quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Esclarecimento

O texto seguinte NÃO é um comentário do blog. Faz parte da notícia do Jornal de Notícias:

Perfil Alfredo Reinado

Idade 40 anos
Situação Major, fugitivo desde Agosto do ano passado

O antigo comandante da Polícia Militar timorense Alfredo Reinado, de 40 anos, volta a ser notícia pela negativa. Em Agosto do ano passado fugiu da cadeia onde estava detido após chefiar a rebelião de Maio que culminou com a matança de 21 pessoas, na sua maioria polícias que o queriam capturar. Então, conseguiu com o seu protesto armado levar à demissão do então primeiro-ministro Mari Alkatiri. Rendeu-se após se submeter às ordens do carismático presidente Xanana Gusmão, que pediu ajuda à Comunidade Internacional para organizar o seu corpo policial e militar. Agora, o mais célebre fugitivo timorense que nunca integrou a resistência que lutou pela independência, sucumbe à tentação de querer ser um desajeitado Robin dos Bosques com o seu séquito de sessenta rebeldes nos montes da ilha. Educado na Austrália (a sua mulher trabalha na embaixada australiana em Díli), é tido por alguma imprensa australiana como um "fanfarrão" visto como herói por muitos timorenses.

ver notícia completa em:
http://jn.sapo.pt/2007/02/28/mundo/major_reinado_garante_prefere_morrer.html

Zangam-se as comadres...

(Tradução da Margarida)
Radio Australia
28/02/2007

TIMOR: Cercado o líder amotinado procurado

O presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão autorizou a captura do líder amotinado Alfredo Reinado. Mas o antigo major das forças armadas diz que se continuará a defender-se a ele próprio de ser preso seja qual for o custo.


Apresentador - Hidayat Djajamihardja, Entrevistado - Alfredo Reinado, líder amotinado e antigo major das forças armadas de Timor-Leste

REINADO: Respeito a decisão do presidente, mas estou triste e sinto vergonha de ouvir isto que uma pessoa como o Presidente Xanana é muito famosa e respeitada pelas pessoas à volta do mundo, decidir uma coisa sem pensar duas vezes, sem ver a realidade no terreno.

Tenho pena quando ele diz que eu sou estúpido. Muito obrigada por isso mas até agora eu fui a única pessoa que afirmou muitas vezes que sempre respeitei e segui as suas ordens e que continuo dado que ele é o meu comandante supremo.

Ele deve ser mais estúpido do que eu por ter confiado em mim, este gajo estúpido, até agora. Tenho muita pena de dizer isto.


DJAJAMIHARDJA: Foi acusado de ter atacado postos da polícia de fronteira e de ter roubado as armas deles. Pode responder?

REINAIDO: É muito fácil responder a isso. É melhor ouvir primeiro a investigação, porque eu visitei-os como amigo, sem apontar armas a ninguém. Tivemos uma boa conversa. Eles prepararam café para nós e também alguns dos meus homens almoçaram com eles e tivemos uma boa discussão. Depois pedi-lhes para me entregarem as suas armas grandes, as armas automáticas, porque precisava delas para defender o povo, porque o povo agora mesmo precisa muito disso e eu estou cá para defender o povoe.

DJAJAMIHARDJA: Agora tem 25 armas, correcto?

REINAIDO: Talvez, se eu quiser apanhar mais aras do que estas, sei onde elas estão, mas não quis. E não tirei as armas a qualquer pessoa. Pedi-lhes para me darem (as armas) e tenho aqui algum do pessoal de polício que veio voluntariamente comigo, que me seguiu. Eles têm de ter liberdade agora, aqui. Eles também estão a fazer segurança à minha volta e há também alguns tipos que deixaram o complexo e que estão a caminho para se juntarem a mim. É assim.

DJAJAMIHARDJA: Está a dizer que eles estão a desertar os postos deles?

REINAIDO: Esperaremos uns dias. Há mais notícias que estão para vir, meu amigo.

DJAJAMIHARDJA: A força internacional liderada pelos Australianos foram agora autorizadas a capturá-lo. Esteve em contacto armado com eles?

REINAIDO: No meu coração nunca desejei ter um contacto com nenhum Australiano. Porque o povo na Austrália deixaram as forças vir para cá, vir para cá para defender o povo deste país e não fazerem derramamento de sangue com ninguém. E eu sei que nesta altura, eles estão a cerca de 800 metros de mim de onde eu estou. Fecharam todas as saídas, entradas, a toda a gente e a cidade é como uma cidade congelada, não se pode entrar, não se pode sair. Assim muitos civis têm as suas casas cercadas e não autorizam o proprietário a entrar ou a sair. É engraçado, não é.

Mas eu prometo-lhe, toda a gente tem o seu direito de defender a sua vida e somos todos militares. Não somos profissionais como eles são bem treinados, mas espiritualmente este é o meu país, esta é a minha casa e eu sou mais forte do que eles são. Prometo ao povo da Austrália, eu não quero ter nenhum confronto com os vossos soldados Australianos e fico envergonhado por fazer isso. Mas se eles vierem, eles atravessaram a linha. Tenho o direito de me defender a mim próprio.

DJAJAMIHARDJA: Se e quando as tropas Australianas tentarem capturá-lo. Vai lutar?

REINAIDO: Como lhe disse, toda a gente tem o direito de se defender a si próprio. Nunca me entregarei ou serei capturado por alguém. Gosto de falar. Eles apontam a arma, apontam a arma a mim, lutarei até à última gota de sangue e fico aqui. Não vou para nenhum outro sítio.

DJAJAMIHARDJA: Quer dizer que não hesitará em matar tropas Australianas? Não hesitará? Não hesitará em matar tropas Australianas?

REINAIDO: Não (só) Australianas, seja quem for que queira pôr em risco a minha vida, eu responderei.

NOTA DE RODAPÉ:

Até que enfim que a imprensa australiana, chama a Reinado "antigo major militar"...

7 candidatos presidenciais

Hoje acabou o prazo de entrega no Tribunal de Recurso, das candidaturas às eleições presidenciais do próxima dia 9 de Abril.

Os candidatos são os seguintes:

Avelino Coelho - Partido Socialista Timorense (PST)

Francisco Guterres Lu’Olo (FRETILIN)

Francisco Xavier do Amaral (Associação Social-Democrata Timorense - ASDT)

João Carrascalão (União Democrática Timorense - UDT)

Lúcia Lobato (Partido Social Democrata - PSD)

Manuel Tilman (Kota)

Ramos-Horta (independente)

Reinado diz ter "vergonha" de Xanana e exige saída da GNR (ACTUALIZADA)

Lisboa, 28 Fev (Lusa) - O major Reinado, cercado por tropas australianas na vila de Same, a sul de Díli, disse hoje ter "vergonha" de Xanana Gusmão, afirmando numa entrevista à Lusa que os efectivos da GNR devem regressar a casa.

"Sinto tristeza e vergonha de ter um líder como o senhor Xanana, que não pensa duas vezes, que não quis saber a realidade e que agiu antes de pensar mandando uma força internacional contra mim", disse à Lusa, num contacto telefónico.

Reinado, que pediu para a entrevista ser em inglês - afirmando que já perdeu a sua "costela" de português - afirmou que não existe qualquer mandado de captura para a sua prisão e que, por isso, a ordem de actuação dada às tropas australianas para o cercarem "é ilegal".

"Eu não me rendi nunca porque até aqui os meus direitos não foram respeitados. Porque é que isto não ficou nas mãos da justiça? Porque não há um mandado para a minha captura? Porquê enviar tropas", questionou.

"A Austrália não tem autorização para intervir na justiça de Timor-Leste. Onde está a soberania e a dignidade deste país e dos seus líderes?", questionou.

Reinado, que está no centro de Same cercado desde terça-feira por efectivos militares australianos, criticou igualmente Portugal, afirmando que deve retirar de imediato o seu contingente da GNR no terreno.

Questionado directamente sobre que mensagem tinha para Portugal, Reinado foi peremptório: "Go home".

"Porquê mandar a GNR para aqui, para se tornarem em soldados contratados do Mari Alkatiri, para servir os seus interesses?", questionou.

"Isso vai destruir a relação entre os nossos países. Chame-nos para casa depressa", afirmou.

Na entrevista à Lusa, Reinado negou ter atacado qualquer posto militar - uma acusação que motivou, por ordem da presidência da República, a acção em curso em Same, a 81 quilómetros sul da capital, Díli.

"É uma grande mentira. Nunca ataquei ninguém. Fui como amigo, bebi café com eles, almocei com eles. Eles deram-me algumas armas mas para defender o povo. Ficaram com as suas pistolas nos coldres", afirmou.

"Alguns voluntariamente vieram comigo. Como se pode atacar um posto mais armado que tu, sem som de disparos, sem ninguém ser ferido, sem confrontos, e a poucos metros da fronteira com a Indonésia e os indonésios não ouvirem nada", afirmou.

Reinado acusou ainda Xanana Gusmão de travar a transmissão de declarações feitas por si, na terça-feira e por outras pessoas que o acompanhavam, afirmando que "não deixaram que essas declarações fossem transmitidas".

"O senhor Xanana e o senhor Horta não queriam que isto fosse dito. Porquê fazer isso? É só propaganda, só mentiras. Que façam a investigação, que saibam verdadeiramente o que aconteceu", afirmou.

Questionado sobre o número de pessoas ou de armas que tem consigo, Reinado disse que "um militar não pode revelar esses dados", afirmando porém que "mais pessoas estão a caminho".

"Vocês vão ver. Virão mais pessoas. Voluntariamente. Porque eu estou a defender o povo. Não os interesses políticos", afirmou.

Relativamente ao cerco em curso, Reinado considera que se trata de uma tentativa clara de o neutralizar.

"Penso que a razão desta acção é porque me querem abater.

Querem fechar-me a boca, não querem que diga a verdade", afirmou.

"Se não fosse para isso, porque estariam já a tomar estas acções? Sem negociações e sem investigações. Será que o melhor para resolver isto é mesmo com armas?", questionou.

Criticando duramente a liderança política timorense, Reinado atacou em particular Xanana Gusmão afirmando que "tem que se tornar um líder a sério, que respeita as pessoas e não um líder que serve o seu interesse pessoal".

À comunidade internacional apelou para que "respeite a soberania e a independência de Timor-Leste", afirmando que quem está no terreno "deve agir de forma humanitária e não envolver-se na política".

