quarta-feira, março 19, 2008

Ramos Horta agradece emocionado aos médicos à saída do hospital de Darwin

Sidney, 19 Mar (Lusa) - O Presidente timorense, José Ramos Horta, despediu-se com lágrimas do pessoal do hospital que o tratou no norte da Austrália durante cinco semanas após ter sido gravemente ferido numa tentativa de assassinato à porta de casa.

Ramos Horta disse que conta ficar mais «algumas semanas» na Austrália para fazer fisioterapia.

O Prémio Nobel da Paz, que foi tratado em dois hospitais de Darwin após o atentado de 11 de Fevereiro, ofereceu aos médicos e ao pessoal do hospital Royal Adelaide, como prenda, café timorense e uma fotografia sua com o Papa no Vaticano, em Janeiro passado, antes de receber alta.

«É o melhor café do Mundo», disse o presidente com aspecto magro e barba por fazer. «Quero agradecer-vos a todos pelo carinho e paciência».

"Quando me atingiram a tiro o próprio Papa rezou por mim", disse, enquanto o director do hospital, Len Notaras, explicou que a Santa Sé telefonou várias vezes para se inteirar do estado do líder da ex-colónia portuguesa, de maioria católica.

Ramos Horta, que fez questão de mostrar aos jornalistas que não necessitava de cadeira de rodas, gracejou com os especialistas da unidade de cuidados intensivos em que ingressou há cinco semanas.

Ramos Horta falou também, pela primeira vez em público, do dia em que foi atacado, afirmando recordar cada detalhe, desde a dor que sentiu até ao charco de sangue em que se viu envolvido e a dura viagem de ambulância até ao hospital de Dili em que foi operado no mesmo dia do atentado.

"Recordo-me de cada detalhe desde que dispararam sobre mim (...) do caminho para o heliporto, quando caí do assento várias vezes porque não havia cinto de segurança", relatou o Nobel da Paz.

Ramos Horta recebeu três impactos de bala, dois nas costas e um no estômago, e foi operado de urgência em Timor-Leste antes de ser transferido para Darwin, onde foi submetido a mais operações e saiu no princípio do mês da unidade de cuidados intensivos.

Ramos Horta foi atacado em frente a sua casa por soldados rebeldes leais ao comandante Alfredo Reinado, que morreu no tiroteio, enquanto que o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmao, escapou ileso no mesmo dia de outro assalto contra o seu veículo oficial

SRS.
Lusa/fim

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais uma vitoria de Ramos-Horta:


COMUNICADO À IMPRENSA

REUNIÃO DO CONSELHO DE MINISTROS DE 19 DE MARÇO DE 2008


- Resolução sobre a Reforma Abrangente do Sector das Telecomunicações.
O IV Governo Constitucional pretende delinear uma nova política de telecomunicações assente na melhoria da eficiência e do âmbito de acção do regulador nacional de telecomunicações (ARCOM) e na avaliação do contrato de concessão com a Timor Telecom, ponderando o monopólio das telecomunicações e as vantagens da concorrência.
Na reunião de hoje, o Conselho de Ministros aprovou uma Resolução que viabiliza uma eventual renegociação do contrato de concessão com a Timor Telecom, de modo a remover os direitos de concessão exclusiva e colocar a empresa em condições de livre concorrência com novas empresas que pretendam entrar no mercado.
O Governo pretende implementar uma reforma abrangente do sector das telecomunicações, que englobe:
• O desenvolvimento e implementação de uma nova política de telecomunicações para Timor-Leste;
• Um novo enquadramento jurídico regulador do sector das telecomunicações;
• O fortalecimento da capacidade e da autoridade da ARCOM enquanto regulador independente do sector;
• Estabelecer um Grupo de Acção, a nomear por despacho conjunto dos ministros das Finanças e das Infraestruturas, para implementar, num prazo máximo de seis meses, as actividades previstas na presente resolução; este grupo representará o Governo no processo negocial com a Timor Telecom.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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