segunda-feira, janeiro 28, 2008

Timor-Leste: Mudança simbólica de comando na GNR

Diário Digital / Lusa
28-01-2008 12:26:00

O subagrupamento Bravo da GNR em Timor-Leste realizou hoje a mudança simbólica de comando, depois de seis meses de serviço do quarto contingente da GNR no país.

O capitão João Martinho, à frente do quinto contingente da GNR em Timor-Leste, substitui o capitão Marco Cruz, que chefiou nos últimos seis meses os 142 militares do subagrupamento Bravo.

Na sua intervenção de despedida, o capitão Marco Cruz salientou a contribuição dos militares da GNR para a manutenção da segurança e ordem pública, o apoio humanitário à população e a formação da Polícia Nacional timorense (PNTL).

A GNR realizou nos últimos meses a formação de 60 elementos da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da PNTL.

«O ano que passou foi o ano da restauração da normalidade e 2008 será o ano do desenvolvimento da sustentabilidade», referiu Atul Khare, representante-especial do secretário-geral das Nações Unidas e chefe da missão internacional em Timor-Leste (UNMIT), na passagem de comando da GNR.

Os militares da GNR, aquartelados em Díli, integram uma das quatro unidades autónomas de polícia da UNMIT.

8 comentários:

Anónimo disse...

Os meus parabéns aos militares da GNR que são rendidos pelo excelente trabalho feito e desejo ao Cap Martinho uma missão tranquila e bem-sucedida.

Todos merecem a minha admiração pelo nobre serviço que prestam a Portugal, dignificando o seu nome, e a Timor-Leste, recebendo em troca o respeito e a amizade do povo timorense.

disse...

You have a most interesting blog.

Anónimo disse...

Funeral de um criminoso

"O funeral do antigo general Suharto juntou esta manhã dezenas de milhar de pessoas em Solo, na Indonésia. As cerimónias fúnebres mereceram honras de Estado. O Presidente indonésio decretou uma semana de luto nacional." ( SIC inline )
Que a morte de um criminoso assassino possa ter honras de estado dos seus herdeiros, não se percebe mas ...vá lá, é um funeral em família.
Que entre os representantes estrangeiros presentes no funeral se encontre o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, não só não se percebe como não se aceita.
Mais uma vez a memória dos 200.000 mortos timorenses foi espezinhada por esse ridículo pantomineiro!!!

Postado por João Almeida em http://briteiros.blogspot.com/

Anónimo disse...

Diário Digital/Lusa - 28-01-2008 14:09

Suharto/óbito: «Nunca iria ao funeral», diz Mari Alkatiri

Mari Alkatiri nunca iria ao funeral de Suharto, afirmou hoje o ex-primeiro-ministro timorense à Agência Lusa.

«Eu não iria nunca ao funeral» do ex-Presidente indonésio, declarou Mari Alkatiri, que considerou «uma hipocrisia completa» a ida do actual primeiro-ministro, Xanana Gusmão, às cerimónias fúnebres de Suharto.

«Na nossa cultura, os mortos devem ser respeitados mas Xanana Gusmão nunca poderia ter ido a título pessoal», acrescentou Mari Alkatiri.

«Temos que perdoar tudo, mas ninguém tem legitimidade para perdoar todos», explicou o dirigente da Fretilin.

Mari Alkatiri sublinhou que pode dizer o que pensa do ex-Presidente Suharto por já não estar na chefia do governo.

«Foi durante a Presidência de Suharto que a Indonésia invadiu Timor-Leste, que custou quase 300 mil mortos», resumiu Mari Alkatiri.

«A ida de Xanana Gusmão ao funeral, num avião da Polícia indonésia, foi um passo dado em falso, impensado, e cujo preço político será pago nas próximas eleições», declarou ainda Mari Alkatiri.
###

Anónimo disse...