"Amanhã, se eu ainda estiver vivo, e voltar a ver o nascer do sol, falamos mais", afirmou.

Em entrevista à Agência Lusa, o comandante das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) estacionadas em Timor-Leste, brigadeiro Mal Rerden, afirmara terça-feira que a rendição era a única opção que resta ao major timorense Alfredo Reinado.

O brigadeiro Mal Rerden sublinhou ainda que "Reinado é claramente uma figura significativa nesta situação".

A situação em Timor-Leste agravou-se na sequência do ataque perpetrado domingo pelo major Alfredo Reinado, antigo comandante da Polícia Militar timorense, a três postos da polícia junto à fronteira com a Indonésia, o que levou segunda-feira o Presidente timorense, Xanana Gusmão, a ordenar a captura e prisão do oficial rebelado.

Os soldados australianos cercaram terça-feira na cidade de Same elementos suspeitos de pertencerem ao grupo do major Reinado, entre os quais estará o próprio militar revoltoso.

As ISF estão a conduzir operações em todos os 13 distritos do país, tendo em vários deles as operações sido reforçadas em apoio ao recenseamento eleitoral.

ASP/PRM-Lusa/Fim

João Carrascalão e Francisco Xavier do Amaral candidatos a PR

Díli, 28 Fev (Lusa) - João Carrascalão, da União Democrática Timorense (UDT), e Francisco Xavier do Amaral, da Associação Social-Democrata Timorense, a presentaram hoje oficialmente as suas candidaturas às eleições presidenciais de 09 de Abril em Timor-Leste.

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Carrascalão e Xavier do Amaral candidatos a PR

João Carrascalão, da União Democrática Timorense (UDT), e Francisco Xavier do Amaral, da Associação Social-Democrata Timorense, apresentaram hoje oficialmente as suas candidaturas às eleições presidenciais de 9 de Abril em Timor-Leste.

Sendo ambos presidentes dos respectivos partidos, tanto João Carrascalão como Francisco Xavier do Amaral afirmam candidatar-se como independentes.

Francisco Xavier do Amaral, que apresentou a sua candidatura no suco de Ulmera, distrito de Liquiçá (a cerca de 40 quilómetros de Díli), declarou à Lusa que vai suspender o seu cargo na ASDT.

João Carrascalão continuará na presidência da UDT durante a campanha eleitoral.

Francisco Xavier do Amaral, que completa 70 anos em Dezembro, foi o primeiro chefe de Estado da República Democrática de Timor-Leste, mas exerceu o cargo apenas nove dias antes da invasão indonésia - de 28 de Novembro a 7 de Dezembro de 1975.

«Quero acabar com as lágrimas nas caras das pessoas», explicou à Lusa o decano da política timorense, recordando que «a inspiração vem de quando perguntava aos patrícios timorenses quando é que toda a tragédia ia terminar».

«Vejo que os meus sonhos nesta idade não se realizaram plenamente», acrescentou o líder da ASDT, justificando que se candidata «para criar estabilidade para toda a nação e justiça igual para todos».

A justiça é também um dos pontos importantes no programa de João Carrascalão, que se candidata devido «à crise que o país atravessa há mais de um ano» e ao «sofrimento continuado» do povo timorense.

«Tenho consciência das limitadas funções que a Constituição da República Democrática de Timor-Leste atribui ao mais alto magistrado da nação, mas não tenho dúvidas quanto à contribuição do Presidente na boa condução dos actos governativos», refere o manifesto de João Carrascalão.

Carrascalão realçou o papel da família na sociedade timorense, lembrou a população muito jovem do país e dirigiu uma palavra aos veteranos da luta, «a quem o país deve reconhecimento, consagrado até na Constituição».

«Mas não podemos esquecer-nos que a vitória foi alcançada pela luta de todo o povo», acrescentou João Carrascalão, «uma luta que não acabou, apenas mudou de objectivo».

Na corrida às presidenciais timorenses estão também o actual primeiro-ministro, José Ramos-Horta, o presidente do Parlamento timorense, Francisco Guterres «Lu Olo», apoiado pela Fretilin, principal partido político, a jurista Lúcia Lobato, pelo PSD, o deputado Manuel Tilman, do partido Kota, e Avelino Coelho, do Partido Socialista Timorense (PST).
Diário Digital / Lusa

Editorial: A 30-year-old cone of silence

Sydney Morning Herald - Wednesday, February 28, 2007

AT THE beginning of this month's long overdue inquest into the deaths of the five Australian-based newsmen at Balibo in 1975, the Crown counsel heralded the hearings as the first "open, public and completely independent" inquiry of a judicial nature into the case. Yet as the inquest moved this week into the knowledge of Australia's electronic intelligence agency, the Defence Signals Directorate, the court was closed to the public and the media for long stretches of key testimony.

The Deputy State Coroner, Dorelle Pinch, agreed to these conditions after the Federal Government's counsel produced sworn letters by the DSD's chief that Australia's defence would be weakened by disclosure of its "sources and methods" - even those from 1975. To her credit, Ms Pinch has kept some DSD evidence in the public domain, including content of certain intercepted Indonesian military signals. But the interested public will continue to wonder whether the agency is revealing all that it knows.

As noted by counsel for one bereaved family, attempts to find out what happened at Balibo met 30 years of "deceit and cover-up" in Canberra. Already DSD intercepts are appearing that were not produced to earlier, internal government inquiries. Two former senior public servants have recalled in detail seeing, while with the Hope royal commission into intelligence and security in 1977, a critical intercept that seems to have vanished. They see it as entirely possible this has disappeared into some "deniable" DSD oubliette. Questions have been raised whether the DSD tones down some intercepts in translation. The agency is thus under some scrutiny itself.

This will double public scepticism about its claim that the "sources and methods" of 31 years ago remain vital national security secrets. The Soeharto regime fell nearly nine years ago. That the DSD can intercept radio signals and tries to crack foreign ciphers is widely known, not least to Indonesia. The agency and its targets have moved on to an entirely new age of satellites, digital communications and computer-generated ciphers.

The legal precedents cited by the Commonwealth counsel for closed hearings relate to recent or continuing terrorism cases, in which security agencies are battling a present-day threat, not to the vintage electronic intelligence scene of 1975. In this case, the public interest in open justice must outweigh DSD jitters. The coroner should have refused the Commonwealth's application for secrecy, and allowed senior federal judges to decide the issue if it went to appeal.

Australia passes Timor Sea bill

Radio Australia – 28/02/2007, 15:28:20

Australia's Federal Parliament has passed a bill that clears the way for development of the Greater Sunrise gas field in the Timor Sea.

East Timor's parliament ratified an agreement on revenue sharing between Australia and Timor last week.

Australia's resources minister, Ian Macfarlane, says the bill will build on a mutually-beneficial friendship with East Timor and the success of the Bayu-Undan field.

East Timor: Foreign Office amends travel advice

Foreign and Commonwealth Office (National) - Tuesday 27 February 2007 17:44

The Foreign Office today revised its travel advice for the Democratic Republic of Timor-Leste (East Timor). We are now advising against all travel to the city of Same.

The relevant points in the amended summary now read:

* We advise against all but essential travel to East Timor. Renewed outbreaks of violence in February 2007 have resulted in some fatalities. There have also been incidents of looting and attacks on vehicles. The security situation in East Timor remains uncertain and could deteriorate at short notice.

* We advise against all travel to the city of Same, due to the unstable security situation. The International Security Force and the UN Police in East Timor are recommending that foreign nationals leave Same.

* If you are currently in East Timor and are concerned for your safety, you should consider leaving. You should also ensure that your travel documents are up-to-date and readily available in case you need to leave the country at short notice. On 27 February, Indonesia temporarily closed its border with East Timor.

Some 1,000 soldiers deployed along RI-East Timor border

The Jakarta Post - Wednesday, February 28, 2007

Jakarta: The Indonesian military has deployed some 1,000 soldiers along border areas between East Timor (Timor Leste) and Indonesia, following the security crisis in the newest Asian country.

MetroTV television reported the deployment was to anticipate possible penetration of East Timor rebels led by Maj. Alfredo Reinado, once the military police chief, escaped from prison in September after leading dozens of armed mutinous soldiers into the mountains.

Indonesia has closed checkpoints between the two countries since Sunday to prevent any exodus of East Timorese into Indonesia.

Foreign troops launched a manhunt for the renegade commander who allegedly stole a cache of automatic weapons from a police post over the weekend, weeks ahead of presidential elections in the violence-plagued country, AP news agency reported.

Reinado deserted East Timor's armed forces last May with nearly 600 hundred others, triggering violence between rival security force factions that brought down the government in June.Looting, arson and fire fights killed 37 and forced 155,000 from their homes.

East Timor, home to just under a million people, became Asia's newest nation in 2002 after gaining independence from Indonesia.

Major Reinado garante que prefere morrer a render-se

Jornal de Notícias, 28/02/07

A Fretilin acusou o major Alfredo Reinado, que ontem foi cercado pelas forças internacionais e que disse preferir morrer a render-se, de querer parar o processo eleitoral com os seus recentes ataques às esquadras da Polícia, no interior sul de Timor-Leste, de onde roubou 17 armas.

"Os assaltos às três esquadras fazem parte de uma orquestração destinada a criar uma atmosfera de instabilidade e terror para parar o processo eleitoral", afirmou Sahe da Silva, porta-voz da Fretilin, num comunicado divulgado ontem ao fim do dia e onde alertava para a necessidade de se prender o mais rápido possível Reinado para "acabar a instabilidade e o terror".

Sahe da Silva alerta que os homens de Reinado pertencem a um grupo de opositores da Fretilin. "Estão preocupados por termos o apoio da maioria da população e, por isso, querem usar a violência para exigir o adiamento das eleições presidenciais" marcadas para o próximo dia 9 de Abril, acrescenta Sahe da Silva, que teme que os dirigentes da Fretilin tenham a sua vida ameaçada pelos homens de Reinado.

"Esta charada já foi longe de mais. Ele deve ser capturado e levado à justiça", acrescentou o porta-voz da Fretilin, que acusou o antigo comandante da Polícia Militar timorense de ter mantido contactos com as forças australianas desde Agosto último, em que fugiu da cadeia de Díli

E desde então, Reinado e algumas dezenas de polícias e militares expulsos após a rebelião de Maio refugiaram-se nas montanhas do interior sul de Timor-Leste, onde ontem foram cercados por soldados australianos das Forças Internacionais de Estabilização (FIE).

