By Jill Gralow Reuters
Published: February 14, 2008
DARWIN: The brother of East Timor President Jose Ramos-Horta on Thursday accused United Nations security forces of behaving like "bloody cowards" and said they hid, rather than defended the wounded leader against rebels.
Arsenio Ramos-Horta, in Darwin to visit his brother who has just had surgery on two bullet wounds that partially destroyed his right lung, said he personally cradled the Nobel Peace Prize winner in his arms as U.N. troops refused help.
"They should have come straight away, not to waste time. They are bloody cowards," he told Reuters.
Arsenio Ramos-Horta was in the presidential compound when the gunfight broke out on Monday between presidential guards and rebel soldiers led by Alfredo Reinado, who was killed in the pre-dawn attack.
The United Nations rejected accusations its officers left Jose Ramos-Horta bleeding for more than 30 minutes without help, releasing emergency call logs showing just two minutes between when the president was found and the arrival of an ambulance.
The log said the first emergency call was received at 6.59 a.m. in Dili, and U.N. police arrived at 7.15 a.m., locating Ramos-Horta inside the compound near a bamboo fence at 7.23 a.m. The ambulance arrived at 7.25 a.m.
But Arsenio Ramos-Horta said U.N. personnel refused to offer help from the time they arrived and did not leave the cover of roadblocks set up near the presidential residence.
"They should have taken some action, not sit there on the roadblocks," he said. "He would have been in a better condition."
Ramos-Horta is in a serious but stable condition in Australia's Royal Darwin Hospital, where he was taken on life support after emergency treatment at an Australian military hospital in Dili.
East Timor's military chief, Brigadier-General Taur Matan Ruak, has also demanded an explanation from international security forces as to how rebel soldiers were able to attack Ramos-Horta and Prime Minister Xanana Gusmao.
Ruak said there had been "a lack of capacity" shown by international security forces in the country, which include 1,100 Australian and New Zealand soldiers, as well as more than 1,600 United Nations police from 40 countries.
Australia's Foreign Minister Stephen Smith told parliament a full investigation would be carried out and international forces would "take account of what, if any, lessons were to be learned".
Smith said he had also spoken to his Portuguese counterpart, who offered extra assistance from Lisbon for East Timor if required in the wake of the assassination attempts.
In Dili, East Timor's Prosecutor-General Longinhos Monteiro said on Thursday that he had issued arrest warrants for six more people suspected of involvement in the attacks on Ramos-Horta and Gusmao, who escaped injury.
That brought the total number of suspects so far to 24.
"We are giving time for police to execute the warrants. We have 21 days to prepare the dossiers," Monteiro said, after meeting interim president Fernando de Araujo.
The police have not yet arrested the suspects.
The atmosphere in Dili remained calm, following parliament's decision to extend the state of emergency for a further 10 days to February 23.
Arsenio Ramos-Horta said his brother would be taken off ventilators assisting his breathing later on Thursday ahead of another round of surgery, expected on Friday or Saturday.
Surgeons this week said it would be several weeks before the president began to be mobile, and up to six months before he fully recovered after discharge in around a fortnight.
(Additional reporting by Tito Belo and Ahmad Pathoni in Dili, and Rob Taylor in Canberra; Writing by Rob Taylor and Sara Webb; Editing by David Fogarty)
Tradução:
Polícias da ONU chamados “cobardes” em Timor-Leste
Por Jill Gralow Reuters
Publicado: Fevereiro 14, 2008
DARWIN: O irmão do Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta na Quinta-feira acusou as forças de segurança da ONU de comportarem-se como "malditos cobardes" e disse que eles se esconderam em vez de defenderem o líder ferido contra os amotinados.
Arsenio Ramos-Horta, em Darwin para visitar o seu irmão que acabou de ter uma cirurgia em duas feridas de balas que destruiram parcialmente o seu pulmão direito, disse que ele pessoalmente cuidou o vencedor do Nobel da Paz nos armos enquanto as tropas da ONU recusavam ajudar.
