sexta-feira, julho 21, 2006

Comunicado Imprensa - PM

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
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INFORMAÇÃO À IMPRENSA


21 Julho 2006
Para divulgação imediata


PRIMEIRO MINISTRO RAMOS-HORTA ORDENA AUDITORIA À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


O Primeiro-Ministro, Dr José Ramos-Horta, ordenou uma auditoria e reavaliação da administração pública.

Como primeiro passo para criar uma administração pública mais ética, o Dr Ramos-Horta ordenou ao Inspector-Geral interino que investigasse:

• apropriação indevida e roubo de bens do Estado antes, durante e após a recente crise de segurança em Díli;
• utilização imprópria de combustível do Governo;
• utilização indevida de bens do Estado;
• pagamento tardio e não-pagamento de salários a funcionários contratados pelo Estado; e
• chegada tardia ao local de trabalho, absentismo e baixa produtividade dos funcionários públicos.

O Dr Ramos-Horta ordenou as investigações após uma conversa, esta semana, com o Inspector-Geral interino, Francisco de Carvalho, e o consultor principal para as auditorias e luta contra a corrupção, Billy Tarrillo. A reunião foi convocada pelo Vice-Primeiro-Ministro Dr Rui de Araujo.
“O nosso país não se pode desenvolver sem uma administração pública produtiva,” disse o Dr Ramos-Horta.

“A administração pública existe para servir as comunidades, e esse princípio deve orientar os funcionários públicos em tudo aquilo que fazem.”

O Primeiro-Ministro também ordenou ao Inspector-Geral interino que:

1. realizasse auditorias a todos os serviços públicos;
2. verificasse todos os inventários dos bens e propriedades do Estado; e
3. iniciasse novas investigações em serviços públicos.


“Se pretendemos servir os pobres deste país e desenvolver a economia da nossa nação, temos de ter uma administração pública que seja capaz de responder às necessidades, eficiente, produtiva e honesta,” disse o Dr Ramos-Horta.

O Dr Ramos-Horta também autorizou o Inspector-Geral interino a comunicar ao Procurador-Geral todos os casos que envolvam comportamento criminoso por parte de funcionários públicos.

O Primeiro-Ministro também ordenou que o projecto de Lei Orgânica do Gabinete do Inspector-Geral, parado desde 2004, seja enviado ao Conselho de Ministros para aprovação imediata.

Essa lei define claramente as competências, funções e deveres do gabinete do Inspector-Geral, que passará a ser designado Inspector-Geral do Estado, para que o seu papel seja entendido por todos.

O Dr Ramos-Horta disse que um novo Inspector-Geral será nomeado na próxima semana, para substituir o falecido Mariano Lopes da Cruz.

O Primeiro-Ministro solicitou ainda ao Governo de Singapura que ajude o gabinete do Inspector-Geral a desenvolver as suas competências técnicas no domínio das auditorias, e à UNOTIL e à missão que lhe suceder que continuem a prestar o seu apoio.

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14 comentários:

Anónimo disse...

Bom comeco para o Governo de RH. A auditoria devera comecar pelos graudos que com um vencimento de $300.00 mensal andam em carros de $50.000.00 e muitas vezes a esposa e as amantes tambem tem o mesmo tipo de carro. Se nao comecar pelos grandes nunca ira dar um bom exemplo ao povinho.

Mata Hari

Anónimo disse...

Aqui está uma boa noticia, desde que traga resultados palpáveis e vá fundo na questão.

Nada contra a que comece por cima, mas não deve parar por aí.

A corrupção é o imposto mais caro que qualquer empresário tem que pagar em Timor-Leste. E depois admiram-se do desemprego e de não haver empresas que gerem riqueza e emprego.

Anónimo disse...

O comentário anterior não passa de uma frase feita.

Trabalho numa empresa de construção há 2 anos em Timor e nunca paguei esse "imposto".

É fácil caluniar, não é?

Anónimo disse...

O anonimo anterior deve ser da fretilin. Os empresarios da fretilin estao isentos desse "imposto".

Mas agora e que as coisas vao se tornar mais interessantes.
Como ja tinha comentado anteriormente vai ser possivel agora saber-se mesmo se as fugas de divisas do estado para as contas no estrangeiro, entre outras coisas tais como uso de bens do estado para proveito do partido, sao somente rumores ou tem fundamento.

Antecipo desde ja grandes descobertas dessas investigacoes e aditorias contra a corrupcao!

Forca Ramos Horta. Se continuares neste rumo vais merecer maior admiracao e louvores do teu povo.

Anónimo disse...

Mas nao pensem que estas auditorias anunciadas pelo PM Ramos Horta vieram ao acaso. Ja existe muita evidencia para acreditar-se que houve grandes irregularidades e grandes fugas de divisas.
Estas auditorias servirao para provar essas irregularidades e fugas de divisas e trazer a justica os respectivos responsaveis.

Chegou a altura de fazer uma limpeza a casa.

Anónimo disse...

O "anónimo" das 8:12:31 PM disse que trabalhava numa empresa, não disse que a geria nem que lhe pertencia.

Quem faz as "contribuições" são os gestores ou donos das empresas, não os empregados.

