segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Ramos-Horta ferido sem gravidade em ataque rebelde

Timor-Leste

10.02.2008 - 23h32
PUBLICO.PT

José Ramos-Horta terá ficado ferido num ataque contra a sua casa. As televisões portuguesas indicam que o Presidente de Timor-Leste foi alvejado no estômago.

De acordo com a embaixada portuguesa em Díli, o Nobel da Paz está livre de perigo.

A RTPN avança que o ataque foi liderado por rebeldes liderados pelo major fugitivo Alfredo Reinado, fugido à justiça desde Agosto de 2006, depois de acusado de homicídio, rebelião e posse ilegal de material de guerra.

De acordo com a SIC Notícias, Alfredo Reinado morreu no ataque.

De acordo com a RTPN, o primeiro-ministro Xanana Gusmão também terá sido alvo de um ataque durante o dia de hoje, mas saiu ileso.

Na passada quinta-feira, Xanana Gusmão tinha indicado à Lusa que Reinado "não é uma ameaça real à estabilidade" de Timor-Leste.

2 comentários:

Anónimo disse...

Timor-Leste: Governo português "repudia vivamente" atentados em Díli

Lisboa, 11 Fev (Lusa) - O Governo português "repudia vivamente", em comunicado, os atentados de que foram alvo o Presidente da República e o primeiro-ministro timorenses e confia que na manutenção da ordem pública do país.

Expresso, 2:58 | Segunda-feira, 11 de Fev de 2008

Lisboa, 11 Fev (Lusa) - O Governo português "repudia vivamente", em comunicado, os atentados de que foram alvo o Presidente da República e o primeiro-ministro timorenses e confia que na manutenção da ordem pública do país.
"O Governo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da Embaixada de Portugal em Díli, tem acompanhado em permanência os lamentáveis acontecimentos ocorridos esta manhã na capital timorense, dos quais resultou ferido o Presidente da República José Ramos-Horta", começa por dizer a nota divulgada pelo Executivo.
"O Governo português repudia vivamente estes atentados que também visaram o primeiro-ministro Xanana Gusmão e manifesta a sua confiança na manutenção da ordem pública e estabilidade do país", prossegue o comunicado, que termina com "o desejo da pronta recuperação do Presidente da República de Timor-Leste".
Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse entretanto à Lusa que todos os portugueses em Díli estão bem, incluindo os elementos da GNR no país, e o ministro do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva, e sua delegação presente na capital timorense para um encontro de ministros do Trabalho da CPLP.
A mesma fonte adiantou que o primeiro-ministro José Sócrates tem sido informado da situação em Timor-Leste.
HB
Lusa/fim

Anónimo disse...

Timor-Leste: Ramos Horta, ferido a tiro, e Xanana Gusmão alvos de dois atentados diferentes

Lisboa, 11 Fev (Lusa) - O Presidente timorense, José Ramos Horta, submetido a uma intervenção cirúrgica depois de ser baleado, e o primeiro-ministro Xanana Gusmão foram hoje alvo de dois atentados diferentes perpetrados em Díli.