"Só lhe resta a rendição", afirmou o brigadeiro Mel Rerden à agência Lusa. "O Governo timorense tomou uma decisão corajosa em tentar uma solução pacífica", acrescentou o comandante da força internacional que ontem sobrevoou a zona onde estava refugiado Reinado com os seus homens, nos arredores da cidade de Same, no Sul do país.

Na resposta ao repto do brigadeiro Rerden, o deputado independente Leandro Isaac diz que telefonou a Reinado e que aquele lhe terá garantido"Render-me, nunca. Prefiro morrer".

Perfil Alfredo Reinado

Idade 40 anos

Situação Major, fugitivo desde Agosto do ano passado

O antigo comandante da Polícia Militar timorense Alfredo Reinado, de 40 anos, volta a ser notícia pela negativa. Em Agosto do ano passado fugiu da cadeia onde estava detido após chefiar a rebelião de Maio que culminou com a matança de 21 pessoas, na sua maioria polícias que o queriam capturar. Então, conseguiu com o seu protesto armado levar à demissão do então primeiro-ministro Mari Alkatiri. Rendeu-se após se submeter às ordens do carismático presidente Xanana Gusmão, que pediu ajuda à Comunidade Internacional para organizar o seu corpo policial e militar. Agora, o mais célebre fugitivo timorense que nunca integrou a resistência que lutou pela independência, sucumbe à tentação de querer ser um desajeitado Robin dos Bosques com o seu séquito de sessenta rebeldes nos montes da ilha. Educado na Austrália (a sua mulher trabalha na embaixada australiana em Díli), é tido por alguma imprensa australiana como um "fanfarrão" visto como herói por muitos timorenses.

http://jn.sapo.pt/2007/02/28/mundo/major_reinado_garante_prefere_morrer.html

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Australianos cercam Reinado em Same
Diário de Notícias, 28/02/07
Armando Rafael

O major Alfredo Reinado, cuja captura foi ordenada pelas autoridades timorenses, estava ontem cercado pela Força de Estabilização Internacional (ISF) em Same, localidade situada a cerca de 80 quilómetros de Díli. Um facto que torna mais credível o cenário de um assalto das tropas australianas, apesar de o antigo comandante da Polícia Militar (PM) de Timor-Leste estar, segundo o DN apurou, rodeado de dezenas de populares. Parte deles participou numa manifestação de apoio ao foragido, refugiando-se na casa do administrador do distrito.

O que talvez explique as declarações do comandante das forças militares australianas, brigadeiro-general Mal Rerden, quando ontem à tarde afirmava que Reinado só tinha uma saída - a rendição. Uma declaração que deixa pressupor que ainda haveria um compasso de espera, destinado a negociações, antes das forças internacionais passarem à acção. Até porque o rebelde timorense e aqueles que o rodeiam sabem que o tempo não lhes é favorável, à medida em que a água e a comida forem escasseando, estando, como aparentam, totalmente cercados.

Mesmo que o deputado Leandro Isaac - eleito pelo PSD de Mário Carrascalão e que, entretanto, passou a independente - se desdobrasse em entrevistas para garantir, a partir de Same, que Reinado não se encontrava no local cercado pelos australianos. E que, além disso, contava com a ajuda de muitos dos 600 peticionários que há um ano foram expulsos das forças armadas timorenses (F-FDTL), dando origem a uma crise que se prolongou por vários meses e que acabou com a substituição de Mari Alkatiri no cargo de primeiro-ministro.

O problema é que as informações de Leandro Isaac têm sido desmentidas pela realidade. A começar pela questão dos peticionários, que Alfredo Reinado sempre se ofereceu para liderar, sem sucesso algum, não havendo, pois, razões para que eles se encontrem hoje ao lado de alguém, cuja captura foi ordenada pelo Presidente Xanana Gusmão e apoiada por todos os quadrantes políticos timorenses.

Mais complexa é a afirmação do mesmo deputado, desmentindo que Alfredo Reinado esteja cercado, quando é o antigo comandante da PM que dá a a entender à televisão australiana que não tem grandes hipóteses de fuga, garantindo, apesar disso, que não tenciona render-se e que está preparado para morrer. Sobretudo se as tropas australianas tentarem um golpe de mão, reforçando a tese já exposta por Isaac de que se trata de uma luta de David (Reinado) contra Golias (Austrália), e procurando, com este tipo de slogan, puxar pela animosidade crescente dos timorenses face às tropas australianas, que parecem temer agora algumas retaliações esporádicas. Nomeadamente em Díli, onde as suas forças estão mais expostas. Ao ponto de Camberra estar preparada para retirar as pessoas que trabalham para as organizações internacionais ou que se encontram em Timor-Leste, ao abrigo de diferentes acordos de cooperação.

Uma medida preventiva que abrange igualmente os cooperantes portugueses, cinco dos quais foram ontem retirados de Same, onde davam aulas, e transportados para Díli, sob protecção australiana.

Resta saber quanto tempo mais é que irá durar este braço-de-ferro que está a verificar-se em Same, região de onde é natural a família da segunda mulher de Alfredo Reinado, explicando as razões porque o antigo comandante da PM se refugiou naquela localidade e até a natureza dos apoios que ali recebeu.

http://dn.sapo.pt/2007/02/28/internacional/australianos_cercam_reinado_same.html

Comunicado PM

GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

Díli, 22 de Fevereiro de 2007

Informação à Comunicação Social

PRIMEIRO-MINISTRO RAMOS-HORTA:
“vamos explorar todas as possibilidades
de trazer um pipeline para timor-leste”



O Primeiro-Ministro Dr. José Ramos-Horta promete explorar todas as possibilidades de Timor-Leste extrair a máxima vantagem do futuro desenvolvimento do campo de gás Greater Sunrise.

O D. José Ramos-Horta determinou a realização em Díli, no próximo mês, de um encontro de peritos internacionais e timorenses para delinear um plano de acção relativamente às opções onshore de Timor-Leste, no desenvolvimento daquele rico campo de gás.

“É necessário tratar agora desta questão, independentemente dos parceiros da joint-venture com a Woodside, porque temos de estar preparados para a eventualidade de a avaliação independente concluir que é técnica e economicamente exequível fazê-lo aqui”, declarou o Dr. Ramos-Horta.

“Mas, ao mesmo tempo, temos de ter consciência da necessidade de ser realistas e pragmáticos sobre o assunto, para não nos deixarmos ficar reféns dos nossos próprios desejos”, afirmou.

O encontro reunirá peritos nas diversas áreas da exploração petrolífera off-shore – dos pipelines, ao ambiente, à construção de instalações para produção de Gás Natural Liquefeito, etc. – bem como funcionários superiores e assessores da Administração Pública timorense.

“Eles irão tratar de delinear um plano, explorando todas as possibilidades de trazer para Timor-Leste o pipeline do Greater Sunrise”, acrescentou o Dr. Ramos-Horta.

O Primeiro-Ministro determinou a organização deste encontro após a troca de notas diplomática, na semana passada, que pôs em vigor os dois tratados que definemm as soluções para o Mar de Timor entre Timor-Leste e a Austrália – o Acordo Internacional para a Unitização do Greater Sunrise e do Trovador e o Tratado Relativo a Certos Acordos Marítimos sobre o Mar de Timor.

O programa do encontro de peritos em Díli bem como a data exacta da sua realização serão divulgados em breve. – FIM

Cerco a Reinado continua, 24 horas depois

Díli, 28 Fev (Lusa) - Um dia depois das forças australianas terem cercado o major Alfredo Reinado, em Same, a sul de Díli, exigindo a sua rendição, a situação mantém-se hoje num impasse, sem qualquer troca de tiros, disseram à Lusa fontes locais.

"Durante a noite, manhã e princípio da tarde não houve nada e não se registaram tiros", contou à Lusa o deputado independente Leandro Isaac, que se encontra nas instalações do antigo posto português na cidade, a 81 quilómetros para sul da capital, onde Reinado estava entrincheirado.
A mesma informação foi confirmada à Lusa por fonte policial e por autoridades locais.

Helicópteros australianos sobrevoaram terça-feira de forma permanente a região de Same, tendo Leandro Isaac afirmado recear um ataque durante a madrugada, o que não aconteceu.
Leandro Isaac adiantou que se mantém ao lado do major rebelde, "à semelhança de toda a população de Same", e explicou que tem "fortes razões para temer" pela sua segurança.

O deputado adiantou que Alfredo Reinado "está no mato" a comandar "o seu grupo de tropas" e a tentar fugir das forças australianas no terreno. "Não está em nenhum edifício. Está no posto mais avançado", disse, sem especificar o posto a que se referia".

Em entrevista à Agência Lusa, o comandante das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) estacionadas em Timor-Leste, brigadeiro Mal Rerden, afirmara terça-feira que a rendição era a única opção que resta ao major timorense Alfredo Reinado.

O brigadeiro Mal Rerden sublinhou ainda que "Reinado é claramente uma figura significativa nesta situação".

A situação em Timor-Leste agravou-se na sequência do ataque perpetrado domingo pelo major Alfredo Reinado, antigo comandante da Polícia Militar timorense, a três postos da polícia junto à fronteira com a Indonésia, o que levou segunda-feira o Presidente timorense, Xanana Gusmão, a ordenar a captura e prisão do oficial rebelado.

Os soldados australianos cercaram terça-feira na cidade de Same elementos suspeitos de pertencerem ao grupo do major Reinado, entre os quais estará o próprio militar revoltoso.
As ISF estão a conduzir operações em todos os 13 distritos do país, tendo em vários deles as operações sido reforçadas em apoio ao recenseamento eleitoral.

Elementos vão passar a estar em permanência em Lospalos (leste) e em Gleno e Ainaro (Centro).

Além desta mobilização permanente, as ISF farão patrulhas nos distritos de Aileu, Maubisse, Manatuto, Liquiçá, Viqueque e Maliana através de veículos ou de helicóptero.

JCS/PRM/CMP/ASP/JPA-Lusa/Fim

Dos leitores

H. Correia deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Miséria Nacional":

Este excelente artigo do Semanário levanta questões muito pertinentes que têm sido evitadas por muita gente, nomeadamente como é que RH (e mais tarde o tal CNRT) conseguirá resolver as dissonâncias entre os vários partidos, para garantir o seu apoio unânime.

