quinta-feira, fevereiro 21, 2008

EMENDA PODE SER PIOR QUE O SONETO

Blog Timor Lorosae Nação
Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008

Relatório Preliminar - CONCLUSÕES DE DOIS ATENTADOS EM UM?
Jaime Silva Pinto

PREÂMBULO

Já por algumas vezes elementos da Fábrica dos Blogs teceram justas críticas ao mau desempenho da Lusa e de Pedro Rosa Mendes sobre certos “silêncios” relacionados com o que se passa em Timor-Leste, que vimos a saber por outras fontes mas que para os menos atentos simplesmente não aconteceu.

Quando isso ocorre, naturalmente que a agência de notícias e os seus profissionais habilitam-se a críticas e exigências de mais e melhor informação, por ser essa a sua função.

Ao contrário de umas quantas vezes atrás, agora é tempo de parabenizar o jornalista Pedro Rosa Mendes e os outros profissionais da Lusa que nos têm mantido bem informados sobre o que está a acontecer em Timor. O seu a seu dono.

NOVAMENTE “PEDRO E O LOBO”?

Por mais de uma vez que aqui tem sido evocada a história do “Pedro e o Lobo” como alegoria ao descrédito a que as autoridades timorenses chegaram no desempenho dos mais altos cargos. Tão altos que incluem praticamente tudo e todos, incluindo as autoridades eclesiásticas.
Também a UNMIT está posta no mesmo “saco”, não é fiável.

Desconheço como chegou às mãos de Pedro Rosa Mendes, jornalista da Lusa, um documento da UNMIT, datado de 12 deste mês, com alguns dos resultados preliminares de um inquérito por certo imediatamente elaborado após o atentado ao presidente Ramos Horta. Só ao presidente Ramos Horta. Porque no referido documento mais não reza que nos possa fazer perceber o que quer que seja sobre o alegado atentado a Xanana Gusmão.

Assim sendo, quem é o sabichão ou os sabichões que concluíram que o grupo é o mesmo?
A não ser que tenham seguido o conselho de Ana Loro Metan e fossem à bruxa.

Como perante as inverdades de certos escamoteadores da UNMIT e da política timorense devemos estar sempre de pé atrás, é mais que legítimo questionarmo-nos sobre como este documento foi parar às mãos do profissional da Lusa e se não o foi por “conveniências” da UNMIT ou doutrem que a ele tivesse acesso, fazendo crer a PRM que era um “furo” jornalístico, mas não passando de um “serviço conveniente”. É que o documento diz muito pouco e se foi concluído no dia imediatamente a seguir ao atentado porque não foi logo divulgado? Nada tinha de confidencial e teria evitado algumas especulações relativas ao atentado a Horta. Ou será que está a ser agora divulgado devido ao descrédito de muitos relativamente ao alegado atentado a Xanana? Que por isso, apesar de só ter declarações relacionadas com o atentado ao presidente, pretende “empurrar-nos” para o crédito ao alegado atentado em Balibar?

Mas, é que essa conclusão está viciada, só assim, com o que consta neste documento como podem concluir que o grupo é o mesmo? Foram à bruxa? Há pormenores que não constam no documento? Ou que PRM não refere?

Tenho a impressão que foi pior a emenda que o soneto. É que quando descobrimos que estamos a lidar com aldrabões lembramo-nos sempre do “Pedro e do Lobo”.

Aguardemos por investigações sérias, pormenorizadas e credíveis e por eventuais revelações que possam estar contidas no documento que está em posse da Lusa. Até pode acontecer que também lá conste algo sobre o eventual atentado a Xanana mas por agora nada disso se entende. Se assim é porque razão o título o refere?

Coisas estranhas… ou será para criar “suspense”?

Ficamos à espera.

Sem comentários:

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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