domingo, abril 20, 2008

Dateline exclusive: We didn't shoot first, rebels say

Associates of East Timor's former rebel leader Alfredo Reinado, who were involved in an attack on the country's top political leaders, say they never had orders to kill them and claim they were shot at first.

In an exclusive interview with SBS's
http://news.sbs.com.au/dateline

Dateline program Gastao Salsinha, once deputy to Reinado and now rebel leader, told journalist Mark Davis that, contrary to reports, the alleged attacks were not assassination attempts.

On February 11 this year Reinado and his followers left their mountain hide-out and came to President Jose Ramos-Horta's home in Dili. A fire-fight that ensued left the president seriously wounded and the rebel leader dead.

Prime Minister Xanana Gusmao was confronted in a separate but related incident. He escaped unharmed.

Salsinha claims he was sent to Mr Gusmao's residence on that morning, but not to attack the Prime Minister.

"Major Alfredo Reinado did not say we were going to capture Xanana, the prime minister, or to kill him. He didn't say. He only said that we should go to the Prime Minister's place," Salsinha told Dateline.

He said the rebel leader's order was not clear.

"At 9:30 (the night before) Major Alfredo came to our place. He came drunk and told me to prepare the soldiers to go to Dili. That is what he said but he had no special instructions that we were going to kill anyone or take up arms," Salsinha said.

"When we were at the back of the prime minister's house we didn't shoot one bullet to the house or to the prime minister," he said.

It's believed that Reinado was angry that Mr Ramos-Horta had apparently backed away from an amnesty for rebel soldiers and he wanted to confront the leader.

Another rebel, known as Teboko, says the order from Reinado was not to attack. Teboko was sent to President Ramos-Horta's residence on February 11.

He told they went for an "appointment" with the president and said the rebels did not fire the first shot.

"As we know it was the FDTL that shoot us first, and killed Major Alfredo and the member Leopoldino," Teboko told.

While recovering from his shooting injuries in Australia Mr Ramos-Horta blamed Reinado's girlfriend, Angelita Pires, for influencing the rebel leader's actions.

In her first interview since the shooting, Pires told SBS she had nothing to do with the attacks and that she now fears for her life. She remains a "person of interest" to police.

She denies allegations that she manipulated Reinado and said that the rebel leader looked forward to being pardoned.

"Well I think he was a decent person," she told Dateline. "I think he had the right intentions … but I don't know him in a military sense, I don't know what occurred," she said in reference to the February 11 attacks.

Salsinha is on the run and is still wanted by East Timorese police. But he says he will surrender to President Ramos-Horta, who is due to leave Australia this week to return to East Timor.

"I'm waiting for the president to come and say one or two words and after that we can come down," he said. "If we surrender early this government could condemn us and could take us to prison."

Dateline's Mark Davis investigates 'The shooting of Jose Ramos Horta' Wednesday April 16 at 8:30pm

Source: SBS

Tradução:

Exclusivo do Dateline: não disparámos primeiro, diz amotinado

Associados do antigo líder amotinado de Timor-Leste Alfredo Reinado, que estiveram envolvidos num ataque aos líderes políticos de topo do país, dizem que nunca tiveram ordens para os matar e afirmam que foram baleados primeiro.

Numa entrevista exclusiva com a SBS
http://news.sbs.com.au/dateline

No programa Dateline Gastão Salsinha, que foi o vice de Reinado e é agora líder dos amotinados, disse ao jornalista Mark Davis que, ao contrário das notícias, os alegados ataques não foram tentativas de assassínio.

Em 11 de Fevereiro deste ano Reinado e os seus seguidores deixaram os seus esconderijos na montanha e vieram para casa do Presidente José Ramos-Horta em Dili. Um tiroteio que se seguiu deixou o presidente ferido com gravidade e o líder amotinado morto.

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão foi confrontado num incidente separado mas relacionado. Escapou ileso.

Salsinha afirma que foi mandado para a residência do Sr Gusmão nessa manhã, mas não para atacar o Primeiro-Ministro.

"O Major Alfredo Reinado não disse que íamos capturar Xanana, o primeiro-ministro, ou matá-lo. Ele não disse isso. Disse apenas que devíamos ir a casa do Primeiro-Ministro," disse Salsinha ao Dateline.

Disse que a ordem do líder amotinado não foi clara.

"às 9:30 (na noite antes) o Major Alfredo veio ao nosso local. Ele vinha bêbado e disse-me para preparar os soldados para irem para Dili. Foi isso que ele disse mas não tinha nenhuma instrução especial que íamos matar alguém ou pegar armas," disse Salsinha.

"Quando estávamos nas traseiras da casa do primeiro-ministro não disparámos uma bala para a casa ou para o primeiro-ministro," disse ele.

Acredita-se que Reinado estava zangado porque o Sr Ramos-Horta tinha aparentemente recuado duma amnistia para os soldados amotinados e queria confrontar o líder.

Um outro amotinado, conhecido como Teboko, diz que a ordem de Reinado não era para atacar. Teboko foi mandado para a residência do Presidente Ramos-Horta em 11 de Fevereiro.

Ele disse que foram para um "encontro marcado" com o presidente e disse que os amotinados não dispararam o primeiro tiro.

