quinta-feira, junho 01, 2006

Leitores

"Força, cooperação portuguesa! Nós sabiamos que vocês não iam abandonar os timorenses numa altura destas. Os professores esqueçam aqueles que, neste blog, os acusam de "enricar" com 1000 dólars por mês!tentem "estabilizar" as crianças que serão os homens e as mulheres de amanhã! A todos vós, o meu obrigada. "

15 comentários:

Anónimo disse...

Timor-Leste: Ministros da Defesa e do Interior demitiram-se

Lisboa, 01 Jun (Lusa) - Os ministros timorenses da Defesa, Roque Rodrig ues, e do Interior, Rogério Lobato, apresentaram hoje a demissão, que foi aceite pelo primeiro-ministro, disse à Lusa fonte do gabinete de Mari Alkatiri.
Os ministros apresentaram a demissão no decorrer de uma reunião extraor dinária do Conselho de Ministros, que começou cerca das 10:00 (02:00 em Lisboa) em Díli.
A reunião foi hoje de manhã interrompida durante alguns minutos mas con tinua a decorrer, não estando previsto qualquer comunicado no final do encontro, disse a mesma fonte.
No final de uma reunião do Conselho de Estado de Timor-Leste, que decor reu segunda e terça-feira, o Presidente da República, Xanana Gusmão, sugeriu a d emissão dos dois responsáveis.
Timor-Leste vive os seus piores momentos de tensão, instabilidade e vio lência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequencia da eclosão , há mais de um mês, de uma crise político-militar que tem sido marcada por divi sões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e pelo mal estar entre o Presidente da República, Xanana Gusmão, e o chefe do governo, Mari Alkatiri.
Nos últimos dias, confrontos, principalmente em Díli e arredores, de mi litares contra militares, e entre estes e elementos do corpo da Polícia Nacional , envolvendo populares, provocaram já vários mortos e feridos e criaram uma situ ação de instabilidade e insegurança generalizadas no país, cujas autoridades tiv eram de apelar à ajuda militar da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal.
Portugal vai enviar sexta-feira uma companhia de 120 efectivos da GNR p ara o país, com a missão de ajudar à manutenção da ordem pública, depois do seu restabelecimento, e de dar formação às forças de segurança de Timor-leste.
EL/FP.
Lusa/fim

Anónimo disse...

alguém pode confirmar se esta notícia é verdadeira?

Anónimo disse...

Qual noticia? a da LUSA que alguém se anda a entreter a colocar em todos os posts?

Se for o caso, sim.

O site da Lusa Timor eh:
http://www.lusa.pt/service.asp?service_id=Serviço%20Timor-Leste

Anónimo disse...

e perguntava uma vez mais se o sr. PM já visitou os campos de refugiados? Não vale a pena dizer que o sr. PM é averso a "circos" de propaganda de aproximação aos seus próprios eleitores (visto que lhe basta ter a FRETILIN a apoiá-lo massivamente...), seria sem dúvida esta a altura onde deveria demonstrar que está junto a eles! Faça-o! Isto no sentido de se ver agora que afinal PR e PM estão a trabalhar em conjunto para a resolução dos problemas criados... não deveria ser sempre assim? mas que sei eu? eles melhor que ninguém saberão o que fazer. Força Timor-Leste!!

Anónimo disse...

RAMOS HORTA ACABA DE DIZER NA RÁDIO PORTUGUESA TSF QUE DEFENDE A CONTINUAÇÃO DE TAUR MATAN RUAK NA CHEFIA DAS F-FDTL, ELOGIANDO O PAPEL QUE O GENERAL TEM DESEMPENHADO, E EXPLICANDO QUE A GNR PORTUGUESA NÃO FICA SOB AS ORDENS DOS AUSTRALIANOS.

Anónimo disse...

sim também! coloquei em diversos post's o repetido comentário. e depois? não é verdade? colocaram-no porventura os gestores deste blog aqui (se ele está algures peço já as minhas desculpas...) ou afinal chatearam-se todos? só espero que as manobras de bastidores não venham agora colocar na rua 200 mil pessoas, como foi dito que se fosse preciso assim seria. que resultados viriam daí? foi dito por alguém de responsabilidade máxima. que solução haveria a seguir? é só uma especulação, vamos ver.

Anónimo disse...

