando arbitrário de Horta, que mostrou pouco respeito pela tradicional separação de poderes entre o Executivo e o sistema judicial.
É agora a altura para a Austrália clarificar os termos da sua presença militar. Passados quinze meses da crise original, há ainda milhares de deslocados a viverem debaixo de tendas de plástico em Dili. A situação não é estável. Divisões leste-oeste politicamente orquestradas têm-se gasto nas ruas, nos partidos políticos e nas forças armadas de Timor. Não é justo para as tropas Australianas tê-las a patrulhar em circunstâncias constitucionalmente suspeitas.
A recente disputa pelo petróleo e gás do Mar de Timor fornece uma lição saudável. Há muitos Australianos e Timorenses que se interrogam acerca da justeza do acordo final bem considerado pelos governos de Howard e Alkatiri. Apesar da complexidade da questão, uma maioria de cidadãos em ambos os países foram acalmados pela votação proeminente do parlamento de Timor de todas as linhas partidárias em apoio do resultado final.
Críticos do novo governo e do presidente suspeitam que Gusmão e Horta são demasiados próximos da Austrália. Assim têm razão para suspeitarem dos arranjos com a Austrália quando esses arranjos não foram aprovados pelo parlamento ou pelo Conselho de Ministros.
Arranjos transparentes que sigam o espírito e a letra da constituição de Timor podem poupar desgostos a toda a gente em ambos os países.
Frank Brennan SJ AO foi director do Jesuit Refugee Service em Timor-Leste durante 15 meses desde 2000-1. Foi conselheiro do Grupo de Trabalho da Igreja na Constituição. Escreve de Timor-Leste na sua primeira visita de regresso desde os problemas há 18 meses atrás.
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Time for due process in East Timor assistance
Por Malai Azul 2 à(s) 05:10
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
5 comentários:
Tradução:
Tempo para processamento adequado na assistência a Timor-Leste
Eureka Street
Frank Brennan 13-Dez-2007
Houve mudanças nos últimos meses do governo na Austrália e Timor-Leste. Essas mudanças apresentam desafios frescos e novas possibilidades na relação através do canal de Timor.
Timor-Leste teve dois anos terríveis com desassossego civil, uma emergência de que resultou dezenas de milhares de cidadãos deslocados, e uma eleição de que não resultou uma transferência suave de poder político legítimo. O novo governo Australiano andaria bem em assegurar que sejam seguidos processos adequados no fornecimento da assistência em curso ao novo governo e à sociedade Timorense .
Tropas Australianas e da Nova Zelândia estão ainda a patrulhar as ruas de Dili. São conhecidas como ISF — a força internacional de segurança. Estão nas ruas a convite do Presidente Horta e do Primeiro-Ministro Gusmão que se juntaram ao Presidente do Parlamento Nacional com um pedido escrito de assistência em Maio de 2007.
Passados dezoito meses, não houve nenhum imperativo para as forças Australianas mudarem de capacetes e operarem sob os auspícios da ONU como ocorreu com o engajamento original da INTERFET depois da consulta popular de 1999 que levou à independência. No pós-Iraque, John Howard e Alexander Downer ficaram felizes em prosseguir numa maneira mais unilateral, respondendo a pedidos dos seus amigos em Dili. É arriscado a manutenção deste status quo.
A FRETILIN e muitos dos seus seguidores sentem-se ainda enganados pela decisão do Presidente Horta de convidar Gusmão para formar governo, mesmo apesar da FRETILIN ter ultrapassado nos votos o partido de Gusmão.
A maioria dos Australianos argumenta que Gusmão tinha direito de formar governo porque conseguiu manobrar uma coligação de partidos com uma maioria de votos no parlamento. Mas Mari Alkatiri, o responsável da FRETILIN, que obteve mais votos que qualquer outro partido, mantém firme que sob a constituição Timorense lhe devia ser dada a primeira opção para formar governo. Pensa que no fim de contas seria capaz de formar uma coligação.
Tendo sido passado por cima, ele e os seus seguidores continuam a questionar a legitimidade do governo de Gusmão. Questionam ainda a legitimidade dos pedidos de Horta e de Gusmão para que as tropas Australianas continuem a patrulhar Dili. Em Julho Horta pediu ao governo de Howard para autorizar que tropas Australianas continuem pelo menos até ao fim de 2008.
