domingo, abril 20, 2008

Timor rebels deny assassination plot; Troops fired first, says Reinado aide

The Age
April 16, 2008

Lindsay Murdoch, Dili


REBELS who attacked East Timor's top two political leaders had no instructions to kill them but had been ordered to Dili by their leader, Alfredo Reinado, for prearranged meetings, two rebels say.

Gastao Salsinha, the leader of a group of rebels being hunted in East Timor's mountains, says Reinado was "drunk and angry" when he called his men together at 9.30 the night before the attacks and told them he was taking them to Dili for meetings with President Jose Ramos Horta and Prime Minister Xanana Gusmao.

"He did not have special instructions that we were going to kill anyone or take up arms or anything like that," Salsinha says in an interview with SBS's Dateline program, which goes to air tonight.

The Dateline program indicates that Reinado had been enraged because he thought an offer of amnesty was slipping away from him.

Another rebel, codenamed Teboko, told Dateline that none of the rebels was prepared for a fight.

He said he was one of 10 rebels who went to Mr Ramos Horta's house on Dili's outskirts where Reinado and one of his men were shot dead shortly after dawn on February 11. "We had an appointment with the President," Teboko said, but he admitted to Dateline that they disarmed the guards at the President's front gate.

"We just came inside and Alfredo just said to them, 'Hello, good morning. It's OK. No problem.
We just want to talk with the President'."

Teboko said Timorese soldiers inside the house compound fired first. He said he saw that Reinado was dead "so we tried to save ourselves and ran way".

An investigation has established that the soldier guard who shot Reinado stalked him in the President's compound before firing his machine-gun.

Mr Ramos Horta was shot and seriously wounded when he returned to the house from a morning walk after being told a gun battle had erupted there.

In a telephone interview from the mountains, Salsinha said he would surrender after Mr Ramos Horta returned to Dili tomorrow from Darwin, where he has been recovering.

He said that the day before the attacks Reinado had been drinking wine with his Timorese-born Australian lover Angelita Pires, who he said was the only person Reinado listened to. "Major Alfredo never listened to us. He listened exclusively to Angelita," he said.

But Ms Pires, who grew up in Darwin, told Dateline she did not influence Reinado to harm anybody.

"You know, I've planned a future with this man, so obviously it's crazy," she said.

Ms Pires, who is politically well connected in Dili, denied Reinado was drunk when she left him late in the afternoon before the attacks to return to Dili. She said she drank only tea with him.

Both Salsinha and Ms Pires confirmed that a group of men met Reinado at a mountain camp near the town of Gleno the evening before the attacks.

At least one of them was from a group called MUNJ

- the Movement for National Unity and Justice - which had been acting as an intermediary in negotiations to try to persuade Reinado to surrender.

In Darwin, Mr Ramos Horta told CNN there was "increasing evidence pointing a finger at external elements" that were supporting Reinado.

"These are elements interested in destabilising East Timor, plunging it into an endless civil war so it could be declared a failed state," he said.


Tradução:

Amotinados de Timor negam conspiração de assassínio; Tropas dispararam primeiro, diz ajudante de Reinado

The Age
Abril 16, 2008

Lindsay Murdoch, Dili

Os amotinados que atacaram os dois líderes políticos de topo de Timor-Leste não tinham nenhuma instrução para os matar mas tinham recebido ordens do seu líder, Alfredo Reinado, para virem a Dili para encontros pré-arranjados, dizem dois amotinados.

Gastão Salsinha, o líder dum grupo de amotinados que está a ser procurado nas montanhas de Timor-Leste, diz que Reinado estava "bêbado e zangado" quando juntou os seus homens às 9.30 na noite antes dos ataques e lhes disse que os levava para Dili para encontros com o Presidente José Ramos Horta e o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão.

"ele não deu instruções especiais que íamos matar alguém ou pegar em armas, ou nada como isso," diz Salsinha numa entrevista ao programa da SBS, Dateline, que vai para o ar hoje à noite.

O programa Dateline indica que Reinado tinha estado enfurecido porque pensava que uma oferta de amnistia estava a fugir-lhe.

Um outro amotinado, de nome de código Teboko, contou ao Dateline que nenhum dos amotinados estava preparado para uma luta.

Ele disse que era um dos 10 amotinados que foram à casa do Sr Ramos Horta nos subúrbios de Dili onde Reinado e um dos seus homens foram mortos a tiro pouco depois de ter nascido o dia em 11 de Fevereiro. "Tínhamos um encontro marcado com o Presidente," disse Teboko, mas admitiu ao Dateline que tinham desarmado os guardas no portão da frente do Presidente.

"Tínhamos acabado de entrar para dentro e Alfredo apenas lhes disse, 'Hello, bom dia. Está OK. Não há problema. Apenas queremos falar com o Presidente'."

Teboko disse que soldados Timorenses no interior do complexo da casa dispararam primeiro. Disse que viu que Reinado estava morto "assim tentámos salvarmos a nós próprios e fugimos ".

Uma investigação estabeleceu que o guarda soldado que disparou contra Reinado seguiu-o no complexo do Presidente antes de abrir fogo .

O Sr Ramos Horta foi baleado e ferido com gravidade quando regressou para a casa dum passeio matinal depois de lhe terem dito que tinha irrompido um tiroteio lá.

Numa entrevista telefónica desde as montanhas, Salsinha disse que se entregará depois do Sr Ramos Horta regressar a Dili amanhã de Darwin, onde tem estado a recuperar.

