sexta-feira, agosto 18, 2006

Militares assinalam 31 anos da criação das Falintil

Díli, 18 Ago (Lusa) - As Forças de Defesa de Timor-Leste assinalam domingo o 31º aniversário das Falintil, a guerrilha timorense criada pela Fretilin em 1975 durante a guerra civil do país.

Numa comemoração "descentralizada", como explicou à agência Lusa fonte militar, o dia das Falintil, nome que actualmente antecede a designação das Forças de Defesa de Timor-Leste (Falintil-Forças de defesa de Timor-Leste), tem como ponto alto um jantar no quartel- general de Tacitolo, em Díli, no qual participará o comandante das forças, brigadeiro general Taur Matan Ruak, e o primeiro-ministro José Ramos-Horta.

Criadas a 20 de Agosto de 1975 como o ramo armado da Fretilin durante a guerra civil do país, as Falintil assumiram em Dezembro do mesmo ano a luta de guerrilha contra o invasor indonésio que iria permanecer cerca de 24 anos no país.

O primeiro comandante das Falintil foi Nicolau Lobato que morreu em 1978 e foi sucedido por Xanana Gusmão.

O actual chefe de Estado timorense abandonou o comando da luta armada em 1992 quando foi detido numa residência da capital, tendo sido substituído por Mau-Huno, detido alguns meses depois, Konis Santana, morto num acidente em 1998, e Taur Matan Ruak, hoje o comandante das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste.

A partir das montanhas de Timor-Leste, as Falintil conduziram operações militares e tornaram-se um símbolo da resistência do país tornando-se com Xanana Gusmão apartidária e passando a representar todos os que se opunham ao invasor indonésio.

A 01 de Fevereiro de 2001, já com o país livre do invasor indonésio, as Falintil foram integradas nas Forças de Defesa de Timor- Leste.

JCS.

16 comentários:

Anónimo disse...

Na Conferência dos Parceiros de Desenvolvimento realizada em Dili, em 4 de Abril último, o PR no seu discurso anunciou que:

“(…) Por efeito da quantidade dos beneficiários, o Governo já concordou com o seguinte calendário para as cerimónias de Homenagem:

- 20 de Agosto de 2006, Ordem da Guerrilha, a atribuir aos Combatentes Veteranos da Libertação Nacional com oito ou mais anos de participação, que actuaram como militares, e aos Combatentes da Libertação Nacional que desempenharam funções como quadros militares da Base de Apoio; (…)”

Será que o PR já se arrependeu e não vai entregar aos Combatentes Veteranos a Ordem da Guerrilha? É que não vejo anunciada a sua presença nestas comemorações...

Anónimo disse...

Parabéns a todos os valorosos guerrilheiros das FALINTIL.

Viva a mil vezes heróicas e gloriosas FALINTIL!

Anónimo disse...

E asim que querem acabar com as divisoes em Timor? Falintil, Fretilin, F-FDTL, estao todos na mesma panela.
Que miopes politicos.

Anónimo disse...

"O actual chefe de Estado timorense abandonou o comando da luta armada em 1992 quando foi detido numa residência da capital"

O Xanana manteve o comando da luta mesmo estando ele na prisao como Comandante Supremo das Falintil.

Anónimo disse...

Anónimo das 9:49:27 PM: Precisamente por haver divisões em todas as sociedades (e também na timorense) é que nas democracias há multipartidarismo e que o Estado Timorense valoriza o contributo dos partidos políticos para a expressão organizada da vontade popular e para a participação democrática do cidadão na governação do país.

Mas nas nações para além dos divisores há também elementos integradores que ajudam a formar a sua identidade nacional. A língua é um deles (e dos mais importantes) mas também o são as lutas comuns e quem as liderou. E na liderança da luta dos Timorenses para a independência é incontornável o papel quer das Falantil quer da Fretilin.

E as F-FDTL é a instituição responsável pela defesa militar da RDTL, têm a missão de garantir a independência nacional, a integridade territorial e a liberdade e segurança das populações contra qualquer agressão ou ameaça externa, são apartidárias e é-lhes vedada qualquer intervenção política. Fazer a amálgama que você faz, pior que miopia é cegueira.

Anónimo disse...

