terça-feira, fevereiro 12, 2008

Stand-off in East Timor after 'coup plotters' shoot President

From The Times
February 12, 2008


Video: Bronwen Maddox on the East Timor shootings
Democracy in East Timor was under siege last night after coordinated assassination attempts on the President and Prime Minister. Fears of further bloodshed in Asia’s newest nation prompted the dispatch of Australian peacekeepers to the tiny country.

José Ramos-Horta, the President and winner of the Nobel Peace Prize, was shot three times outside his house in the capital, Dili, and was in a coma after emergency surgery in Australia.
Xanana Gusmão, the Prime Minister and former rebel commander who fought against Indonesian occupation for 20 years, survived unhurt after his car was attacked by gunmen.


Dr Ramos-Horta’s condition was described as “very serious but stable” after he arrived in Darwin, Australia, on an emergency flight to be treated for wounds to the abdomen and chest.

Australia announced that it was sending about 190 army and police reinforcements to East Timor at the request of Mr Gusmão amid fears of reprisal attacks after the President’s guards killed the rebel leader, Alfredo Reinado, during the attack. The Royal Australian Navy frigate HMAS Perth, with 170 crew, was also diverted to support the peacekeeping mission.

Ban Ki Moon, the UN Secretary-General, called for calm in the aftermath of the “brutal and unspeakable attack”. President Bush echoed his condemnation but insisted that the attack would not “derail democracy” in the fledgeling state.

Fighting between factions within the East Timorese security forces in 2006 resulted in the deaths of 37 people, displaced more than 150,000, and led to the collapse of the Government. Last night Mr Gusmão, who described the attacks as an “organised operation”, declared a 48-hour state of emergency. Vincento Gutteres, the Vice-President, has been installed as acting president.

An army spokesman said that two cars carrying rebel soldiers passed Dr Ramos-Horta’s house at 7am and began shooting as he returned home from his regular early-morning walk.

An hour and a half later the back window of Mr Gusmão’s vehicle was shot out and two bullets hit the car’s bonnet as he was driven to his government offices to deal with the crisis. His home also came under automatic gunfire as rebels exchanged fire with bodyguards. Mr Gusmão said he believed that the rebels had been trying to overthrow the Government. “I consider this incident a coup attempt against the State by Reinado, and it failed,” he said.

Dili remained calm as Australian and New Zealand troops and 1,600 United Nations police guarded main roads and government buildings. Stephen Smith, the Australian Foreign Minister, said that he wanted Australian troops to round up Reinado’s followers.

Norman Day, from RMIT University, said: “It’s going to be bad. [Reinado] has a strong following – he’s now [achieved] a sort of Che Guevara status.” East Timor’s leaders fear that the attacks are part of a wider conspiracy to bring down the Government.

Three MPs who met Reinado in the mountains last week reportedly will be asked what he told them when parliament sits today. Reinado’s men fired warning shots when an Australian patrol entered the area during their meeting, forcing the soldiers to retreat. “We want to find out everything that Reinado did and said leading up to the attacks,” one MP said. “There is strong suspicion that Reinado was not acting alone.”

There was also alarm that the attack on Mr Gusmão was apparently led by Gastão Salsinha, the commander of soldiers who were discharged in 2006, prompting the violent upheaval. Salsinha and two carloads of his men escaped and are believed to have fled into the mountains.

The Age newspaper in Melbourne reported that Dr Ramos-Horta and Reinado held a meeting near the capital on Sunday night that ended acrimoniously. The encounter came after several recent meetings during which Dr Ramos-Horta had been trying to persuade the fugitive rebel leader to give himself up.

http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article3348169.ece


Tradução:

Finca-pé em Timor-Leste depois dos ‘golpistas’ balearem o Presidente

De The Times
Fevereiro 12, 2008


Video: Bronwen Maddox nos tiroteios em Timor-Leste

A democracia está sob cerco em Timor-Leste ontem à noite depois de tentativas coordenadas de assassínio sobre o Presidente e Primeiro-Ministro. Receios de mais derramamento de sangue na mais nova nação da Ásia levaram a Austrália a despachar mais tropas para o pequeno país.

José Ramos-Horta, o Presidente e vencedor do Nobel da Paz, foi baleado três vezes no exterior da sua casa na capital, Dili, e estava em coma depois de cirurgia de emergência na Austrália.
Xanana Gusmão, o Primeiro-Ministro e antigo comandante que lutou contra a ocupação Indonésia durante 20 anos, sobreviveu ileso depois do seu carro ser atacado por pistoleiros.