Surpreendentemente, o acordo original relativo à presença das tropas Australianas nunca foi aprovado pelo Conselho de Ministros Timorense. Nem sequer foi aprovado pelo Parlamento Nacional. Membros chave da FRETILIN são firmes em que um tal acordo não é constitucionalmente válido a não ser que tenha a aprovação ou do Conselho de Ministros ou do Parlamento Nacional, de preferência de ambos.
É preocupante que esses procedimentos constitucionais tenham podido ser contornados de modo a que o acordo Austrália-Timor não tivesse que ser apresentado no parlamento Australiano de acordo com os nossos próprios procedimentos para acordos e tratados internacionais.
A mudança de governo em Canberra fornece uma oportunidade clara para revisitar os termos do acordo. Se as tropas Australianas tiverem que servir nas ruas de Dili mas não como parte duma força da ONU, apenas devem servir se a sua presença for aprovada pelo Conselho de Ministros e Parlamento Nacional Timorense.
O burlesco enfrentamento entre o líder amotinado Alfredo Reinado e as autoridades em Timor-Leste ilustra o problema. O Presidente Horta abusou do sistema judicial por querer prosseguir com acusações criminais contra Reinado. Figuras de topo da FRETILIN criticaram o Brigadeiro John Hutcheson, o comandante militar Australiano, que decidiu retirar as suas tropas da procura de Reinado em resposta a um pedido do Presidente Horta.
Há uma percepção crescente entre os críticos locais do governo de Timor que as tropas Australianas são as tropas pessoais do Presidente dada a sua presença sem mandato constitucional e a sua resposta rápida ao comando arbitrário de Horta, que mostrou pouco respeito pela tradicional separação de poderes entre o Executivo e o sistema judicial.
É agora a altura para a Austrália clarificar os termos da sua presença militar. Passados quinze meses da crise original, há ainda milhares de deslocados a viverem debaixo de tendas de plástico em Dili. A situação não é estável. Divisões leste-oeste politicamente orquestradas têm-se gasto nas ruas, nos partidos políticos e nas forças armadas de Timor. Não é justo para as tropas Australianas tê-las a patrulhar em circunstâncias constitucionalmente suspeitas.
A recente disputa pelo petróleo e gás do Mar de Timor fornece uma lição saudável. Há muitos Australianos e Timorenses que se interrogam acerca da justeza do acordo final bem considerado pelos governos de Howard e Alkatiri. Apesar da complexidade da questão, uma maioria de cidadãos em ambos os países foram acalmados pela votação proeminente do parlamento de Timor de todas as linhas partidárias em apoio do resultado final.
Críticos do novo governo e do presidente suspeitam que Gusmão e Horta são demasiados próximos da Austrália. Assim têm razão para suspeitarem dos arranjos com a Austrália quando esses arranjos não foram aprovados pelo parlamento ou pelo Conselho de Ministros.
Arranjos transparentes que sigam o espírito e a letra da constituição de Timor podem poupar desgostos a toda a gente em ambos os países.
Frank Brennan SJ AO foi director do Jesuit Refugee Service em Timor-Leste durante 15 meses desde 2000-1. Foi conselheiro do Grupo de Trabalho da Igreja na Constituição. Escreve de Timor-Leste na sua primeira visita de regresso desde os problemas há 18 meses atrás.
The article below is an illustration of how Fernando Lasama just has no clue of the law and the fact that he is one to whom the constitution and the people look to above most to uphold the law of the land.
The Indonesian Criminal Code which is the applicable law in Timor-Leste clearly provides for the offences of being an accessory or an accomplice. Reinado is a fugitive from the law, for which there is an arrest warrant. He is a prison escapee. There are a number of offences one can commit providing knowingly providing him with food, shelter, and other comforts of life which assist him maintain his unlawful evasion of the law.
I don't believe Mr. Lasama does not understand the law so clearly. It is very sad if that is the case and he as a head of this state has not bothered to ascertain precisely what the law is before inciting people to break the law.
This is the same person who two weeks ago in a meeting with donors assisting in capacity building with the national parliament said that he was concerned with the court handing down decisions "that were creating instability in the country" referring to the warrant for Reinado's arrest.
