Wed Mar 19, 2008 4:52am GMT
DARWIN, Australia (Reuters) - President Jose Ramos-Horta spoke for the first time on Wednesday about the assassination attempt on his life in February, which left him critically wounded, and called for peace in East Timor.
"I remember every detail from the moment I was shot," a thin and unshaven Ramos-Horta told doctors at Royal Darwin Hospital where he underwent several operations after being shot by rebels in the East Timor capital Dili.
"I remember everything, the ambulance, a very old battered ambulance. No paramedic. A Portuguese special police unit. Luckily it had a paramedic who jumped in the ambulance and gave me the first assistance," said a slow-walking Ramos-Horta, during a visit to the hospital to thank doctors for their care.
"On the way to the (Dili) heliport I fell off the chair a few times because there were no (seat) belts. I remember even though I was bleeding I was holding on tight," he said.
"And I was telling the driver -- go slow. But maybe he was wise because it was only a matter of minutes for me to arrive there (at the military medical centre)."
Rebel soldiers ambushed Ramos-Horta during an early morning walk on February 11, and also attacked Prime Minister Xanana Gusmao.
Ramos-Horta was shot several times in the attack in which rebel leader Alfredo Reinado was killed, while Gusmao escaped unharmed in the separate attack. Rebel soldiers blamed for the attacks escaped a siege by security forces last week.
Ramos-Horta, who is convalescing in Darwin, said he would be returning to East Timor in a few weeks and called for peace in his small country.
"I will be here for a few more weeks because I need additional therapy for a quick recovery," he said.
"My message to my people is please forgo violence and hatred with weapons, machetes, with arson -- we only destroy each other and the country."
East Timor, Asia's youngest nation has been unable to achieve stability since its hard-won independence from Indonesia in 2002.
The army tore apart along regional lines in 2006, when about 600 soldiers were sacked, triggering factional violence that killed 37 people and drove 150,000 from their homes. Foreign troops were sent to restore order in the former Portuguese colony of about one million.
Ramos-Horta, who at times was too emotional to speak, said he wanted to thank all who had prayed for his recovery, from Pope Benedict to the people of East Timor.
"There are so many thousands of people in Timor -- the bishops, the priests, the nuns, the common people who have prayed for me. I thank all of my people. I will be back soon," he said.
(Reporting by Michael Perry; Editing by Sanjeev Miglani)
Tradução:
Presidente de Timor-Leste conta tentativa de assassínio
Quarta-feira Mar 19, 2008 4:52am GMT
DARWIN, Austrália (Reuters) – O Presidente José Ramos-Horta falou pela primeira vez na Quarta-feira acerca da tentativa de assassínio à sua vida em Fevereiro, que o deixou gravemente ferido, e apelou à paz em Timor-Leste.
"Lembro-me de cada detalhe desde o momento em que fui baleado," um Ramos-Horta magro e não barbeado disse aos médicos no Royal Darwin Hospital onde sofreu várias operações depois de ter sido baleado na capital de Timor-Leste, Dili.
"Lembro-me de tudo, a ambulância, uma ambulância muito velha e desgastada. Nenhum paramédico. Uma unidade da polícia especial Portuguesa. Felizmente tinha um paramédico que saltou para a ambulância e deu-me a primeira assistência," disse um Ramos-Horta de andar vagaroso, durante uma visita ao hospital para agradecer aos médicos pelos seus cuidados.
"No caminho para o heliporto de (Dili) caí da cadeira várias vezes porque não havia cintos. Lembro-me que apesar de sangrar que me agarrava com força," disse.
"E estava a dizer ao motorista – vai devagar. Mas talvez ele era sábio porque demorou apenas uns minuto para chegar lá (ao centro médico militar)."
Os soldados amotinados emboscaram Ramos-Horta durante um passeio no princípio da manhã de 11 de Fevereiro, e atacaram também o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão.
Ramos-Horta foi baleado várias vezes no ataque onde foi morto o líder amotinado Alfredo Reinado, enquanto Gusmão escapou ileso num ataque separado. Os soldados amotinados culpados pelos ataques escaparam a um cerco das forças de segurança na semana passada.
Ramos-Horta, que está a convalescer em Darwin, disse que voltaria a Timor dentro de poucas semanas e apelou à paz no seu pequeno país.
"Ficarei cá mais umas poucas semanas porque preciso de terapia adicional para uma rápida recuperação ," disse.