Parece-me que essa fragmentação do espectro partidário timorense assenta em divergências demasiado profundas e uma candidatura de RH (ou do CNRT) só seria aglutinadora dessa massa tão heterogénea se conseguisse incorporar um denominador comum, ou seja uma única ambição, projecto ou objectivo.

Tal parece-me pouco provável - e a mera fobia à Fretilin não me parece ser suficientemente forte para isso, mas a ver vamos...

Zangam-se as comadres...

Radio Australia
28/02/2007

TIMOR: Wanted rebel leader surrounded

East Timor's president Xanana Gusmao has authorised the capture of rebel leader Alfredo Reinado. But the former army major says he will continue to defend himself from arrest whatever the cost.

Presenter - Hidayat Djajamihardja, Speaker - Alfredo Reinaido, rebel leader and former army major East Timor

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REINAIDO: I respect the decision of the president, but I'm still sad and feel shame to hear this that a person like the President Xanana is very famous and very respected by people around the world to decide something without thinking it twice, without seeing the reality in the ground.

I feel sorry when he says I'm stupid. Thank you very much for that but so far I'm only the person that claim many times that I always respect and follow his order and continue as my supreme commander.

He must be more stupid than me to trust me, this stupid guy so far. I'm very sorry to say this.

DJAJAMIHARDJA: You have been accused as having attacked police border posts and having stolen their weapons. Can you respond?

REINAIDO: It's very easy to respond that. It's better to listen to the investigation first, because I visit them as a friend, without pointing weapon to anyone. We have a nice talk. They prepare coffee for us and also some of my guys have lunch with them and we have a good discussion. When I ask them to hand over the big weapon, automatic weapon, because I needed that to defend people, because the people right now need that very much and I'm standing to defend the people.

DJAJAMIHARDJA: You now have 25 weapons, is that correct?

REINAIDO: May be, if I want to take more weapon than that, I know where they are, but I didn't do that. And I didn't take anybody weapon. I asked them to give and I have here some of the police personnel voluntarily come with me, follow me. They have to have freedom now, here. They also now have secured around me and also there are a few more guys now left compound on the way to join me. How is that.

DJAJAMIHARDJA: Are you saying that they are deserting their post?

REINAIDO: We will wait for few days. They are more news to come my friend.

DJAJAMIHARDJA: Australian-led international force now have been authorised to capture you. Have you been in armed contact with them?

REINAIDO: I never wish in my heart to have a contact with any Australians. Because the people of the Australian let the force come here, to come here to defend the people of this country and not to have a bloodshed with anybody. And I know that at the moment, they are about 800 metre from me where I'm staying. They close all the exits, entrances, to everybody and the city is like a frozen city, you can't come in and you can't go out. So many civilians their houses been surrounded and you didn't let the owner to in our out. That's funny, isn't it.

But I will promise to you, everybody has their right to defend life and we are all military. We're not professional as they are well trained, but spiritually this is my country, this is my home and I more stronger than they are. I promise to people of the Australia, I don't want to have any clash with your Australian soldier and I feel shamed to do that. But if they come, they cross the line. I have a right to defend myself.

DJAJAMIHARDJA: If and when the Australian troops try to capture you. Are you going to fight back?

REINAIDO: As I tell you, everybody have a right to defend themselves. I never surrender or to be captured by anybody. I like to talk. They point the weapon, point weapon to me, I will fight back to the last blood of myself and I will stand here. I am not going anywhere.

DJAJAMIHARDJA: You mean you won't hesitate to kill Australian troops? You won't hesitate? You won't hesitate to kill Australian troops?

REINAIDO: Not Australians, whoever it is want to endanger my life, I will respond.


NOTA DE RODAPÉ:

Até que enfim que a imprensa australiana, chama a Reinado "antigo major militar"...

O desertor Reinado promete 'lutar até à morte'

(Tradução da Margarida)
Artigo de: The Australian
Por Stephen Fitzpatrick e Mark Dodd
Fevereiro 28, 2007 01:00am

O lider militar desertor de Timor-Leste Alfredo Reinado ameaçou defender-se a ele próprio "até à morte " de um posto pesadamente armado da cidade do centro, Same, onde estava ontem cercado pelas tropas SAS Australianas.

"Não cometi nenhum crime contra a Austrália ou contra a comunidade internacional, nunca ameacei a vida de nenhum internacional – os criminosos reais são os líderes do nosso Governo," disse o Major Reinado, que ainda mantém a comissão nas forças armadas do país mas também enfrenta acusações de homicídio sobre a violência que varreu Timor-leste o ano passado.

É acusado de liderar um ataque contra soldados leais (ao governo) em 23 de Maio que deixou cinco mortos e 10 feridos.

O antigo responsável da polícia militar e treinado pelos Australianos fugiu esta semana do seu esconderijo na região das montanhas no leste em Ermera para outro local no distrito vizinho de Same, de onde falou para The Australian por telefone ontem.

Negou afirmações de que tinha roubado 25 espingardas de assalto da guarda de fronteira Timorense, dizendo que as armas de fogo tinham sido “emprestadas” por colegas polícias no fim-de-semana para que pudesse proteger-se depois de relatos que havia contratos para o matarem.

Um porta-voz da ADF disse que tropas Australianas estavam "a trabalhar de perto com o Governo de Timor-Leste depois de um pedido do Presidente para prenderem Reinado ". E uma fonte diplomática de topo com base Dili disse que os "especialistas estão cá ", referindo-se aos SAS.

Mas o major Reinado, que liderou uma fuga de 57 homens da prisão de Becora em Dili em Agosto, negou ter fugido para Same depois de saber que havia movimentações para o prenderem antes das eleições presidenciais de 9 de Abril. "Fugir não é o meu estilo. Vim para aqui para passar umas férias, para relaxar e muitos dos polícias de Timor-Leste juntaram-se a mim porque é um gang divertido," disse.

Negou que tivesse ameaçado matar tropas Australianas se tentassem prendê-lo mas emitiu uma ameaça velada que tem a intenção de se auto-defender contra qualquer ataque. "Só me entregarei à minha própria gente, ao meu próprio sistema de justiça," disse. "Não entregarei as minhas armas. Posso morrer amanhã, em qualquer altura, mas resolve isso qualquer problema?"

O envolvimento dos SAS segue-se a um discurso televisionado para todo o país esta semana do Presidente Xanana Gusmão no qual denunciou o major Reinado.

Depois de uma reunião com o chefe da ONU Atul Khare e o comandante militar Australiano em Dili, o Brigadeiro Mal Reardon, o Sr Gusmão depois autorizou que fosse tomada a iniciativa militar.

Lançamento do documentário da FRETILIN

Maubere oan sira, hamriik ba’a!
(Povo Maubere, erguei-vos!)

MEMORIAL HALL, 28 Fevereiro, 4ª feira, 18H00
(entrada restrita - por convite)

É um filme que retrata o sentir do Povo Maubere pela FRETILIN – organização política que sempre soube ser a vanguarda de todos quantos ansiavam pela independência nacional de Timor-Leste.

O filme não só aborda o papel histórico da FRETILIN mas também os benefícios sentidos durante os primeiros anos de governação e as perspectivas futuras do partido para o desenvolvimento do país e erradicação da pobreza em todas as suas dimensões.

Uma vez mais, a FRETILIN veicula o conceito Maubere, conceito esse que imprimiu um impacto profundo no desenvolvimento do movimento de unidade nacional em prol da libertação de Timor-Leste. O Maubere não tem cor, não tem estrato social e não é regionalista. O Maubere não discrimina quem quer que seja. Ser-se Maubere é ser-se destemido no combate contra a opressão sob qualquer forma. Este sentir transformou-se numa força colectiva com uma identidade própria. Maubere é um conceito político-histórico com a particularidade de ser genuinamente timorense. O Povo de Timor-Leste é o Povo Maubere.

Timorenses em vários pontos do território falam dos benefícios dos primeiros quatro anos de governação da FRETILIN.

“Maubere oan sira, hamriik ba”, é um trabalho conjunto de:

Nuno Rodrigues
Benícia Magno
Rahung Nasution e
Lúcia Salinas-Briones

Música: Aquino Vieira
Produzido pelo DEPIM ( Departamento de Informação e de Mobilização da FRETILIN)

A crise político-militar que dividiu o país (CRONOLOGIA)

Lisboa, 27 Fev (Lusa) - O cerco militar ao major rebelde Alfredo Reinado é o mais recente episódio de uma crise de 10 meses em Timor-Leste que já causou a demissão do primeiro-ministro Mari Alkatiri e profundas divisões entre os timorenses.

A seguir, a cronologia dos principais episódios da crise político-militar em Timor-Leste.

28 de Abril de 2006 - Uma manifestação convocada por centenas de militares contestatários e a sua repressão em Díli resultou na morte de cinco pessoas e em mais de 80 feridos, segundo números oficiais.

06 de Maio - Militares no activo, encabeçados pelos majores Marcos Tilman, Alfredo Reinado e Alves "Tara" aderem ao movimento contestatário para pressionar o presidente Xanana Gusmão a demitir o primeiro-ministro Mari Alkatiri.

17 de Maio - Reinado manifesta lealdade a Xanana e acusa Alkatiri de ter ordenado às Forças Armadas para substituírem a polícia nos confrontos de Abril em Díli.

23 de Maio - Confrontos em Díli entre as FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e homens liderados pelo major Reinado matam um homem e ferem seis outros.

24 de Maio - O major Alfredo Reinado manifestou-se disponível para "apertar as mãos" às forças internacionais que chegarem a Timor-Leste na sequência do pedido das autoridades timorenses e a "fazer a paz" nas condições do Presidente Xanana Gusmão.

25 de Maio - Xanana Gusmão assumiu pessoalmente o controlo das forças de segurança, retirando ao governo essa competência, na sequência de confrontos generalizados ao longo do dia em Díli, que provocaram pelos menos seis mortos.

01 de Junho - O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, anunciou a demissão dos ministros da Defesa e do Interior, mas reiterou que se manterá à frente do governo.

16 de Junho - O líder dos militares rebeldes timorenses foi o primeiro a entregar a sua arma e carregadores aos militares australianos, no âmbito do processo de entrega de armas accionado pelo Presidente da República.

26 de Junho - Mari Alkatiri demitiu-se do cargo de primeiro-ministro de Timor-Leste após um "braço de ferro" com o Presidente da República, Xanana Gusmão, apesar da FRETILIN ter apoiado a sua continuação à frente do governo.