Whatever Mr. Lasama's state of mind, he has incited people to break the law. Whatever his state of mind he has in fact done so to protect and defend people who have been providing such assistance to Reinado, and ensuring that Reinado continues to receive support by providing "clarification" for those who might have felt threatened by the Prime Minister and President's threats that those who had provided assistance to reinado would be arrested. It is widely known that PD (uncluding some mebers of parliament) and its supporters have been doing this for some time, and Mr. Lasama's name has been linked more than once to such efforts.
Mr. Lasama is not fit to be a President of the People's House of Timor-Leste. But then again that was clearly the peoples' opinion too. I mean, his party, PD, holds 8 from 65 seats and yet he is the President of the National Parliament. He got this with threats and bargaining and cajoling in an exercise of grave cynicism and contempt for democracy, because now we are starting to see his true colours. He is a man who protects criminals and does not care about the law or the constitution.
He should be held responsible for the fiasco of the President's Anti Poverty Task Force and will be held responsible for breaking the parliament's own law with respect to the deliberations for the discussion and approval of the budget. Whatever the quality of his advisors, he is the responsible one and he should accept the final responsibility. He should resing now if he has any self respect or any respect for the people of Timor-Leste.
In any other country, there would have been howls for his resignation, but alas this is Timor-Leste.......the Non-Democratic Republic of the Bananas.
Lasama: Providing Food to Major Alfredo is Alright
Timor Post 12 December 2007
The President of the National Parliament Fernando “Lasama” Araujo has said that there is no problem in some people providing help such as some civilian clothing or foodstuffs like rice to former military police commander Major Alfredo Reinado Alves. Because according to Lasama this type of help is like humanitarian assistance.
But according to Lasama giving support such as providing military uniforms is a problem. For this reason the President of the National Parliament agreed with the statement of the Prime Minister Xanana Gusmao when he said that the government would arrest those persons who provided military uniforms to Major Alfredo during recent times.
“These uniforms which have emerged as a concern for Prime Minister Xanana does not apply to those people who provide a pair of jeans to Major Alfredo , because giving rice or a pair of jeans is like humanitarian work and there are no problems with this,” pointed out Lasama to journalists yesterday.
As well as this, the President of the National Parliament also gave some thoughts on how to quickly resolve the problem of Alfredo through dialog. According to him in order for a solution to be found for Major Alfredo Reinado and his group, the government and Major Alfredo have to each bring themselves down.
He said the government and Major Alfredo should not keep raising the tension any higher because the process will then not move forward and the problem will not be able of being resolved.
“This State firmly believes that the problem of Major Alfredo has to be solved through dialog, this is the principle that the leadership of this State is holding onto tightly,” said the President of the National Parliament Fernando Lasama de Araujo to journalists yesterday at the National Parliament.
Lasama asked all parties to give their support to how dialog can proceed smoothly and find an in depth solution to this problem. He said “each person has the right to comment, but, they have to provide an alternative to the problem that exists.”
He added that, the process with respect to the 2006 case is currently moving forward, some have already faced justice, but Lasama explained that whenever we speak about justice it does not mean that those who have already faced the court have been found to be at fault already, but, that the court will find consensus to justify that which is wrong or right.
“Perhaps when Major Alfredo also faces the court he can tell there what is right and where there is wrong and put forward his arguments so that in that way a solution can be sought for his own problem,” underscored the President of the National Parliament.
It is heartening that in a new era for Australian politics, some notice is being taken by informed people who regularly contribute to debate on Australian policy matters.
In addition to being a peron with high regard in Australia especially on social justice issues, it is equally important to note that Brennan was an adviser to the Timorese Church during the writing of their country's constitution. He onws the Timor-Leste constitution well. He also knows the Australian constitutional and law making porcess well. He is therefor highly qualified to comment in a menaingful and informed manner.
In essence he has noted that what transpired was a conspiracy between two nations' respective regimes (Horta and Howard) to keep the troops in Timor-Leste, and to hell with constitutional or porcedural requirements for ratification of greements in order to give them constitutional and legal efficacy.
Someone may well yet pay the parice for this conspiracy. We look forward to reading and hearing more on this in time to come, Father Brennan.
Processo n. Proc. 03/Const/07/TR de 11/11/2007
Inconstitucionalidade parcial da Lei 9/2007 (Sobre o orçamento do Estado para o período transitório de 1 de Julho a 31 de Dezembro de 2007)
Extracto do acórdão do Tribunal de Recurso, de 11 de Novembro de 2007, proferido no Prosesu 03/Const/07/TR (Tribunal Colectivo composto por Cláudio Ximenes - Presidente e relator - José Luís da Goia e Antonino Gonçalves) ...
