The Australian
Paul Toohey February 21, 2008
TIME reporter Rory Callinan has complained of heavy-handed treatment at the hands of Australian soldiers in East Timor after he and photographer John Wilson were detained for three hours at gunpoint outside of Dili.
Callinan says he and Wilson had driven up a steep, winding road aiming last week to get to the small village of Dare, just above Dili.
The Australian-led International Security Force was there conducting a mass search for major Alfredo Reinado's renegades after deadly attacks on President Jose Ramos-Horta and Prime Minister Xanana Gusmao last Monday.
At an ISF-manned roadblock below Dare, Callinan was told that there was no access beyond that point and it was a "media-free area".
The Australian had encountered the same response when it tried to get through and, when ISF public affairs was asked why they were letting truckloads of locals pass through the blockade, was told: "A decision has been made to allow locals through to conduct their normal business. Journalists only want to go through for one reason."
Callinan and Wilson drove back down from the roadblock and with two Timorese interpreters walked for an hour up a jungle trail to try to access Dare by foot. Just outside the village, said Callinan, "two Australians jumped out of the bushes wearing 'camo' paint, pointing their guns, ordering us to get down.
"We were told to hand over our mobile phones, all our camera equipment and passports and told to sit without talking. The guy said: 'We're detaining you for your own safety and I can't tell you more.'
"I said, 'So we can't move?' He said, 'I'm telling you, I am detaining you. I can physically detain you if I want, but I choose not to at this point.'
"We were wondering why they were letting dozens of East Timorese wander about with no apparent concern for their safety."
Callinan said they were held for three hours in a jungle setting, with Wilson at one point being ordered to lie on the ground.
After dark they were told they were to be released and could enter Dare. Callinan said they did some interviews with locals and walked out on the road back to Dili, where they were detained again, this time for breaching the nationwide 8pm curfew.
"They confiscated our gear again. We said, 'But you've already detained us for three hours, which is why we are in breach of the curfew'."
Callinan said they got a lecture from public affairs officer Major Phil Pyke and were eventually dropped off at their hotel.
"The East Timorese with us were saying this was the sort of thing that happened under Indonesian times."
An ISF spokesman told The Australian that Callinan could call the Department of Defence in Canberra, where they would go over the rationale for the detention with him.
Lindsay Moller, a photographer with The Australian, also encountered the wrath of two Portuguese guards when he photographed them driving Angelita Pires out of the police compound in Dili.
Ms Pires was at the time under investigation for allegedly conspiring with Reinado to kill Ramos-Horta. The Portuguese officers ordered Moller to delete his photos.
Later that day, when Pires was brought into court by the same two guards, Moller was the only photographer at the scene. Standing outside the court building, he began shooting photographs of Ms Pires as she stepped out of the vehicle, though the guards quickly shielded her face.
One of the guards grabbed Moller by the shoulders, pushing him backwards, screaming in his face and grabbing at his cameras.
Moller declined to delete his photos and was ordered to be seated in the courthouse while the guard took his details. A more senior officer soon ordered the guard to release Moller, having no lawful grounds to detain him.
Tradução:
Forças armadas censuram notícias enquanto sobem as tensões
The Australian
Paul Toohey Fevereiro 21, 2008
O repórter da TIME Rory Callinan queixou-se de tratamento de mão pesada às mãos de soldados Australianos em Timor-Leste depois de ele e o fotógrafo John Wilson terem sido detidos durante três horas sob armas apontadas fora de Dili.
Callinan diz que ele e Wilson tinham guiado por uma estrada escarpada e cheia de curvas, na semana passada para tentarem chegar à pequena aldeia de Dare, mesmo acima de Dili.
A Força Internacional de Segurança liderada pelos Australianos está lá a fazer uma busca em massa para os renegados do major Alfredo Reinado depois dos ataques mortais ao Presidente José Ramos-Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão na Segunda-feira passada.
Num posto de controlo na estrada gerido pela ISF por debaixo de Dare, foi ditto a Callinan que não havia acesso para além desse ponto e que isso era uma "área-proibida-aos media ".
