quinta-feira, fevereiro 14, 2008

East Timor: Democracy under siege

Global Voices Online

Title: East Timor: Democracy under siege

by Paula Góes, Portuguese Language Co-Editor
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pt: Timor Leste: Democracia sob cerco...

* Análise da crise recente tal como foi 'vista' e apresentada por alguns blogs.

11 comentários:

Anónimo disse...

Recuperação de Ramos-Horta poderá demorar seis meses
Público, 14.02.2008
Jorge Heitor
O procurador-geral Longuinhos Monteiro passou mandados de captura para 18 pessoas suspeitas dos ataques de segunda-feira de manhã
O estado de sítio que desde segunda-feira à noite vigorava em Timor--Leste foi ontem prorrogado até ao próximo dia 23 de Fevereiro, para que não se verificassem desacatos e se tornasse mais fácil capturar os 18 suspeitos dos ataques de segunda-
-feira de manhã ao Presidente José Ramos-Horta e ao primeiro-ministro
Xanana Gusmão. Se bem que as úl-
timas noites tenham decorrido de forma excepcionalmente calma, ainda se temia que pudesse haver agitação; designadamente quando hoje (uma da manhã em Lisboa) fossem a enterrar o major Alfredo Reinado e Leonardo, um dos homens que com ele atacaram a residência presidencial, no Boulevard JF Kennedy.
Os corpos foram ontem transportados, sob escolta da GNR, para a casa do tio e pai adoptivo de Reinado, o comerciante Vítor Alves, de ascendência portuguesa. Centenas de pessoas participaram no velório, em grande parte jovens, que lançavam gritos de "Viva Alfredo!", numa confirmação do estatuto de herói de que gozava junto de algumas franjas da população. E temia-se que milhares de praticantes de artes marciais fizessem dele uma espécie de ídolo, segundo admitiu a publicação independente Asia Sentinel, de Hong Kong.
Terceira operação
Ramos-Horta foi ontem submetido a uma terceira intervenção cirúrgica e os médicos do hospital de Darwin onde se encontra desde terça-feira ainda tencionam levá-lo mais duas vezes ao bloco operatório, até que dentro de al-
gumas semanas recupere a mobilidade, tenha alta e possa regressar ao seu país.
No entanto, o chefe da equipa médica, Phil Carson, admitiu que ainda possam decorrer seis meses até à recuperação total, pelo que continua sem se saber ao certo em que data poderá retomar funções. Entretanto, o cargo de chefe do Estado deverá ser exercido interinamente pelo pre-
sidente do Parlamento, Fernando Lasama de Araújo, líder do Partido Democrático. Este decidiu promover uma comissão internacional que investigue os ataques, que segundo os investigadores citados na imprensa australiana poderiam ter tido inici-
almente por móbil raptar e não pro_
priamente matar Ramos-Horta e Xa-
nana.
O ministro português da Administração Interna, Rui Pereira, disse ontem que Lisboa poderá disponibilizar uma unidade de investigação criminal da GNR, conforme foi pedi-
do por Lasama, que nas presidenciais do ano passado ficou em terceiro lugar, com 19,18 por cento dos votos expressos.
O procurador-geral Longuinhos Monteiro admitiu ontem poder vir a aumentar o número inicial de 18 suspeitos, possivelmente a alguns dos elementos mais inflexíveis da revolta que vinha a ser protagonizada desde o ano passado por Reinado e pelos chamados peticionários, perto de 600 militares saneados. Nove deze-
nas destes já chegaram a acordo com as autoridades e encontram-se acantonados num antigo armazém da capital.

Anónimo disse...

Reinado no YouTube

Público, 14.02.2008

O YouTube tem desde domingo o vídeo de uma entrevista em que Alfredo Reinado reivindicava ser uma força a favor da ordem e que sem ele "haveria problemas por toda a parte". Contava que as tropas australianas muitas vezes nem sequer o reconheciam e que não se considerava em fuga: "Estou em toda a parte". Também dizia que "se o Governo tivesse honrado os seus compromissos, as coisas estariam melhor" e que a liderança de Xanana "acabara de vez".