Anónimo disse...

"os pobres deste país", insiste o PM. Não há ninguém que lhe explique que todos são cidadãos timorenses? E como cidadãos timorenses todos devem ser tratados em vez desse populista "pobres"?

Anónimo disse...

mas porque esta insistencia em criticar o PM porque mencionou os pobres? eles sao pobres, timorenses sim mas pobres que merecem uma atencao especial do governo e a isso se chama justica social.
O ex-PM tambem se referia a esses pobres cada vez que falava sobre o combate a pobreza em Timor-Leste. Pare com essas tentativas mesquinhas de atirar lama ao PM Horta porque senao e a mesma coisa que sujar a reputacao do vosso ex-PM.

E para ja nao vejo nada de indignante no uso da palavra, especialmente quando e usada de forma a se fazer uma discriminacao positica a essa seccao da sociedade timorense que e enorme.

Anónimo disse...

Anónimo das 3:18:28 PM: é capaz de me indicar UMA (basta uma) medida de discriminação positiva do PM a favor dos "pobres"?

Anónimo disse...

"Este governo não vai arranjar desculpas para a inércia. Este governo vai tentar servir os melhores interesses dos pobres. Este governo vai ser um governo para os pobres. Este governo vai ser arrojado na luta contra a pobreza. Vamos fazer uso dos dinheiros existentes para dignificar a pessoa humana, dar-lhe esperança, dar-lhe de comer, dar-lhe de vestir, e dar-lhe um tecto.

Os pobres e esquecidos das zonas rurais serão a nossa preocupação central e vamos mobilizar os nossos recursos financeiros e humanos para rapidamente dinamizar as actividades económicas nessas regiões através de pequenos projectos de impacto rápido; vamos apoiar mais os agentes do Estado que servem nos Distritos;"

E se esta a espera que cite medidas concretas vai ter que esperar mais um pouco porque so agora ele tomou a posse do cargo. Em 4 anos do governo anterior aumentou-se o desemprego e o numero de familias pobres no pais, especialmente nas areas rurais, e nao e em algumas semanas do inicio da sua funcao que o novo PM possa conseguir fazer grandes avancos concreto em relacao a isso.
Tenha a santa paciencia. Nao me venha tambem dizer que ele usa a palavra "pobre" por forma a rebaixar o povo. Isso seria uma proposicao absurda da margarida.

Anónimo disse...

Anónimo das 2:14:29 AM: está-me a confirmar que de facto nem uma medida concreta anunciou. E nem precisa de anunciar. Assim como apresentou o Orçamento que o Alkatiri lhe deixou, espero que o governo em geral cumpra com o plano que o Alkatiri deixou porque nesse plano estão as medidas concretas que com o orçamento e os cofres cheios que o Alkatiri deixou, possibilitarão que o país avance, devagar mas sustentadamente no seu desenvolvimento. E o que necessário e prioritário é garantir a segurança da população e isso só acontecerá quando levarem à justiça os vândalos que continuam à solta a aterrorizar. Porque todos os cidadãos e cidadãs de Timor-Leste, morem em Dili ou nos distritos têm direito à paz e à segurança. Todos os cidadãos têm direito à segurança. Este é o primeiro direito humano, o mais básico, as pessoas poderem viver onde viviam, nas suas casas, nas suas comunidades, sem recear que pela noite os ameacem ou os escorracem, como continuam a ameaçá-las e a escorraçá-las.

Anónimo disse...

Mais uma resposta "iluminada" da margaria, uma autoridade no campo dos direitos humanos: "Este é o primeiro direito humano, o mais básico, as pessoas poderem viver onde viviam, nas suas casas, nas suas comunidades, sem recear que pela noite os ameacem ou os escorracem, como continuam a ameaçá-las e a escorraçá-las."

Ve-se mesmo que voce so fala da boca para fora sem ter qualquer conhecimento daquilo que fala.

O direito a HABITACAO "é o primeiro direito humano, o mais básico, as pessoas poderem viver onde viviam, nas suas casas, nas suas comunidades..."????

Pensei que o direito mais basico, e por isso primeiro, seria mesmo o "direito a vida" sem a qual so se pode morar ou no ceu ou no inferno se acreditar na vida apos morte.

Mais uma vez a margarida prova que nao pode e nao deve ser levada a serio.
Escreve com uma auto-confianca desmedida e desproporcional aos seus conhecimentos reais acabando por revelar a fragilidade dos seus argumentos.

Nao ficaria de nada surpreso se se viesse a confirmar que a margarida e o fote make riba fossem a mesma pessoa.

Anónimo disse...

Anónimo das 2:31:24 PM : sem paz e segurança não há direito nem à vida, nem à habitação, nem ao trabalho, nem à educação, nem à saúde, nem a nada. Que me interessa ter casa, emprego, família, se não tiver garantia que me possam entrar entrar em casa, matar a família, incendiar a casa e o local de emprego?

Anónimo disse...

margarida:Se nao "pesca" nada na area dos direitos humanos o melhor e ficar calada. Ate tentativas de defesa como esta ultima sua ficam lhe mal. Acredite no que eu digo.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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