Ele disse que na véspera dos ataques Reinado tinha estado a beber vinho com a sua amante Australiana, Timorense por nascimento Angelita Pires, que era disse ele a única pessoa a quem Reinado ouvia. "O Major Alfredo nunca nos ouvia. Ele ouvia exclusivamente a Angelita," disse ele.

Mas a Srª Pires, que cresceu em Darwin, contou ao Dateline que não influenciava Reinado para fazer mal a alguém.

"Sabe, tinha planeado um futuro com este homem, por isso é obviamente uma loucura isso," disse ela.

A Srª Pires, que está bem conectada politicamente em Dili, negou que Reinado estivesse bêbado quando o deixou no fim da tarde antes dos ataques para regressar a Dili. Ela disse que apenas bebeu chá com ele.

Ambos Salsinha e a Srª Pires confirmaram que um grupo de homens se encontrou com Reinado num acampamento da montanha perto da cidade de Gleno na noite antes dos ataques.

Pelo menos um deles era dum grupo chamado MUNJ

- o Movimento para a Unidade Nacional e Justiça – que tem estado a actuar como intermediário em negociações para tentar persuadir Reinado a render-se.

Em Darwin, o Sr Ramos Horta disse à CNN que havia "crescente evidência a apontar um dedo a elementos externos" que estavam a suportar Reinado.

"Esses são elementos interessados em desestabilizar Timor-Leste, mergulhando-o numa guerra civil sem fim para que possa ser declarado um Estado falhado," disse ele.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Amotinados de Timor negam conspiração de assassínio; Tropas dispararam primeiro, diz ajudante de Reinado
The Age
Abril 16, 2008

Lindsay Murdoch, Dili

Os amotinados que atacaram os dois líderes políticos de topo de Timor-Leste não tinham nenhuma instrução para os matar mas tinham recebido ordens do seu líder, Alfredo Reinado, para virem a Dili para encontros pré-arranjados, dizem dois amotinados.

Gastão Salsinha, o líder dum grupo de amotinados que está a ser procurado nas montanhas de Timor-Leste, diz que Reinado estava "bêbado e zangado" quando juntou os seus homens às 9.30 na noite antes dos ataques e lhes disse que os levava para Dili para encontros com o Presidente José Ramos Horta e o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão.

"ele não deu instruções especiais que íamos matar alguém ou pegar em armas, ou nada como isso," diz Salsinha numa entrevista ao programa da SBS, Dateline, que vai para o ar hoje à noite.

O programa Dateline indica que Reinado tinha estado enfurecido porque pensava que uma oferta de amnistia estava a fugir-lhe.

Um outro amotinado, de nome de código Teboko, contou ao Dateline que nenhum dos amotinados estava preparado para uma luta.

Ele disse que era um dos 10 amotinados que foram à casa do Sr Ramos Horta nos subúrbios de Dili onde Reinado e um dos seus homens foram mortos a tiro pouco depois de ter nascido o dia em 11 de Fevereiro. "Tínhamos um encontro marcado com o Presidente," disse Teboko, mas admitiu ao Dateline que tinham desarmado os guardas no portão da frente do Presidente.

"Tínhamos acabado de entrar para dentro e Alfredo apenas lhes disse, 'Hello, bom dia. Está OK. Não há problema. Apenas queremos falar com o Presidente'."

Teboko disse que soldados Timorenses no interior do complexo da casa dispararam primeiro. Disse que viu que Reinado estava morto "assim tentámos salvarmos a nós próprios e fugimos ".

Uma investigação estabeleceu que o guarda soldado que disparou contra Reinado seguiu-o no complexo do Presidente antes de abrir fogo .

O Sr Ramos Horta foi baleado e ferido com gravidade quando regressou para a casa dum passeio matinal depois de lhe terem dito que tinha irrompido um tiroteio lá.

Numa entrevista telefónica desde as montanhas, Salsinha disse que se entregará depois do Sr Ramos Horta regressar a Dili amanhã de Darwin, onde tem estado a recuperar.

Ele disse que na véspera dos ataques Reinado tinha estado a beber vinho com a sua amante Australiana, Timorense por nascimento Angelita Pires, que era disse ele a única pessoa a quem Reinado ouvia. "O Major Alfredo nunca nos ouvia. Ele ouvia exclusivamente a Angelita," disse ele.

Mas a Srª Pires, que cresceu em Darwin, contou ao Dateline que não influenciava Reinado para fazer mal a alguém.

"Sabe, tinha planeado um futuro com este homem, por isso é obviamente uma loucura isso," disse ela.

A Srª Pires, que está bem conectada politicamente em Dili, negou que Reinado estivesse bêbado quando o deixou no fim da tarde antes dos ataques para regressar a Dili. Ela disse que apenas bebeu chá com ele.

Ambos Salsinha e a Srª Pires confirmaram que um grupo de homens se encontrou com Reinado num acampamento da montanha perto da cidade de Gleno na noite antes dos ataques.

Pelo menos um deles era dum grupo chamado MUNJ

- o Movimento para a Unidade Nacional e Justiça – que tem estado a actuar como intermediário em negociações para tentar persuadir Reinado a render-se.

Em Darwin, o Sr Ramos Horta disse à CNN que havia "crescente evidência a apontar um dedo a elementos externos" que estavam a suportar Reinado.

"Esses são elementos interessados em desestabilizar Timor-Leste, mergulhando-o numa guerra civil sem fim para que possa ser declarado um Estado falhado," disse ele.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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