A condição do Dr Ramos-Horta foi descrita como “muito séria mas estável” depois de ter chegado a Darwin, Austrália, num voo de emergência para ser tratado a feridas no abdómen e peito.

A Austrália anunciou que ia mandar mais 190 soldados e reforço de policies para Timor-Leste a pedido do Sr Gusmão no meio de medos de ataques de vingança depois dos guardas do Presidente terem morto o líder amotinado, Alfredo Reinado, durante o ataque. A fragata da Royal Australian Navy, HMAS Perth, com uma tripulação de 170 membros, foi também enviada para apoiar a missão das tropas.

Ban Ki Moon, O secretário-Geral da ONU, apelou à calma depois do “brutal e indescritível ataque”. O Presidente Bush ecoou a sua condenação mas insistiu que o ataque “não descarrilará a democracia” no jovem Estado.

Lutas entre facções nas forças de segurança Timorenses em 2006 resultaram na morte de 37 pessoas, mais de 150,000 deslocadas, e levou ao desmoronar do Governo. A noite passado o Sr Gusmão, que descreveu os ataques como uma “operação organizada”, declarou o estado de sítio de 48-horas. Vicente Guterres, o Vice-Presidente, foi instalado como presidente em exercício.

Um porta-voz dos militares disse que dois carros transportando amotinados passaram frente à casa do Dr Ramos-Horta às 7 am e começaram a disparar quando ele regressava a casa do seu passeio matinal regular.

Uma hora e meia mais tarde a janela de trás do veículo do Sr Gusmão foi baleado e o carro foi atingido por duas balas quando ele era transportado para o seu gabinete para lidar com a crise. A sua casa esteve também sob fogo de armas automáticas quando os amotinados trocaram tiros com os guardas. O Sr Gusmão disse que acreditava que os amotinados têm estado a tentar derrubar o Governo. “Considero este incidente uma tentativa de golpe contra o estado por Reinado, e isso falhou,” disse.

Dili manteve-se calma enquanto tropas Australianas e da Nova Zelândia e 1,600 polícias da ONU guardavam estradas principais e edifícios do governo. Stephen Smith, o Ministro dos estrangeiros Australiano, disse que queria que as tropas Australianas cercassem os seguidores de Reinado.

Norman Day, da RMIT University, disse: “Vai ser mau. [Reinado] tem muitos seguidores – ele agora é [alcançou] um estatuto do tipo de Che Guevara.” Os líderes de Timor-Leste receiam que os ataques sejam parte duma conspiração mais vasta para derrubar o Governo.

Três deputados que se encontraram com Reinado nas montanhas, na semana passada vão ser interrogados o que é que ele lhes disse quando o parlamento reunir hoje. Os homens de Reinado dispararam tiros de aviso quando uma patrulha Australiana entrou na área dele durante o encontro, forçando os soldados a recuarem. “Queremos descobrir tudo o que Reinado fez e disse antes dos ataques,” disse um deputado. “Há fortes suspeitas que o Reinado não estava a agir sozinho.”

Houve também alarme por o ataque ao Sr Gusmão ser aparentemente liderado por Gastão Salsinha, o comandante dos soldados que foram despedidos em 2006, levando ao levantamento violento. Salsinha e dois carros cheios com os seus homens escapou e pensa-se que fugiu para as montanhas.

O jornal The Age em Melbourne noticiou que o Dr Ramos-Horta e Reinado tiveram uma reunião perto da capital no Domingo à noite que acabou azeda. O encontro ocorreu depois de encontros recentes durante os quais o Dr Ramos-Horta tentou persuadir o líder amotinado foragido a entregar-se.

http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article3348169.ece

2 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:

Finca-pé em Timor-Leste depois dos ‘golpistas’ balearem o Presidente
De The Times
Fevereiro 12, 2008


Video: Bronwen Maddox nos tiroteios em Timor-Leste

A democracia está sob cerco em Timor-Leste ontem à noite depois de tentativas coordenadas de assassínio sobre o Presidente e Primeiro-Ministro. Receios de mais derramamento de sangue na mais nova nação da Ásia levaram a Austrália a despachar mais tropas para o pequeno país.