Anónimo disse...

Kevin Rudd refuta críticas

Público, 14.02.2008

O primeiro-ministro australiano, Ke-
vin Rudd, refutou ontem no Parlamento as sugestões de que o país po-
deria ter feito mais para evitar as aparentes tentativas de assassínio do Presidente e do primeiro-ministro de Timor-Leste, perseguindo o major rebelde Alfredo Reinado ou protegendo aqueles políticos.
"A Força Australiana de Defesa não
é responsável pela protecção pesso-
al" do Presidente Ramos-Horta, acres-
centou Rudd, que depois disse ao ca-
nal 9 da televisão que as tropas adicionais poderão ficar em Timor durante algum tempo. Camberra terá de ter muita cautela em não retirar um número substancial de militares sem ter a certeza de que a polícia e os soldados locais estarão à altura das circunstâncias.
Em Agosto de 2006, depois de a situação se ter precipitado nas ilhas Salomão e em Timor-Leste, a Austrália determinou que se deveria dotar de mais 2600 soldados, ao longo de 11 anos, para assim poder intervir em mais estados, numa região cada vez mais instável. Para atrair mais recrutas para as suas necessidades geoestratégicas, o Exército admitiu ser menos rigoroso quanto aos problemas de peso do mancebos, às suas tatuagens ou ao facto de já haverem consumido drogas.
O então primeiro-ministro conser-
vador John Howard afirmou ser do
interesse claro dos australianos impedir o surgimento de estados falhados e estarem atentos a todos os problemas da região, fossem eles nas Fiji, no Vanuatu, na Papua-Nova Guiné, nas ilhas Salomão ou em Timor-Leste.
Robert McClelland, actual procurador-geral e nessa altura porta-voz da oposição para as questões da De-
fesa, declarou que os trabalhistas apoiavam o aumento dos efectivos militares, de modo a que a Austrália possa contribuir melhor para os desafios da segurança regional. Mas a senadora dos Verdes Kerry Nettle comentou que o Governo já estava a gastar mais com a Defesa do que com a Educação. J.H.

Anónimo disse...

Díli defende inquérito internacional à crise
DN, 14/02/08
LUÍS NAVES

Parlamento aprova estado de sítio por mais dez dias
O Parlamento timorense aprovou ontem o prolongamento do estado de sítio por mais dez dias, decisão que cabe ao Presidente interino, Fernando "La Sama" Araújo, já em funções. Na votação participaram apenas 44 dos 65 deputados eleitos. A Fretilin, na oposição, absteve-se, alertando para a ausência de um relatório sobre a situação do país, ao fim de dois dias de estado de sítio.

Fernando "La Sama" defendeu entretanto a constituição de uma comissão de inquérito internacional aos incidentes de segunda-feira. As autoridades timorenses contam com apoio explícito do Governo português.

Durante a viagem para Dili, proveniente de Lisboa, o Presidente interino afirmou à Lusa que a acção do grupo liderado por Alfredo Reinado foi uma "tentativa de golpe de Estado muito grave, que tem de ser investigada". Segundo disse, o diálogo terminou e todos os rebeldes terão de entregar as armas.

Para participar na comissão de inquérito, Fernando "La Sama" Araújo sugeriu, além de Portugal, Reino Unido, Indonésia e Filipinas. Lisboa já respondeu. O Presidente interino pediu a participação da GNR no inquérito e o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, explicou ontem estar disposto "a responder sim ao pedido e, no âmbito do contingente da GNR, criar valências que ajudem a desenvolver a investigação criminal".

O chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, elogiou na Assembleia da República a ideia de uma comissão internacional de inquérito. Na opinião do ministro dos Negócios Estrangeiros português, "o que se passou em Dili, do ponto de vista de um pequeno Estado em formação, tem de ser avaliado até às últimas consequências". O chefe da missão das Nações Unidas em Dili, Atul Khare, também já se pronunciou a favor.

