segunda-feira, janeiro 28, 2008

Suharto Leaves a Legacy of Stability in Indonesia (Update2)

Bloomberg
By Berni Moestafa and Karima Anjani

Jan. 28 (Bloomberg) -- Former Indonesian President Suharto's death leaves a nation split between demanding justice for alleged abuses committed during his 32-year rule and forgiving a leader who brought stability and economic growth.

The dictator, forced out of power in 1998, died of multiple organ failure at a hospital in Jakarta yesterday at the age of 86. ``If father has made mistakes, we ask that he be forgiven,'' Siti Hardiyanti Rukmana, his daughter, said.

Suharto's ``authoritarian system temporarily created stability and welfare,'' said J. Kristiadi, an analyst at the Center for Strategic and International Studies in Jakarta. ``But it lacked the process of democracy to uphold human rights and eventually rotted from within.''

The former dictator's rule, one of Asia's longest, saw the economy expand 6.1 percent annually in the 1980s, making it among the 10 fastest growing, according to the World Bank. Yet he was ousted amid economic strife and violent pro-democracy protests as critics alleged his family and friends, with interests in businesses from trading cloves to transporting petrochemicals, benefited the most from the country's expansion.

Suharto's coffin, draped in Indonesia's red and white flag, arrived by military plane in Solo, central Java province, for burial at his family's cemetery today. Thousands of people earlier gathered at his Jakarta residence to pay their respects. The government has declared a seven-day mourning period.

'Cruel' Regime

Cindy Robertha Biere, a movie editor, said she's willing to forgive Suharto's ``cruel'' rule of Indonesia because his regime also brought stability to a nation with 300 ethnic groups and about 18,000 islands. ``He ruled the nation in his own way, with cruelty sometimes,'' said Biere after Suharto's death was announced over a public-address system in a Jakarta mall.

Suharto, sometimes called ``the smiling general,'' ensured no deputy developed a power base by installing six vice presidents in his seven terms.

He is alleged to have stolen as much as $35 billion, or 1.3 percent a year on average of Indonesia's gross domestic product, according to a report published by the United Nations Office on Drugs and Crime in September. Mohammad Assegaf, Suharto's lawyer, has said the UN report is ``nonsense.''

His family amassed a fortune of as much as $15 billion in cash, property, art, jewelry and jet planes, according to a 1999 Time magazine article.

Libel Suit

Indonesia's Supreme Court last year ordered Time Warner Inc. to pay Suharto 1 trillion rupiah ($107 million) in damages in a libel suit for publishing the article. Time magazine is challenging the ruling.

The government last year filed civil cases against Suharto seeking to recover $1.5 billion.

``I think a trial is needed,'' said Muhamad Maksun, a Jakarta taxi driver. ``It hopefully will help Suharto in the afterlife.''

UN Secretary-General Ban Ki-moon sent condolences to the government and people of Indonesia and said Suharto's rule was an ``important period'' in the country's history.

``Though there may be some controversy over his legacy, President Suharto was a historic figure,'' U.S. Ambassador Cameron R. Hume said in an e-mailed statement. Suharto `` left a lasting imprint on Indonesia and the region.''

Life Expectancy

Under Suharto, per-capita income in Asia's third-most populous nation quadrupled and the ratio of those living in absolute poverty declined from more than three people in five to about one in 10 by 1998. Life expectancy grew from 49 years in the early 1970s to 66 in 1999, the World Bank said.

President Susilo Bambang Yudhoyono called the former leader ``one of the nation's finest sons'' and asked Indonesians to give him the ``highest respect.''

A 1965 coup attempt, cast as a communist plot, and the overthrow of President Sukarno, Indonesia's first, marked a turning point for the nation. Suharto's rise to power was followed by the killing of more than 500,000 people in civil unrest, most accused of having ties to communists.

He also ordered the invasion of East Timor in 1975 after the colonial power, Portugal, was forced out.

The invasion, supported by the U.S. according to declassified State Department documents, resulted in the deaths of more than 100,000 East Timorese by the time the country gained independence in 1999, the Commission for Reception, Truth and Reconciliation in Timor-Leste, as the country is now called, said in a report.

Australian Prime Minister Kevin Rudd said in a statement Suharto was a ``controversial figure in respect of human rights and East Timor.''

