quinta-feira, junho 08, 2006

ONU aceita fazer investigação a pedido do governo de Timor-Leste - esta devia ser a declaração do senhor Hasegawa

Governo apoia investigação da ONU a incidentes - Hasegawa

Lisboa, 07 Jun (Lusa) - O chefe da missão da ONU em Timor- Leste (UNOTIL), Sukehiro Hasegawa, afirmou hoje que o primeiro- ministro timorense, Mari Alkatiri, apoia uma investigação das Nações Unidas aos incidentes que desencadearam a actual crise no país.

Mari Alkatiri "está de acordo que se levem a cabo investigações sobre o que aconteceu em Abril e Maio", disse Hasegawa à rádio australiana ABC, após um encontro com o primeiro-ministro timorense em Díli.

Alkatiri "é favorável à transparência e insiste que se deve conhecer a verdade", frisou o representante em Díli do secretário- geral das Nações Unidas.

Em declarações hoje à Associated Press, o ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa timorense, José Ramos Horta, afirmou que o inquérito internacional incluirá os incidentes de 28 de Abril, durante uma manifestação de ex-militares, e a morte de 10 polícias desarmados em Díli a 25 de Maio.

A constituição de uma comissão internacional independente foi solicitada pelo governo timorense em Maio, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), depois de participantes na manifestação e membros das forças armadas terem acusado o executivo de divulgar um número de mortos muito inferior ao que dizem ter ocorrido.

Segundo o balanço do governo timorense, na manifestação de 28 de Abril, em Díli, morreram cinco pessoas, mas líderes dos militares rebeldes denunciaram a morte de pelo menos 60 timorenses após a acção de protesto.

A manifestação de 28 de Abril foi convocada pelos líderes de cerca de 600 ex-militares para protestar contra a sua exclusão das forças armadas, decretada depois de terem denunciado alegadas discriminações étnicas.

A ministra de Estado e da Administração timorense, Ana Pessoa, disse hoje à Lusa que o governo decidiu pedir que a comissão internacional investigasse outros incidentes, além do ocorrido em Abril.

"A propósito dos incidentes do 28 de Abril, o MNE foi muito claro relativamente ao que aconteceu. Já na altura havia muita especulação sobre o que tinha acontecido, sobre o número de mortos, e o MNE defendeu na altura uma Comissão de Inquérito Internacional, formulando um pedido às Nações Unidas para que enviassem uma equipa", disse Ana Pessoa.

"Como houve infelizmente outros incidentes igualmente graves ou ainda mais graves, a nossa posição foi a de pedir a essa mesma comissão que investigasse os restantes incidentes", acrescentou.

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Entretanto, a UNOTIL anunciou hoje que o presidente timorense, Xanana Gusmão, o presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres "Lu-Olo", e o ministro Ramos Horta enviaram uma carta ao secretário- geral da ONU, Kofi Annan, a agradecer a ajuda que a missão das Nações Unidas em Timor-Leste tem prestado na actual crise.

PNG/ASP.
Lusa/fim

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Traduções

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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