Refira-se que no duplo atentado do grupo do major Reinado, na manhã de segunda-feira (na noite de domingo, em Lisboa) ficou gravemente ferido o Presidente timorense, José Ramos-Horta, que teve de ser hospitalizado em Darwin, na Austrália.

Depois do Governo de Xanana Gusmão ter decretado o estado de sítio, com o respectivo recolher obrigatório, não houve mais violência, mas a tensão permanece na capital. O velório do major rebelde atraiu uma multidão considerável. As pessoas gritaram vivas e mostraram grande emoção, sobretudo quando o caixão foi aberto. O enterro de Reinado estava previsto para quinta-feira às 10 horas, madrugada de hoje em Portugal.

O corpo de Reinado foi levado para a casa da família adoptiva sob protecção da GNR. Junto, estava o caixão de um elemento do seu grupo, Leonardo, também abatido na segunda-feira. Os dois homens eram de Maubisse, mas o enterro não se iria realizar naquela vila, pois podia haver distúrbios, incluindo a possibilidade de rapto do corpo.

Anónimo disse...

Atacantes pretenderiam raptar Horta e Xanana
JN, 14/02/08

Investigadores internacionais citados pela Imprensa australiana acreditam que os dois grupos liderados por Alfredo Reinado e Gastão Salsinha pretendiam sequestrar, não assassinar, Ramos-Horta e Xanana Gusmão. O "filme" dos acontecimentos revela que sete homens armados foram à casa de Xanana Gusmão dizendo aos seguranças que não queriam criar problemas mas apenas escoltar o primeiro-ministro.

A situação descontrolou-se porque Xanana estava fora da residência, levando os rebeldes a alterar o plano e a procurar bloquear o regresso do primeiro-ministro a Díli.

O facto de a barragem de fogo contra a coluna de Xanana não ter feito vítimas e ter atingido apenas os pneus da sua viatura é, segundo investigadores australianos, revelador de que o não quereriam matar.

Os investigators acreditam também que o major Alfredo Reinado foi à casa de Ramos-Horta para o raptar, o que não aconteceu porque o presidente estava distante da residência.

A razão para a morte de Alfredo Reinado uma hora antes de Ramos-Horta ter sido alvejado deve-se, segundo esta tese, ao facto de a ausência do presidente ter motivado uma reacção dos seus seguranças contra o grupo atacante. Reinado foi atingido mas os seus homens continuaram à procura de Horta e, perante a morte do seu comandante, resolveram alvejar o presidente fazendo cair o plano inicial de rapto.

Anónimo disse...

GNR impõe tolerância zero no funeral de Alfredo Reinado

JN, 14/02/08
Orlando Castro

Com Ramos-Horta a recuperar de forma satisfatória, embora se aponte para meio ano de inactividade, as atenções concentram- -se hoje no funeral do major Alfredo Reinado, morto durante o ataque contra a residência do presidente de Timor-Leste. O recolher obrigatório foi prolongado até ao dia 23, cabendo ao subagrupamento Bravo da GNR a segurança durante o funeral, tal como fez em relação aos transporte do corpo para o velório na residência de Vítor Alves, o pai adoptivo, no Bairro Marconi, em Díli, onde deverá ser enterrado.

Dezenas de pessoas aguardaram a chegada do corpo do major gritando "Viva Reinado", "Reinado está vivo" e "Vamos continuar a luta de Reinado". Apesar de ser natural de Maubisse (a 60 quilómetros a sul da capital), será enterrado em Díli por questões se segurança, nomeadamente por se temer que o corpo possa ser raptado.

Paralelamente ao forte dispositivo militar e policial que enquadra as cerimónias fúnebres, Vítor Alves e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, juntaram- -se para apelar à calma e ao respeito pelo luto da família.

