segunda-feira, janeiro 28, 2008

Reinado has confirmed coup, says Mari Alkatiri

The Southeast Asian Times
From News Reports:

Dili, January 21: Fugitive Alfredo Reinado's accusation that former president-and-now prime minister Xanana Gusmao authored last year's crisis in the newly-independent country was a confirmation of what had long been known within Fretilin, the former ruling party's general secretary, Dr Mari Alkatiri, has told the Portuguese newsagency Lusa.

The Australian-trained military police commander "felt betrayed and wants his instigators to also accept their liability", the former prime minister said.
"Alfredo Reinado has now told us what we knew had existed.

"We always said that there was a conspiracy and that there was a coup.

"Reinado has come to tell why he partook in the coup.

"Now what he wants is that his instigators also accept their liabilities, given that he has to face justice."

Asked about the mutineer, deserter and suspected murderer's credibility, Alkatirti, who was first forced to accept an Australian-led military occupation and then resign as prime minister to prevent a possible civil war replied: "Reinado is as credible as (was Vicente da Conceicao) 'Railos'", a protagonist n the 2006 crisis, supporter of the Jose Ramos Horta and Xanana campaigns in 2007 and arrested in October.

"I have always said, from the beginning, that a snake should not be allowed to grow," replied Alkatiri when asked whether Alfredo Reinado was dangerous.

"Alfredo Reinado is today more dangerous.

"He has been able to obtain the support of the petitioners, (from the Armed Forces), or at least a portion of them, and has the support of a portion of the youth.

"There is a certain layer of the youth who are searching for new heroes, given the discrediting of old heroes, fundamentally Xanana..

"These youth are thinking of Reinado.

"Happily, they are not a majority of the youth. But it is still a significant group."

The threat Reinado's accusation poses to the President Jose Ramos-Horta -Gusmao axis can be gauged by the flurry of corporate news reporting of an International Crisis Group warning that East Timor faces more civil unrest in unless the role of the police and the army is more clearly defined.

The Washington-based think tanks call is best seen as a harbinger of a renewed academic-led effort to give the axis more 'muscle' in its effort to first neutralise Reinado and his growing following and then contain Fretilin.

It's a daunting task.

The questions about the role played by Gusmao, his chief of staff and his wife in the coup have still have to be addressed and until they are, more an more East Timorese are likely to abandon them.

Their growing disillusionment is also bound to ensure that crucial questions as to why Ramos-Horta so capriciously ignored the constitution when he allowed Gusmao to become prime minister and form a new government will be asked anew.

Until then, the "donor fatigue" noted by the International Crisis Group is likely to deepen and the enthusiasm of the "international" community for the Australian-made quagmire continue to evaporate.

Correction: The Internation Crisis Group is registered in Washington but its headquarters are in Brussels.

-- Chris Ray

Tradução:

Reinado confirmou o golpe, diz Mari Alkatiri

The Southeast Asian Times
De News Reports:

Dili, Janeiro 21: A acusação do foragido Alfredo Reinado de que o antigo presidente-e-agora- primeiro-ministro Xanana Gusmão foi o autor da crise do ano passado no nova país independente foi uma confirmação do que a Fretilin já sabia disse à agência Lusa o secretário-geral do antigo partido do governo, Dr Mari Alkatir.

O comandante da polícia militar formado pelos Australianos "sentiu-se traído e quer que os seus instigadores assumam também as suas responsabilidades", disse o antigo primeiro-ministro."Alfredo Reinado contou-nos agora o que já sabíamos ter acontecido.

"Sempre dissemos que houve uma conspiração e que houve um golpe.

"Reinado veio contar-nos porque é que participou no golpe.

"Agora o que ele quer é que os seus instigadores aceitem também as suas responsabilidades, dado que ele tem de enfrentar a justiça."

Perguntado acerca da credibilidade do amotinado, desertor e suspeito de homicídio, Alkatirti, que foi forçado a aceitar a ocupação liderada pelos Australianos e depois resignou do cargo de primeiro-ministro para evitar uma possível guerra civil respondeu: "Reinado é tão credível quanto (era Vicente da Conceição) 'Railos'", um protagonista da crise de 2006, apoiante das campanhas de 2007 de José Ramos Horta e Xanana e preso em Outubro.

"Disse sempre desde o princípio que não se deve deixar crescer uma cobra," respondeu Alkatiri quando lhe foi perguntado se Alfredo Reinado era perigoso.

"Alfredo Reinado hoje é mais perigoso.

"Conseguiu obter o apoio dos peticionários, (das Forças Armadas), ou pelo menos duma parte deles, e tem o apoio duma parte dos jovens.

"Há uma certa camada da juventude que anda há procura de novos heróis, dado o descrédito dos velhos heróis, fundamentalmente Xanana..

"Essa juventude pensa em Reinado.

"Com sorte, não são a maioria da juventude. Mas ainda é um grupo significativo."