Rudd paid tribute to his role in modernizing Indonesia and helping establish the Association of Southeast Asian Nations.

Malaysian Prime Minister Abdullah Ahmad Badawi said Suharto was a ``well respected man'' while in office and thanked him for his efforts to improve ties with Malaysia.

To contact the reporters on this story: Berni Moestafa in Jakarta at bmoestafa@bloomberg.net ; Karima Anjani in Jakarta at kanjani@bloomberg.net

Last Updated: January 27, 2008 22:53 EST

Tradução:

Suharto deixa uma herança de estabilidade na Indonésia (Actualização2)

Bloomberg
Por Berni Moestafa e Karima Anjani

Jan. 28 (Bloomberg) – A morte do antigo Presidente Indonésio Suharto deixa uma nação dividida entre a que pede justiça por alegados abusos cometidos durante os seus 32 anos de governação e os que pedem para perdoar a um líder que trouxe estabilidade e crescimento económico.

O ditador, forçado para for a do poder em1998, morreu por falhanço múltiplo de órgãos num hospital em Jacarta ontem com 86 anos de idade. ``Se o pai cometeu erros, pedimos para ele ser perdoado ,'' disse Siti Hardiyanti Rukmana, a sua filha.

O sistema autoritário de Suharto criou temporariamente a estabilidade e o bem-estar,'' disse J. Kristiadi, um analista no Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais em Jacarta. ``Mas faltou-lhe o processo de democracia para apoiar os direitos humanos e acalhou por apodrecer por dentro.''

A governação do antigo ditador, uma das mais longas da Ásia, viu a economia expandir-se 6.1 por cento anualmente nos anos de 1980s, pondo-a entre as 10 de crescimento mais rápido, de acordo com o Banco Mundial. Contudo ele foi expulso no meio de luta económica e de violentos protestos pró-democracia enquanto os críticos alegavam que a sua família e amigos foram que mais bebeficiaram da expansão do país, com interesses em negócios desde o comércio de cravos-da-Ìndia ao transporte de petroquímicos.

O caixão de Suharto, embrulhado na bandeira vermelha e branca da Indonésia, chegou por avião militar a Solo, no centro da província de Java, para ser enterrado hoje no cemitério da sua família. Antes milhares de pessoas juntaram-se na sua residência de Jacarta para mostrarem respeito. O governo declarou um período de luto de sete dias.

Regime 'Cruel'

Cindy Robertha Biere, um editor de cinema, disse que está disposta a perdoar a governação “cruel” da Indonésia de Suharto porque o seu regime trouxe também estabilidade numa nação com 300 grupos étnicos e cerca de 18,000 ilhas. ``Ele governou a nação à sua maneira, com crueldade algumas vezes,'' disse Biere depois da morte de Suharto ser anunciada num sistema de informação pública num centro comercial em Jacarta.

Suharto, às vezes chamado ``o general sorridente,''assegurou que nenhum vice desenvolveu uma base de poder ao instalar seis vice-presidentes nos seus sete mandatos.

Alega-se que ele roubou tanto quantos $35 biliões ou uma média de 1.3 por cento por ano do produto interno bruto da Indonésia, de acordo com um relatório publicado pelo Gabinete das Nações Unidas de Drogas e Crimes em Setembro. Mohammad Assegaf, advogado de Suharto disse que o relatório da ONU é um ``disparate.''

A sua família juntou uma fortuna de $15 biliões em dinheiro, propriedades, arte, jóias e aparelhos de jacto, de acordo com um artigo do magazine Time de 1999 .

Processo de Acusação

O Supremo Tribunal da Indonésia no ano passado ordenou que a Time Warner Inc. pagasse a Suharto 1 trilião de rupias ($107 milhões) em prejuízos num processo de acusação por ter publicado o artigo. A Time magazine recorreu da decisão.

O governo no ano passado entregou processos civis contra Suharto para tentar recuperar $1.5 biliões.

``Penso que é preciso um julgamento,'' disse Muhamad Maksun, um taxista de Jacarta. ``Isso ajudará Suharto na outra vida.''

O Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon enviou condolências ao governo e ao povo da Indonésia e disse que a governação de Suharto foi um “período importante” na história do país.