As autoridades timorenses temem que os simpatizantes de Alfredo Reinado possam causar problemas, mas acreditam que isso só deverá acontecer dias depois do funeral. E é no sentido de retirar margem de manobra aos seguidores do major que, ontem, o procurador-geral de Timor- -Leste, Longuinhos Monteiro, ordenou a prisão de 18 suspeitos de envolvimento nos ataques contra José Ramos-Horta e Xanana Gusmão e que, segundo as autoridades, podem ser os principais impulsionadores de mais actos de violência.

Afirmando que as provas contra os suspeitos são 99% seguras, Longuinhos Monteiro acredita que as prisões ajudarão também a clarificar as motivações dos ataques e, ao mesmo tempo, a decapitar as tentativas de dar seguimento aos actos do major Alfredo Reinado.

A liderar a lista de suspeitos, e sobre os quais impendem mandados de captura com carácter de urgência, está o antigo tenente Gastão Salsinha, que segundo as autoridades timorenses chefia agora o grupo de revoltosos que fugiu para as montanhas, local onde durante muitos anos ajudou a combater as forças de ocupação indonésias.

Alguns seguidores de Alfredo Reinado presentes no velório, e mau grado a presença da Polícia e das forças militares, não se inibiram de dizer que vão continuar a luta do major rebelde, enaltecendo as suas qualidade de "defensor do povo". Defensor do povo porque, dizem alguns dos seus apoiantes mais politizados, "Reinado defendia as mesmas ideias de Ramos- -Horta no tempo em que este afirmava que enquanto houver miséria não haverá uma paz verdadeira".

As ameaças estão a ser levadas muito a sério pelas forças de segurança, e o próprio comandante da GNR em Timor-Leste, capitão Martinho, acredita que a aparente calma que se vive em Díli poderá ser quebrada a qualquer momento.

Anónimo disse...

Timorese president walked into gunfight
Timorese Rebels Stormed President's Compound Firing Guns, Shouting "Traitor!"
ANTHONY DEUTSCH
AP News