Margarida para sua informacao quem no mato nao se identificasse com a fretilin era fuzilado. Ate os prorios da Fretilin que nao conmcordavam com certas decisoes eram condenados e fuzilados. Esqueceram se do Totalitarismo do partido unico? Por iso nao admira que tentam esquecer que a luta pela libertacao foi dum povo nao so da fretilin. Depois de assumirem Governo tentaram reintroduzir isso mesmo. Dats da independencia =Aniversario da Fundacao da Fretilin . Bandeira = Fretilin emprego so para quenm e da Fretilin. Grandes contratos so para empresarios ligados a Fretilin ou ao PM. Eu estive no mato vivi e assisti tudo isso por isso sei do que falo.

Bui Bere

Anónimo disse...

Muito Bera: Sim devia ser dos que andavam no mato à procura dos resistentes timorenses para os entregar ao inimigo. E possivelmente andará hoje pela noite “valentemente” a atirar pedras aos deslocados. Mas não se esqueça que o Alfredo já foi dentro e hoje foi outro que disparou contra um homem desarmado.

Anónimo disse...

Sim margarida voce e que e muita bera entando sempre desculpar o que e bera para o povo Timorense. Tambem anda com uma parelha nos olhos e so ve o mari pela frente. Quando a acusacoes de entrega de inimigos voce nem pode falar em nada da rsistencia porque so aprendeu em livros. Procura saber quem eram os melhores amigos do Coronel Sinaga, quem cantava acom ele nas festas e qual era o apelido do condutor dele vais ver que aspista te levara a um certo amigo,. A ignorancia e atrevida.

Bui Bere

Anónimo disse...

margarida: Agora passou dos limites e esta realmente a ser demasiado atrevida para julgar seja la quem for e o que fez durante a resistencia. E atrevimento e muita arrogancia de uma portuguesa angolana que pouco sabe de Timor.
Voce devia mas era calar a boca e saber os seus limites.

Mas para sua informacao um desses que "andavam no mato à procura dos resistentes timorenses" nao so "para os entregar ao inimigo" mas para os matar e conseguiu matar alguns foi o actual Tenente-Coronel Falur Rate Laek. Conhece? Nao pode conhecer porque voce nao conhece ninguem. Ele proprio conta como em certas alturas conseguiram cercar o Taur Matan Ruak e faze-lo passar por maus bocados. Mas o Falur Rate Laek e um grande guerrilheiro e nacionalista e teve que fazer isso depois da sua captura pelos indonesios e com muita magoa para servir os propositos da luta para a independencia. Porque uma vez que ganhou a confianca dos indonesios e recebeu dezenas de armas automaticas levou logo os seus homens para o mato para reforcar de novo as falintil.

Nao se atreva mais nenhuma vez pronunciar-se sobre questoes desta natureza muito sensiveis e dolorosas para os timorenses porque, digo eu, voce nao tem direito de falar do que nao sabe.

Anónimo disse...

Anónimo das 4:38:33 PM: afinal agora temos flores de estufa? De repente os durões agora viraram perseguidos? Esquece-se que quem cospe para o ar arrisca-se a apanhar com o cuspo em cima. Deixe-se então de generalizações assassinas contra a Fretilin e as F-FDTL e respeite-os se quer que o respeitem.

Anónimo disse...

A nao ser que a margarida seja ou da Fretilin ou da Falintil ou timorense (o que nao e) cale a boquinha e pare de falar de coisas que nao sabe.
Seria o proprio Falur Rate Laek que lhe haveria de dizer isso na cara.
E Falur Rate Laek nao faz parte dos rebeldes mas continuou sempre durante a crise submetido ao comando militar de Taur Matan Ruak. Alias ele foi o primeiro oficial militar criticado pelos peticionarios.

Repito o que disse. Quem e que lhe deu o direito de chamar de traidores os timorenses que lutaram e deram as suas vidas para um Timor Independente?

TENHA VERGONHA NA CARA sua portuguesita angolana e ponha-se no seu devido lugar.

Anónimo disse...

