Horta admite substituir Alkatiri como PM se tiver o apoio FRETILIN
Díli, 08 Jun (Lusa) - O dirigente timorense José Ramos-Horta manifestou -se hoje disponível para substituir Mari Alkatiri como primeiro-ministro se tive r o apoio da FRETILIN, o partido no poder em Timor-Leste.
Em declarações à RTP, o ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa timorense disse que "aceitaria um tal fardo" se for necessário.
"Obviamente que sim. Se houver necessidade de eu ser chamado a assumir um tal fardo aceitaria enquanto timorense", afirmou.
No entanto, Ramos-Horta sublinhou que a possibilidade de vir a substitu ir Mari Alkatiri depende da FRETILIN, partido de que não é militante.
"Repito muito claramente, muito claramente, que qualquer alteração na a ctual equipa governamental deve vir da FRETILIN que detém a maioria nacional, qu e detém a maioria do parlamento", frisou.
Contactado telefonicamente pela Lusa em Díli, o primeiro-ministro timor ense e líder da FRETILIN entendeu não tecer qualquer comentário às declarações d e Ramos-Horta.
Em declarações à Lusa, o presidente da FRETILIN, Francisco Guterres "Lu -Olo", considerou que uma eventual demissão de Mari Alkatiri constituiria uma violação da Constituição timorense.
"Devo dizer que a substituição, a demissão do actual primeiro-ministro só se pode fazer por violação à Constituição e às lei vigentes", disse Francisco Guterres "Lu-Olo".
O também presidente do Parlamento Nacional lembrou que Mari Alkatiri "ainda não terminou o seu mandato".
"Não se fez uma substituição a meio do mandato", frisou.
As próximas eleições legislativas em Timor-Leste estão previstas para o primeiro semestre de 2007.
Francisco Guterres "Lu-Olo" sublinhou ainda que a posição da FRETILIN sobre a questão é "muito clara".
"O partido continua a defender a Constituição e defende o actual primeiro-ministro", garantiu.
"No segundo congresso da FRETILIN [realizado entre 17 e 20 de Maio], el e [Alkatiri] foi reeleito secretário-geral com maioria qualificada dos delegados ", disse, referindo-se aos 97 por cento dos votos conseguido pelo actual líder d o partido, alcançados numa votação de braço no ar.
"Todos devíamos tomar consciência disso", acrescentou.
A demissão de Mari Alkatiri tem sido exigida por militares rebeldes e e lementos da oposição como forma de pôr termo à crise no país, mas o primeiro-ministro só admite deixar o cargo se for esse o desejo da FRETILIN.
PR/EL/PNG.
Lusa/Fim
quinta-feira, junho 08, 2006
Mas a Fretilin diz que não...
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10 comentários:
After the crisis in ET, Mr Horta hopes and ilusions of becoming UN's SG fainted so blatantly that he seems to look around for the next best post...
Except it isn't available, yet...
Resta a Mr. Horta arranjar as necessárias assinaturas e formar o seu próprio partido, ou então ir oferecer-se a qualquer outro já formado, pois pelo caminho em que as coisas vão, talvez que o golpe já se foi, e com ele as ilusões de Mr. Horta.
É impressão minha, ou as coisas começam a ficar cada vez mais claras? Parece-me que as peças do puzzle começam a encaixar-se e começamos a perceber melhor algumas das atitudes de Ramos Horta durante os últimos meses...
parece encaminhar-se para o que previ há uns dias nas minhas longas
perambulações pela História,
Ramos Hora um puppet ao serviço dos australianos no protectorado de Timor
(tal como os australianos
fizeram nas Solomon Is em 2003 onde dominam os principais ministérios...)
com o apoio da primeira dama, provavelmente há muito tempo a trabalhar para
a ASIO e a Igreja a aplaudir.
Pode ser que me engane e a ONU não seja um tigre de papel (os USA estão a
dar todo o apoio à Indonésia
com a visita do sr secretário de estado a Jakarta (fez-me lembrar outra vvez
o Kissinger e o Ford em 1975 porque será?)
e a Austrália já combinou tudo há dez dias quando o Howard foi falar com o
Bush....
Só se a ONU limitar o papel dos australianos é que Timor pode voltar a ser
independente...
A pergunta que todos fazem agora o que é que Xanana vai fazer face aos
GNR... já se viu que quanto aos desertores e traidores eles vão continuar
armados e sob protecção australiana ....
