terça-feira, setembro 05, 2006

Give up, army tells Timor fugitive

The Age
Brendan Nicholson
September 5, 2006

THE commander of Australia's troops in East Timor, Brigadier Mick Slater, has assured runaway rebel Major Alfredo Reinado that the Australian Army will guarantee his safety if he surrenders.

Brigadier Slater told The Age he had sent messages to Major Reinado via his associates calling on him to turn himself in.

He said he had spent some time talking to Major Reinado before he and 56 others escaped from prison in Dili.

Major Reinado had told him he wanted to bring about change in East Timor, but he did not want to become a politician.

"I can guarantee him that if he were to arrange to hand himself in to the joint taskforce, that once he was within our control he would be treated fairly and in accordance with the law and we would take care of his personal security."

Brigadier Slater said that when Reinado left the prison, about 15 of those with him were soldiers and close associates.

"The others are just common criminals, murderers, rapists and arsonists," he said.

He said if Major Reinado did not have a mobile phone with him in jail, he would have got one very quickly as soon as he got out. "I've opened a few doors for him to contact us, but a lot of other people have done this as well," Brigadier Slater said.

"I'm not optimistic but I'm hopeful that he does because if he's genuinely worried about his security he knows there is one organisation in the country that can guarantee his safety — us."

He said Australian officials were aware of several people who were likely to contact Major Reinado or were likely to be contacted by him. "The best thing he can do for the country and himself right now is hand himself in and pursue the legal democratic process to bring about a change in government.

"That is not beyond his capacity; maybe not in this election but maybe the next one if he goes about it the right way.

"The first thing he's got to do is come back, stand trial and clear his name as he believes he can clear it."

He said Major Reinado had broken the law but was intelligent and charismatic. He did not think he had joined any group since escaping last week.

Brigadier Slater said he did not think there was an imminent danger of civil war, and he did not think that Major Reinado had gone to join any group.

"If anything, people will come to him. He'll have loyal supporters out there who he feels safe with in different parts of the western provinces. Eventually he would be caught.

"It is probably of more concern to the Government that Reinado could get a substantial following."

Brigadier Slater said he believed the criminals who escaped with Major Reinado had quickly separated from him and broken up into small groups.

Foreign Minister Alexander Downer yesterday warned that Australia must keep a strong force of troops in East Timor for at least another year to deal with attacks by armed groups.

In Dili for talks with his Indonesian counterpart Hassan Wirajuda and East Timor Prime Minister Jose Ramos Horta, Mr Downer said they shared his concerns about the security situation. "It has changed a little in character," he said. "Previously, some of the violence was politically motivated. There's a lot of just plain criminal violence now with gangs and retaliation."

Mr Downer said the UN decision to send 1600 police would help because the East Timorese police, particularly those in and around Dili, were dysfunctional.

He said Australia's military commanders had told him 650 Australian troops were needed before the election, along with troops from New Zealand and perhaps other regional countries.

He told the East Timorese Government he was concerned about the large number of weapons, including military automatic rifles, that were still out in the community.

"It is probably of more concern to the Government that Reinado could get a substantial following."


He said Australia's military commanders had told him 650 Australian troops were needed before the election, along with troops from New Zealand and perhaps other regional countries.

He told the East Timorese Government he was concerned about the large number of weapons, including military automatic rifles, that were still out in the community.

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2 comentários:

Anónimo disse...

"The others are just common criminals, murderers, rapists and arsonists"

Não existem criminosos "common" ou "uncommon". Numa prisão apenas existem criminosos ou inocentes em prisão preventiva, pertencendo Reinado a este último grupo. A prisão preventiva justifica-se pelo perigo de fuga, como veio a confirmar-se.

Achei curioso como o comandante militar australiano parece conhecer tão bem Reinado, como se fossem velhos amigos.

Também é curioso como Slater está preocupado em dar palpites ao Governo ou ao próprio Reinado, sugerindo como este deve proceder na sua acção contra o Governo (leia-se Fretilin): "The best thing he can do for the country and himself right now is hand himself in and pursue the legal democratic process to bring about a change in government"

Isto é uma ingerência inadmissível de um estrangeiro nos assuntos internos de outro país, onde está como convidado, incitando à mudança de Governo.

Mas nada disto nos surpreende...

Anónimo disse...