25 de Julho - A GNR encontrou uma quantidade indeterminada de munições numa casa em Díli onde vive há algumas semanas o major rebelde Alfredo Reinado.

26 de Julho - Reinado, e cerca de 20 dos seus homens, foram detidos por posse ilegal de armas no Centro de Detenção das forças militares e policiais internacionais estacionadas em Timor-Leste.

30 de Agosto - O major Alfredo Reinado evadiu-se da cadeia da capital timorense juntamente com vários reclusos.

24 de Novembro - O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, defendeu que Reinado "deveria entregar-se à Justiça e responder pelos seus crimes".

25 de Janeiro de 2007 - A Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) insistiu que o major Alfredo Reinado deve "enfrentar a Justiça" entregando-se às autoridades.

25 de Fevereiro - O posto da polícia de fronteira de Maliana, sudoeste de Timor-Leste, foi assaltado por um grupo de homens liderado pelo major Alfredo Reinado, que levaram pelo menos 17 armas.

27 de Fevereiro - O major Alfredo Reinado está cercado em Same (interior Sul do país) por tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais (ISF)

MCL/LAS Lusa/Fim

Renegade Reinado vows to 'fight to the death'

Article from: The Australian
By Stephen Fitzpatrick and Mark Dodd
February 28, 2007 01:00am

RENEGADE East Timor military leader Alfredo Reinado has threatened to defend himself "to the death" from a heavily armed post in the central town of Same, where he was yesterday surrounded by Australian SAS troops.

"I have committed no crimes against Australia or against the international community, I never threatened any international life - the real criminals are the leaders of our Government," said Major Reinado, who still holds his commission in the country's armed forces but also faces murder charges over the violence that swept East Timor last year.

He is accused of leading an attack on loyalist soldiers on May 23 that left five killed and 10 injured.

The Australian-trained former head of the military police this week fled his hideout in the eastern mountain region of Ermera for another location in the nearby district of Same, from where he spoke to The Australian by phone yesterday.

He denied claims he had stolen 25 assault rifles from East Timorese border guards, saying the firearms had been "loaned" to him by police colleagues at the weekend so he could protect himself after reports there were contracts out on his life.

An ADF spokesman said Australian troops were "working closely with the Government of East Timor after a request by the President to bring Reinado in". And a senior Dili-based diplomatic source said the "specialists are here", referring to the SAS.

But Major Reinado, who led a 57-man escape from Dili's Becora jail in August, denied he had fled to Same after learning there were moves to bring him in before the April 9 presidential poll. "Running away is not my style. I came here for a holiday, to relax and many of the police of East Timor have joined me because it's a fun gang," he said.

He denied he had threatened to kill Australian troops if they tried to arrest him but issued a veiled warning that he intended to defend himself against any attack. "I will only surrender to my own people, to my own justice system," he said. "I will not give up my weapons. I can die tomorrow, any time, but does that solve any problems?"

The involvement of the SAS follows a nationally televised address this week by President Xanana Gusmao in which he denounced Major Reinado.

Following a meeting with UN chief Atul Khare and the Australian military commander in Dili, Brigadier Mal Reardon, Mr Gusmao then authorised military action be taken.

O ESTUPOR...

http://abrangente.blogspot.com/

Desde Maio de 2006 que Timor-Leste está em estado de guerra permanente.E o pior ainda pode estar para vir, quando a campanha eleitoral tiver início.

Já foi revelado que a acusação contra Mari Alkatiri não produziu efeito, por falta de provas. O major Reinado, que recebeu treino na Austrália (país onde tem mulhere filhos), causou a morte de polícias e militares, e depois fugiu para as terras altas de Timor, instalou-se na Pousada de Maubisse, e acabou por nunca se entregar, nem ele nem os seus seguidores.

E foi a mulher de Xanana que, a pedido deste, mandou pagar a factura da estadia de Reinado em Dili e em Maubisse. Desafiou as tropas australianas, e agora assaltou uma esquadra e mais uma vez fugiu com armas e munições...

Até Xanana Gusmão acha que Reinado "passou dos limites".

O comandante das tropas aussies, que têm um comando independente das forças da ONU, já não é o brigadeiro Mick Slater. O actual comandante, brigadeiro Rerden, já declarou que não vai descansar enquanto o rebelde Reinado não se entregar.

E Reinado está disposto a matar, antes que seja morto... Desafiou mesmo astropas aussies a irem prende-lo...

É uma tragédia para Timor. Tem um governo que não governa e um presidente que pactuou com o chefe dos rebeldes...

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA – TERÇA-FEIRA, 27 Fevereiro 2007

(Tradução da Margarida)

Relatos dos Media Nacionais

O Estado dá poder à ISF para capturar Alfredo

O governo de Timor-Leste, o Presidente da República e o Parlamento Nacional deram poderes às forças da ISF para capturarem com urgência o major Alfredo e o seu grupo em relação ao ataque e ao roubo de armas dos postos de fronteira de Maliana e Suai no Domingo. Dirigindo-se à nação na Segunda-feira à noite, o Presidente da República que é também o Comandante Supremo das Forças Armadas, disse que não há outra maneira de resolver o problema de Alfredo dado que ficou claramente provado que ele não respeita o Estado ou as suas instituições com o desmantelamento da Força da Polícia. O Presidente pediu à população para se manter calma e cooperar de modo a operação (poder) processar-se suavemente. O Presidente disse que tudo tinha sido feito para resolver o problema de Alfredo por meios passivos numa tentativa de evitar uma solução militar. Disse que Alfredo tem manipulado a situação sendo inconsistente com o que diz.

Em relação ao ataque, o Ministro do Interior Alcino Barris disse que será feita uma investigação ao comandante da Unidade de Patrulha de Fronteira (UPF) e aos seus membros em relação às armas roubadas. Disse que quer saber porque é que a polícia não reagiu ao ataque. Barris disse, de acordo com a informação que recebeu, que 18 homens fizeram o ataque, de que resultou a perda de 25 armas dos postos de Maliana e Lolotoe. Recusou mais comentários sobre o assunto.

Entretanto, contactado pelo telefone na Segunda-feira, o major Alfredo Reinado disse que não roubou armas. Disse que as pediu com bons modos aos oficiais da UPF para defender a população e que isto pode ser confirmado com os oficiais de polícia na fronteira. Alfredo disse que tem 16 armas e não 18 como tem sido afirmado pelo Ministro do Interior.

De acordo com o Timor Post, uma fonte que recusou identificar-se, confirmou que três armas de Salele-Suai foram tiradas de modo amigável e não roubadas. A fonte disse que quando o major Alfredo e o seu grupo chegaram ao posto de Salele estavam lá seis oficiais da UPF. Quanto ao pedido de Alfredo para as armas para defender a população, três dos oficiais sairam do posto e deixaram para trás as armas que foram depois confiscadas pelo major Alfredo e os três restantes fugiram do posto com as suas armas, disse a fonte anónima. (DN, TP, STL)

Alkatiri: partido CNRT é para enganar as pessoas

Falando em Oecussi durante a cerimónia de nomeação da Comissão Especial da Região da Fretilin para Monitorizar as Eleições para o enclave de Oecussi, o Secretário-Geral do partido Mari Alkatiri afirmou que não quer que o partido durma e que parta do princípio que já ganhou as eleições porque há algumas pessoas que querem subjugar o partido e que trabalham em estratégias para criar um novo partido chamado Conselho Nacional da Resistência Timorense l (CNRT) que será um partido para enganar as pessoas.

Alkatiri disse ainda que desde o princípio da guerra contra Timor-Leste quiseram fazer desaparecer a Fretilin ao matarem Nicolau Lobato e os seus colegas mas que apesar disso a Fretilin continuou a crescer. Também enfatizou que o partido não apoia nenhum candidato independente nas eleições presidenciais porque tem o seu próprio candidato. (STL)

Ramos-Horta: a Fretilin deu-me uma cadeira com três pernas

Ramos-Horta descreveu o seu poder no cargo desde que é primeiro-ministro como uma cadeira com três pernas que a Fretilin lhe deu para se sentar. Perguntou como é que alguém se pode sentar numa cadeira com três pernas a tentar equilibrar-se sem cair e com carvão quente debaixo da cadeira.

Disse que tinha aceite a responsabilidade de ser Primeiro-Ministro devido à crise e porque o Presidente da República, o Comité Central da Fretilin (CCF) e os dois bispos tinham depositado confiança nele.

Falando durante o ajuntamento em Laga para anunciar a sua decisão de concorrer às eleições Presidenciais, Ramos-Horta disse às pessoas presentes em Laga, no Distrito de Baucau, que depois da crise de 28 de Abril de 2006, viajou sózinho ao longo das estradas para ver a situação, que viajou para o aeroporto para se encontrar com deslocados a diferentes horas da noite, que convenceu pessoas nas ruas para regressarem para as suas casas, que visitou os feridos da UIR, PNTL e das F-FDTL no hospital e viajou em todos os distritos para reassegurar a presença do Estado não à procura do poder ou de um lugar.

Ramos-Horta disse que algumas pessoas lhe têm pedido para prestar contas do seu trabalho como Ministro dos Estrangeiros e da Cooperação ao que respondeu que o governo totalmente deve prestar contas ao povo. Disse que sob a sua liderança tinha estabelecido boa cooperação com a Ásia, África, Europa e a América do Norte e laços diplomáticos com 101 nações. O Ministro também louvou o povo nos distritos pela sua maturidade e por não se envolver na crise que tinha afectado somente Dili. (STL)

Assistência financeira do Governo do Japão para as eleições

O governo do Japão decidiu doar um total de US$723,000 para as eleições presidenciais e parlamentares de 2007 através do UNDP. De acordo com um comunicado de imprensa recebido pelo Diario Nacional a assistência financeira ajudará a implementação das eleições a processar-se com sucesso. (TP)

RTTL Títulos das Notícias

Segunda-feira, 26 Fevereiro de 2007

Timor-Leste pede às Forças Internacionais para capturar Reinado

O Primeiro-Ministro Ramos-Horta pediu às Forças Internacionais para capturarem o major Reinado e afirmou que o governo tinha cancelado as negociações com ele. Ramos-Horta disse que o Presidente da República, o Parlamento Nacional, o Governo e a comunidade internacional não tolerariam que alguém desestabilizasse a nação, anotando que contactou pessoalmente o Presidente da Indonésia para apertar a segurança na fronteira para impedir que Alfredo passe para a Indonésia. O Primeiro-Ministro disse também que as forças internacionais estavam prontas para deter Alfredo. A TVTL tentou contactar com Alfredo mas não teve sucesso.

