terça-feira, fevereiro 12, 2008

Timor-Leste: Ataques em Díli foram "aproveitamento político" - Mário Carrascalão

Lisboa, 11 Fev (lusa) - O líder do PSD, Mário Carrascalão, disse hoje estar preocupado com os atentados contra o primeiro-ministro e o Presidente da República de Timor-Leste, classificando-os de aproveitamento político.

Mário Carrascalão, que integra uma delegação do Parlamento timorense em visita a Portugal a convite do Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, disse aos jornalistas que situação no território é dolorosa e foi um aproveitamento político.

“A situação estava demasiado calma desde o Natal. Havia acontecimentos fora do normal, entrevistas incendiárias, opiniões em blogues que davam a indicações de que havia qualquer coisa”, disse Mário Carrascalão, salientando não haver "serviços de informação capazes no território”.

De acordo com o líder do PSD timorense, as pessoas não se sentem seguras e, pior, “não sabem de onde vem as ameaças”.

“Esta situação surpresa não é, é doloroso saber o que está a acontecer, é um aproveitamento pois o Presidente do Parlamento está cá fora e com o primeiro-ministro e o Presidente da República eliminados ficaria um vácuo”, disse, salientando que estaria a ser preparado um golpe de Estado.

“Há cerca de uma semana circulou em Timor um comunicado feito por uma organização chamada Comité de Apoio da Fretilin, um grupo de jovens que estavam a constituir uma nova Falintil nas montanhas porque queriam recuperar a parte histórica do partido a que pertenciam e que estava a ser esquecida”, contou.

Para Mário Carrascalão, o major Reinado estava numa situação de nem paz nem guerra, estava acantonado, não tinha liberdade de circulação e sabia que o contingente australiano que lá estava não o ia atacar.

O incidente com uma patrulha militar australiana ocorrido na semana passada quando uma delegação da União da Maioria Parlamentar, que sustenta o Governo, se encontrou com o major Alfredo Reinado em Ermera poderá ter precipitado os acontecimentos.

“Duas carrinhas com gente armada não é suficiente para fazer um golpe de Estado mas para acabar com o primeiro-ministro e o Presidente da República sim”, disse.

Também Ana Pessoa, dirigente da Fretilin, ex-ministra da Justiça e ex-mulher de Ramos-Horta, lamentou hoje a situação em Timor-Leste, classificando-a de “extremamente grave e preocupante”.

“Esta situação foi atingir uma pessoa conhecida pelos esforços a favor da paz e da concórdia”, salientou Ana Pessoa.

A dirigente mostrou-se ainda preocupada com o facto de esta situação poder provocar uma escalada de violência no território.

Homens armados tentaram hoje matar José Ramos-Horta e Xanana Gusmão, em dois ataques concertados.

O ataque contra Ramos-Horta foi liderado pelo major Alfredo Reinado, que foi morto no incidente.

Ramos-Horta foi ferido a tiro e teve de ser submetido a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Díli, de onde seguiu para um hospital na cidade australiana de Darwin.

De acordo com um elemento da segurança do primeiro-ministro, o tenente Gastão Salsinha, um dos peticionários que abandonaram as forças armadas em 2006, comandou o ataque contra Xanana Gusmão, que saiu ileso.


DD.

Lusa/Fim

1 comentário:

Anónimo disse...

OS GRANDES ALIADOS QUE PROVOCARAM A CRISE DE MAIO E JUNHO 2006 AGORA GUERREAM SE.
MARIO CARRASCALAO NAO APONTAS O TEU O TEU DEDO AOS OUTROS PORQUE FOSTE UM DOS FOMENTADORES DA CRISE PARA DERRUBAR O GOVERNO DA FRETILIN.
AQPROVEITARAM TUDO POR TUDO DE REINALDO PORQUE E5TE HOMEM E O RAILOS INTIMIDARAM A POPULACAO PARA VOTAR NAS ELEICOES PRESIDENCIAIS E LEGISLATIVAS A FAVOR DE RAMOS HORTA E XANANA.
AS PROMESSAS COM ALFREDO REINADO NAO FORAM CUMPRIDAS DEPOIS DAS ELEICOES E DAI AS CONSEQUENCIAS RESULTARAM COM O ATENTADO DO ASSASINATO DOS DOIS LIDERES.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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