Tradução:
Desistam, dizem as tropas aos fugitivos de Timor
The Age
Brendan Nicholson
Setembro 5, 2006

O comandante das tropas da Austrália em Timor-Leste, o Brigadeiro Mick Slater, garantiu ao amotinado em fuga Major Alfredo Reinado que as forças armadas Australianas assegurarão a sua segurança se ele se entregar.

O Brigadeiro Slater disse ao The Age que tinha enviado mensagens ao Major Reinado através dos seus associados apelando que se entregasse.

Disse que passou algum tempo a falar com o Major Reinado antes dele e 56 outros terem fugido da prisão em Dili.

O Major Reinado disse-lhe que queria fazer mudanças em Timor-Leste, mas que não se queria tornar um político.

"Posso garantir-lhe que se ele quiser arranjar para se entregar ele próprio à força conjunta, que uma vez que esteja sob o nosso controlo será tratado com justiça e de acordo com a lei e que tomaremos a nosso cargo a sua segurança pessoal."

O Brigadeiro Slater disse que quando Reinado partiu da prisão, cerca de 15 dos que estavam com ele foram soldados e associados próximos.

"Os outros são criminosos comuns, assassinos, violadores e incendiários," disse.

Disse que se o Major Reinado não tinha um telemóvel com ele na cadeia, terá arranjado um muito rapidamente assim que saiu. "Abri algumas portas para ele nos contactar, mas muita outra gente fez o mesmo," disse o Brigadeiro Slater.

"Não sou optimista mas tenho esperança que o faça porque ele está genuinamente preocupado com a sua segurança e sabe que há uma organização no país que pode garantir a sua segurança — nós."

Disse que oficiais Australianos estavam cientes de várias pessoas que provavelmente contactarão o Major Reinado ou provavelmente serão contactados por ele. "A melhor coisa que ele pode fazer para o seu país e para si próprio agora é entregar-se e insistir no processo legal democrático para fazer uma mudança no governo.

"Isso não está para além da sua capacidade; talvez não nesta eleições mas talvez na próxima se for pelo caminho certo.

"A primeira coisa que tem a fazer é regressar, ser julgado e limpar o seu nome como ele acredita que pode limpar."

Disse que o Major Reinado tinha quebrado a lei mas que era inteligente e carismático. Não pensava que se tivesse juntado a qualquer grupo desde que fugiu na semana passada.

O Brigadeiro Slater disse que não pensa que haja um perigo eminente de guerra civil, e não pensa que o Major Reinado tenha ido juntar-se a algum grupo.

"Se alguma coisa (ocorrer) as pessoas virão a ele. Terá apoiantes leais por lá onde se sentirá seguro em partes diferentes das províncias do oeste. Eventualmente será apanhado.

"Provavelmente é de maior preocupação para o Governo que Reinado consiga arranjar seguidores substanciais."

O Brigadeiro Slater diz que acredita que os criminosos que fugiram com o Major Reinado se separaram rapidamente dele e se dividiram em grupos pequenos.

O Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer avisou ontem que a Austrália mdeve manter uma força forte de tropas em Timor-Leste por pelo menos outro ano para lidar com o ataque por grupos armados.

Em Dili para conversas com o seu colega Indonásio Hassan Wirajuda e com o Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta, Mr Downer disse que eles partilham a sua preocupação sobre a situação de segurança. "Mudou um pouco no carácter," disse. "Previamente, alguma da violência era politicamente motivada. Há muita violência simplesmente criminosa agora com gangs e retribuições."

Mr Downer disse que a decisão da ONU para enviar 1600 polícias ajudará porque a polícia Timorense, particularmente a de Dili e à volta de Dili, era defeituosa.

Disse que os comandantes militares da Austrália lhe tinham dito que eram necessárias 650 tropas Australianas antes das eleições, juntamente com tropas da Nova Zelândia e talvez doutros países da região.

Contou ao Governo Timorense que estava preocupado com o grande número de armas, incluindo espingardas automáticas militares, que havia ainda à solta na comunidade.

"É provavelmente de maior preocupação para o Governo que o Reinado consiga arranjar seguidores substanciais."


Disse que os comandantes militares da Austrália lhe disseram que 650 tropas Australianas eram necessárias antes das eleições, ao lado de tropas da Nova Zelândia e talvez de outros países da região.

Disse ao Governo Timorense que estava preocupado com o grande número de armas, incluindo espingardas automáticas militares, que ainda estão à solta na comunidade.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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