Timor: O objectivo de Reinado era raptar Ramos-Horta e Xanana Gusmão
2008-03-18 14:52:19
Díli - Longuinhos Monteiro, Procurador-Geral da República de Timor-Leste, revelou à PNN que o objectivo de Alfredo Reinado era de raptar Ramos-Horta e Xanana Gusmão. Segundo o procurador, Gastão Salsinha afirma que se entregará só após a chegada do presidente.
Longuinhos Monteiro, Procurador-Geral da República de Timor-Leste, é uma das pessoas que tem acompanhado de perto o desenrolar das investigações do duplo atentado de 11 de Fevereiro.
Mais de um mês após a acção ainda não existem conclusões sólidas, mas novas revelações vão surgindo.
Segundo as informações obtidas durante as investigações, e apoiado em elementos recolhidos no corpo do Alfredo Reinado, verificou-se que tinha na sua posse vários documentos, «que ele mesmo fez», tal como um «mapa da casa do presidente, feito pelo próprio», com pontos de referência que Reinado assinalou «para os seus homens cobrirem, as entradas, inclusivamente o grupo do meio que era liderado por ele próprio» afirmou Longuinhos Monteiro em entrevista à PNN. «Naquele documento também tinha escrito onze indivíduos que participavam no atentado, do grupo dele, que era o Grupo A» o qual incluía Sussar, «Grupo B» era comandado por Gastão Salsinha.
«Segundo informações recolhidas, temos uma conclusão provisória com indícios fortes de que eles foram para a residência do Presidente para o tomar como refém» revela Longuinhos Monteiro, «o plano A era raptá-lo, mas tinham também um plano B para o caso do plano A falhar. No sentido de que se houvesse contra ataque da parte dos guardas australianos, saíam para a rectaguarda já com um plano B.»
O «plano B» consistia em «disparar contra seja quem for que aparecesse. E que foi o que aconteceu. Recolhemos os invólucros e estamos agora a fazer o exame balístico do assalto. Mas ainda não temos todas as armas.»
A arma que disparou contra Ramos-Horta ainda não foi localizada, mas recolheram as «armas de Reinado e do outro que morreu» confirma Longuinhos Monteiro: «segundo a nossa conclusão, a arma que atingiu o presidente ainda está com o grupo do Salsinha.»
Fazendo referência à cronologia dos acontecimentos o Procurador-Geral da Republica avança:
«Eles saíram, segundo informações, pelas 4:00 horas... agora existem duas versões. Saíram às 4 da manhã de Ermera para Díli e tiveram quase meia hora a dar voltas dentro da cidade antes de entrar lá às 6:00. Portanto, estiveram na residência de 7 a 10 minutos. Entraram às 6:00. Depois houve toda a troca de tiros, e levaram mais 5 minutos para retirar. Podemos assim dizer que o presidente foi atingido por volta das 6:15 horas.»
«Com o primeiro-ministro, o plano era o mesmo, iam para raptar, mas como falharam dado que o primeiro-ministro tinha saído, dispararam uma vez para o ar, para darem sinal ao outro grupo, e a indicação da ordem de ataque indicou que é para matar» daí que «fizeram aquela emboscada, falharam por sorte, mas a maneira de assaltar e a direcção das balas, indicam mesmo que era para matar». Longuinhos Monteiro considera que Xanana Gusmão escapou «por sorte» ao atentado, dado que o seu veículo apresentava «tiros do lado esquerdo, direito, nas duas partes da porta, por trás e pela frente».
Dissipando várias especulações sobre o momento em que Reinado é abatido, Longuinhos Monteiro afirma que Reinado morreu poucos minutos antes do presidente ser alvejado. «É quase imediato, porque o grupo disparou, as quatro pessoas que estavam ali levaram uns minutos debaixo de tiros, o grupo que estava a cobrir a parte montanha também já recuou e o grupo que saiu era o grupo que estava em baixo.»