A ameaça que a acusação de Reinado posa para o eixo Presidente José Ramos-Horta-Gusmão pode ser medido pelo alvoroço dos relatos das corporações dos media de um aviso do International Crisis Group de que Timor-Leste enfrenta mais desassossego civil a não ser que o papel da polícia e dos militares fique definido com mais clareza.

O apelo do grupo de pressão com base em Washington é visto no melhor como um arauto dum esforço renovado liderado por académicos para dar mais “músculo” ao eixo num esforço primeiro para neutralizar Reinado e os seus crescentes seguidores e depois para conter a Fretilin.

É uma tarefa medonha.

As questões sobre o papel de Gusmão, o seu chefe de gabinete e a sua mulher no golpe não foram ainda respondidas e até serem, é provável que mais e mais Timorenses os abandonem.

A crescente desilusão é propícia também para que questões cruciais como por que é que Ramos-Horta ignorou a constituição tão caprichosamente quando permitiu que Gusmão se tornasse primeiro-ministro e formasse um novo governo serão perguntadas de novo.

Até então , a "fadiga de dadores" notada pelo International Crisis Group provavelmente acentua-se e o entusiasmo da comunidade "internacional" para o pântano feito pelos Australianos continua a evaporar-se.

Correcção: O Internation Crisis Group está registado em Washington mas a sua sede é em Bruxelas.

-- Chris Ray

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Reinado confirmou o golpe, diz Mari Alkatiri
The Southeast Asian Times
De News Reports:

Dili, Janeiro 21: A acusação do foragido Alfredo Reinado de que o antigo presidente-e-agora- primeiro-ministro Xanana Gusmão foi o autor da crise do ano passado no nova país independente foi uma confirmação do que a Fretilin já sabia disse à agência Lusa o secretário-geral do antigo partido do governo, Dr Mari Alkatir.

O comandante da polícia militar formado pelos Australianos "sentiu-se traído e quer que os seus instigadores assumam também as suas responsabilidades", disse o antigo primeiro-ministro.
"Alfredo Reinado contou-nos agora o que já sabíamos ter acontecido.

"Sempre dissemos que houve uma conspiração e que houve um golpe.

"Reinado veio contar-nos porque é que participou no golpe.

"Agora o que ele quer é que os seus instigadores aceitem também as suas responsabilidades, dado que ele tem de enfrentar a justiça."

Perguntado acerca da credibilidade do amotinado, desertor e suspeito de homicídio, Alkatirti, que foi forçado a aceitar a ocupação liderada pelos Australianos e depois resignou do cargo de primeiro-ministro para evitar uma possível guerra civil respondeu: "Reinado é tão credível quanto (era Vicente da Conceição) 'Railos'", um protagonista da crise de 2006, apoiante das campanhas de 2007 de José Ramos Horta e Xanana e preso em Outubro.

"Disse sempre desde o princípio que não se deve deixar crescer uma cobra," respondeu Alkatiri quando lhe foi perguntado se Alfredo Reinado era perigoso.

"Alfredo Reinado hoje é mais perigoso.

"Conseguiu obter o apoio dos peticionários, (das Forças Armadas), ou pelo menos duma parte deles, e tem o apoio duma parte dos jovens.

"Há uma certa camada da juventude que anda há procura de novos heróis, dado o descrédito dos velhos heróis, fundamentalmente Xanana..

"Essa juventude pensa em Reinado.

"Com sorte, não são a maioria da juventude. Mas ainda é um grupo significativo."

A ameaça que a acusação de Reinado posa para o eixo Presidente José Ramos-Horta-Gusmão pode ser medido pelo alvoroço dos relatos das corporações dos media de um aviso do International Crisis Group de que Timor-Leste enfrenta mais desassossego civil a não ser que o papel da polícia e dos militares fique definido com mais clareza.

O apelo do grupo de pressão com base em Washington é visto no melhor como um arauto dum esforço renovado liderado por académicos para dar mais “músculo” ao eixo num esforço primeiro para neutralizar Reinado e os seus crescentes seguidores e depois para conter a Fretilin.

É uma tarefa medonha.

As questões sobre o papel de Gusmão, o seu chefe de gabinete e a sua mulher no golpe não foram ainda respondidas e até serem, é provável que mais e mais Timorenses os abandonem.

A crescente desilusão é propícia também para que questões cruciais como por que é que Ramos-Horta ignorou a constituição tão caprichosamente quando permitiu que Gusmão se tornasse primeiro-ministro e formasse um novo governo serão perguntadas de novo.

Até então , a "fadiga de dadores" notada pelo International Crisis Group provavelmente acentua-se e o entusiasmo da comunidade "internacional" para o pântano feito pelos Australianos continua a evaporar-se.

Correcção: O Internation Crisis Group está registado em Washington mas a sua sede é em Bruxelas.

-- Chris Ray

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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