O Australian tinha encontrado a mesma resposta quando tentou passar e, quando o relações públicas da ISF perguntou porque é que estavam a deixar passar um camião carregado de habitantes locais, foi-lhe dito: "Foi tomada a decisão de autorizar os habitantes locais passarem para poderem conduzir a sua vida habitual. Os jornalistas apenas querem passar por uma razão."
Callinan e Wilson guiaram de regresso do posto de controlo na estrada e com dois intérpretes Timorenses caminharam durante uma hora numa pista no mato para tentarem chegar a Dare a pé. Mesmo no exterior da aldeia, disse Callinan, "dois Australianos saltaram do mato usando tinta de 'camuflagem’, apontando-lhes as armas e ordenando-lhes que se deitassem no chão.
"Disseram-nos para entregar os nossos telemóveis, todo o nosso equipamento de câmara e os passaportes e que nos sentássemos sem falar. O tipo disse: 'Estamos a detê-los para a vossa própria segurança e não posso dizer mais.'
"Eu disse, Então não podemos andar?' Ele disse, 'Estou-lhes a dizer, estou a detê-los. Posso detê-los físicamente se quiser, mas escolhi não o fazer nesta altura.'
"Estavamos a perguntar a nós próprios porque é que estavam a autorizar dúzias de Timorenses a vaguearem sem nenhuma aparente preocupação com a segurança deles."
Callinan disse que foram mantidos durante três horas num sítio do mato, com Wilson numa altura a ser ordenado a deitar-se no chão.
Depois do escurecer disseram-lhes que iam ser libertados e que podiam entrar em Dare. Callinan disse que fizeram algumas entrevistas a alguns habitantes locais e caminharam de regresso na Estrada para Dili, onde foram detidos outra vez, desta vez por terem quebrado o recolher obrigatório das 8 pm em todo o país.
"Confiscaram outra vez o nosso equipamento. Dissemos, 'Mas já nos detiveram durante três horas e foi por isso que quebrámos o recolher obrigatório'."
Callinan disse que apanharam um sermão do oficial de relações públicas Major Phil Pyke e acabaram por ser deixados no hotel.
"Os Timorenses que estavam connosco diziam que este era o tipo de coisas que aconteciam no tempo dos Indonésios."
Um porta-voz da ISF disse ao Australian que Callinan podia ligar ao Departamento da Defesa em Canberra, onde analisariam as razões para a sua detenção com ele.
Lindsay Moller, um fotógrafo do Australian, também encontrou a fúria de dois guardas Portugueses quando os fotografou a levarem Angelita Pires para fora do complexo da polícia em Dili.
A Srª Pires estava na altura sob investigação por ter alegadamente conspirado com Reinado para matar Ramos-Horta. Os oficiais Portugueses ordenaram a Moller para eliminar as fotos.
Mais tarde nesse dia, quando Pires foi trazida a tribunal pelos mesmos dois guardas, Moller era o único fotógrafo no local. Em pé no exterior do edifício do tribunal, começou a tirar fotos à Srª Pires quando ela saia do veículo, enquanto os guardas lhe esconderam a cara rapidamente.
Um dos guardas agarrou Moller pelos ombros, puxando-o para trás, gritando-lhe na cara e agarrando as suas câmaras.
Moller declinou ter eliminado as fotos e foi-lhe ordenado para se sentar na sala de tribunal enquanto o guarda tomava notas. Um oficial mais graduado em breve ordenou ao guarda para libertar Moller, por não ter nenhuma base legal para o deter.
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Army censors news as tensions rise
Por Malai Azul 2 à(s) 00:31
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
Forças armadas censuram notícias enquanto sobem as tensões
The Australian
Paul Toohey Fevereiro 21, 2008
O repórter da TIME Rory Callinan queixou-se de tratamento de mão pesada às mãos de soldados Australianos em Timor-Leste depois de ele e o fotógrafo John Wilson terem sido detidos durante três horas sob armas apontadas fora de Dili.
