sexta-feira, junho 23, 2006

"Ganhámos esta guerra", afirma Xanana sem adiantar solução crise

Díli, 23 Jun (Lusa) - O presidente timorense disse hoje a milhares de manifestantes concentrados em frente ao Palácio do Governo em Díli que a "esperteza" do povo permitiu ganhar "esta guerra", mas sem precisar ou adiantar qualquer solução para a crise.
"Falhámos em garantir a vossa estabilidade, mas com a vossa esperteza ganhámos esta guerra", afirmou Xanana Gusmão, perante o entusiasmo dos manifestantes, que exigem a demissão do primeiro- ministro, Mari Alkatiri.

No entanto, Xanana Gusmão não avançou qualquer solução para a crise política em Timor-Leste, nem se referiu à ameaça, feita quinta- feira, de resignar hoje ao cargo se Mari Alkatiri não se demitir.
EL.
Lusa/

17 comentários:

Anónimo disse...

Engana-se, meu caro! O que você ganhou (?) foi uma batalha. Porque a guerra, essa perdeu-a!
Espero que compreenda que se você não cumpre a lei--- e é evidente que não a cumpriu nem a fez cumprir --- perde qualquer legitimidade para exigir, a quem quer que seja, que a cumpra. Vão sempre "cobrar-lhe" isso. E quem perde nem é você; é Timor Leste!
De Presidente democrático de 1ª a liurai birrento de 2ª...
A ver vamos...

Anónimo disse...

Agora vem falar cumprir e fazer cumprir a lei, lembras-te que quando Rogerio Lobato agrediu pessoas nas ruas de Comoro, lembras que um dos membros do estado atropelou uma pessoa nas rua de Dili e ..., ninguem veio dizer para que se cumprisse a lei e nem sequer demetiu-se. Achas que os esfomeados de poder, distribudores das armas são os cumpridores da lei e a constituição...Chega e cala-te...

Anónimo disse...

XANANA GUSMÃO... devias ter vergonha do k andas a fazer... tu fazes as merdas e o povo é k paga!!!
pobre povo maubere, tenho vergonha de ter um presidente como tu....

Anónimo disse...

A esperteza não foi do povo foi do guerrilheiro estratega e quem perdeu foi o Povo.
Afinal todos os ditadores na história foram aplaudidos pelo povo!

Anónimo disse...

É chocante a arrogância da Xanana e a presença da espôsa é sintomática do prazer da vitória já por esta anunciada no início da crise.
Achava-se que Xanana era um homem de principios mas não com laivos de ditador.

Anónimo disse...

Morreram timorenses, os deslocados são timorenses, os adversários são timorenses.
As guerras não são contra irmãos...
Só mesmo um ditador é que festeja vitória perante a desgraça do povo.
É triste!

Anónimo disse...

As únicas posições tomadas por Xanana ao nivel de um Chefe de Estado foram sob a assessoria de um homem de elevado nivel técnico e cultura democrática.
Logo que ficou sózinho revelou aquilo que realmente é.
A imagem que Xanana transmitia ao mundo era a de outros não a dele.
Todos ficampos com a certeza que não é um Chefe de Estado.

Anónimo disse...

O XANANA LUTOU NA GUERRA E O ALKATIRI NAO.O XANANA FOI ELEITO PELO POVO E O ALKATIRI NAO.FOI ELEITO PELO PARTIDO.EM QUALQUER PAIS O PRESIDENTE E MAIS IMPORTANTE QUE O PRIMEIRO MINISTRO.O XANANA SO TEVE UM ACESSOR DE ELEVADO NIVEL.ENTAO TIMOR POUPOU MUITO DINHEIRO.QUALQUER OUTRO PRESIDENTE NESTE MUNDO TEM MAIS DE CINCO.SE O MARI NAO TIVESSE O APOIO DO PORTUGUES NAS NEGOCIACOES DO PETROLEO COM A AUSTRALIA ENTAO ESTARIAMOS ASSADOS.TIMOR ESTA EM CRISE E NESTE MOMENTO O PAIS E MAIS IMPORTANTE DO QUE A ARROGANCIA E GANANCIA DE INDIVIDUAIS.

Anónimo disse...

Quem faz merdas é o governo que foram distribuir armas. Quem devias ter vergonha é aqueles esfomeados de poder que disribuiram armas para assegurar o poder a custa da morte do povo maubere.