Cortejo funerário pacífico

Planos para transportar os corpos dos mortos envolvidos nos incidentes de tiroteio pelas Forças Australianas na Segunda-feira através de algumas áreas da capital Dili não foram autorizados por razões de segurança. Os dois corpos foram levados para os seus distritos de Ossu/Viqueque e Baucau. Cerca de duas mil pessoas participaram na marcha, entoando palavras contra as Forças Australianas

A ISF investiga o incidente

O comandante das Forças Australianas Mal Rerden disse que as forças estão a fazer a sua própria investigação no incidente de tiroteio e que estão também a dar todo o apoio às investigações da UNPOL e do governo.

Conferência do Partido Republicano

O Partido Republicano realizou a sua primeira conferência em Manufahi no fim-de-semana com o objectivo de eleger membros para as suas estruturas e preparar-se para as próximas eleições legislativas.

Dos leitores

H. Correia deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Alfredo Reinado disposto a morrer mas não se rende...":

Desiludam-se aqueles que estão à espera de um "ataque das forças australianas", porque isso não vai acontecer.

Reinado e seus apaniguados vão cair de maduros. (Aparentemente) estão cercados, não podem abastecer-se e por isso basta esperar que a força física e anímica se esgote.

Resta saber o que farão os australianos com Reinado, depois de capturá-lo. Isso sim, é que é interessante e por isso deveria haver elementos das FFDTL presentes na operação. Assim, sem testemunhas, não sei...

E até agora... tudo calmo em Same.

O favorito... da imprensa australiana.

(Tradução da Margarida)

Ramos-Horta visto como o favorito nas eleições presidenciais de Timor-Leste
Nelson Da Cruz

Dili, Fevereiro26 (AFP) – O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta, um laureado do Nobel popular em casa e festejado no estrangeiro, foi visto na Segunda-feira como o favorito para ganhar as eleições presidenciais de Abril depois de ter declarado que se candidata.

Muitos Timorenses pensam que nenhum dos outros candidatos às eleições podem rivalizar com a posição doméstica de Ramos-Horta ou a sua estatura internacional.

Escolheu fazer o seu anúncio no Domingo em Laga, uma região muito pobre do leste, em vez da capital, Dili, em linha com a sua abordagem populista.

Antonio Ximenes, um deputado do Partido da União Democrata-Cristãa, disse que o papel de Ramos-Horta na luta de Timor-Leste pela liberdade e o seu perfil internacional dão-lhe uma margem sobre os rivais.

"Todos os candidatos têm uma possibilidade de ganhar, mas Ramos-Horta tem as suas vantagens como vencedor do Nobel da Paz e uma figura da luta nacional durante 24 anos. Também é conhecido internacionalmente," disse Ximenes.

Acrescentou que pessoalmente quer que o primeiro-ministro se torne presidente.

O primeiro-ministro partilhou o Nobel da Paz de 1996 com Carlos Felipe Ximenes Belo pelos esforços para levar a paz ao empobrecido Timor-Leste.

A vizinha Indonésia tinha ocupado o país de 1975 a 1999 e foi acusada de causar conflito através da opressão.

Ramos-Horta tem 57 anos, durante anos foi o porta-voz exilado do movimento de resistência Timorense, é um poliglota elegante que prefere a sombra das cinco horas e usa laços.

O antigo jornalista passou 24 anos no exílio, incluindo uma década em Nova Iorque onde descobriu uma paixão por cinema e jazz tradicional mas onde também se familiarizou com o trabalho da ONU.

Regressou a casa depois de Timor-Leste ter ganho a independência.

Disse durante o anúncio da sua candidatura que tinha dedicado toda a sua vida a Timor-Leste.

"Os Timorenses e a comunidade internacional conhecem-me e eu conheço muito bem a minha amada terra, de um lado a outro," disse.

O partido no poder, a Fretilin, disse na semana passada que o seu candidate será o Presidente do Parlamento, Francisco Guterres Lu-Olo, mas mesmo o deputado da Fretilin Faustino da Costa concedeu que Ramos-Horta podia ganhar. (Lu'Olo, o candidato da FRETILIN que anunciou a sua candidatura ANTES de Ramos-Horta)

Ramos-Horta é membro fundador da Fretilin mas deixou-a em 1988.

Mariano Soares, um jovem desempregado em Dili, disse que o laureado do Nobel era um candidato forte. "Comparado aos outros Ramos-Horta é com certeza superior. É uma figura pública, uma figura internacional, um democrata que tem dentro dele o espírito do desenvolvimento," disse Soares.

A candidatura de Ramos-Horta foi apoiada pela United Democratic National Struggle for Timor-Leste, um pequeno partido liderado por Cornelio Gama, que é um antigo comandante do braço armado da Fretilin.

O próprio primeiro-ministro apareceu confiante no Domingo, mas insistiu que nunca procurou posições de poder. "Ultimamente foi-me pedido por todos os níveis da sociedade para apresentar a minha candidatura para as próximas eleições presidenciais," disse no discurso.

No ano passado Ramos-Horta tornou-se primeiro-ministro, substituindo Mari Alkatiri, que resignou em Junho de 2006 depois de pressão pública no início do desassossego alasstrado no país em Abril e Maio.

Disse que ocupou o cargo somente porque Timor-Leste estava "numas crise e as nossas instituições estavam em vias de se desintegrarem e o nosso povo estava a sofrer."

Ramos-Horta não elaborou sobre a plataforma da sua campanha mas disse que um presidente deve ser um mediador encorajando o diálogo e a harmonia.

O presidente cessante de Timor-Leste, Xanana Gusmão, mantém-se popular mas decidiu não se recandidatar para passar mais tempo com a sua família e dar a outros a oportunidade de se tornarem presidente.

Outros candidatos das eleições de 9 de Abril até agora incluem o deputado do Kota Manuael Tilman e a advogada Lúcia Lobato pelo Partido Social-Democrata.

Francisco Xavier do Amaral, da Associação Social Democrata Timorense e Avelino Coelho, do Partido Socialista de Timor, também disseram que concorrem.

Ataques de Reinado visam parar processo eleitoral, acusa Fretilin

Lisboa, 27 Fev (Lusa) - A Fretilin afirmou hoje que os incidentes milit ares provocados pelo major Alfredo Reinado em Timor-Leste visam "espalhar o pâni co" e "parar o processo eleitoral" da votação para as presidenciais, marcada par a 09 de Abril próximo.

Num comunicado, o porta-voz da Fretilin em Sidney, Sahe da Silva, referiu que os assaltos a três esquadras da polícia perpetrados pelo antigo comandante da Polícia Militar timorense constituem "parte de uma orquestração destinada a criar uma atmosfera de instabilidade e terror e parar o processo eleitoral" em curso.

"Quanto mais tempo Reinado e os seus homens permanecerem em liberdade, maior instabilidade e terror vão criar", sustentou, defendendo que se a situação se mantiver, "alguns opositores da Fretilin vão usá-la como desculpa para argumentar que as eleições devem ser adiadas".

"Os nossos opositores estão preocupados com o facto de termos o apoio d e maior parte da população", acrescentou.

Sahe da Silva salientou, por outro lado, que as Nações Unidas e as forças australianas presentes no território, "como garantes da segurança" no país, devem dar a "protecção adequada" aos líderes e activistas da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin).

Para o porta-voz, as vidas dos dirigentes da Fretilin estão agora "seriamente ameaçadas por Reinado e o seu grupo".

Em Agosto último, afirmou Sahe da Silva, o antigo comandante da Polícia Militar timorense liderou uma rebelião em Díli e, "apesar do estatuto de fugitivo", tem mantido contactos desde então com as forças australianas.

"Esta charada já foi longe demais e Reinado deve ser capturado e levado à Justiça", concluiu.
Hoje, soldados australianos das Forças de Estabilização Internacionais cercaram na cidade de Same elementos suspeitos de pertencerem ao grupo do major Reinado, entre os quais estará o próprio militar revoltoso.

JSD-Lusa/Fim

Helicópteros australianos sobrevoam Same - Leandro Isaac

Macau, China, 27 Fev (Lusa) - O deputado independente Leandro Isaac disse hoje à Agência Lusa que helicópteros australianos têm sobrevoado de forma permanente a região de Same, interior sul de Timor-Leste, onde está refugiado o major timorense Alfredo Reinado.

"Os helicópteros ainda não pararam, continuam a sobrevoar toda esta região e tememos um ataque durante a madrugada", disse Leandro Isaac, contactado telefonicamente a partir de Macau.

Leandro Isaac adiantou que se mantém ao lado do major rebelde, "à semelhança de toda a população de Same", e explicou que tem "fortes razões para temer " pela sua segurança.
O deputado adiantou que Alfredo Reinado "está no mato" a comandar "o seu grupo de tropas" e a tentar fugir das forças australianas no terreno.

"Não está em nenhum edifício. Está no posto mais avançado", disse, sem especificar o posto a que se referia".

"Durante a noite, as tropas australianas podem progredir muito porque têm equipamento e tecnologia avançada", acrescentou Leandro Isaac. Em entrevista à Agência Lusa, o comandante das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) estacionadas em Timor-Leste, brigadeiro Mal Rerden, disse que a rendição é a única opção que resta ao major timorense Alfredo Reinado.

O brigadeiro Mal Rerden sublinhou ainda que "Reinado é claramente uma figura significativa nesta situação".

A situação em Timor-Leste agravou-se na sequência do ataque perpetrado domingo pelo major Alfredo Reinado, antigo comandante da Polícia Militar timorense, a três postos da polícia junto à fronteira com a Indonésia, o que levou segunda-feira o Presidente timorense, Xanana Gusmão, a ordenar a captura e prisão do oficial rebelado.

Hoje, soldados australianos cercaram na cidade de Same elementos suspeitos de pertencerem ao grupo do major Reinado, entre os quais estará o próprio militar revoltoso.

As ISF estão a conduzir operações em todos os 13 distritos do país, tendo em vários deles as operações sido reforçadas em apoio ao recenseamento eleitoral. Elementos vão passar a estar em permanência em Lospalos (leste) e em Gleno e Ainaro (Centro).