Callinan diz que ele e Wilson tinham guiado por uma estrada escarpada e cheia de curvas, na semana passada para tentarem chegar à pequena aldeia de Dare, mesmo acima de Dili.
A Força Internacional de Segurança liderada pelos Australianos está lá a fazer uma busca em massa para os renegados do major Alfredo Reinado depois dos ataques mortais ao Presidente José Ramos-Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão na Segunda-feira passada.
Num posto de controlo na estrada gerido pela ISF por debaixo de Dare, foi ditto a Callinan que não havia acesso para além desse ponto e que isso era uma "área-proibida-aos media ".
O Australian tinha encontrado a mesma resposta quando tentou passar e, quando o relações públicas da ISF perguntou porque é que estavam a deixar passar um camião carregado de habitantes locais, foi-lhe dito: "Foi tomada a decisão de autorizar os habitantes locais passarem para poderem conduzir a sua vida habitual. Os jornalistas apenas querem passar por uma razão."
Callinan e Wilson guiaram de regresso do posto de controlo na estrada e com dois intérpretes Timorenses caminharam durante uma hora numa pista no mato para tentarem chegar a Dare a pé. Mesmo no exterior da aldeia, disse Callinan, "dois Australianos saltaram do mato usando tinta de 'camuflagem’, apontando-lhes as armas e ordenando-lhes que se deitassem no chão.
"Disseram-nos para entregar os nossos telemóveis, todo o nosso equipamento de câmara e os passaportes e que nos sentássemos sem falar. O tipo disse: 'Estamos a detê-los para a vossa própria segurança e não posso dizer mais.'
"Eu disse, Então não podemos andar?' Ele disse, 'Estou-lhes a dizer, estou a detê-los. Posso detê-los físicamente se quiser, mas escolhi não o fazer nesta altura.'
"Estavamos a perguntar a nós próprios porque é que estavam a autorizar dúzias de Timorenses a vaguearem sem nenhuma aparente preocupação com a segurança deles."
Callinan disse que foram mantidos durante três horas num sítio do mato, com Wilson numa altura a ser ordenado a deitar-se no chão.
Depois do escurecer disseram-lhes que iam ser libertados e que podiam entrar em Dare. Callinan disse que fizeram algumas entrevistas a alguns habitantes locais e caminharam de regresso na Estrada para Dili, onde foram detidos outra vez, desta vez por terem quebrado o recolher obrigatório das 8 pm em todo o país.
"Confiscaram outra vez o nosso equipamento. Dissemos, 'Mas já nos detiveram durante três horas e foi por isso que quebrámos o recolher obrigatório'."
Callinan disse que apanharam um sermão do oficial de relações públicas Major Phil Pyke e acabaram por ser deixados no hotel.
"Os Timorenses que estavam connosco diziam que este era o tipo de coisas que aconteciam no tempo dos Indonésios."
Um porta-voz da ISF disse ao Australian que Callinan podia ligar ao Departamento da Defesa em Canberra, onde analisariam as razões para a sua detenção com ele.
Lindsay Moller, um fotógrafo do Australian, também encontrou a fúria de dois guardas Portugueses quando os fotografou a levarem Angelita Pires para fora do complexo da polícia em Dili.
A Srª Pires estava na altura sob investigação por ter alegadamente conspirado com Reinado para matar Ramos-Horta. Os oficiais Portugueses ordenaram a Moller para eliminar as fotos.
Mais tarde nesse dia, quando Pires foi trazida a tribunal pelos mesmos dois guardas, Moller era o único fotógrafo no local. Em pé no exterior do edifício do tribunal, começou a tirar fotos à Srª Pires quando ela saia do veículo, enquanto os guardas lhe esconderam a cara rapidamente.
Um dos guardas agarrou Moller pelos ombros, puxando-o para trás, gritando-lhe na cara e agarrando as suas câmaras.
Moller declinou ter eliminado as fotos e foi-lhe ordenado para se sentar na sala de tribunal enquanto o guarda tomava notas. Um oficial mais graduado em breve ordenou ao guarda para libertar Moller, por não ter nenhuma base legal para o deter.
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