«O primeiro tiro aconteceu na escolta dele, Reinado até então estava dentro da tenda dos militares, e quando ouviu o tiro sem perceber que a escolta já tinha morrido, saiu da porta de repente juntamente com os que estavam na porta, mais dois, que estavam dentro, retiraram-se da porta com os tiros para se esconderem. E ali, o segundo plano avança, a responder aos tiros para se retirar da área. Eles já não tinham um plano para resistir, mas só para irem para a retaguarda» explica Longuinhos Monteiro.
Alfredo Reinado «foi revistar todos os quartos, inclusivamente esteve vários minutos com a criada para saber onde estava, mas esta não conseguiu responder, com medo desmaiou, depois daquela área foi para outra área, lateral à residência, e foi ali que o mataram» com sete a oito tiros, «cinco na face, um no peito, talvez dois, e levou um na mão quando tentava proteger a cara.»
O Procurador-Geral da República reconhece que não foi efectuada uma autópsia ao corpo de Reinado com o objectivo de identificar eventuais indícios de consumo de drogas antes dos ataques, no entanto afirma que informações obtidas após os interrogatórios aos suspeitos revelaram que «todos eles que vieram à casa do presidente foi-lhes dado alguns tipos de droga, marijuana, ganja, pelo próprio Alfredo, e o Alfredo tinha fumado já algumas coisas quando estava em Ermera.»
Longuinhos Monteiro confirmou à PNN que as investigações sobre as chamadas telefónicas, efectuadas de Portugal, Austrália, Indonésia e Timor, assim como «vários SMS a dizer onde é que estavam, que era melhor afastar, que nós agora estamos aqui...» estão a ser alvo de meticulosa atenção. «Só dentro de poucos dias podemos ter em conta o resultado do nosso sistema, e pelo menos saber quem são mais implicados por trás, em relação com Alfredo Reinado, este recebeu vários telefonemas, SMS’s, do dia 10 até ao dia 11 à noite, e pela manhã, depois da morte dele, das 8:00 às 11:00, até no dia 12» onde teriam sido fornecidas indicações operacionais.
Relativamente às negociações para a rendição de Gastão Salsinha e dos seus 31 homens com 18 armas, Procurador-Geral da República afirma que não negociou com Salsinha apenas teria participado em alguns encontros a pedido do Center for Humanitarian Development: «Não fui negociar, nos primeiros encontros, acertámos algumas coisas, entrega, etc, encaixotar armas, veículos de segurança, etc» sublinha.
Segundo Longuinhos Monteiro durante o primeiro encontro Salsinha não fizera qualquer exigência: «isto foi dia 5, e decidimos a data para dia 7. Tivemos um segundo contacto dia 6, para a rendição ser no dia 7, e ele aparece com uma condição. Nós andámos sempre a acompanhar os telefonemas entre eles, depois do nosso contacto, eu fui ao sistema verificar que contactos que ele tinha feito. E algumas dessas pessoas (locais) fizeram pressão para ele não se entregar.»
Porém, o encontro acontece no distrito de Ermera. Salsinha «pediu-nos que queria levar a arma, sem balas, na sua mão própria» conta Longuinhos Monteiro. «Nós, pegamos nas armas, levamos um caixote, e depois de chegar lá, pegamos numa só arma para que ele entregasse simbolicamente. Ele queria todos do grupo. E nós não. Ele queria mais dois dias porque ainda tinha três colegas do grupo noutro lugar. Um em Maliana e dois em Suai.»
«Para não perder tempo, porque eu tentava evitar que ele pedisse esses dois dias para esperar os seus colegas, aconselhei-o que desse confiança a nós e que nós próprios avissassemos a polícia para ir para Ermera e Maliana com um carro, e que ele informasse os seus homens que a polícia iria buscá-los para eles ficarem por ali. Duas equipas foram mesmo de madrugada, uma foi a Suai, outra a Maliana. Todos eles regressaram no mesmo dia, no dia 7 de manhã. O de Maliana trouxe um dos homens que estava lá, os de Suai, não encontrámos, tinham-se afastado uns dias antes, segundo informações locais.»
