segunda-feira, janeiro 28, 2008

Os polícias da UNPOL

Comentário na sua mensagem "Mais uns passos a caminho da ditadura...":

Cuidado com as generalizações.

Com tantos polícias de tantas nacionalidades, a UNPOL é uma salganhada com experiências nos seus próprios países muito diferentes.

Mas se os polícias em causa eram australianos ou de outro país com tradições democráticas mais arreigadas, é grave, muito grave mesmo.

É-o em quaisquer circunstâncias mas neste caso é, mesmo, incompreensível/imperdoável.

Por outro lado, também há que colocar a hipótese de o polícia estar despenteado com tanta agitação e não querer ficar mal na fotografia. Será que não pediu para apagar para depois gravar de novo, já penteadinho com a risca ao lado para o verem bonitolá em casa?

Independentemente disso, não é por aqui que se caminha para a ditadura. Mas que os "chefões" têm, afinal, tiques de mandões mais evidentes do que os anteriores, lá isso têm...

E depois há que compreender também a angústia da ONU: afinal estão a proteger uma ordem constitucional de constitucionalidade mais que suspeita e em que os próprios chefões estão com acusações bem mais graves que o anterior.

Ora a ONU não nasceu para estas coisas e mal deve saber como descalçar a bota... Daí adoptar a sua filosofia habitual, só desmentida aqui e ali: sempre, sempre ao lado do poder...

1 comentário:

Anónimo disse...

Suharto/Óbito: Xanana Gusmão assiste a funeral «para esquecer o passado»
28 de Janeiro de 2008, 02:19

Díli, 28 Jan (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, assiste hoje ao funeral do ex-ditador indonésio Suharto, que em 1975 ordenou a ocupação da antiga colónia portuguesa, durante a qual foram mortos cerca de 200.000 timorenses, anunciou fonte oficial.

O porta-voz do Governo, Agio Pereira, informou que Xanana Gusmão partiu na manhã de hoje de Díli com destino a Solo, Java Central, onde será enterrado Suharto, falecido no domingo, em Jacarta, aos 86 anos, após 23 dias de internamento hospitalar.

"A presença do nosso primeiro-ministro no funeral de Suharto significa que queremos esquecer o passado e encarar as futuras relações entre os dois países de uma maneira positiva", indica um comunicado oficial.

Agio Pereira sublinhou que Xanana Gusmão "irá ao funeral do ex-presidente como expressão de reconhecimento e gratidão do povo de Timor-Leste a Suharto por aquilo que fez de positivo no país durante os 24 anos de ocupação indonésia".

O porta-voz acrescentou que as tropas indonésias, sob a ditadura de Suharto, assassinaram muitos civis e independentistas nesse período, mas que as forças ocupantes também contribuíram para o desenvolvimento das infra-estruturas e recursos humanos de Timor.

A 17 de Janeiro, quando Suharto completava duas semanas de hospitalização, o Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, pediu aos timorenses que perdoassem o ex-ditador.

OM-Lusa/fim.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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