“Resumindo o que está escrito, podemos dizer que:
- A luta contra a pobreza é uma prioridade nacional e tarefa de todos os órgãos de soberania;
- As acções do Estado na luta contra a pobreza têm que se desenvolver em diferentes áreas, que cabem na competência de todos os órgãos de soberania, sem exclusão;
- Cada um dos órgãos de soberania do Estado tem importantes tarefas a desempenhar na luta contra a pobreza sem ter que sair da sua área de competência, mesmo quando as tarefas que constitucionalmente lhe estão distribuídas não envolvam directamente acções de natureza económica;
- As acções de cada órgão de soberania na luta contra a pobreza tem que ser desenvolvida dentro das tarefas de que Constituição o encarregou através da distribuição de competências, sem beliscar a harmonia democrática e o regular funcionamento das instituições;
- O bom desempenho das tarefas da sua competência será a melhor forma de cada um dos órgãos de soberania contribuir eficazmente para a luta contra a pobreza;
- A Constituição preocupa-se em estabelecer um número alargado de direitos sociais - todos eles relacionados com a luta contra a pobreza - nos seus artigos 50º (direito ao trabalho), 56º (direito à segurança e assistência social), 57º (direito à saúde), 58º (direito à habitação), 59º (direito à educação e cultura);
- O artigo 115º, nº 1, da Constituição estabelece que compete ao Governo (alínea a) Definir e executar a política geral do país, obtida a sua aprovação no Parlamento Nacional; (alínea e) Regulamentar a actividade económica e a dos sectores sociais; (alínea i) Dirigir os sectores sociais e económicos do Estado; (alínea j) Dirigir a política laboral e de segurança social; (alínea k) Garantir a defesa e consolidação do domínio público e do património do Estado; (alínea m) Promover o desenvolvimento do sector cooperativo e o apoio à produção familiar; (alínea n) Apoiar o exercício da iniciativa económica privada; (alínea o) Praticar os actos e tomar as providências necessárias ao desenvolvimento económico-social e à satisfação das necessidades da comunidade timorense;
- A Constituição impõe a separação de poderes, através da distribuição das competências pelos diversos órgãos do Estado, para evitar o abuso de poder;
- A atribuição dos recursos a despender pelos vários órgãos do Estado destina-se a permitir a cada um deles desempenhar as tarefas que constitucionalmente cabem na sua competência;
- As acções que se pretende levar a cabo a coberto do Fundo Presidencial de Luta contra a Pobreza não cabem na competência que a Constituição atribui ao Presidente da República, nem explícita nem implicitamente, antes estão incluídas na competência do Governo;
- A atribuição ao Presidente da República de verbas no orçamento do Estado para levar a cabo acções que cabem na competência do Governo (a) viola o princípio de eficiência e eficácia que, nos termos do artigo 145º, nº 2, da Constituição, deve orientar a autorização das despesas através da lei do orçamento e (b) viola o artigo 69o da Constituição, que estabelece o princípio de separação de poderes, bem como os artigos 103o e 115o, no 1, alíneas a), e), i), j), k), m), n) e o), da Constituição, que expressamente atribuem ao Governo a competência para as acções que se pretendem levar a cabo através do Fundo Presidencial de Luta contra a Pobreza.
- A lei do orçamento não pode transferir para o Presidente da República competência que a Constituição atribui ao Governo;
- A lei 9/2007, de 10 de Outubro, é inconstitucional na parte em que atribui ao Presidente da República a verba de US$250.000 sob a rubrica “Task Force do Presidente para a Luta Contra a Pobreza”.
III. Conclusão
Pelo exposto, deliberam os juízes que constituem este Colectivo do Tribunal de Recurso julgar a Lei 9/2007, de 10 de Outubro, inconstitucional na parte em que atribui ao Presidente da República a verba de US$250.000 sob a rubrica "Task Force do Presidente para a Luta Contra a Pobreza”, por violar os artigos do artigo 145º, nº 2, 69o, 103o e 115o, no 1, alíneas a), e), i), j), k), m), n) e o), da Constituição".
Cumpre acrescentar que Ramos Horta já teve a sua oportunidade de lutar - legalmente - contra a pobreza, quando foi 1ºMinistro.
Cochilou, dançou.
Enviar um comentário