segunda-feira, outubro 30, 2006

Marginais utilizam armas de fogo nos confrontos em Díli

Jornal de Notícias, 28/10/06
Por Orlando Castro

Ao mesmo tempo que o Parlamento timorense exige que as forças internacionais e da ONU tenham um comando unificado, o comandante dos cerca de 900 elementos da Polícia das Nações Unidas (UNPOL), que inclui efectivos da GNR, revela que os confrontos entre grupos rivais em Díli, e que ainda ontem fizeram mais dois mortos, passaram a incluir pela primeira vez armas de fogo que, segundo Antero Lopes, já foram utilizadas contra os seus elementos.

As armas foram vistas nos confrontos junto ao aeroporto de Díli, dos quais resultaram quatro mortos, e no bairro da Pertamina, na zona ocidental da cidade.

"São incidentes com alguma complexidade porque envolvem ataques simultâneos, perpetrados por vários grupos, uns contra os outros, vindos de várias artérias dentro da zona de confrontação", explica o comissário.

O armamento utilizado pode ser o mesmo que foi distribuído à Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), e que não foi devolvido, onde se incluem cerca de 200 pistolas Glock.

A situação de violência, que já provocou mais de 50 mortos desde Abril, aumentou o fluxo de deslocados. De acordo com o Ministério do Trabalho e Reinserção Comunitária, os deslocados internos, distribuídos pelos 13 distritos do país, são 178 034, ou seja 17% do total da população.

Em declarações ao "Diário de Notícias", o comandante das Forças Armadas timorenses, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, disse que a situação pode transformar-se num "faroeste" e Díli passar a ser uma "cowboy city".

Entretanto, o Parlamento timorense exige ser consultado, "com carácter vinculativo", sobre a negociação e celebração de futuros acordos bilaterais relativos à segurança interna.

Os deputados recordam que a segurança no país, sobretudo na capital, é garantida por forças da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, sem que contudo exista um comando unificado, condição que consideram vital para manter a ordem.

"Sem essa direcção única, a protecção de pessoas e bens, em vez de melhorar, tem vindo a agravar-se de dia para dia", diz a resolução aprovada. O primeiro-ministro reagiu à proposta dos deputados garantindo que o governo está a trabalhar com a ONU e com o comando das forças militares presentes em Timor-Leste para a criação desse comando unificado.

Noutro contexto, Ramos Horta revelou que Timor-Leste vai abrir uma embaixada no Vaticano, provavelmente em Janeiro,e que o papa Bento XVI foi convidado a visitar o país.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Rai timor para atu bele hetan paz ho estabilidade ba povo timor tomak, boat ida ke povo tomak tenki halo: oho mutin sira iha rai timor laran, ne mak bele hetan paz duradeira ho estabilidade ba povo tomak iha timor lorossae.
selae sira sei estraga povo mate uituan ba uituan to tinan atus ba atu, povo timor kulik metan sei mohu tomak.
sira sei halo hanesan povu Aborizens australianu, mutin sira oho uituan ba uituan to ohin loron, rasa aborizen australia uituan deik ona iha rai australia.
Neduni povo timor tomak hahu ona no neon hamarik anti mutin sira iha ita nian rai timor laran.
Tanba mutin sira mai iha timor oho ona ita nian abo sira barak ona iha tinan atus hat nian laran, neduni ita keta beiktan ona, kaer sira oho fali.

mutin sira uluk oho ita nian abo sira ho kilak maibe ohin loron mutin sira oho ita timor oan ho droga drug. neduni timor oan kaer sira mutin oho fali para sira tauk no aprende.

duni asu mutin sira sae husi timor lorosae. rai timor la os rai mutin sira nian.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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