"Deviam ter vindo de imediato, não perderem tempo. São uns malditos cobardes," disse àd Reuters.
Arsenio Ramos-Horta estava no complexo presidencial quando rebentou o tiroteio na Segunda-feira entre os guardas presidenciais e soldados amotinados liderados por Alfredo Reinado, que foi morto no ataque de madrugada.
As Nações Unidas rejeitaram acusações que os seus funcionários deixaram José Ramos-Horta a sangrar durante mais de 30 minutos sem ajuda, mostrando registos das chamadas de emergência que mostram apenas dois minutos entre quando o presidente foi encontrado e a chegada da ambulância.
O registo dizia que a primeira chamada de emergência foi recebida às 6.59 a.m. em Dili, e que a polícia da ONU chegou às 7.15 a.m., localizando Ramos-Horta dentro do complexo perto duma vedação de bambú às 7.23 a.m. A ambulância chegou às 7.25 a.m.
Mas Arsenio Ramos-Horta disse que o pessoal da ONU recusou ajudar desde a altura em que chegaram e que não levantaram o bloqueio da estrada montada perto da residência presidencial.
"Eles deviam ter actuado, não ficarem sentados no bloqueio da estrada," disse. "Ele estaria em melhor situação."
Ramos-Horta está numa condição séria mas estável no Royal Darwin Hospital da Austrália, para onde foi levado depois duma operação de emergência num hospital militar Australiano em Dili.
O comandante militar de Timor-Leste, Brigadeiro-General Taur Matan Ruak, exigiu também uma explicação das forças internacionais de segurança sobre como conseguiu o soldado amotinado atacar Ramos-Horta e o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão.
Ruak disse que houve uma "falta de capacidade" mostrada pelas forças internacionais de segurança no país, que incluem 1,100 soldados Australianos e da Nova Zelândia, bem como mais de 1,600 polícias da ONU de 40 países.
O Ministro dos Estrangeiros da Austrália Stephen Smith disse no parlamento que se fará uma investigação completa e que as forças internacionais "levarão em conta que aprenderão a lição".
Smith disse ter também falado com o seu colega Português, que ofereceu assistência extra de Lisboa para Timor se necessário após as tentativas de assassínio.
Em Dili, o Procurador-Geral Longinhos Monteiro disse na Quinta-feira que tinha emitido mandatos de captura para mais seis pessoas suspeitas de envolvimento nos ataques a Ramos-Horta e Gusmão, que saiu ileso.
Isso elevou o número total de suspeitos para 24 até agora.
"Estamos a dar tempo à polícia para executar os mandatos. Temos 21 dias para preparar os dossiers," disse Monteiro, depois de se encontrar com o presidente interino Fernando de Araujo.
A polícia ainda não prendeu os suspeitos.
A atmosfera em Dili mantem-se calma, depois da decisão do parlamento de prolongar o estado de sítio por mais 10 dias até 23 de Fevereiro.
Arsénio Ramos-Horta disse que o seu irmão sairá do ventilador o mais tardar até Quinta-feira antes doutra operação esperada para Sexta-feira ou Sábado.
Esta semana os cirurgiões disseram que demorará várias semanas para o presidente começar a andar a seis meses para uma recuperação completa depois de sair do hospital daqui a quinze dias.
(Relatos adicionais de Tito Belo e Ahmad Pathoni em Dili, e Rob Taylor em Canberra; Escrito por Rob Taylor e Sara Webb; Editado por David Fogarty)
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
U.N. East Timor police called "cowards"
Por Malai Azul 2 à(s) 20:02
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
Polícias da ONU chamados “cobardes” em Timor-Leste
Por Jill Gralow Reuters
Publicado: Fevereiro 14, 2008
DARWIN: O irmão do Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta na Quinta-feira acusou as forças de segurança da ONU de comportarem-se como "malditos cobardes" e disse que eles se esconderam em vez de defenderem o líder ferido contra os amotinados.