28-01-2008
Obituário de um ditador sanguinário

Suharto já foi para onde
mandou centenas de milhar

Os jornais dedicam hoje várias páginas a morte do ditador indonésio Suharto e à sua crónica de vida manchada pelo sangue de centenas de milhar dos seus compatriotas (e também do povo de Timor-Leste), sempre com o inquestionável apoio das Administrações norte-americanas.
«O tempo das cerejas» orgulha-se de não ter precisado de esperar pela sua morte para lembrar a verdade sobre o golpe de 30.9.1965 que o levaria ao poder e sobre o terrível massacre que se seguiu, atingindo de forma particularmente brutal e selectiva os comunistas indonésios. Fê-lo aqui em «Combates da memória (12)» , assinalando o 42º aniversário desse golpe.
Ao ler a imprensa de hoje, quem deve estar muito triste é o «zero» do blogue «25 centímetros de neve» que aqui , em polémica comigo, procurou então dar naturalidade geoestratégica a tudo o que aconteceu na Indónésia depois do golpe de Suharto em 1965. Por fim, resta-me acrescentar que a imagem à esquerda é a capa da Time de 15.6.1966, em que a asumpção formal do poder por Sukarno é celebrada com um contente «insert» no topo à esquerda que assinala «Indonésia: a terra que os comunistas perderam». Nem o golpe de 1965 nem a sangueira que seguiu jamais tiveram direito a capa da Time. [sobre a morte de Suharto, ler aqui os comentário de António Abreu no seu blogue «Antreu»]
Posted by VÍTOR DIAS at http://tempodascerejas.blogspot.com/2008/01/obiturio-de-um-ditador-sanguinrio.html

Anónimo disse...

28 Janeiro, 2008
Invertebrado
Quem ainda tinha dúvidas sobre a natureza da clique Xanana Gusmão- Ramos Horta, deve tê-las dissipado totalmente com a presença do primeiro no funeral do ditador responsável pela morte de 200 mil timorenses e com as declarações do pateta alegre que se tornou famoso pelo seu lacinho. O porta-voz do Governo de Timor-Leste garante que Xanana Gusmão foi ao funeral do ex-presidente "como expressão de reconhecimento e gratidão do povo de Timor-Leste a Suharto por aquilo que fez de positivo no país durante os 24 anos de ocupação indonésia". As palavras são tão chocantes e ignóbeis que tornam difícil qualquer reacção que não seja temer pela sua sanidade mental. Mas há muito que Xanana passou a fronteira da falta de vergonha e dignidade. Era uma questão de tempo para que o seu carácter ficasse à vista de todos. Não precisava era de ser de uma forma tão crua e despudorada.
Postado por Pedro Sales em

http://zerodeconduta.blogspot.com/

Anónimo disse...

Caros amigos,

O jornal Folha de Sao Paulo, do Brasil, publicou hoje (29/01/2008) uma breve entrevista com Ramos Horta. Segue o texto:


Para Ramos-Horta, frustração maior é pobreza extrema

Presidente de Timor Leste diz que perdoa Suharto, mas que potências mundiais têm de responder por apoio a seu regime

No Brasil para encontro com Lula amanhã, Nobel da Paz afirma que vai pedir ao colega brasileiro ajuda com florestas e laptops baratos

SAMY ADGHIRNI
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Mais novo país a ser reconhecido pela ONU, Timor Leste, com apenas seis anos de vida, caminha a passos modestos na consolidação de suas instituições nacionais. Confrontos ocorridos em 2006 entre policiais e militares expuseram a fragilidade do país, que conquistou independência depois de sofrer mais de duas décadas sob a ocupação implacável do ditador indonésio Suharto, que morreu no último domingo.
Em visita ao Brasil, o presidente José Ramos-Horta, 58, figura heróica da independência, explicou ontem à Folha por que perdoa Suharto e disse que sonha em distribuir dinheiro na rua para os pobres.