Anónimo das 8:08:03 PM: assim de repente arma-se em censor e pergunta "quem lhe deu o direito"? Entretanto já se tinha esquecido que tinha acusado de "Totalitarismo de partido único" ao partido mais persistente na luta pela independência de Timor... mas apesar da maioria ter apoiado a Fretilin e a sua luta, houve 20 por cento da população que votou contra a independência. Por isso há por aí e nestas caixas de comentários tanta má língua e tanta calúnia contra quem de facto lutou por um TL soberano e independente.

Anónimo disse...

Uma coisa e a margarida querer defender a Fretilin por simpatia a esse partido (completamente compreensivel), outra e armar-se em juiz e rotular os timorenses como traidores "dos que andavam no mato à procura dos resistentes timorenses para os entregar ao inimigo." sem sequer os conhecer.

Dei-lhe o exemplo de Falur Rate Laek que pelas suas medidas seria um desses "traidores" mas expliquei-lhe que muito pelo contrario foi um grande guerrilheiro defensor da patria e um grande nacionalista e disse a margarida que nao falasse de coisas sobre as quais nada sabe. Se voce fosse mais sensata teria ouvido esse meu conselho em vez de persistir desta forma.

Como timorense penso ser altamente repreensivel a sua atitude relativamente a esta especifica questao.

Anónimo disse...

Anónimo das 10:32:25 AM: Há-de reparar que eu nunca escrevi nada sobre Falur Rate Laek, e pelo que li, nomeadamente no site da UNOTIL, até sei que ele foi a primeira "cabeça" que os peticionários exigiram. E sempre defendi o direito da hierarquia castrense a decidir como decidiu e ter as suas decisões respeitadas por todos a começar pelo PR. E até acusei o PR de ter tirado o tapete à hierarquia castrense e com isso ter dado força aos peticionários e prestado um péssimo serviço às F-FDTL. Sempre defendi o respeito institucional de TODOS pelas F-FDTL e pelas decisões da sua hierarquia.

Sempre também defendi o respeito pela escolha do povo de TL que se traduziu na Assembleia Constituinte. Sempre defendi a Constituição que saíu dessa Assembleia bem como o governo e outras instituições.

Mas, como por aqui nestas caixas de comentários se topa é que em TL, há minorias que não aceitam nem a Constituição nem o Governo. No plano das ideias têm todo o direito de estar contra - afinal a liberdade de expressão é um direito de todos e de cada um. Mas se passam da luta das ideias para a luta no terreno, intrigando, dividindo e depois, de armas na mão - como fizeram - tentando derrubar o governo e fechar o Parlamento, então entraram no campo da ilegalidade e aí têm que responder perante a justiça. É o que nesta altura está a acontecer.

Portanto, os tais 20% que votaram "não" no referendo de 1999 são cidadãos timorenses com os mesmos direitos dos 80% que votaram "sim". Mas se de armas ou pedras, ou granadas ou cocktails molotov na mão tentaram ou tentam mudar governos ou governantes então estão a cometer crimes e um Estado que se preze terá de os prender e julgar. E isto aplica-se a TL ou a qualquer país democrático.

Anónimo disse...

Acabou por pecar mais outra vez por insinuar que as pessoas envolvidas nesta crise fazem parte dos tais 20% que votaram pela integracao. Talvez sem perceber acaba de os rotular como traidores pro-integracao mesmo que diz terem os mesmos direitos. Voce percebe aquilo que diz?

PARE COM ESTA CONVERSA!!

Anónimo disse...

Anónimo das 6:42:19 PM: porque é que hei-de parar? Não tem lógica. Houve de facto em 1999, 20% que estiveram a favor da integração na Indonésia, mas que têm exactamente os mesmos direitos e deveres de todos os cidadãos timorenses. Exactamente os mesmos, nem mais nem menos. Mas de facto esses 20% estavam habituados a terem antes de 1999 mais direitos que os 80% que votaram pela independência, e é "natural" que queiram recuperar os direitos que perderam com a independência como também é "natural" que os independentismas não queiram que eles conservem esses direitos. A isto chama-se luta política e não há mal nenhum na luta política se se desenvolver dentro dos limites da lei e da Constituição, mas quando extravasa esses limites há penalizações e sanções. Para uns e para outros, mas no caso presente, quem extravasou é quem não reconhece os instrumentos legais e institucionais, a começar pela Constituição e pelo Governo.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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