Além desta mobilização permanente, as ISF farão patrulhas nos distritos de Aileu, Maubisse, Manatuto, Liquiçá, Viqueque e Maliana através de veículos ou de helicóptero.
JCS/PRM/CMP/ASP-Lusa/Fim

UNMIT – MEDIA MONITORING - Tuesday, 27 February 2007

National Media Reports

State Empowers ISF to Capture Alfredo

Timor-Leste government, President of the Republic and the National Parliament have empowered the ISF Forces to urgently capture Major Alfredo and his group in relation to the attack and the removal of weapons at the border police posts of Maliana and Suai on Sunday. Addressing the nation on Monday evening, the President of the Republic who is also the Supreme Commander of the Armed Forces, said there is no other way to resolve Alfredo’s problem since he has clearly shown that he does not respect the State or its institution by dismantling the Police Force. The President appealed to the population to sit quietly and cooperate in order for the operation to proceed smoothly. The President said everything had been done to resolve the problem of Alfredo through passive means in an attempt to avoid a military solution. He said that Alfredo has manipulated the situation by being inconsistent with what he says.

In relation to the attack, Minister of Interior Alcino Barris said an investigation will be carried out on the commander of the Border Patrol Unit (BPU) and his elements regarding the ransacked weapons. He said that he wants to know why the police didn’t react to the attack. Barris said, according to information he received, 18 men carried out the attack, which resulted in the loss of 25 weapons from the posts of Maliana and Lolotoe. He refused to further comment on the issue.

In the meantime, contacted by phone on Monday, Major Alfredo Reinado said that he did not steal weapons. He said he asked nicely for them from BPU officers to defend the population and that this can be confirmed with the police officers at the border. Alfredo said he has 16 weapons and not 18 as has been claimed by the Minister of Interior.

According to Timor Post, a source that refused to give a name, confirmed that three weapons from Salele-Suai were taken in an amicable way and not stolen. The source said that when Major Alfredo and his group arrived at the Salele post there were six BPU officers. Upon Alfredo’s request for the weapons to defend the population, three of the officers left their posts and guns behind which were then confiscated by Major Alfredo and the remaining three ran away from their post with their guns, the anonymous source said. (DN, TP, STL)

CNRT Party to Deceive the People: Alkatiri

Speaking in Oecussi during the swearing-in of Fretilin Special Region Monitoring Electoral Commission for Oecussi enclave, the party’s Secretary General Mari Alkatiri stated the he doesn’t want the party to sleep and take for granted that they’ve won the elections because some people who want to put down Fretilin are working on strategies to create a new party called the Timorese National Resistance Council (CNRT) which would also be a party to deceive the people.

Alkatiri further said that right from the start the war against Timor-Leste was to make Fretilin disappear by killing Nicolau Lobato and his colleagues but despite that Fretilin continued to grow. He also underscored that the party no longer supports independent candidates for the presidential elections as they have their own. (STL)

Fretilin Gave Me a Three Leg Chair: Ramos-Horta

Ramos-Horta described his power in office since taken over the Premiership position as a three legged chair given to him by Fretilin to sit on. He asked how can one sit on a three-legged chair trying to balance without falling and with hot coal beneath the chair.

He said that he had accepted the responsibility as Prime Minister due to the crisis and because the President of the Republic, Fretilin Central Committee (CCF) and the two Bishops had bestowed their trust in him.

Speaking during a gathering in Laga to announce his decision to run for the Presidential elections Ramos-Horta told the people present in Laga, in Baucau District, that following the crisis of 28 April 2006, he alone traveled along the roads to see the situation, that he traveled to the airport to meet with the IDPs at different times of night, he persuaded people on the streets to return to their residents, visited the wounded from both UIR, PNTL and F-FDTL in the hospital and traveled to all the districts to reassure the presence of the State not seeking power or a seat.

Ramos-Horta said some people have asked him to be accountable for his work as Foreign Minister and Cooperation to which he replied that the whole government must be accountable for the people. He said that under his leadership he had established good cooperation with Asia, Africa, Europe and North America and diplomatic ties in 101 nations. The Minister also praised the people in the districts for their maturity for not getting involved in the crisis that had only affected Dili. (STL)

Japan Government Financial Assistance For Elections

The government of Japan has decided to donate a total of US$723,000 to the 2007 presidential and parliamentary elections through UNDP. According to a press communiqué received by Diario Nacional the financial assistant would help the implementation of the elections to proceed successfully. (TP)

RTTL News Headlines

Monday, 26 February 2007

Timor-Leste Asks International Forces To Capture Reinado

Prime Minister Ramos-Horta has asked the International Forces to capture Major Reinado and stated that the government has cancelled the negotiations with him. Ramos-Horta said the President of the Republic, the National Parliament, the Government and the international community would not tolerate someone destabilizing the nation, noting that he personally contacted the Indonesian President to tighten security at the border to stop Alfredo from crossing into Indonesia. The Prime Minister also said the international forces are ready to detain Alfredo. TVTL tried to contact Alfredo but did not succeed.

Peaceful Funeral Convoy

Plans to carry the bodies of the deceased men involved in the shooting incidents by the Australian Forces on Monday through some areas of capital Dili was not authorized by security. The bodies of the two people were taken back to their districts of Ossu/Viqueque and Baucau. About two thousand people participated in the march, chanting words against the Australian Forces

ISF Investigates Incident

Australian Forces commander Mal Rerden said the forces are carrying out their own investigation into the shooting incident and are also fully supporting UNPOL and the government investigations.

Republican Party Conference

The Republican Party held its first conference in the Manufahi on the weekend with the aim to elect members for its structures and prepare for the up-coming legislative elections.

Ataques de Reinado visam parar as eleições

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN
Comunicado de Imprensa

27 Fevereiro 2007

Os amotinados das forças armadas de Timor-Leste liderados pelo Major Alfredo Reinado atacaram postos de polícia de modo a espalhar o pânico e a parar as eleições (para) não avançarem, disse hoje um porta-voz da Fretilin, o partido do governo.

O porta-voz da Fretilin em Sydney Sahe Da Silva disse que os ataques de Reinado aos postos de polícia parecem ser parte de uma tentativa orquestrada para criar uma atmosfera de instabilidade e terror, de modo a evitar a realização de eleições.

“Quanto mais tempo Reinado e os seus homens permanecerem em liberdade, quanta mais instabilidade e receio criarão,” disse o Sr Da Silva. “Com Reinado a vaguear por aí, pelo campo, a criar confusão, alguns opositores da Fretilin aproveitarão esta desculpa para argumentar que as eleições devem ser adiadas.

“Os nossos opositores estão preocupados por ainda termos o apoio maioritário nas zonas rurais, como ficou demonstrado numa série de comícios eleitorais com bastante sucesso nalguns distritos nas últimas semanas.”

A eleição presidencial está prevista para 9 de Abril e as eleições parlamentares para meados do ano.

O Sr Da Silva disse que é crítico que a ONU e as forças Australianas, que assumiram a responsabilidade da segurança em Timor-Leste, forneçam protecção adequada aos líderes e activistas da Fretilin, particularmente nas áreas a oeste de Dili.

“As vidas de líderes e activistas da Fretilin estão agora sob séria ameaça de Reinado e do seu gang,” disse o Sr Da Silva.

Falando hoje em Dili, o Secretário-Geral da Fretilin Mari Alkatiri pediu a captura imediata de Reinado e saudou a declaração do Presidente Xanana Gusmão na televisão ontem à noite a pedir aos militares Australianos para prenderem Reinado.

“Esta decisão da re-captura de Reinado já devia ter sido tomada há muito tempo, mas pelo menos, finalmente foi tomada,” disse o Dr Alkatiri.

A Dr Alkatiri disse que a prisão de Reinado não só vai melhorar a situação da segurança mas também vai ajudar a revelar as causas verdadeiras da crise em Timor-Leste e a identificar as pessoas por detrás da crise.

Reinado e o seu grupo fortemente armado atacou dois postos de polícia e roubou mais de 25 armas nos distritos oeste de Timor-Leste no Domingo 25 de Fevereiro.

O Sr Da Silva, um advogado com base em Sydney, disse que as suas fontes em Dili relataram que o ataque do grupo de Reinado aos postos da polícia em Tunubibi no distrito de Maliana foi lançado a meio do dia e envolveu entre 8-9 homens, enquanto que o ataque ao posto de polícia de Salele no distrito de Cova Lima ocorreu à noite e envolveu para cima de 18 homens.

“Apesar da presença de mais de 1000 polícias da ONU e de aproximadamente 800 Australianos e outro pessoal militar em Timor-Leste, foi autorizado a Reinado fugir da sua área de acantonamento em Ermera onde supostamente as forças Australianas tinham montado bloqueios na estrada para controlar os seus movimentos,” disse o Sr Da Silva.

“Esta é a segunda vez em seis meses que foi permitido ao Reinado treinado pelos Australianos escapar-se mesmo debaixo do nariz das tropas Australianas.”

Reinado é um antigo chefe da polícia militar que passou vários anos na Austrália e treinou na Academia de Defesa Australiana em Canberra em 2005.

Ele é procurado por homicídio depois de liderar um ataque a tropas leais ao governo no qual várias pessoas foram mortas e feridas em 23 de Maio do ano passado. Este ataque levou a mais violência que resultou no destacamento de tropas Australianas para Timor-Leste e o derrube do então Primeiro-Ministro Alkatiri.

Reinado foi preso em 27 de Julho ultimo depois da polícia Portuguesa ter descoberto que ele e os seus homens estavam a ocupar casas do outro lado da rua do quartel-general das forças militares Australianas em Dili.

“Reinado liderou uma fuga em massa da prisão em Dili em Agosto passado mas apesar do seu estatuto de fugitivo tem estado em contacto próximo e amigável com as tropas Australianas desde então,” disse o Sr Da Silva.

Sublinhou que o Reinado foi mesmo fotografado com um lançador de mísseis do mesmo tipo dos que foram roubados às forças armadas Australianas.

“Como indicaram várias reportagens de jornais Australianos, a fotografia foi tirada em Novembro passado, por altura em que o Reinado participou num seminário na presença de tropas Australianas.

“Esta charada já se prolonga há tempo demais, e o Reinado deve ser agora recapturado e levado a julgamento,” disse o Sr Da Silva.

Australia to examine Timor shooting

MONDAY, FEBRUARY 26, 2007
19:12 MECCA TIME, 16:12 GMT

Australia has said there will be a full investigation into the shooting dead of two East Timorese nationals by Australian soldiers.