"Como sabemos foram as FDTL quem dispararam primeiro, e mataram o Major Alfredo e o membro Leopoldino," disse Teboko.

Enquanto recuperava das feridas dos tiros na Austrália o Sr Ramos-Horta acusou a namorada de Reinado', Angelita Pires, de influenciar as acções do líder amotinado.

Na sua primeira entrevista desde o tiroteio, Pires disse à SBS que não teve nada a ver com os ataques e que agora receia pela sua vida. Permanece uma "pessoa de interesse" para a polícia.

Ela nega alegações de ter manipulado Reinado e disse que o líder amotinado esperava ser perdoado.

"Bem, penso que era uma pessoa decente," disse à Dateline. "Penso que tinha intenções certas … mas não o conheço no sentido militar, não sei o que ocorreu," disse ela numa referência aos ataques de 11 de Fevereiro.

Salsinha anda foragido é é ainda procurado pela polícia Timorense. Mas diz que se renderá ao Presidente Ramos-Horta, que deve partir da Austrália esta semana e regressar a Timor-Leste.

"Estou à espera que o presidente venha e diga uma ou duas palavras e depois disso nós descemos," disse. "Se nos rendermos antes este governo pode condenar-nos e pode por-nos na prisão."

Mark Davis do Dateline investiga 'Os tiros contra José Ramos Horta' Quarta-feira Abril 16 às 8:30pm

Fonte: SBS

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Exclusivo do Dateline: não disparámos primeiro, diz amotinado
Associados do antigo líder amotinado de Timor-Leste Alfredo Reinado, que estiveram envolvidos num ataque aos líderes políticos de topo do país, dizem que nunca tiveram ordens para os matar e afirmam que foram baleados primeiro.

Numa entrevista exclusiva com a SBS
http://news.sbs.com.au/dateline

No programa Dateline Gastão Salsinha, que foi o vice de Reinado e é agora líder dos amotinados, disse ao jornalista Mark Davis que, ao contrário das notícias, os alegados ataques não foram tentativas de assassínio.

Em 11 de Fevereiro deste ano Reinado e os seus seguidores deixaram os seus esconderijos na montanha e vieram para casa do Presidente José Ramos-Horta em Dili. Um tiroteio que se seguiu deixou o presidente ferido com gravidade e o líder amotinado morto.

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão foi confrontado num incidente separado mas relacionado. Escapou ileso.

Salsinha afirma que foi mandado para a residência do Sr Gusmão nessa manhã, mas não para atacar o Primeiro-Ministro.

"O Major Alfredo Reinado não disse que íamos capturar Xanana, o primeiro-ministro, ou matá-lo. Ele não disse isso. Disse apenas que devíamos ir a casa do Primeiro-Ministro," disse Salsinha ao Dateline.

Disse que a ordem do líder amotinado não foi clara.

"às 9:30 (na noite antes) o Major Alfredo veio ao nosso local. Ele vinha bêbado e disse-me para preparar os soldados para irem para Dili. Foi isso que ele disse mas não tinha nenhuma instrução especial que íamos matar alguém ou pegar armas," disse Salsinha.

"Quando estávamos nas traseiras da casa do primeiro-ministro não disparámos uma bala para a casa ou para o primeiro-ministro," disse ele.

Acredita-se que Reinado estava zangado porque o Sr Ramos-Horta tinha aparentemente recuado duma amnistia para os soldados amotinados e queria confrontar o líder.

Um outro amotinado, conhecido como Teboko, diz que a ordem de Reinado não era para atacar. Teboko foi mandado para a residência do Presidente Ramos-Horta em 11 de Fevereiro.

Ele disse que foram para um "encontro marcado" com o presidente e disse que os amotinados não dispararam o primeiro tiro.

"Como sabemos foram as FDTL quem dispararam primeiro, e mataram o Major Alfredo e o membro Leopoldino," disse Teboko.

Enquanto recuperava das feridas dos tiros na Austrália o Sr Ramos-Horta acusou a namorada de Reinado', Angelita Pires, de influenciar as acções do líder amotinado.

Na sua primeira entrevista desde o tiroteio, Pires disse à SBS que não teve nada a ver com os ataques e que agora receia pela sua vida. Permanece uma "pessoa de interesse" para a polícia.

Ela nega alegações de ter manipulado Reinado e disse que o líder amotinado esperava ser perdoado.

"Bem, penso que era uma pessoa decente," disse à Dateline. "Penso que tinha intenções certas … mas não o conheço no sentido militar, não sei o que ocorreu," disse ela numa referência aos ataques de 11 de Fevereiro.

Salsinha anda foragido é é ainda procurado pela polícia Timorense. Mas diz que se renderá ao Presidente Ramos-Horta, que deve partir da Austrália esta semana e regressar a Timor-Leste.

"Estou à espera que o presidente venha e diga uma ou duas palavras e depois disso nós descemos," disse. "Se nos rendermos antes este governo pode condenar-nos e pode por-nos na prisão."

Mark Davis do Dateline investiga 'Os tiros contra José Ramos Horta' Quarta-feira Abril 16 às 8:30pm

Fonte: SBS

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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