quarta-feira, março 19, 2008

Ramos Horta agradece emocionado aos médicos, à saída do hospital de Darwin

Público
2008-03-19 08:46:00

Ramos Horta disse que conta ficar mais "algumas semanas" na Austrália, para fazer fisioterapia.

O Prémio Nobel da Paz, que foi tratado em dois hospitais de Darwin após o atentado, ofereceu aos médicos e ao pessoal do hospital Royal Adelaide, como prenda, café timorense e uma fotografia sua com o Papa no Vaticano, em Janeiro passado, antes de receber alta.

"É o melhor café do Mundo", disse o Presidente com aspecto magro e barba por fazer. "Quero agradecer-vos a todos pelo carinho e paciência", relata a Lusa.

"Quando me atingiram a tiro, o próprio Papa rezou por mim", disse, enquanto o director do hospital, Len Notaras, explicou que a Santa Sé telefonou várias vezes para se inteirar do estado do líder da ex-colónia portuguesa, de maioria católica.

Ramos Horta, que fez questão de mostrar aos jornalistas que não necessitava de cadeira de rodas, gracejou com os especialistas da unidade de cuidados intensivos em que ingressou há cinco semanas.

Ramos Horta falou também, pela primeira vez, em público, do dia em que foi atacado, afirmando recordar cada detalhe, desde a dor que sentiu até ao charco de sangue em que se viu envolvido e a dura viagem de ambulância até ao hospital de Díli.

"Recordo-me de cada detalhe desde que dispararam sobre mim (...) do caminho para o heliporto, quase caí do assento várias vezes porque não havia cinto de segurança", relatou o Nobel da Paz.

Ramos Horta recebeu três impactos de bala; dois nas costas e um no estômago, e foi operado de urgência em Timor-Leste antes de ser transferido para Darwin, onde foi submetido a mais operações e saiu no princípio do mês da unidade de cuidados intensivos.

Ramos Horta foi atacado em frente a sua casa por soldados rebeldes leais ao comandante Alfredo Reinado, que morreu no tiroteio, enquanto que o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmao, escapou ileso no mesmo dia de outro assalto contra o seu veículo oficial.

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Traduções

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Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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