domingo, abril 20, 2008

Reinado's 47 calls to Australia

Sydney Morning Herald

Lindsay Murdoch in Dili April 15, 2008

THE rebel leader Alfredo Reinado was involved in 47 telephone calls to or from Australia in the hours before he was shot dead at the home of East Timor's President, Jose Ramos-Horta, investigators have found.

Authorities in Dili want Australian agencies to tell them the names of the telephone subscribers as they focus their inquiries on calls Reinado and his men made before and after the attacks in Dili on February 11.

They also want Australian intelligence agencies to send them any telephone conversations they recorded that relate to the attacks on Mr Ramos-Horta and East Timor's Prime Minister, Xanana Gusmao.

East Timor's Prosecutor-General, Longuinhos Monteiro, who is in charge of the investigation, told the Herald yesterday he had been unable to establish the identities of the subscribers in Australia.

Earlier, he told East Timor's Parliament he had asked the Rudd Government to sign a memorandum of understanding so authorities in Australia could pass information to him.

He said he was finding the investigation into the calls "difficult", partly because East Timor's Portuguese-design telephone system had been "unhelpful".

"I don't know Australia's system … I think it would be good," he said.

Asked about the request, a spokesman for the Attorney-General, Robert McClelland, said that "as a matter of practice we don't comment when we have received requests for information in criminal matters from other countries".

For more than 12 months Reinado had been hunted or closely monitored by Australian soldiers in East Timor, including elite SAS commandos.

During telephone conversations with journalists Reinado, who was trained by the Australian military, often said he was certain his telephone was being tapped and his conversations recorded in Australia.

A Portuguese magazine journalist, Felicia Cabrita, claims to have obtained details of calls made around the time of the attacks by the key people involved. One call, she said, was made by one of Reinado's men, Assanku, to Albino Assis, one of the soldiers providing security at Mr Ramos-Horta's house.

Asked about the call last week, Mr Ramos-Horta told the Herald he did not believe Mr Assis betrayed him.

Cabrita said also that telephone records showed that until February 28 - two weeks after the attacks - Reinado's co-commander, Gastao Salsinha, and a Timorese Australian woman, Angelita Pires, were in contact with soldiers who killed Reinado.

Ms Pires has admitted she was Reinado's lover but has denied accusations she influenced him in the lead-up to the attacks.

Salsinha is on the run in East Timor's mountains.

Mr Monteiro told Parliament his investigation had identified some people who had influenced Reinado's actions. But he declined to name them.

Rumours are rife in Dili about who they are.

Mr Ramos-Horta is expected to return to a hero's welcome in Dili on Thursday after recovering in Darwin from serious gunshot wounds.

Tradução:

As 47 chamadas de Reinado para a Austrália

Sydney Morning Herald

Lindsay Murdoch em Dili Abril 15, 2008

O líder amotinado Alfredo Reinado esteve envolvido em 47 chamadas telefónicas para ou da Austrália nas horas antes de ser morto a tiro na casa do Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, descobriram os investigadores.

As autoridades em Dili querem que as agências Australianas lhes digam os nomes dos assinantes dos telefones dado que focam o seu inquérito nas chamadas que Reinado e os seus homens fizeram antes e depois dos ataques em Dili em 11 de Fevereiro.

Querem ainda que agências de serviços de informações Australianas lhes enviem as conversas telefónicas que gravaram relacionadas com os ataques ao Sr Ramos-Horta e ao Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão.

O Procurador-Geral de Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, que tem a responsabilidade da investigação, disse ontem ao Herald que não conseguiu estabelecer as identidades dos assinantes na Austrália.

Antes, ele contou no Parlamento de Timor-Leste que tinha pedido ao governo de Rudd para assinar um memorando de entendimento para que as autoridades na Austrália pudessem passar-lhe informações a ele.

Disse que estava a achar a investigação às chamadas "difícil", parcialmente porque o sistema de telefones de Timor-Leste de desenho Português não tinha "ajudado".

"Não conheço o sistema da Austrália … penso que deve ser bom," disse.

Perguntado sobre o pedido, um porta-voz do Procurador-Geral, Robert McClelland, disse que "como uma questão de prática não comentamos quando recebemos pedidos de informação em matérias criminais doutros países".

Durante mais de 12 meses Reinado tinha sido procurado ou monitorizado de perto por soldados Australianos em Timor-Leste, incluindo comandos de elite SAS.

Durante conversas telefónicas com jornalistas Reinado, que foi formado pelas forças militares Australianas, disse muitas vezes que tinha a certeza que o seu telefone estava a ser escutado e as suas conversas gravadas na Austrália.