Entretanto Longuinhos Monteiro só recebeu uma carta de Salsinha, mais tarde o procurador obtém a informação que Salsinha decidira esperar até ao regresso do Presidente a quem se entregará pessoalmente. «A gente não sabe se é decisão própria dele. Porque ele escreveu a carta, estava comigo, com seis homens, todos eles estavam contentes, porque já não queriam mais brincar com esta situação...» disse o Procurador.
Vários indícios apontam que existem interesses e pessoas que «impedem» a rendição de Salsinha, Longuinhos Monteiro esquiva-se a falar no assunto mas reconhece que algumas dessas pessoas trabalham para os políticos e avança: «As nossas figuras políticas são espertas, não querem contacto directo», elucidando apenas que não é uma pessoa ligada a um partido da oposição.
Tiago Farinha
(c) PNN Portuguese News Network
quarta-feira, março 19, 2008
Entrevista com Longuinhos Monteiro, Procurador-Geral da República
Por Malai Azul 2 à(s) 20:12
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Oh valha-me Deus ao ouvir disparates da boca do grande mentiroso PGR Longuinhos Monteiro. Então não foi o próprio Longuinhos Monteiro, o PGR, quem orquestrou todo este plano de deitar abaixo o actual regime do Xanana? Toda a gente estava na expectativa sobre as investigações dos recentes acontecimentos que por pouco ia mesmo forçar o AMP e Xanana a vergar-se, o que implica necessariamente o descalabro do estado Timorense sob chefia do executivo de Xanana e os seus aliados da AMP.
Ainda o saudoso Alfredo estava com vida já com quantas e tantas tretas que o Procurador-Geral Longuinhos Monteiro política fez a sua politiquice de enfiar barrete ao Xanana e toda a elite política timorense. Muitas mentiras e sobre mentiras fabricadas por Longuinhos Monteiro, um fanfarrão maléfico, que actua sob a capa do do Procurador-geral mas ele tinha e tem sempre os seus maléficos intentos de querer destruir o Estado Jovem da RDTL para o bom aproveito dos seus patrões oriundos das forcas anglo-saxãs estacionadas em solo pátrio Maubere.
E de lamentar de que as praticas traiçoeiras do chamado Procurador-Geral da Republica, Longuinhos Monteiro são muito visíveis a opinião e a vista pública timorense, porem nenhum dos sábios timorenses foi então capaz de denunciar todo este jogo porcalhão do Longuinhos Monteiro. Ou parece me que os timorenses julgaram e continuam julgar-se de que o Longuinhos Monteiro como desempenha o cargo mais sarcasmo e do alto nível do Estado da RDTL, tal razão proporcionava de forma cautelosa a qualquer timorense erguer-se a voz contra este desgraçado PGR, Longuinhos Monteiro deste impede de forma confirmativa na sua autoridade não faculta a nenhum timorense com coragem e, e capaz de denunciar as suas maquiavélicas praticas de alta traição aos interesses do Povo Maubere em conluio com os interesses forasteiros.
Caramba este palhaço do PGR Longuinhos faz merdas e aproveita da sua posição para engajar nos jogos de moral tão baixo em enganar o Povo iletrado Maubere e joga a torto a direito, lançando e fomentado rumores, boatos e mentiras de que ele já conhece bem os mentores do atentando de 11 de Fevereiro assim como os que neste momento estão impedindo que o Gastão Salsinha se rendesse as FOK (Forcas da Operação Conjunta) FDTL+PNTL+PUN+ISF.
Tudo o que o palhaço do PGR Longuinhos Monteiro botava fora da boca, não passava mais de uma encenação cosmética com o intuito de desviar a atenção dos líderes políticos timorenses já com o plano forte e secretamente elaborado para os fins altamente traiçoeiros a nobre causa do Povo Martirizado Maubere. Como tal, o Povo deve fazer já de imediato uma investigação justa e severa contra as infundadas declarações do monstro Procurador-Geral da Republica da RDTL, Longuinhos Monteiro, que deve já de imediato esclarecer ao Povo de Timor Leste em geral sobre os rumores, boatos e mentiras lançados por ele mesmo resultante das investigações que levaram ao cabo para determinar com veracidade os verdadeiros autores do atentado de 11 do mês passado, assim também, sobre os autores que estão neste momento a impedir a rendição voluntaria do Gastão Salsinha. Caso contrário o próprio PGR, Longuinhos Monteiro e o autor principal desta emaranhada tragédia toda e como tal o Longuinhos Monteiro deve ser destituído de imediato das suas funções do PGR e imediatamente submetido a justiça para apurar os factos.