Chrys CHRYSTELLO,
An Australian in The AZORES/
Um Australiano nos Açores, Portugal -
chryschrystello@journalist.com
http://oz2.com.sapo.pt
O Dr. Horta agora è um Nobel da Paz
Ministro da defesa e com a pasta dos NE e Cooperacao,
è candidato a SG das UN se
consegue a ser PM sem ter um partido com ele, podemos ter em TL
um pequeno Superman...
Sorte ele diz de respeitar a Lei!
Há uma FRETILIN que está com Horta, é a que perdeu no Congresso com José LuisGuterres o embaixador de Horta nos USA
José Ramos Horta quer FRETILIN?
"Repito muito claramente, muito claramente, que qualquer alteração na actual equipa governamental deve vir da FRETILIN que detém a maioria nacional, que detém a maioria do parlamento", frisou José Ramos Horta."
Comentário:
Como irá Horta gerir a sua posição a partir de agora? Demitir-se? Não seria melhor tê-lo feito há uns dias bons atrás? O seu amigo Abel Ximenes deu o exemplo é só segui-lo, mas já vai tarde...
O que irá dizer a história de Timor-Leste sobre homens como José Ramos Horta? de Libertadores honrosos a estrategas sem sentido na construção do país?
E o futuro, as feridas que se abriram com a violência tresloucada em nome de coisa nenhuma? Conhecemos a génese do povo, os ódios e vinganças geracionais... haverá condições para mais confiança? mais tranquilidade?
Como foi possivel estragar o caminho da afirmação nacional, com investimento externo, empregos promissores, quase a entrarem no país antes das eleições... tudo para entregar o ouro ao bandido ao amigo australiano e americano...
Meus senhores, esta é uma daas novelas mais absurdas a que Timor-Leste já assistiu, nem sequer os indonésios no seu melhor conseguiram ser tão evidentes na má estratégia.
Ramos Horta deve ponderar bem, mais uma vez, respirar fundo e acalmar até às próximas eleições democráticas.
Já agora, na FRETILIN há gente, há pensantes com muita capacidade, talvez mais do que o senhor José Ramos Horta para dirigir um Governo - ao menos não se ausentariam do país 11 meses por ano.
Os imperialistas australianos estão a preparar o terreno para rapinarem um pequeno país, e, pelo que se vai sabendo, estão sendo bem ajudados pelos lacaios que não têm vergonha de entregar a sua Pátria em troca de benesses que certamente já lhes foram prometidas.Com o pretesto de que Mari Alkatiri está governando mal querem derrubar o poder democrático.
Os imperialistas marimbam-se para os governos e para os povos.Se vivem mal ou se passam fome, tanto lhes dá, desde que os lucros das explorações lhes entrem nos cofres.Depois dão uns trocados aos lacaios e assim vai o Mundo.
Viva Timor! Foram com o Imperialismo australiano!!!
A culpa é do Alkatiri que criou no próprio quintal um crocodilo que cresceu,foi comendo,cresceu mais e agora é a vez de comer o próprio dono...a seguir derruba a vedação do quintal para a entrada de mais crocodilos...
Anónimo das 11:56 PM: A única coisa com que não concordo no seu comentário é dizer: “violência tresloucada em nome de coisa nenhuma” porque me parece que a violência serviu para dar pretexto aos aussies para despacharem para aí as tropas e os polícias de investigação e essa vinda dos aussies servia (serve) a agenda dalguns dos políticos timorenses e ambições de poderosos lobbies de negócios internos e externos. Quanto a tudo o resto estou plenamente de acordo e particularmente quando refere a qualidade dos quadros e militantes da Fretilin, só tenho a acrescentar a imensa sabedoria e tolerância que têm revelado nestes últimos tempos e as lições de cidadania que nos têm dado.
Eu acho que o Anonimo das 11.56 esta a iludir-se.
Da maneira como as coisas esta a decorrer parece-me que e o PM que nao vai conseguir sair desta.
Se as teorias que se tem ouvido aqui quanto a generalizada conspiracao contra o Mari Alkatiri forem verdade ele ja nao tem hipotese de sobreviver este desafio politico.
Se realmente paises poderosos como a America, Australia e outro poderosos interesses economicos estiverem por detras disto tudo as investigacoes vao "encontrar" (a bem ou a mal) a evidencia necessaria para condenar o PM.
Desculpem-me mas estou a ser pragmatico e realista.
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