Uma jornalista duma revista Portuguesa, Felicia Cabrita, afirma ter obtido detalhes de chamadas feitas por volta da altura dos ataques pelas pessoas envolvidas. Uma chamada, disse ela, foi feita por um dos homens de Reinado, Assanku, para Albino Assis, um dos soldados que prestava segurança em casa do Sr Ramos-Horta.

Perguntado acerca da chamada na semana passada, o Sr Ramos-Horta disse ao Herald que não acreditava que o Sr Assis o traísse.

Cabrita disse também que as gravações telefónicas mostravam que até 28 de Fevereiro - duas semanas depois dos ataques - que o co-comandante de Reinado, Gastão Salsinha, e uma mulher Timorense Australiana, Angelita Pires, estiveram em contacto com soldados que mataram Reinado.

A Srª Pires admitiu que foi amante de Reinado mas negou acusações de o influenciar antes dos ataques.

Salsinha anda foragido nas montanhas de Timor-Leste.

O Sr Monteiro disse no Parlamento que a sua investigação tinha identificado algumas pessoas que tinham influenciado as acções de Reinado. Mas declinou dar os nomes delas.

Correm rumores em Dili acerca de quem são.

Espera-se que no regresso o Sr Ramos-Horta tenha uma chegada de herói em Dili na Quinta-feira depois de ter recuperado em Darwin de ferimentos graves de balas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
As 47 chamadas de Reinado para a Austrália
Sydney Morning Herald

Lindsay Murdoch em Dili Abril 15, 2008

O líder amotinado Alfredo Reinado esteve envolvido em 47 chamadas telefónicas para ou da Austrália nas horas antes de ser morto a tiro na casa do Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, descobriram os investigadores.

As autoridades em Dili querem que as agências Australianas lhes digam os nomes dos assinantes dos telefones dado que focam o seu inquérito nas chamadas que Reinado e os seus homens fizeram antes e depois dos ataques em Dili em 11 de Fevereiro.

Querem ainda que agências de serviços de informações Australianas lhes enviem as conversas telefónicas que gravaram relacionadas com os ataques ao Sr Ramos-Horta e ao Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão.

O Procurador-Geral de Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, que tem a responsabilidade da investigação, disse ontem ao Herald que não conseguiu estabelecer as identidades dos assinantes na Austrália.

Antes, ele contou no Parlamento de Timor-Leste que tinha pedido ao governo de Rudd para assinar um memorando de entendimento para que as autoridades na Austrália pudessem passar-lhe informações a ele.

Disse que estava a achar a investigação às chamadas "difícil", parcialmente porque o sistema de telefones de Timor-Leste de desenho Português não tinha "ajudado".

"Não conheço o sistema da Austrália … penso que deve ser bom," disse.

Perguntado sobre o pedido, um porta-voz do Procurador-Geral, Robert McClelland, disse que "como uma questão de prática não comentamos quando recebemos pedidos de informação em matérias criminais doutros países".

Durante mais de 12 meses Reinado tinha sido procurado ou monitorizado de perto por soldados Australianos em Timor-Leste, incluindo comandos de elite SAS.

Durante conversas telefónicas com jornalistas Reinado, que foi formado pelas forças militares Australianas, disse muitas vezes que tinha a certeza que o seu telefone estava a ser escutado e as suas conversas gravadas na Austrália.

Uma jornalista duma revista Portuguesa, Felicia Cabrita, afirma ter obtido detalhes de chamadas feitas por volta da altura dos ataques pelas pessoas envolvidas. Uma chamada, disse ela, foi feita por um dos homens de Reinado, Assanku, para Albino Assis, um dos soldados que prestava segurança em casa do Sr Ramos-Horta.

Perguntado acerca da chamada na semana passada, o Sr Ramos-Horta disse ao Herald que não acreditava que o Sr Assis o traísse.

Cabrita disse também que as gravações telefónicas mostravam que até 28 de Fevereiro - duas semanas depois dos ataques - que o co-comandante de Reinado, Gastão Salsinha, e uma mulher Timorense Australiana, Angelita Pires, estiveram em contacto com soldados que mataram Reinado.

A Srª Pires admitiu que foi amante de Reinado mas negou acusações de o influenciar antes dos ataques.

Salsinha anda foragido nas montanhas de Timor-Leste.

O Sr Monteiro disse no Parlamento que a sua investigação tinha identificado algumas pessoas que tinham influenciado as acções de Reinado. Mas declinou dar os nomes delas.

Correm rumores em Dili acerca de quem são.

Espera-se que no regresso o Sr Ramos-Horta tenha uma chegada de herói em Dili na Quinta-feira depois de ter recuperado em Darwin de ferimentos graves de balas.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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