"A minha mensagem para o meu povo é por favor esqueçam a violência e o ódio com armas, machetes, com fogo-posto – apenas nos destruímos uns aos outros e ao país."
A mais jovem nação de Timor-Leste, tem sido incapaz de alcançar a estabilidade desde a duramente conquistada independência da Indonésia em 2002.
As forças armadas dividiram-se ao longo de linhas regionais em 2006, quando cerca de 600 soldados foram despedidos, desencadeando violência de facções que matou 37 pessoas e levaram 150,000 das suas casas. Tropas estrangeiras foram enviadas para restaurar a ordem na antiga colónia Portuguesa de cerca de um milhão.
Ramos-Horta, que às vezes estava demasiadamente emocionado para falar, disse que queria agradecer a todos que tinham rezado pela sua recuperação desde o Papa Bento ao povo de Timor-Leste.
"Houve tantos milhares de pessoas em Timor -- bispos, padres, freiras, gente comum que rezou por mim. Agradeço a todo o meu povo. Regressarei em breve," disse.
(Reportagem por Michael Perry; Edição por Sanjeev Miglani)
quarta-feira, março 19, 2008
East Timor president recounts assassination bid
Por Malai Azul 2 à(s) 20:09
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
Presidente de Timor-Leste conta tentativa de assassínio
Quarta-feira Mar 19, 2008 4:52am GMT
DARWIN, Austrália (Reuters) – O Presidente José Ramos-Horta falou pela primeira vez na Quarta-feira acerca da tentativa de assassínio à sua vida em Fevereiro, que o deixou gravemente ferido, e apelou à paz em Timor-Leste.
"Lembro-me de cada detalhe desde o momento em que fui baleado," um Ramos-Horta magro e não barbeado disse aos médicos no Royal Darwin Hospital onde sofreu várias operações depois de ter sido baleado na capital de Timor-Leste, Dili.
"Lembro-me de tudo, a ambulância, uma ambulância muito velha e desgastada. Nenhum paramédico. Uma unidade da polícia especial Portuguesa. Felizmente tinha um paramédico que saltou para a ambulância e deu-me a primeira assistência," disse um Ramos-Horta de andar vagaroso, durante uma visita ao hospital para agradecer aos médicos pelos seus cuidados.
"No caminho para o heliporto de (Dili) caí da cadeira várias vezes porque não havia cintos. Lembro-me que apesar de sangrar que me agarrava com força," disse.
"E estava a dizer ao motorista – vai devagar. Mas talvez ele era sábio porque demorou apenas uns minuto para chegar lá (ao centro médico militar)."
Os soldados amotinados emboscaram Ramos-Horta durante um passeio no princípio da manhã de 11 de Fevereiro, e atacaram também o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão.
Ramos-Horta foi baleado várias vezes no ataque onde foi morto o líder amotinado Alfredo Reinado, enquanto Gusmão escapou ileso num ataque separado. Os soldados amotinados culpados pelos ataques escaparam a um cerco das forças de segurança na semana passada.
Ramos-Horta, que está a convalescer em Darwin, disse que voltaria a Timor dentro de poucas semanas e apelou à paz no seu pequeno país.
"Ficarei cá mais umas poucas semanas porque preciso de terapia adicional para uma rápida recuperação ," disse.
"A minha mensagem para o meu povo é por favor esqueçam a violência e o ódio com armas, machetes, com fogo-posto – apenas nos destruímos uns aos outros e ao país."
A mais jovem nação de Timor-Leste, tem sido incapaz de alcançar a estabilidade desde a duramente conquistada independência da Indonésia em 2002.
As forças armadas dividiram-se ao longo de linhas regionais em 2006, quando cerca de 600 soldados foram despedidos, desencadeando violência de facções que matou 37 pessoas e levaram 150,000 das suas casas. Tropas estrangeiras foram enviadas para restaurar a ordem na antiga colónia Portuguesa de cerca de um milhão.
Ramos-Horta, que às vezes estava demasiadamente emocionado para falar, disse que queria agradecer a todos que tinham rezado pela sua recuperação desde o Papa Bento ao povo de Timor-Leste.
"Houve tantos milhares de pessoas em Timor -- bispos, padres, freiras, gente comum que rezou por mim. Agradeço a todo o meu povo. Regressarei em breve," disse.
(Reportagem por Michael Perry; Edição por Sanjeev Miglani)
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