Feb 13, 2008 14:17 EST
The rebels jumped from two cars, firing machine guns as they stormed the compound of President Jose Ramos-Horta. "Traitor! Traitor!" they shouted, hunting for the Nobel Peace Prize winner.
In one of the most detailed accounts yet of Monday's assassination attempt, a guard described how he killed fugitive rebel commander Alfredo Reinado before the president returned from an early morning walk on the beach.
"I shouted Alfredo's name and then opened fire at his head with my machine gun because he was wearing a bulletproof vest," the guard told The Associated Press, speaking on condition of anonymity because he is prohibited from talking to the media about the attack.
"I fired many times, I don't know how many times," said the guard, who was back on duty Tuesday in his uniform.
But gunmen lying in a ditch then shot the president in the chest and stomach.
Along with a separate strike against the prime minister an hour later, the events plunged East Timor into fresh crisis just six years after it voted to break free from decades of brutal Indonesian rule.
Doctors on Wednesday said Ramos-Horta — who won a Nobel Peace Prize for his nonviolent campaign against the 24-year occupation — was stable and recovering well from gunshot wounds, but remained in "extremely serious" condition at an Australian hospital.
Parliament extended a 48-hour state of emergency by 10 days until Feb. 23 due to concerns about more unrest. Funerals for the rebels will be held Thursday and plans were under way to issue arrest warrants for 18 suspects in the shootings.
The attack on Ramos-Horta was led by Reinado, who was wanted on murder charges for his role in a 2006 surge of violence that left dozens dead. A raid on his mountain base by Australian troops killed five of his supporters, but Reinado escaped.
Last month, he threatened to march on the capital with his men if the government ignored demands to reinstate hundreds of mutinous soldiers.
"Alfredo Reinado was a traitor and I will gladly go hunt down and fight the others responsible for this attack," said the guard who detailed how he fatally shot the fugitive rebel commander. Two other guards interviewed by the AP on Tuesday corroborated the account.
A friend of Ramos-Horta's who spoke on condition of anonymity because the shooting is under investigation, said Monday's battle raged for around 30 minutes before the president heard shots. Making his way inland, he refused a ride from a passing vehicle and walked up the public road to the house escorted by two bodyguards with pistols, the friend said.
A phone call reporting an exchange of fire came into the nearest police station at 6:59 a.m.; two police units arrived about 15 minutes later.
No U.N. police or foreign troops intervened in the shootout, because Ramos-Horta had said he only wanted protection from Timorese forces, said the U.N.'s deputy country head, Finn Reske-Nielsen.
The shots that hit Ramos-Horta were fired by men laying in wait across from the main entrance to the residence, after Reinado and his bodyguard Leopoldinho da Costa, had been shot dead, the guard said.
During the shooting, an East Timor soldier arrived by car and drove into the line of fire to protect Ramos-Horta, crashing into a signpost and a wooden fence before he too was critically injured.
The attack — in which rebel forces slipped into the capital, Dili, using cars with government license places — has raised questions about who was responsible for protecting the president and why more than 2,000 foreign police and soldiers could not prevent it.
Ramos-Horta has proudly called himself a man of the people who never wanted or needed a heavy security detail and has never shied away from taking risks.
He personally intervened in 2006 when rival gangs roamed the streets looting, burning and attacking people with machetes. He has told stories about driving around the capital, day and night, without any protection.
"President Jose Ramos-Horta was found lying on the ground," said U.N. deputy police Chief Hermanprit. Two minutes later he was in an ambulance to the hospital, he said.
During Indonesian occupation, Ramos-Horta was East Timor's voice to the world, taking its struggle for independence to the United Nations and becoming its first foreign minister after it won independence in 2002.
In 2006, the firing of nearly 600 mutinous soldiers who said they were being discriminated against — including Reinado and his men — led to gunbattles between police and army forces that left 37 dead and drove 155,000 from their homes. Tens of thousands still live in dirty camps.
Source: AP News

http://wiredispatch.com/news/?id=44624

Anónimo disse...

East Timor extends emergency
East Timor Extends Emergency Rule After Assassination Attempts
ANTHONY DEUTSCH
AP News
Feb 13, 2008 06:52 EST
East Timor extended by 10 days a state of emergency imposed after assassination attempts on the president and the prime minister.