Comentário ao Anónimo das 5:31pm:

Os membros do governo que têm o dever e a responsabilidade de visitar os deslocados já lá estão há vários dias ... não chegaram lá hoje! E nem segurança pessoal têm e, num caso, nem carro oficial tão pouco. A imprensa não está interessada em divulgar.

Uns governam o país e dão resposta concreta e objectiva à situação humanitária, por exemplo, a distribuir alimentos, a angariar medicamentos, a manter os serviços basicos em funcionamento e as instituições do resto do país - Timor-Leste não é só Dili -, a reorganizar os organismos destruidos, nomeadamente as instituições do órgão de soberania que são os Tribunais, etc. - e não fazem publicidade disso pois não há tempo a perder e existe sentido de Estado, é preciso reconstruir das cinzas - como acaba de afirmar o Sr. Presidente da República.

Outros visitam campos, conversam com a população, falam aos agentes que sobram da polícia que é igualmente necessário para retomar o ambiente de normalidade e transmitir confiança à população para que seja retomado o ritmo normal do quotidiano.

Cada um cumpre o seu papel.

Se o Primeiro-Ministro estivesse nos campos de deslocados, provavelmente estariam a dizer a estas horas que, em vez de governar anda a fazer campanha ...

Manuel Isidro

Anónimo disse...

estava dito desde o princípio que a GNR iria ter funções específicas emanadas de PM (suponho que via Parlamento) e PR. O interstício da especulação de que assim não seria foram manobras que só contam para propaganda. Fica muito melhor a Portugal ter respeito e respeitar PM e PR que ficar na alçada dos aussies. Ainda bem que assim é! Mas ainda virá a ONU, disso não vai escapar ninguém - e sinceramente ainda bem. E mais uma previsão, imagino o governo português a dizer e defender a posição de que a ONU deverá deixar em paz as Instituições timorenses, não ingerindo nos assuntos e decisões dos órgãos de Estado. Veremos. ...

Anónimo disse...

Manifesto o meu respeito e orgulho pelos portugueses que permaneceram em Timor-Leste.

Os senhores anónimos que estão a criticar os portugueses que (nas suas palavras) se enchem em TL, talvez nao saibam que os tais advisors etc que permaneceram, correm sério risco de já nem terem contrato a estas horas.

A UNOTIL deu ordem de evacuação e afirmou claramente que o não cumprimento implicava a rescisão do contrato.

Mesmo assim permaneceram!

Orgulhamo-nos de vós: professores, 'advisors', técnicos que prestam apoio a diversos sectores como alfandegas, água, saneamento, Gertil, CGD, reconstrução da residència oficial do PR, Instituto Camões, procuradores, juízes e tantos, tantos outros (perdoem-me os que não inclui).

Anónimo disse...

Vai ser interessante ver Ramos-Horta a inchar com tudo perfilhado à sua frente a fazer contigência!

Como ele adora isto.

Agora é que o seu ego vai rebentar!

Anónimo disse...

Ainda Timor… sempre por Timor…
Ângelo Alves*, Avante, 01/06/06

A importância da evolução da situação em Timor, as manipulações e ingerências que marcam o desenrolar dos acontecimentos, justificam voltar ao tema nesta crónica internacional e demonstram como, numa situação internacional marcada por uma intensa ofensiva do imperialismo, é difícil a edificação de um jovem Estado e o processo de consolidação da sua independência.

Um semanário português titulava em Editorial “Timor é um Estado viável?”(1). No mesmo tom, um constitucionalista português afirmou que “a desagregação das instituições do Estado, com a retirada do comando das forças de segurança ao primeiro-ministro, anunciada (…) pelo Presidente timorense, Xanana Gusmão, lembra o conceito de “Estado falhado”(2).
São afirmações que espelham bem os perigos a que está sujeita a jovem nação timorense. O conceito de “estado falhado”, nascido dos “think tanks” do imperialismo, significa que um povo não tem capacidade para edificar a sua organização social e política, não é capaz de gerir o dia-a-dia da sua nação. À luz deste doentio raciocínio esse povo sofreria de uma doença incurável de incapacidade para gerir os seus próprios destinos e da sua nação e portanto teria que se resignar e entregar a outros – “evoluídos”, “capazes”, “modernos” (ou seja ao imperialismo) - essa magna tarefa.