José Ramos-Horta, o Presidente e vencedor do Nobel da Paz, foi baleado três vezes no exterior da sua casa na capital, Dili, e estava em coma depois de cirurgia de emergência na Austrália.
Xanana Gusmão, o Primeiro-Ministro e antigo comandante que lutou contra a ocupação Indonésia durante 20 anos, sobreviveu ileso depois do seu carro ser atacado por pistoleiros.


A condição do Dr Ramos-Horta foi descrita como “muito séria mas estável” depois de ter chegado a Darwin, Austrália, num voo de emergência para ser tratado a feridas no abdómen e peito.

A Austrália anunciou que ia mandar mais 190 soldados e reforço de policies para Timor-Leste a pedido do Sr Gusmão no meio de medos de ataques de vingança depois dos guardas do Presidente terem morto o líder amotinado, Alfredo Reinado, durante o ataque. A fragata da Royal Australian Navy, HMAS Perth, com uma tripulação de 170 membros, foi também enviada para apoiar a missão das tropas.

Ban Ki Moon, O secretário-Geral da ONU, apelou à calma depois do “brutal e indescritível ataque”. O Presidente Bush ecoou a sua condenação mas insistiu que o ataque “não descarrilará a democracia” no jovem Estado.

Lutas entre facções nas forças de segurança Timorenses em 2006 resultaram na morte de 37 pessoas, mais de 150,000 deslocadas, e levou ao desmoronar do Governo. A noite passado o Sr Gusmão, que descreveu os ataques como uma “operação organizada”, declarou o estado de sítio de 48-horas. Vicente Guterres, o Vice-Presidente, foi instalado como presidente em exercício.

Um porta-voz dos militares disse que dois carros transportando amotinados passaram frente à casa do Dr Ramos-Horta às 7 am e começaram a disparar quando ele regressava a casa do seu passeio matinal regular.

Uma hora e meia mais tarde a janela de trás do veículo do Sr Gusmão foi baleado e o carro foi atingido por duas balas quando ele era transportado para o seu gabinete para lidar com a crise. A sua casa esteve também sob fogo de armas automáticas quando os amotinados trocaram tiros com os guardas. O Sr Gusmão disse que acreditava que os amotinados têm estado a tentar derrubar o Governo. “Considero este incidente uma tentativa de golpe contra o estado por Reinado, e isso falhou,” disse.

Dili manteve-se calma enquanto tropas Australianas e da Nova Zelândia e 1,600 polícias da ONU guardavam estradas principais e edifícios do governo. Stephen Smith, o Ministro dos estrangeiros Australiano, disse que queria que as tropas Australianas cercassem os seguidores de Reinado.

Norman Day, da RMIT University, disse: “Vai ser mau. [Reinado] tem muitos seguidores – ele agora é [alcançou] um estatuto do tipo de Che Guevara.” Os líderes de Timor-Leste receiam que os ataques sejam parte duma conspiração mais vasta para derrubar o Governo.

Três deputados que se encontraram com Reinado nas montanhas, na semana passada vão ser interrogados o que é que ele lhes disse quando o parlamento reunir hoje. Os homens de Reinado dispararam tiros de aviso quando uma patrulha Australiana entrou na área dele durante o encontro, forçando os soldados a recuarem. “Queremos descobrir tudo o que Reinado fez e disse antes dos ataques,” disse um deputado. “Há fortes suspeitas que o Reinado não estava a agir sozinho.”

Houve também alarme por o ataque ao Sr Gusmão ser aparentemente liderado por Gastão Salsinha, o comandante dos soldados que foram despedidos em 2006, levando ao levantamento violento. Salsinha e dois carros cheios com os seus homens escapou e pensa-se que fugiu para as montanhas.

O jornal The Age em Melbourne noticiou que o Dr Ramos-Horta e Reinado tiveram uma reunião perto da capital no Domingo à noite que acabou azeda. O encontro ocorreu depois de encontros recentes durante os quais o Dr Ramos-Horta tentou persuadir o líder amotinado foragido a entregar-se.

http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article3348169.ece

Anónimo disse...

"the attack on Mr Gusmão was apparently led by Gastão Salsinha, the commander of soldiers who were discharged in 2006, prompting the violent upheaval"

Falta acrescentar que Salsinha foi usado por Xanana como instrumento subversivo para conseguir a queda de Alkatiri.

Não era ele que estava presente ao lado dos sorridentes Kirsty e Xanana, quando este gritou: "Ganhamos esta guerra!"?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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