Meanwhile, the body of a rebel leader slain in one of the attacks arrived home Wednesday to a hero's welcome.
Prime Minister Xanana Gusmao asked parliament for the extension, saying it was "in the interests of the people" so they could "live in peace and normalcy" following Monday's shootings, which left President Jose Ramos-Horta critically wounded.
Lawmakers later agreed, with 30 votes in favor and 14 abstaining.
The emergency order bans demonstrations, gives police extended powers and imposes a nighttime curfew.
THIS IS A BREAKING NEWS UPDATE. Check back soon for further information. AP's earlier story is below.
DILI, East Timor (AP) — East Timor's prime minister said Wednesday he would push for a 10-day extension of a state of emergency imposed in the tiny country after assassination attempts on him and the president.
Meanwhile, the corpse of a rebel leader slain in one of the attacks arrived home Wednesday to a hero's welcome.
Xanana Gusmao said the extension was "in the interests of the people" so they could "live in peace and normalcy" following Monday's shootings, which left President Jose Ramos-Horta critically wounded.
The current emergency order bans demonstrations, gives police extended powers and calls for a nighttime curfew. The parliament was expected to discuss the extension later Wednesday, when the current emergency is due to end.
The attacks underscored the challenges facing East Timor, a country of 1 million people that has struggled to achieve stability after voting to break free from Indonesia a UN-sponsored ballot earlier this decade.
Doctors said Jose Ramos-Horta — who won a Nobel Peace Prize for his campaign against the occupation — was stable and recovering well from gunshot wounds, but remained in "extremely serious" condition at an Australian hospital.
Ramos-Horta was attacked by around 10 men close to his home as he returned from a morning walk, officials said. His guards fired back, killing rebel soldier Alfredo Reinado and one of his followers.
An hour later, gunmen also attacked a car carrying Gusmao, but he escaped unhurt.
The bodies of Reinado and his follower were taken to Reinado's home under heavy police escort Wednesday where hundreds of family members and supporters wept and jostled to get a glimpse of them. His burial was due to take place on Thursday, officials said.
The coffins were opened briefly, allowing mourners to see the faces of the bloodied corpses.
"I accept his death with a heavy heart," said Reinado's uncle, Victor Alves. "I appeal to all the militants to accept his death and be peaceful."
Attorney General Longuinhos Monterio said prosecutors would soon issue arrest warrants for 18 suspects in the attacks. He said the evidence against the men was strong, but declined to give their names. No arrests have been made so far.
Analysts predicted Reinado's supporters might stage violent demonstrations, but the country has so far been calm. On Wednesday, Australian soldiers searched cars for weapons at checkpoints and armored U.N. vehicles guarded top politicians.
Reinado and his followers were blamed in part for a spasm of unrest in 2006 after they deserted the army, triggering clashes that killed 37 people and led to the collapse of the tiny nation's first post-independence government.
He had been charged with murder over the events, but enjoyed folk hero status among some youth and people from the west of the country who complain that the central government discriminates against them.
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Associated Press writer Tanalee Smith contributed to this report from Darwin, Australia.
Source: AP News
http://wiredispatch.com/news/?id=44073

Anónimo disse...

East Timor, Shaken by Attack on Leaders, Weighs Causes

By DONALD GREENLEES
Published: February 14, 2008
DILI, East Timor — In the wake of Monday’s twinned attacks on the president and prime minister here, the United Nations, the international military force and the East Timorese government are all facing questions about how the country’s two top leaders were exposed to attack, why a renowned rebel leader and his gang were left largely free to roam the countryside for months and what exact motive the attackers had.