Arsenio Ramos-Horta, em Darwin para visitar o seu irmão que acabou de ter uma cirurgia em duas feridas de balas que destruiram parcialmente o seu pulmão direito, disse que ele pessoalmente cuidou o vencedor do Nobel da Paz nos armos enquanto as tropas da ONU recusavam ajudar.
"Deviam ter vindo de imediato, não perderem tempo. São uns malditos cobardes," disse àd Reuters.
Arsenio Ramos-Horta estava no complexo presidencial quando rebentou o tiroteio na Segunda-feira entre os guardas presidenciais e soldados amotinados liderados por Alfredo Reinado, que foi morto no ataque de madrugada.
As Nações Unidas rejeitaram acusações que os seus funcionários deixaram José Ramos-Horta a sangrar durante mais de 30 minutos sem ajuda, mostrando registos das chamadas de emergência que mostram apenas dois minutos entre quando o presidente foi encontrado e a chegada da ambulância.
O registo dizia que a primeira chamada de emergência foi recebida às 6.59 a.m. em Dili, e que a polícia da ONU chegou às 7.15 a.m., localizando Ramos-Horta dentro do complexo perto duma vedação de bambú às 7.23 a.m. A ambulância chegou às 7.25 a.m.
Mas Arsenio Ramos-Horta disse que o pessoal da ONU recusou ajudar desde a altura em que chegaram e que não levantaram o bloqueio da estrada montada perto da residência presidencial.
"Eles deviam ter actuado, não ficarem sentados no bloqueio da estrada," disse. "Ele estaria em melhor situação."
Ramos-Horta está numa condição séria mas estável no Royal Darwin Hospital da Austrália, para onde foi levado depois duma operação de emergência num hospital militar Australiano em Dili.
O comandante militar de Timor-Leste, Brigadeiro-General Taur Matan Ruak, exigiu também uma explicação das forças internacionais de segurança sobre como conseguiu o soldado amotinado atacar Ramos-Horta e o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão.
Ruak disse que houve uma "falta de capacidade" mostrada pelas forças internacionais de segurança no país, que incluem 1,100 soldados Australianos e da Nova Zelândia, bem como mais de 1,600 polícias da ONU de 40 países.
O Ministro dos Estrangeiros da Austrália Stephen Smith disse no parlamento que se fará uma investigação completa e que as forças internacionais "levarão em conta que aprenderão a lição".
Smith disse ter também falado com o seu colega Português, que ofereceu assistência extra de Lisboa para Timor se necessário após as tentativas de assassínio.
Em Dili, o Procurador-Geral Longinhos Monteiro disse na Quinta-feira que tinha emitido mandatos de captura para mais seis pessoas suspeitas de envolvimento nos ataques a Ramos-Horta e Gusmão, que saiu ileso.
Isso elevou o número total de suspeitos para 24 até agora.
"Estamos a dar tempo à polícia para executar os mandatos. Temos 21 dias para preparar os dossiers," disse Monteiro, depois de se encontrar com o presidente interino Fernando de Araujo.
A polícia ainda não prendeu os suspeitos.
A atmosfera em Dili mantem-se calma, depois da decisão do parlamento de prolongar o estado de sítio por mais 10 dias até 23 de Fevereiro.
Arsénio Ramos-Horta disse que o seu irmão sairá do ventilador o mais tardar até Quinta-feira antes doutra operação esperada para Sexta-feira ou Sábado.
Esta semana os cirurgiões disseram que demorará várias semanas para o presidente começar a andar a seis meses para uma recuperação completa depois de sair do hospital daqui a quinze dias.
(Relatos adicionais de Tito Belo e Ahmad Pathoni em Dili, e Rob Taylor em Canberra; Escrito por Rob Taylor e Sara Webb; Editado por David Fogarty)
Enviar um comentário