DN, 18/04/08
PEDRO ROSA MENDES, Díli
A realização de eleições antecipadas em Timor-Leste "pode ter vantagens para todas as partes", declarou ontem à Lusa o Presidente da República timorense, José Ramos-Horta.
"Sempre disse que não tenho objecções a eleições antecipadas desde que resulte(m) de um consenso do Parlamento, de todos os partidos", afirmou Ramos-Horta na sua residência em Díli, onde regressou depois de tratamento na Austrália, na sequência do atentado de 11 de Fevereiro. "A Fretilin quer as eleições antecipadas, talvez no Verão de 2009. O Governo diz que sim, diz que não, ainda não se pronunciou", afirmou em entrevista conjunta à Lusa e RTP.
Para o Presidente, as eleições antecipadas "podem trazer vantagens para todas as partes". "Se o Governo fizer um bom trabalho este ano, as eleições resultam numa vitória do Governo e a Fretilin perde". Mas "se o Governo faz um trabalho miserável, não consegue cumprir as promessas (...), até eu prefiro ter eleições antecipadas porque não temos que os ter mais de três anos", sublinhou.
"O ano de 2008 é um grande teste para o Governo. Se fizer bom trabalho, a Fretilin estará em desvantagem". Se for medíocre, "o povo quererá eleições antecipadas", disse. Ramos-Horta reconheceu que olha para si, hoje, como factor de união da sociedade timorense.
"Parece que sim. É o que revela a explosão popular em me acolher. É o que revela os partidos todos tenham estado no aeroporto". É com esse apoio que o Presidente quer "insistir no diálogo" iniciado no regresso da visita oficial ao Brasil, em Janeiro, incluindo a reunião entre a aliança partidária no Governo e oposição, poucos dias antes do 11 de Fevereiro.
"Tivemos dois diálogos e correram de forma muito salutar e com propostas construtivas. O único ponto por discutir era a exigência de eleições antecipadas. Mas podemos chegar a um compromisso em que ninguém perde a face", afirmou Horta.
"Se houver legislativas antecipadas, eu quero também presidenciais antecipadas", declarou Ramos-Horta, acrescentando que, nesse caso, não seria candidato, conforme a Constituição. "Não sou melhor que os outros. Os outros não são melhores que eu. Vamos testar com o povo", explicou o Presidente.
"Disse também [em Julho de 2006] que a minha preferência não era ser primeiro-ministro. Fui empurrado, sobretudo por Xanana Gusmão. E paguei um preço muito grande como primeiro-ministro porque assumi a responsabilidade numa situação muito difícil", considerou Horta.
"Aceitei, tentei ser leal à Fretilin, respeitando a sensibilidade do partido nessa altura. Depois fui empurrado para presidenciais e não me senti bem tendo como adversário o Francisco Guterres" o presidente da Fretilin, referiu. "Hoje, chego à conclusão que Fernando 'La Sama', por exemplo, seria um bom Presidente, pela forma como agiu" nos meses em que ocupou interinamente a chefia do Estado, afirmou Ramos-Horta.
domingo, abril 20, 2008
Ramos-Horta defende legislativas e presidenciais antecipadas
Por Malai Azul 2 à(s) 02:59
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
6 comentários:
É o momento da verdade! Fez bem em querer convocar as eleições antecipadas,Sr.PR! O país está de mal ao pior.De estado de emergência para estado de sítio,de estado de sítio para estado falhado.Bem haja,sr.Pr!
Maubere Lian
O problema é que Ramos Horta fala muito em eleições antecipadas, mas coloca a responsabilidade dessa decisão nas mãos de toda a gente menos ele, quando afinal só ele é que tem o poder de dissolver o Parlamento.
Continua a obsessão pelo "diálogo", pelos "consensos", por ninguém "perder a face", etc., em vez de aplicar as leis naturalmente. É para isso que elas existem. Quando se tem a obsessão de não fazer nada sem agradar a todos, acaba-se por nada fazer.
Por outro lado, RH diz que não quer ser Presidente e que deve também haver eleição antecipada para PR. Acrescenta que não quis ser PM e que foi empurrado para essa função. Ora isto é caricato, porque das duas uma: ou RH andou dois anos a ser um pau mandado de Xanana só para o ajudar a instalar-se no poder, ou queria mesmo ser PM e PR (há registros disso na imprensa) e de repente mudou de ideias, o que não faz o mínimo sentido e lhe retira toda a credibilidade.
Sim Senhor President. O Estado esta a correr mal. Tamben quero dizer que nao gabas muito o Fernando La Sama, proque que ele tamben sao os que nos primeiros tempos sao aqueles que suportaram e andavam muito com o malicio homen que queres-te assasinalo no dia 11 de Fevreiro. Recordas que ele e o grupo de Mini-Cowboy de Suai" Rui Lopes", que ammeasam o estado de Timor Leste com as palavras de Rui no Televisao disse-que"Pronto para morrer e pronto para matar".
Sedentos de poder, vao esperar ate mil anos que nem vao ter um dia so para eleicoes antecipadas pois se isto acontecer sera a adulteracao a Constituicao.
Rama
Timor-Leste
Adiada presença de Ramos-Horta no Parlamento timorense
Público, 21.04.2008 - 11h01 Lusa
O Presidente de Timor-Leste, Ramos-Horta, adiou para quarta-feira o seu discurso no Parlamento Nacional que estava marcado para hoje.
Maria Paixão, deputada e vice-presidente do Parlamento, anunciou o adiamento para a próxima quarta-feira do discurso de José Ramos-Horta, avança a RTP.
Maria Paixão não apresentou uma razão para este adiamento declarando apenas que a presença de Ramos-Horta no Parlamento não se concretizava por impedimento do Presidente, mas sem avançar qual.
Ramos-Horta regressou a Timor-Leste na passada quinta-feira, depois de ter estado mais de dois meses em Darwin, na Austrália, onde recuperou do ataque de que foi alvo junto à sua residência em Díli, no passado dia 11 de Fevereiro.
José Ramos-Horta já esteve no Parlamento após o seu regresso a Díli, mas apenas para uma curta intervenção que assinalou o seu regresso à chefia do Estado.
se o Governo faz um trabalho miserável, não consegue cumprir as promessas (...), até eu prefiro ter eleições antecipadas porque não temos que os ter mais de três anos,disse Ramos Horta.
A minha preferência não era ser primeiro-ministro. Fui empurrado, sobretudo por Xanana Gusmão. E paguei um preço muito grande.
Aceitei, tentei ser leal à Fretilin, respeitando a sensibilidade do partido nessa altura. Depois fui empurrado para presidenciais e não me senti bem tendo como adversário o Francisco Guterres" o presidente da Fretilin, referiu.
Meu caro PR,não é preciso chorar,arrepender ou desistir da batalha,quem tem razão nunca tem medo,o medo é a nossa derota,fretilin através do seu secretário geral,Mari Alkatiri referiu que "Fretilin está disposta a colaborar com PR para trazer de volta a paz para timor"
Sr.PR não está sozinho,pode contar com juventude maubere.
Sê forte e levante a cabeça,o seu nome será escrito na história de Timor.
Lembra-se sempre que a Fretilin era a sua origem,da minha parte desejo-lhe uma saudaçõa forte e que cumpra os objectivos traçados pelo povo maubere "liberdade e Democracia"
Não tenha medo!seja defensor do povo!
Maubere Lian
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