Anónimo disse...

Este blog tá um nojo! Que vergonha...

Anónimo disse...

Parabéns pelo blog assim conseguimos saber o que relamente se passa em Timor.
Deixo aqui o editorial de 220.06.2006 do DN

A carta
Eduardo Dâmaso

A situação política em Timor não pára de surpreender. O novo episódio da crise é epistolar - uma carta de Xanana a Alkatiri a exigir-lhe a demissão com base num programa da televisão australiana em que é afirmado que o primeiro-ministro teria promovido a distribuição de armas a militares da Fretilin.

O assunto da entrega das armas é melindroso e está a ser investigado pelas autoridades judiciais timorenses. Não há ainda nenhuma espécie de conclusão, mas o Presidente da República, que tem a especial obrigação de manter a serenidade e ser o garante das instituições, pôs o país em alvoroço dizendo em papel timbrado e com a solenidade das declara- ções de Estado o que a sua mulher diz habitualmente na cozinha lá de casa ou em incursões pelos bairros pobres de Díli.

Xanana escreve a carta num tom idêntico ao das declarações recentes da sua mulher, a australiana Kirsty Sword, sobre Alkatiri, em que esta não só disse que o primeiro-ministro devia demitir-se como anunciava que, caso não o fizesse, seria demitido pelo seu marido.

As relações de Estado em Timor já tinham descido ao mais baixo nível de paroquialidade quando se percebeu que em muito dependiam da vida do- méstica do Presidente. Agora passaram para a fase mais preocupante: o tom simplório com que têm sido comentadas as relações institucionais saiu mesmo da cozinha do Presidente e entrou nas instituições.

A carta de Xanana - que o DN publica nesta edição - representa a triste paródia a que chegou a política timorense. Um país que está à beira de uma guerra civil é atravessado por ódios mortais ao nível das mais altas figuras do Estado, fomentados por guerras antigas ou por interesses económicos e diplomáticos da Austrália.

Com este comportamento Xanana Gusmão volta a incendiar o clima político em termos que podem ser incontroláveis num país onde há centenas de civis armados, polícias e militares amotinados, rivalidades étnicas, invejas pessoais e que se transformou num palco de obscuras manobras diplomáticas. Com uma liderança que gere ódios o povo só pode mesmo é procurar abrigo do seu próprio medo. O braço-de-ferro entre Xanana e Alkatiri chegou a um ponto de não retorno e pode mesmo acabar num banho de sangue. E, até aqui, quem se tem esforçado por evitar tal tragédia tem sido Alkatiri e não o Presidente de Timor-Leste

Anónimo disse...

Pois quem evitou tal tragedia foi Alkatiri porque ele e os seus lacaios que temm armas. Ma svamos ver...

Anónimo disse...

O Malae Azul, porque é que nao copiou esta noticia de LUSA completa...(oh...oh...ah...ah... deve deve haver alguma coisa que nao quer que os outros sabem...mau...mau...!!!!)

A noticia completa é como seguinte:

23-06-2006 12:10:00. Fonte LUSA. Notícia SIR-8109131
Temas: conflitos timor-leste política presidente governo