Doctors said President José Ramos-Horta had been lucky to survive the three gunshot wounds he received when he was attacked by men led by a renegade former military police officer, Alfredo Reinado. Mr. Ramos-Horta remained in serious condition Wednesday in a hospital in the Australian city of Darwin. Prime Minister Xanana Gusmão was unharmed in the ambush of his motorcade an hour after the president was shot.
The United Nations and East Timorese police have begun a joint investigation, and the commander of East Timor’s defense force has called for the appointment of a panel of inquiry.
For his part, Mr. Ramos-Horta had not been not overly concerned about his personal security, despite this country’s history of sudden and unpredictable eruptions of violence. He was in the habit of taking dawn walks along the shoreline near his home in the east of this seaside capital. On Monday, he left home accompanied by a solitary guard armed with just a pistol. Last December, in another sign of his confidence in local security forces and in his personal safety, he requested that foreign police officers and soldiers assigned to the United Nations and international stabilization force no longer participate in his security detail, senior United Nations officials said Wednesday.
Thereafter, his security was shared by two groups. Within the compound of his home, soldiers of the East Timor Defense Force stood guard. Whenever he left, he was accompanied by a squad from the East Timor National Police. Analysts said Wednesday that the president’s vulnerability had as much to do with the political strategy the government was pursuing against the military rebels as with the inadequacy of security measures.
Mr. Reinado, who was killed in an exchange of gunfire with Mr. Ramos-Horta’s security guards, had won status as a folk hero in some quarters in East Timor, particularly among unemployed youth. He had deserted in 2006 during a confrontation between sections of the army and the former government over alleged discrimination against soldiers from the country’s western districts.
Mari Alkatiri, the former prime minister, tried to resolve the dispute by dismissing several hundred troops. Violence erupted in which 37 people were killed and tens of thousands displaced from their homes. Mr. Reinado was captured and jailed, but he later escaped.
The 2006 violence helped bring down the Alkatiri government. But the fear of it being repeated has influenced attitudes to security ever since.
Mr. Ramos-Horta and Mr. Gusmão led attempts for a peaceful resolution of the dispute with Mr. Reinado’s men. Last year they asked the United Nations and international military force, largely made up of Australian soldiers, to abandon the hunt for Mr. Reinado in the hope that he might surrender.
The president had gone so far as to issue a letter of free passage to the army mutineer, allowing him to wander the countryside and unite his supporters.
The chief of the United Nations mission in East Timor, Atul Khare, said in an interview Wednesday that the government’s reluctance to capture Mr. Reinado by force had resulted in a hiatus in security operations against his small rebel group, numbering about two dozen former soldiers.
Mr. Khare said the United Nations police force, which had the authority to arrest Mr. Reinado, did not have the capability to confront a heavily armed opponent in the densely forested and mountainous interior of East Timor.
“We have a police force which is there to maintain law and order, not to go after heavily armed militarized rebels,” Mr. Khare said. “We don’t have a military component in the U.N.”
The separate, Australian-led international military force of about 1,000 troops is not under United Nations authority. The Dili government asked the force to halt operations against the rebels following a failed night raid last March that led to rioting in Dili by Mr. Reinado’s sympathizers.
Some United Nations officials say the efforts Mr. Ramos-Horta was leading to reach a negotiated settlement make Monday’s shootings puzzling, and that was reasonable for Mr. Ramos-Horta to feel sanguine about his personal security.
There is growing speculation that the shooting might have been a kidnapping attempt that went horribly wrong rather than a planned assassination or coup plot, as Mr. Gusmão initially described it.
“The evidence isn’t leading to assassination plots,” said a senior United Nations official who requested anonymity because he was not authorized to speak on behalf of the mission. “All the evidence points to a double kidnapping.”
The view is partly based on Mr. Gusmão’s own assessment of the attack. He has highlighted the fact that no one in his convoy was killed in the ambush near his home, and that most of the gunfire was at the wheels of the vehicles.
For now, the country remains tense. On Wednesday, Parliament approved Mr. Gusmão’s request to extend the 48-hour state of emergency for another 10 days, under which an 8 p.m. curfew is imposed, unauthorized public gatherings are banned and the police are granted special additional powers.
Australia has bolstered its 780-strong military deployment with an additional 140 troops and 70 police officers. East Timor’s near neighbors, Australia and Indonesia, have justifiable concerns about the stability of the six-year-old nation. Civil war in East Timor following Portugal’s abrupt decolonization in 1975 caused a flood of refugees across the border into Indonesia and gave Indonesia the pretext to begin an invasion and a 24-year occupation.
Hugh White, a former deputy secretary of the Australian Defense Department and professor of strategic studies at the Australian National University, said the international military commitment increasingly looks like it has no exit strategy.
“I don’t think additional troops will make much difference,” he said. “In the end these are not problems that the military can solve. The problems have to be solved by political negotiation, or reconfiguration of East Timor’s political structures to reflect the social realities. That process seems to be happening very slowly if at all.”
Tim Johnson contributed reporting from Sydney.
http://www.nytimes.com/2008/02/14/world/asia/14timor.html?ex=1360645200&en=38824d032ffedd62&ei=5090&partner=rssuserland&emc=rss&pagewanted=all

Anónimo disse...

FOLHA DE SAO PAULO, 14/02/2008

PAULO NOGUEIRA BATISTA JR.

