No blogue Causa Nossa:
Está na ABA DA CAUSA o artigo "Ainda a crise timorense" que escrevi na semana passada para o COURRIER INTERACIONAL (publicado a 14/7).
Entretanto estive em Timor Leste e conversei com todos os principais actores. Incluindo com o ex-Primeiro Ministro Mari Alkatiri.
E não tenho nem uma vírgula a modificar naquele meu texto.
Posso, em vez disso, acrescentar:
Mari Alkatiri pode continuar a ser muito importante, determinante mesmo, no processo de construção do Estado em Timor Leste. Naturalmente que é agora sua prioridade ver esclarecidas integralmente na Justiça as responsabilidades criminais que lhe são imputadas. Mas mal possa investir no trabalho parlamentar e partidário pode até tornar-se mais eficazmente influente do que era no Governo, valendo-se da experiência que adquiriu e mais ninguém possui e das competências que lhe são reconhecidas.
Mari Alkatiri pode, pela sua acção no Parlamento, na FRETILIN e nos bastidores contribuir decisivamente para o sucesso do actual governo, chefiado por Ramos Horta. Mas também pode obstaculizar a acção do Governo ou pelo menos dificultar o seu funcionamento.
Só que, se o actual Governo falhar, não será só Ramos Horta que falha. Nem o Presidente Xanana Gusmão que forçou a demissão do anterior Governo e nomeou este. Falha a FRETILIN que o indicou, o integra e o domina. E falhará, sobretudo, a independência de Timor Leste. Pela qual Mari Alkatiri sempre lutou e tantos e tantos timorenses deram a vida.
[Publicado por AG] 20.7.06
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sexta-feira, julho 21, 2006
Timor Leste - a crise, ainda - Por Ana Gomes
Por Malai Azul 2 à(s) 16:26
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
6 comentários:
reparem como a tia velha tenta condicionar uma vez mais a fretilin e o proprio mari alkatiri.
esta eurodeputada não tem um pingo de vergonha naquela horrivel cara!
Ao saber desta segunda deslocação de Ana Gomes a Dili, ainda tive alguma esperança que entendesse a realidade de uma forma que não fez na primeira ida ...
Tenho pena que, apesar da disponibilidade de todos em a receber e conversar com ela, continue sem compreender o que se passou e o que se passa!
Continua com uma liguagem sectária que é inentendível em algém com tantas anos de carreira diplomática. E, para alguém formada na área do Direito, como se entende a expressão "as responsabilidades criminais que lhe são imputadas"???!!!! responsabilidade imputadas?
Compreende-se o fascínio que tem pela personalidade carsmática do PR mas não se compreende de todo esta 'estreiteza mental' relativamente a Mari Alkatiri que ela tão bem conhece.
Há que ser objectivo numa situação complexa como a que Timor-Leste vive desde o início do ano (no mínimo) e analisar factos. A eurodeputada Ana Gomes peca em toda a sua análise e comentários, ao deixar-se dominar pelas emoções e sentimentos que nutre pessoalmente por alguns dos actores deste processo.
É uma desilusão, particularmente depois do papel brilhante e competente que desempenhou na fase dificilima de 1999.
Babija: não é só isso. Não se esqueça que a Ana Gomes é daquela fornada muito em moda no final dos anos 60, princípios dos anos 70, ex-maoistas convertidos à social-democracia uns, à direita pura e dura outros, de que faziam parte o Sérgio Vieira de Mello, o Rafael Solana ou o Bernard Koutchnner, por exemplo, que inventaram as "intervenções humanitárias" e as ONG's para contraporem ao conceito da soberania das nações. Que estimulavam ódios étnicos, ódios religiosos, fundamentalismos, para provocarem confrontos que justificassem intervenções e ingerências em Estados soberanos. Começaram nos tempos da guerra do Afeganistão (contra a URSS), continuaram nas guerras de África (Biafra, Somália), actuaram em força no desmantelamento da Jugoslávia, foram para Timor (para tentarem mostrar que não sabiam só estragar e que também eram capazes de construir), daí partiram para o Iraque e foi a barraca que se conhece. Claro que os seus deuses eram Clinton, Kofi Annan, Madaleine Albright, Richard Halbrook, Blair, o Verde ex-MNE da Alemanha, etc., etc., etc., mas ajeitaram-se e de que maneira aos Bushes, ao Bolton, à Rice e a tudo que é neo-con.
É gente da laia do Ramos-Horta que pensa ter sido ungida por um direito divino qualquer para pastorear a plebe. Normalmente foram (são) meninos-família, com amigos muito bem colocados e dispostos a tudo na vida para singrar à custa do "pobre povo" a que vão roubando direitos sociais, riquezas naturais, conquistas que muitas gerações adquiriram. E principalmente é gente que sabe muito de marketing, que se vende muito bem e a que todas as CNN, ABC, Sky, Fox, SIC, etc., deste mundo recorrem para ajudar a vender o peixe podre dos boss. Que esses sim, vão enchendo as algibeiras e e espalhando por todos eles algumas migalhas. Repare como todos eles têm "percursos" interessantes. Ou acha que é por acaso que o Solana e o Durão estão no Top da União Europeia? Ou que a Ana Gomes se passeia tanto - duas vezes em Dili em dois meses, pelo menos uma passagem confessada por Nova York, fora o que não se sabe?
A Ana Gomes no estilo despachado que lhe é peculiar escreve que o “Presidente Xanana Gusmão (...) forçou a demissão do anterior Governo”, mas curiosamente oculta a contribuiçãozinha que deu para esse desfecho. Será que começa a recear o "génio" que saiu da garrafa que ajudou a destapar?
Não deem a Ana Gomes o poder que NÃO tem ... ajudar a destituir um governo.
Independentemente de ter o coração na boca e, por vezes, fazer declarações emotivas que deveria conter - quer pela formação em direito quer pela carreira diplomática que teve - o que Ana Gomes fez, durante décadas por Timor NÃO pode ser esquecido.
Foi e é uma amiga de Timor!
Quem nunca errou que atirea a primeira pedra!
Anónimo das 5:43:40 PM: enquanto Embaixadora de Portugal em Jakarta a Ana Gomes não fez mais que a sua obrigação, representar Portugal e seguir a orientação da política externa portuguesa. Acredite que não é nenhuma Madre Teresa.
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