sexta-feira, julho 21, 2006

A nova Missão de Timor-Leste precisa de compromisso - Tradução da Margarida

Washington Post

Por NICK WADHAMS
The Associated Press
Quarta-feira, Julho 19, 2006; 7:57 PM

NAÇÕES UNIDAS – O Conselho de Segurança da ONU deve preparar-se para se comprometer com capacetes azuis em Timor-Leste por muitos anos se ordenar o regresso de forças para a nação dividida como é esperado, disse um enviado da ONU na Quarta-feira.

Num briefing privado ao Conselho, Ian Martin esboçou o modelo de tal missão. Entre outras coisas, requererá unidades de polícia apoiadas por uma força de resposta rápida, uma presença militar durante as eleições de Timor-Leste no próximo ano, e conselheiros para ajudar à votação.

Timor-Leste foi atirado para uma crise depois do despedimento de 600 soldados, que depois lutaram contra tropas leais nas ruas da capital. O desassossego espalhou-se em guerras de gangs e alargou-se a pilhagens e incêndios postos. Pelo menos foram mortas 30 pessoas e 150,000 foram forçadas a sair das suas casas.

Os comentários de Martin, que não foram tornados públicos, estiveram entre os mais detalhados até à data a explicar o que é que a ONU pretende com uma nova missão em Timor-Leste. A Associated Press obteve uma cópia do discurso que preparou.

A força sucederá a uma presença da ONU quase sem músculo, os restos duma maior missão da ONU que foi sendo gradualmente reduzida durante quatro anos.

Martin sugere que o Conselho não tome a mesma atitude em relação à nova missão, como fez com a última. A última crise lá, que incluiu a pior violência que atingiu o país desde que votou para se separar do domínio da Indonésia em 1999, mostrou claramente que pôr um novo país de pé é um processo de longo prazo, disse.

"Um compromisso renovado pela comunidade internacional para ajudar o país neste processo deve corresponder a um compromisso a longo prazo," disse ao conselho.

Era esperado que o Secretário-geral da ONU Kofi Annan entregasse um relatório ao conselho em breve acerca das suas recomendações para a composição da missão.

Os comentários de Martin dão um esboço grosseiro do que Timor-Leste pode esperar. A “tarefa central” da nova missão será garantir a segurança em Timor-Leste com uma "componente policial substancial," disse.

A missão também deve trabalhar para facilitar a reconciliação nacional; ajudar nas eleições; rever o próprio sector de segurança de Timor-Leste; promover os direitos humanos e a justiça; e ajudar o país a desenvolver as suas próprias capacidades de governação.

Funcionários e diplomatas da ONU esperam que a nova missão da ONU abrigará algumas das forças internacionais que foram destacadas para Timor-Leste depois da última crise.

Martin disse que os diplomatas reagiram favoravelmente à sua mensagem de que o conselho precisará de comprometer capacetes azuis em Timor-Leste por algum tempo.

"Isso, penso, é o sentimento dos membros do conselho também," disse aos repórteres depois do seu briefing.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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