José Ramos-Horta

O Timor Leste, que ainda luta arduamente para se consolidar como nação, precisa muito de José Ramos-Horta

VIOLÊNCIA gera violência, como se sabe. O curioso é que não-violência também gera violência. A política da não-violência possui não se sabe que capacidade de provocar as reações mais brutais e extremas.
No século 20, alguns dos maiores defensores e praticantes da não-violência acabaram assassinados a tiros. Mahatma Gandhi em 1948 e Martin Luther King em 1968, por exemplo. Como notou Derek Walcott, Prêmio Nobel de Literatura em 1992, "quem oferece vingança é apenas um inimigo. Mas, quando você oferece paz e amor, isso enfurece as pessoas. E acaba assassinado. Por isso mataram Cristo, por isso atiraram em King, por isso mataram Gandhi".
Por isso, podemos acrescentar, atentaram no dia 11 deste mês contra a vida de José Ramos-Horta, presidente de Timor Leste. Ele foi a voz externa da resistência dos timorenses à brutal ocupação do Timor Leste pela Indonésia entre 1975 e 1999.
Percorreu o mundo para contar o sofrimento do seu povo e sensibilizar a opinião pública internacional para as barbaridades que o governo da Indonésia cometia em Timor.
Era um trabalho extraordinariamente difícil, uma vez que o resto do mundo demonstrava pouco ou nenhum interesse pela tragédia do pequeno país asiático. Os outros países estavam muito mais interessados em fazer negócios com a Indonésia do que em apoiar a defesa da autonomia e dos direitos humanos dos timorenses. O reconhecimento só viria muito mais tarde, em 1996, quando Ramos-Horta recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Ramos-Horta é um conciliador. Quem o conhece diz que ele é um homem gentil, sensível e de grande generosidade. Estava agora profundamente engajado na negociação de uma saída pacífica para a crise política e militar que atinge o seu país. E, pelo que se sabe, vinha tendo sucesso. Pronto. Foi o suficiente para que lhe metessem três balas -uma no estômago e duas no peito. Perdeu muito sangue e seu estado é grave.
Encontra-se agora em Darwin, no norte da Austrália, onde está sendo submetido a sucessivas cirurgias para extrair as balas e seus estilhaços. Ramos-Horta esteve há pouco mais de duas semanas no Brasil. Numa entrevista ao jornal "O Globo", ele se referiu a seus opositores de maneira positiva, inclusive -ironicamente- ao ex-major Alfredo Reinado, o líder dos militares rebelados que comandaria o atentado contra ele no dia 11 e que acabaria morrendo na troca de tiros com a guarda presidencial.
Ao jornal brasileiro, Ramos-Horta afirmou que "a esmagadora maioria da população não está interessada em violência. Eu me reuni com Alfredo Reinado há três semanas e foi um encontro muito positivo em que ele voltou a manifestar sua posição de que não quer violência. Ele aceitou retomar o diálogo e tenho a esperança de que a curto prazo possamos fechar esse capítulo".
Reinado havia liderado a violenta rebelião de 2006. "Ele vai ser julgado", disse Ramos-Horta na mesma entrevista, "mas eu me oponho terminantemente ao uso da força e da violência para levá-lo ao tribunal.
Tenho insistido no diálogo para criar condições e clima de confiança para ele se apresentar à Justiça".
"Cria-se a paz pelo diálogo, e não pelas leis", disse Ramos-Horta. O Timor Leste, um dos países mais pobres do mundo, que ainda luta arduamente para se consolidar como nação, precisa muito dele. Esperam os timorenses e seus amigos no exterior que ele sobreviva a essa provação e volte, renovado e fortalecido, para completar a sua obra de pacificação e construção nacional.



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PAULO NOGUEIRA BATISTA JR., 52, escreve às quintas-feiras nesta coluna. Diretor-executivo no FMI, representa um grupo de nove países (Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Haiti, Panamá, República Dominicana, Suriname e Trinidad e Tobago).

Anónimo disse...

Tradução:
0 Timor-Leste: Democracia sob cerco
Global Voices Online

Título: Timor-Leste: Democracia sob cerco

por Paula Góes, Co-Editor de Língua Portuguesa
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pt: Timor Leste: Democracia sob cerco...

* Análise da crise recente tal como foi 'vista' e apresentada por alguns blogs.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.