Oh valha-me Deus ao ouvir disparates da boca do grande mentiroso PGR Longuinhos Monteiro. Então não foi o próprio Longuinhos Monteiro, o PGR, quem orquestrou todo este plano de deitar abaixo o actual regime do Xanana? Toda a gente estava na expectativa sobre as investigações dos recentes acontecimentos que por pouco ia mesmo forçar o AMP e Xanana a vergar-se, o que implica necessariamente o descalabro do estado Timorense sob chefia do executivo de Xanana e os seus aliados da AMP.
Ainda o saudoso Alfredo estava com vida já com quantas e tantas tretas que o Procurador-Geral Longuinhos Monteiro política fez a sua politiquice de enfiar barrete ao Xanana e toda a elite política timorense. Muitas mentiras e sobre mentiras fabricadas por Longuinhos Monteiro, um fanfarrão maléfico, que actua sob a capa do do Procurador-geral mas ele tinha e tem sempre os seus maléficos intentos de querer destruir o Estado Jovem da RDTL para o bom aproveito dos seus patrões oriundos das forcas anglo-saxãs estacionadas em solo pátrio Maubere.
E de lamentar de que as praticas traiçoeiras do chamado Procurador-Geral da Republica, Longuinhos Monteiro são muito visíveis a opinião e a vista pública timorense, porem nenhum dos sábios timorenses foi então capaz de denunciar todo este jogo porcalhão do Longuinhos Monteiro. Ou parece me que os timorenses julgaram e continuam julgar-se de que o Longuinhos Monteiro como desempenha o cargo mais sarcasmo e do alto nível do Estado da RDTL, tal razão proporcionava de forma cautelosa a qualquer timorense erguer-se a voz contra este desgraçado PGR, Longuinhos Monteiro deste impede de forma confirmativa na sua autoridade não faculta a nenhum timorense com coragem e, e capaz de denunciar as suas maquiavélicas praticas de alta traição aos interesses do Povo Maubere em conluio com os interesses forasteiros.
Caramba este palhaço do PGR Longuinhos faz merdas e aproveita da sua posição para engajar nos jogos de moral tão baixo em enganar o Povo iletrado Maubere e joga a torto a direito, lançando e fomentado rumores, boatos e mentiras de que ele já conhece bem os mentores do atentando de 11 de Fevereiro assim como os que neste momento estão impedindo que o Gastão Salsinha se rendesse as FOK (Forcas da Operação Conjunta) FDTL+PNTL+PUN+ISF.
Tudo o que o palhaço do PGR Longuinhos Monteiro botava fora da boca, não passava mais de uma encenação cosmética com o intuito de desviar a atenção dos líderes políticos timorenses já com o plano forte e secretamente elaborado para os fins altamente traiçoeiros a nobre causa do Povo Martirizado Maubere. Como tal, o Povo deve fazer já de imediato uma investigação justa e severa contra as infundadas declarações do monstro Procurador-Geral da Republica da RDTL, Longuinhos Monteiro, que deve já de imediato esclarecer ao Povo de Timor Leste em geral sobre os rumores, boatos e mentiras lançados por ele mesmo resultante das investigações que levaram ao cabo para determinar com veracidade os verdadeiros autores do atentado de 11 do mês passado, assim também, sobre os autores que estão neste momento a impedir a rendição voluntaria do Gastão Salsinha. Caso contrário o próprio PGR, Longuinhos Monteiro e o autor principal desta emaranhada tragédia toda e como tal o Longuinhos Monteiro deve ser destituído de imediato das suas funções do PGR e imediatamente submetido a justiça para apurar os factos.
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