FOLHA - Como o sr. reagiu à morte de Suharto?
JOSÉ RAMOS-HORTA - A morte do ditador Suharto marca o fim de uma época que se caracterizou pelo massacre de centenas de milhares de pessoas. Foi ele quem ordenou a invasão e ocupação de Timor Leste. Mas EUA, Austrália, Japão e Europa não podem fugir de suas responsabilidades. Eles sustentaram o regime, contribuindo diretamente para a nossa tragédia. A morte de Suharto fecha o capítulo da sórdida política externa dos países ocidentais, que pregavam a democracia e os direitos humanos mas apoiavam as ditaduras mais violentas.

FOLHA - O senhor chocou muita gente ao pedir que os timorenses rezassem por ele e o perdoassem...
RAMOS-HORTA - Eu mesmo perdi dois irmãos e uma irmã. Ela teve mais sorte porque, quando foi morta, o povo que mora nas montanhas encontrou seu corpo e o enterrou num local onde permaneceu por 24 anos. Em 2003, fui pessoalmente recuperá-lo para reenterrá-lo em Dili.
Os outros irmãos nem sequer sabemos onde morreram -provavelmente foram atirados em alguma vala e comidos por cães. Suharto não está mais neste mundo, o país é livre e devemos nos concentrar no presente. Aqueles que estiveram contra nós perderam, e nós ganhamos. Na vitória, devemos ser magnânimos.

FOLHA - O que o sr. dirá ao presidente Lula ao encontrá-lo nesta quarta [amanhã]?
RAMOS-HORTA - Vou dizer o quanto estou sensibilizado pelo apoio que o irmão brasileiro nos tem prestado. Timor Leste é o país que mais recebe ajuda externa do Brasil. Boa parte desse dinheiro custeia o envio de 50 professores brasileiros que ensinam a língua portuguesa. Também recebemos ajuda na área da Justiça. Os juristas vindos do Brasil entendem as nossas dificuldades e não têm a arrogância de peritos de outras nacionalidades. Na área ambiental, solicitei a Brasil e Indonésia, países com as maiores reservas florestais do mundo, que trabalhem em conjunto para apoiar o nosso processo de reflorestamento.
Também pedirei a Lula que nos ofereça mil unidades daqueles laptops que custam menos de US$ 200. Vai ajudar muito em um de meus programas de luta contra a pobreza.

FOLHA - Passada a crise de 2006, qual o risco de novos confrontos?
RAMOS-HORTA - São muito baixos. Ainda como premiê, comecei o trabalhar para sarar as feridas nas forças de segurança. Em 2006, chegamos perto do abismo, mas paramos a tempo.

FOLHA - O senhor é acusado de não ter uma política de segurança clara.
RAMOS-HORTA - Há sempre especialistas que vêm ao meu país por alguns dias e se acham grandes experts em Timor.
Nós, que vivemos o tempo todo lá, temos que nos fingir de ignorantes diante do que esses Einsteins têm a dizer. O processo de reorganização da nossa polícia é um esforço conjunto de todas as instituições timorenses, com o apoio da ONU.
Na área policial, procuramos não repetir os erros cometidos pela organização, como no Haiti. A formação da polícia naquele país envolveu muitas nacionalidades e culturas, o que causou problemas. Nós vamos privilegiar Portugal para fazer a formação básica de nossa polícia e Forças Armadas.

FOLHA - Qual sua maior conquista?
RAMOS-HORTA - Recebi mandato como premiê e ministro da Defesa em 2006, no auge da crise. Consegui sarar as feridas dentro das Forças Armadas [onde a crise começou] e da polícia. Me orgulho de ter realizado esse trabalho em pouco tempo, mesmo que ele não tenha muita visibilidade.

FOLHA - E sua maior frustração?
RAMOS-HORTA - É não poder fazer milagre para resolver rapidamente o problema da extrema pobreza. O meu herói é Jean Valjean [de "Os Miseráveis"], condenado por roubar um pão. Eu me defino como o presidente dos pobres. Se fosse rico, sentaria na rua com malas cheias de dinheiro e daria mil dólares a cada pobre que passasse.

daniel costa-lourenço disse...

excelente blog

daniel - lisboa
http.//strawsea.blogspot.com/

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.