O conceito de “Estado falhado” é de facto uma aberração, própria da era colonial e do tempo do esclavagismo e que a luta dos povos já se encarregou de derrotar. Não queremos portanto acreditar que os que embarcam no papaguear deste conceito acreditem que o povo timorense é incapaz de gerir os seus próprios destinos. É que se assim fosse teríamos que relembrar a esses que: o povo timorense lutou durante 30 anos contra uma ocupação militar; que forjou na clandestinidade a sua unidade política, factor essencial do sucesso da sua resistência e de que a FRETILIN é a expressão máxima; que conseguiu na diáspora mobilizar a solidariedade de povos como o Português e o Australiano; que são homens e mulheres que conseguiram nascer como nação, em paz com os seus vizinhos que no passado os humilharam, mataram, violaram, e que, antes da retirada lhe destruíram quase por completo o país
Timor está agora situado entre dois gigantes. Por um lado a Indonésia, antiga potência ocupante, que ainda não digeriu a sua derrota e que agora, explorando a situação, envia já navios e aviões para a fronteira com Timor. Por outro a Austrália, que no passado chegou a reconhecer a jurisdição da Indonésia ocupante; que é um fiel apoiante da política de guerra e ingerência dos EUA; que quer o petróleo do mar de Timor e que não consegue lidar com a política firme do governo dirigido pela FRETILIN de defesa da soberania timorense sobre os seus recursos naturais. Austrália que treinou nas suas fileiras o Major Reinado, e que através de círculos de influência que pretendem explorar contradições e diferenças políticas existentes na sociedade timorense prossegue manobras de ingerência e desestabilização que o primeiro-ministro australiano John Howard tornou mais claras nas suas declarações de que “Há um problema significativo de governação em Timor-Leste” (3).

A situação em Timor resulta, e é importante dizê-lo nesta fase, de manobras cruzadas de ingerência externa e de instrumentalização de um problema interno das forças armadas e de segurança timorenses por parte de vários agentes políticos em Timor, nos quais se inclui a Igreja. O alvo político directo é o legítimo governo timorense eleito com cerca de 54% dos votos e que não está, note-se, sob alvo de protesto generalizado das massas populares (eram 30 os manifestantes em frente ao palácio das cinzas). Golpe de Estado? O perigo existe, mas o povo timorense saberá lidar com a situação e reconhecer a importância da sua unidade. E foi no pressuposto dessa unidade, da soberania e do funcionamento democrático das instituições, de acordo com o quadro constitucional timorense - e apenas nestas condições - que o PCP exprimiu o seu acordo ao envio da GNR para Timor, para ajudar, sob direcção do poder politico timorense, à estabilização da situação.
Falhado? Não! Vitorioso, maduro, heróico, corajoso, determinado, simples e generoso. É isto o povo timorense. E é com ele que o PCP está e que Portugal deve estar.

(1) Semanário Expresso – 26 de Maio
(2) Jornal Público – 26 de Maio
(3) Jornal Público – 28 de Maio

* Membro da Comissão Política do PCP

Anónimo disse...

11 comentários sob o tema cooperação Portuguesa e nenhum (comentário) fala deles ... tão cansados?

Anónimo disse...

O comentário das 5:54pm fala!

Anónimo disse...

Não temos dúvidas que haverá casos de cooperentes portugueses, professores e advisers das Nações Unidas que o que fizeram por Timor não terá sido mais do que pensarem neles próprios e na sua promoção pessoal.
Não podemos é generalizar e também temos a certza que os portugueses em Timor estão com os Timorenses e a desenvolver um excelente trabalho!
Parabéns Portugueses!

Anónimo disse...

Para que fique registado...
Aqueles portugueses que estao em Timor-Leste por gostar deste pais, nao fazem as coisas como os australianos, para a comunicacao social ver...
Sao aqueles que fazem para eles se lembrarem mais tarde de que fizeram isso. Sem chamar a comunicacao social e se porem a frente das camaras...
Mas se assim o querem, Portugueses do meu Portugal, para que ninguem tenha que falar mais, facam como os Australianos e sempre que se deslocarem levem a comunicacao social para enviar para o nosso pais as imagens...

Parvos sao aqueles que pensam que todos os portugueses sao como eles...
Que so aqui andam por causa dos $$$$$$$$$$$$$

ELZ

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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