Timor-Leste: "Ganhámos esta guerra", afirma Xanana... (ACTUALIZADA)
Díli, 23 Jun (Lusa) - O presidente timorense disse hoje a milhares de m anifestantes concentrados em frente ao Palácio do Governo em Díli que a "esperte za" do povo permitiu ganhar "esta guerra", mas sem precisar ou adiantar qualquer solução para a crise.
"Falhámos em garantir a vossa estabilidade, mas com a vossa esperteza g anhámos esta guerra", afirmou Xanana Gusmão, perante o entusiasmo dos manifestan tes, que exigem a demissão do primeiro- ministro, Mari Alkatiri.
No entanto, Xanana Gusmão não avançou qualquer solução para a crise pol ítica em Timor-Leste, nem se referiu à ameaça, feita quinta- feira, de resignar hoje ao cargo se Mari Alkatiri não se demitir.
Garantiu, porém, que cumprirá as suas obrigações com base nas exigência s dos timorenses, no que foi interpretado pelos manifestantes como um sinal de q ue não se demitirá.
"Como vosso presidente, como vosso irmão, honrarei a Constituição. (...
) Cumprirei as minhas obrigações com base nas vossas exigências", afirmou.
Falando num palco improvisado, montado em cima de uma carrinha de caixa aberta, Xanana Gusmão tinha ao seu lado a mulher, Kirsty, e ainda Vicente da Co nceição "Railos", veterano da luta de resistência e comandante do alegado "esqua drão da morte" supostamente criado pelo ex-ministro do Interior Rogério Lobato, e major Alves Tara, um dos oficiais das forças armadas timorenses que abandonou em Maio a cadeia de comando.
Bem disposto e descontraído, substancialmente diferente do homem tenso que anunciou quinta-feira ao país que se demitiria caso o primeiro-ministro não assumisse as suas responsabilidades, demitindo-se da chefia do governo, Xanana G usmão interveio em tétum, iniciando a sua intervenção com vivas ao povo de Timor -Leste e à unidade nacional.
Desdobrando-se em apelos à calma - "manifestem-se à vontade, mas sem vi olência, sem pisar sequer uma formiga", pediu -, Xanana considerou que os timore nses, que definiu como "um povo que sabe mostrar dignidade e coragem, mas também inteligente e sofredor", têm razão para estarem zangados.
"Em Janeiro passado, fui a Nova Iorque levar o relatório da CAVR [Comis são de Acolhimento, Verdade e Reconciliação, criada para investigar as violações dos direitos humanos em Timor-Leste entre 1974 e 1999] e prometi [à ONU] que nã o haveria mais violência", salientou.
"Não passaram cinco meses até que voltou a haver violência", lamentou, referindo-se aos confrontos ocorridos nos últimos dois meses, que provocaram trê s dezenas de mortos e 145 mil deslocados e levaram as autoridades timorenses a p edirem a intervenção de forças militares e policiais de Portugal, Austrália, Nov a Zelândia e Malásia.
Xanana Gusmão considerou que os dirigentes timorenses falharam na prome ssa de estabilidade.
"Podem apontar o dedo a nós, os governantes, porque falhámos. Não vos d emos a estabilidade que prometemos. Mas o povo é que decidiu o seu destino, o se u futuro e, a começar por mim, todos devemos respeitar o povo", frisou.
"Nós [os governantes] temos de ouvir a vossa voz. Eu compreendo o que q uerem e por isso peço aos governantes que abram os olhos e vejam o sofrimento de ste povo", acrescentou.
Xanana garantiu ainda que compreende a voz do povo.
"Podem acreditar: estou a escutar a vossa voz", vincou.
Depois de Xanana e a mulher abandonarem o local, o comandante "Railos" dirigiu-se também aos manifestantes apresentando-se como "aquele a quem deram ar mas para matar".
"Vocês não me conhecem, mas eu sou o 'Railos', aquele a quem deram arma s para matar. Mas eu apelo-vos que digam não à violência", disse.
Os manifestantes mantêm-se no local, mas em menor número, continuando a ouvir músicas e a dançar, sob o olhar atento dos militares australianos e també m de alguns efectivos da GNR.
Não há registo de incidentes relacionados com a manifestação.
EL.
Lusa/Fim

Anónimo disse...

Agora so vos resta o rancor the ver o homem que odeiam liderar o seu povo a verdadeira democracia pela qual ele e os timorenses lutaram. Nao uma democracia sufocada nas garras de um governo despotico.
Dizem que pensavam que o Xanana era isto, era aquilo, que estao desiludidos, chocados... Mentiras, voces gostam do alkatiri e por isso odeiam aquele quem o POVO AMA, Kay Rala Xanana Gusmao, Comandante Supremo das Falintil, Heroi da Luta, Prisioneiro politico, Presidente da RDTL, Comandante Supremo das F-FDTL

Podem continuar a ladrar enquanto a caravana passa.

Anónimo disse...

Anónimo das 10:38 PM: a prova da sua superior tolerância é chamar "cão" a quem tem ideias diferentes. Está bem visto, está.

Anónimo disse...

Que a margarida se decida a compreender de forma literal um ditado o problema e seu.

Anónimo disse...

e mais, DEIXE-SE DE CRIANCICES. agradecemos imenso o grande esforco com as traducoes (apesar de serem com menos frequencia)mas nao ha pachorra para atitudes infantis.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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