“Apesar de poder haver alguma controversia sobre o seu legado, o Presidente Suharto foi uma figura histórica,'' disse o embaixador dos USA Cameron R. Hume numa declaração por e-mail. Suharto “deixou uma impressão duradoura na Indonésia e na região.''

Expectativa de Vida

Sob Suharto, o rendimento per-capita na terceira mais populosa nação da Ásia quadruplicou e o racio dos que vivem na pobreza absoluta declinou de mais de três em cinco vidas para cerca de uma em 10 em 1998. A expectativa de vida cresceu de 49 anos no princípio dos anos 1970s para 66 em 1999, disse o Banco Mundial.

O Presidente Susilo Bambang Yudhoyono chamou ao antigo líder “um dos melhores filhos da nação” e pediu aos Indonésios para lhe darem o “mais alto respeito”.'

Uma tentativa de golpe em 1965, encenada coomo uma conspiração comunista, e o derrube do Presidente Sukarno, o primeiro da Indonésia, marcou um ponto de viragem da nação. A subida de Suharto ao poder foi seguido pela matança de mais de 500,000 pessoas em desassossego civil, a maioria acusada de ter laços com os comunistas.

Ele também ordenou a invasão de Timor-Leste em 1975 depois do poder colonial, Portugal, ter sido forçado a sair.

A invasão, apoiada pelos USA de acordo com documentos desclassificados do Departamento do Estado, resultou nas mortes de mais de 100,000 Timorenses pela altura em que o país ganhou a independência em 1999, disse num relatória a Comissão para a Abertura, Verdade e Reconciliação em Timor-Leste.

O Primeiro-Ministro Australiano Kevin Rudd disse numa declaração que Suharto foi uma “figura controversa no que respeita aos direitos humanos e a Timor-Leste.''

Rudd prestou homenagem ao seu papel para modernizar a Indonésia e ajudar a estabelecer a Associação das Nações do Sudeste Asiático.

O Primeiro-Ministro da Malásia Abdullah Ahmad Badawi disse que Suharto foi um “homem respeitado” enquanto esteve no cargo e agradeceu-lhe os seus esforços para melhorar os laços com a Malásia.

Para contactar os repórteres desta história: Berni Moestafa em Jacarta em bmoestafa@bloomberg.net ; Karima Anjani em Jacarta em
kanjani@bloomberg.net

Última Actualização: Janeiro 27, 2008 22:53 EST

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Suharto deixa uma herança de estabilidade na Indonésia (Actualização2)
Bloomberg
Por Berni Moestafa e Karima Anjani

Jan. 28 (Bloomberg) – A morte do antigo Presidente Indonésio Suharto deixa uma nação dividida entre a que pede justiça por alegados abusos cometidos durante os seus 32 anos de governação e os que pedem para perdoar a um líder que trouxe estabilidade e crescimento económico.

O ditador, forçado para for a do poder em1998, morreu por falhanço múltiplo de órgãos num hospital em Jacarta ontem com 86 anos de idade. ``Se o pai cometeu erros, pedimos para ele ser perdoado ,'' disse Siti Hardiyanti Rukmana, a sua filha.

O sistema autoritário de Suharto criou temporariamente a estabilidade e o bem-estar,'' disse J. Kristiadi, um analista no Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais em Jacarta. ``Mas faltou-lhe o processo de democracia para apoiar os direitos humanos e acalhou por apodrecer por dentro.''

A governação do antigo ditador, uma das mais longas da Ásia, viu a economia expandir-se 6.1 por cento anualmente nos anos de 1980s, pondo-a entre as 10 de crescimento mais rápido, de acordo com o Banco Mundial. Contudo ele foi expulso no meio de luta económica e de violentos protestos pró-democracia enquanto os críticos alegavam que a sua família e amigos foram que mais bebeficiaram da expansão do país, com interesses em negócios desde o comércio de cravos-da-Ìndia ao transporte de petroquímicos.

O caixão de Suharto, embrulhado na bandeira vermelha e branca da Indonésia, chegou por avião militar a Solo, no centro da província de Java, para ser enterrado hoje no cemitério da sua família. Antes milhares de pessoas juntaram-se na sua residência de Jacarta para mostrarem respeito. O governo declarou um período de luto de sete dias.

