terça-feira, setembro 05, 2006

Ramos-Horta quer Guterres a chefiar a Fretilin

A Semana Online
05-09-06

Ramos Horta alegou que a Fretilin necessita de resolver rapidamente as suas profundas divisões e de encontrar uma nova liderança, para se projectar como "um partido moderno, abrangente e tolerante", cujo chefe poderia muito bem ser o actual ministro dos Negócios Estrangeiros, José Luís Guterres.

Segundo ele, existe uma "grandíssima possibilidade" de a Fretilin, que ainda tem como secretário-geral o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri, perder a maioria e de países mais perquenos se recusarem a apoiá-la no Governo. Comentários estes que, segundo os jornais australianos, irão decerto aumentar a tensão política em Díli, onde as eleições estão previstas para Abril, e fazer com que Camberra tenha dificuldade em diminuir os quase 2.000 soldados e polícias destacados em Timor-Leste.

Ramos-Horta seguiu para Oslo depois de haver conferenciado durante duas horas com os ministros dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Alexander Downer, e da Indonésia, Hassan Wirayuda, os quais também visitaram o Presidente Xanana Gusmão.

Durante a conferência de imprensa dada no fim da reunião trilateral, o primeiro-ministro elogiou o trabalho do seu antecessor, Alkatiri, na negociação com a Austrália sobre a partilha das receitas petrolíferas do Mar de Timor; receitas equivalentes a 25.000 milhões de euros.

Na ocasião, Ramos-Horta agradeceu às forças da Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal que têm estado a procurar melhorar as condições de segurança no país: "Neste momento já estamos mais estáveis do que há dois meses". E pediu-lhes que não partam precipitadamente: "Ainda necessitamos delas".

Hoje chega a Díli o comandante-geral da GNR, general Mourato Nunes, para uma visita de três dias ao subagrupamento Bravo.

J.H.

1 comentário:

Anónimo disse...

Whis is this all about FRETILIN? If you want a multipary East Timor, then Ramos-Horta is not helping it. Instead of concentrating on FRETILIN, how about Ramos-Horta helping other political parties to get their acts together and win the upcoming election? Why is so concerned about FRETILIN loosing? East Timor is not FRETILIN and FRETILIN is not East Timor no matter how much FRETILIN has contributed to the struggle for independence. East Timor is an independent, multiparty and democratic country and FRETILIN is not and should not be regarded as the only party. If FRETILIN wins the next election, the win should be based on policies that it has to develop the country and not because FRETILIN's historic role or because Jose Luis Guterres is in the secretary general. The same also goes for the other parties.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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