Expresso, 2:56 | Segunda-feira, 11 de Fev de 2008

Lisboa, 11 Fev (Lusa) - O Presidente timorense, José Ramos Horta, submetido a uma intervenção cirúrgica depois de ser baleado, e o primeiro-ministro Xanana Gusmão foram hoje alvo de dois atentados diferentes perpetrados em Díli.
O chefe de Estado timorense foi operado no hospital militar australiano em Díli, depois de ter sido atacado em sua casa, na Boulevard JF Kennedy, em circunstâncias ainda pouco claras.
O ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, Zacarias da Costa, indicou que durante a operação os médicos tentaram extrair uma das duas balas que o atingiram: "uma nas costas e passou para o estômago, a outra passou de raspão".
O ataque de hoje contra a casa do presidente timorense resultou em dois mortos, um dos quais o major fugitivo Alfredo Reinado.
"É verdade, o major Alfredo Reinado morreu", confirmou à Lusa o tenente Carlos Correia, oficial de ligação do Subagrupamento Bravo da GNR em Díli que acrescentou que aguarda informações sobre o número total de mortos.
José Ramos-Horta foi atacado à porta de casa, cerca das 06:15 (21:15 em Lisboa), indicou o primeiro-ministro Xanana Gusmão.
Cerca das 07:15 (22:45 em Lisboa), o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, foi atacado a caminho de Díli, mas não sofreu nenhum ferimento.
Segundo Xanana Gusmão, a coluna automóvel em que seguia de Balíbar, onde reside, para Díli ficou sob "fogo cerrado" e a viatura que seguia à frente despistou-se, desconhecendo-se se o condutor foi atingido.
A viatura de Xanana Gusmão também foi atingida, segundo contou o próprio primeiro-ministro, que referiu que conseguiram chegar a Díli apesar dos "pneus furados".
A família de Xanana Gusmão foi entretanto transportada para o Palácio do Governo, que se encontra guardado por efectivos das forças militares internacionais em serviço em Timor-Leste.
Xanana Gusmão afirmou que a condição do presidente de Timor-Leste é "estável" e classificou como "cobardes" os ataques ocorridos hoje em Díli.
"Foi um ataque cobarde contra o presidente da República, contra o primeiro-ministro e contra as instituições do Estado", declarou o chefe do governo timorense no Palácio do Governo em Díli.
De acordo com Zacarias da Costa, o presidente timorense ficou mais de uma hora no quarto da sua residência, em Díli, à espera de socorro, após o ataque de que foi alvo.
"As forças da ONU fecharam a estrada mas não o socorreram de imediato e ele ficou mais de uma hora deitado no seu quarto à espera que alguém o socorresse", acrescentou.
Segundo disse hoje à Lusa João Carrascalão, dirigente da União Democrática Timorense (UDT), os efectivos da GNR foram os primeiros a socorrer José Ramos-Horta.
Carrascalão criticou a acção das forças policiais da ONU e explicou que o Chefe de Estado timorense foi transferido por uma ambulância do hospital Guido Valadares, em Díli.
"O que é grave é que a UNPOL (Polícia das Nações Unidas) chegou ao local, ficou a 300 metros e não deu qualquer assistência ao Horta. Foi a GNR que foi lá socorrê-lo", disse.
Entretanto, o chefe da diplomacia timorense informou que um avião foi pedido à Austrália para transportar o Presidente timorense para Darwin, informou.
O embaixador de Portugal em Dilí, João Ramos Pinto, disse que o ataque ao Presidente Ramos Horta ocorreu quando este se preparava para inaugurar a reunião de ministros de Trabalho da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), que estava prevista realizar-se no Palácio presidencial e foi transferida para o Hotel Timor.
"O local da reunião foi transferido para o Hotel de Timor que está policiado por agentes das Nações Unidas e timorenses", disse o diplomata.
Segundo a mesma fonte as Nações Unidos apelaram à população para restringir os movimentos e para as famílias não saírem de casa.
O embaixador disse ainda que "aparentemente a situação em Dilí está calma".
Na sequência dos ataques contra o presidente e o primeiro-ministro timorenses, as forças das Nações Unidas em Timor-Leste foram colocadas em "estado de alerta máximo", disse a porta-voz da missão da ONU em Díli.
O ex-primeiro-ministro de Timor, Mari Alkatiri, pediu hoje responsabilidades à missão da ONU em Timor (UNMIT) e às Forças Internacionais de Estabilização pelos atentados de que foram alvo o Presidente e o primeiro-ministro do país.
Condenando o ataque, Mari Alkatiri afirmou à Lusa exigir "responsabilidades à UNMIT e às Forças de Estabilização Internacional".
O atentado, "parece ter sido tentativa de golpe de Estado porque afectou o Presidente da República e o primeiro-ministro na altura em que o presidente do Parlamento estava fora do país", considerou Mari Alkatiri.
Em Portugal, segundo fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Governo está a acompanhar "a par e passo" a situação do Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, que foi hoje alvejado.
"O Governo está a acompanhar a par e passo", disse fonte do gabinete daquele ministério, acrescentando estar-se ainda "à espera de confirmações sobre o que aconteceu quer pela Embaixada quer pelo ministro Vieira da Silva" que está em Timor a propósito de uma reunião da CPLP.
Para já, adiantou ainda a mesma fonte, sabe-se apenas que "Ramos-Horta não corre perigo de vida".
LMP
Lusa/Fim

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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