Regime 'Cruel'

Cindy Robertha Biere, um editor de cinema, disse que está disposta a perdoar a governação “cruel” da Indonésia de Suharto porque o seu regime trouxe também estabilidade numa nação com 300 grupos étnicos e cerca de 18,000 ilhas. ``Ele governou a nação à sua maneira, com crueldade algumas vezes,'' disse Biere depois da morte de Suharto ser anunciada num sistema de informação pública num centro comercial em Jacarta.

Suharto, às vezes chamado ``o general sorridente,''assegurou que nenhum vice desenvolveu uma base de poder ao instalar seis vice-presidentes nos seus sete mandatos.

Alega-se que ele roubou tanto quantos $35 biliões ou uma média de 1.3 por cento por ano do produto interno bruto da Indonésia, de acordo com um relatório publicado pelo Gabinete das Nações Unidas de Drogas e Crimes em Setembro. Mohammad Assegaf, advogado de Suharto disse que o relatório da ONU é um ``disparate.''

A sua família juntou uma fortuna de $15 biliões em dinheiro, propriedades, arte, jóias e aparelhos de jacto, de acordo com um artigo do magazine Time de 1999 .

Processo de Acusação

O Supremo Tribunal da Indonésia no ano passado ordenou que a Time Warner Inc. pagasse a Suharto 1 trilião de rupias ($107 milhões) em prejuízos num processo de acusação por ter publicado o artigo. A Time magazine recorreu da decisão.

O governo no ano passado entregou processos civis contra Suharto para tentar recuperar $1.5 biliões.

``Penso que é preciso um julgamento,'' disse Muhamad Maksun, um taxista de Jacarta. ``Isso ajudará Suharto na outra vida.''

O Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon enviou condolências ao governo e ao povo da Indonésia e disse que a governação de Suharto foi um “período importante” na história do país.

“Apesar de poder haver alguma controversia sobre o seu legado, o Presidente Suharto foi uma figura histórica,'' disse o embaixador dos USA Cameron R. Hume numa declaração por e-mail. Suharto “deixou uma impressão duradoura na Indonésia e na região.''

Expectativa de Vida

Sob Suharto, o rendimento per-capita na terceira mais populosa nação da Ásia quadruplicou e o racio dos que vivem na pobreza absoluta declinou de mais de três em cinco vidas para cerca de uma em 10 em 1998. A expectativa de vida cresceu de 49 anos no princípio dos anos 1970s para 66 em 1999, disse o Banco Mundial.

O Presidente Susilo Bambang Yudhoyono chamou ao antigo líder “um dos melhores filhos da nação” e pediu aos Indonésios para lhe darem o “mais alto respeito”.'

Uma tentativa de golpe em 1965, encenada coomo uma conspiração comunista, e o derrube do Presidente Sukarno, o primeiro da Indonésia, marcou um ponto de viragem da nação. A subida de Suharto ao poder foi seguido pela matança de mais de 500,000 pessoas em desassossego civil, a maioria acusada de ter laços com os comunistas.

Ele também ordenou a invasão de Timor-Leste em 1975 depois do poder colonial, Portugal, ter sido forçado a sair.

A invasão, apoiada pelos USA de acordo com documentos desclassificados do Departamento do Estado, resultou nas mortes de mais de 100,000 Timorenses pela altura em que o país ganhou a independência em 1999, disse num relatória a Comissão para a Abertura, Verdade e Reconciliação em Timor-Leste.

O Primeiro-Ministro Australiano Kevin Rudd disse numa declaração que Suharto foi uma “figura controversa no que respeita aos direitos humanos e a Timor-Leste.''

Rudd prestou homenagem ao seu papel para modernizar a Indonésia e ajudar a estabelecer a Associação das Nações do Sudeste Asiático.

O Primeiro-Ministro da Malásia Abdullah Ahmad Badawi disse que Suharto foi um “homem respeitado” enquanto esteve no cargo e agradeceu-lhe os seus esforços para melhorar os laços com a Malásia.

Para contactar os repórteres desta história: Berni Moestafa em Jacarta em bmoestafa@bloomberg.net ; Karima Anjani em Jacarta em kanjani@bloomberg.net

Última Actualização: Janeiro 27, 2008 22:53 EST

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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