The two men died in a clash on Friday morning at a refugee camp near Comoro airport at Dili, the country's capital, and were buried on Monday.

The Australian Defence Force said its soldiers were attacked with steel arrows when they attended a disturbance at the camp.

Al Jazeera's Hamish MacDonald, reporting from Dili, said those living inside the camp deny any responsibility for escalating the situation.

Investigation

The incident was the first confirmed fatal shooting by foreign peacekeepers since they arrived in the East Timor last June.

There has been a recent surge in violence ahead of presidential elections in April.

Peter Lindsay, Australia's defence secretary, told ABC's Radio Australia on Monday:
"Frustrations were clearly boiling over at the airport and we've seen this unfortunate two deaths now.

"Our troops operate on very strict rules of engagement. They will never fire unless they're operating under those rules and unless they're physically and personally threatened.

"There will be a full investigation, we'll get to the bottom of that with a view to try to make sure that circumstances are such that we can mitigate that in the future."

Funeral

At one point, Monday's funeral procession headed along Dili's main road towards the heavily fortified Australian embassy.

Portuguese police, here under the UN peacekeeping mission, diverted the march, managing to avoid any clashes.

MacDonald said: "The anger being displayed here today is symptomatic not just the anger over the shooting incident, but also growing resentment towards the international security presence here in East Timor."

Agosta Dacosta Soares, one of the victim's brother, told Al Jazeera: "You can ask everyone here, we all want the Australian troops out."

Lindsay said there were no plans to withdraw soldiers from East Timor.

He said: "My understanding is we're going to be in Timor for a long time trying to help that very poor country establish itself and be a successful country."

Source: Al Jazeera and agencies

Hunt continues for East Timor's rebel leader

SMHT
Lindsay Murdoch in Dili
February 28, 2007

Rebel leader Alfredo Reinado has taunted Australian soldiers hunting him in East Timor's mountains, telling them he is not afraid to die.

"They can get my dead body but not my soul," said Major Reinado, who has threatened to kill Australians if they attack him and his group of more than 20 heavily armed men.

As Australian soldiers set-up roadblocks and surrounded Major Reinado's base yesterday, Australia's peacekeeping commander Mal Rerden called on him to surrender unconditionally.

"Reinado has one action open to him - that's to surrender and put himself before the justice system of Timor Leste (East Timor)," Brigadier Rerden said.

Brigadier Rerden had secretly sent scores of troops to the central Same district hours before Major Reinado learnt that president Xanana Gusmao had declared war on him in a televised address to the nation on Monday night.

Mr Gusmao declared that the government in Dili had cut all negotiations with Major Reinado and asked the Australian-led International Security Force to mount an operation to capture him after he and his men had raided several police border posts, seizing 25 high powered weapons and a large quantity of ammunition.

Yesterday, knowing he was surrounded with road access to his base blocked, Major Reinado told a journalist from the Timor Post newspaper that he would hand-over his weapons if he could reach a deal with East Timor's Proscutor-General Longuinhos Monteiro on charges of murder and rebellion. But Brigadier Rerden ruled out any further negotiations, saying Mr Gusmao made his declaration because of Major Reinado's own actions.

"He has carried out attacks which have jeopardised the security and safety of all the people of Timor Leste," Brigadier Rerden said.

The operation to capture Major Reinado is high risk for Australia's 800-strong soldier contingent in East Timor. Australian-trained Major Reinado and his men have a large cache of sophisticated weapons, including at least one rocket launcher of type used by the Australian army.

The group is holed up in rough terrain where Major Reinado grew up and where he has the support of the local population. For months Major Reinado, who fired the first shots in an attack on troops loyal to the government last May, has vowed to kill Australian soldiers if they attempt to capture him, saying he and his men, like them, are well trained.

"My promise is, whenever you bring the thousand (troops), I will take some with me," he said last month. Major Reinado has become a cult-hero figure throughout that country since he led a mass escape from Dili's main jail in August.

His death in an Australian-led operation would further inflame anti-Australian sentiment in Dili caused by an Australian soldier shooting dead two Timorese men during a disturbance at a refugee camp last Friday. Since then rock throwing street gangs have stepped up their attacks on vehicles being driven by foreigners in Dili, prompting the Australian Government to warn that Australians and Australian interests could be specifically targeted.

East Timor's ruling Fretilin party said yesterday that Major Reinado's attacks were an attempt to spread panic and stop presidential and general elections that are due by mid-year.

Fretilin's former prime minister Mari Alkatiri said in a statement that Major Reinado's arrest would not only improve the country's security situation but "also help to reveal the true causes of the crisis in Timor Leste and identify the people behind the crisis."

Pasa nada...em Same.

Além dos helicópteros a grande altitude que sobrevoam Same, mais nada a registar. O céu está relativamente limpo a lua vai baixar por volta das 2 da manhã.

Ainda vamos assistir a um cerco medieval. Ou circo, sei lá...

Em Same

Os militares australianos estão, desde esta manhã, em Same a 4 Km da casa e do lugar onde se encontra Alfredo Reinado e cerca de 100 dos seus homens, com 50 armas de uso militar.

A semana passada, Reinado e sus muchachos, tinham metade das armas e eram apenas cerca de trinta homens. Já existiam os mandados de captura emitidos pelos juízes (independentes dos outros órgãos de soberania).

Após o assalto aos postos fronteiriços, o grupo deslocou-se... em carros pelas estradas que unem Maliana e o Suai a Same.

Estes romanos devem estar loucos. Belas estratégias...

Quase que apostamos que Reinado vai fugir de Same, a opinião pública vai barafustar durante uma semana e ... volta tudo ao mesmo.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Chefe força internacional diz que única opção... (ACTUALIZADA)

Díli, 27 Fev (Lusa) - O comandante das Forças de Estabilização Internacionais estacionadas em Timor-Leste, brigadeiro Mal Rerden, disse hoje à Agência Lusa que a rendição é a única opção que resta ao major rebelde timorense Alfredo Reinado.

"Só lhe resta a rendição", disse Rerden, numa entrevista na capital timorense, à mesma hora que tropas australianas montavam o cerco a um grupo de seguidores de Reinado, entre os quais estará o próprio oficial rebelde, na cidade de Same, no sul do país.

Em declarações à Lusa, o brigadeiro Mal Rerden sublinhou que "Reinado é claramente uma figura significativa nesta situação".

"Alfredo Reinado esteve envolvido na crise de 2006 e continua a ser um indivíduo importante. Acho que o Governo teve uma decisão corajosa em tentar uma solução pacífica", afirmou.

Na entrevista, o brigadeiro australiano recusou fornecer pormenores operacionais e manifestou compreensão pela atitude do Governo timorense perante a crise.

O assalto às três esquadras policiais em Timor-leste, no último fim-de-semana, pelos amotinados foi "o primeiro ataque contra alvos do Estado feito pelo major Reinado", disse Rerden para acrescentar que entende "a cautela e a paciência com que o Governo timorense lidou com esta crise".

"É preciso construir a confiança das pessoas para as eleições, até porque há pessoas em Timor-Leste que têm fé na violência", considerou o comandante das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), afirmando haver um "compromisso muito grande" do Governo de Camberra com o novo país.

Quanto às opções que as ISF têm neste momento, Rerden considera que são "muito claras".

"Apoiámos a opção do Governo timorense por negociações em diferentes encontros; na eventualidade de os acontecimentos saírem desse quadro, temos, como sempre numa situação militar, de compreender o ambiente, recolhendo informações sobre as circunstâncias", disse.

Questionado se as ISF estão operacionalmente prontas para avançar, o brigadeiro afirmou que "são capazes de lidar com todas as situações de segurança e m Timor-Leste e continuam a apoiar o Governo timorense em todas as circunstâncias".

Sobre uma eventual participação das FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste na captura de Reinado, Rerden disse apenas que "cabe ao Governo timorense decidir algum envolvimento das F-FDTL".

O brigadeiro Mal Rerden indicou ainda à Lusa que o Chefe de Estado-Maior timorense, Taur Matan Ruak, teve de repensar a sua estratégia no caso que envolve o Major Alfredo Reinado.

"Ele tem uma boa estratégia para o caso major Reinado". No entanto, "as circunstâncias eram tais que o brigadeiro general Ruak precisou de recuar um pouco na sua participação directa nas negociações", afirmou.

Quanto à missão das forças de defesa australianas em Timor-Leste, Rerden disse que "de Camberra as instruções estratégicas são muito claras: apoiar o Governo timorense e as Nações Unidas".

"É também da nossa responsabilidade sermos neutrais e imparciais em todas as nossas acções", acrescentou.

O brigadeiro insistiu ainda na preocupação em garantir um ambiente seguro para a realização das eleições, tanto presidenciais, marcadas para 09 de Abri l próximo, como legislativas, ainda sem data marcada.

"Estamos também em Timor-Leste para manter a estabilidade e providenciar condições de segurança que permitam ao povo timorense resolver as suas diferenças pacífica e democraticamente", afirmou.

Rerden disse ainda que "é difícil perceber qual o apoio" que Reinado tem do povo.

"Eu não acho que tenha muitos seguidores. Acho que ele gosta de dizer que tem, mas não sei se o povo tem a mesma percepção".


A situação em Timor-Leste agravou-se na sequência do ataque perpetrado domingo pelo major Alfredo Reinado, antigo comandante da Polícia Militar timorense, a três postos da polícia junto à fronteira com a Indonésia, o que levou segunda-feira o Presidente timorense, Xanana Gusmão, a ordenar a captura e prisão do oficial rebelado.

Hoje, soldados australianos cercaram na cidade de Same elementos suspeitos de pertencerem ao grupo do major Reinado, entre os quais estará o próprio militar revoltoso.

As ISF estão a conduzir operações em todos os 13 distritos do país, tendo em vários deles as operações sido reforçadas em apoio ao recenseamento eleitoral.

Elementos vão passar a estar em permanência em Lospalos (leste) e em Gleno e Ainaro (Centro).

Além desta mobilização permanente, as ISF farão patrulhas nos distritos de Aileu, Maubisse, Manatuto, Liquiçá, Viqueque e Maliana através de veículos ou de helicóptero.

PRM/MCL-Lusa/Fim

Portugal preocupado e segue desenvolvimentos com atenção - MNE

Lisboa, 27 Fev (Lusa) - Portugal está a seguir "atentamente" e com "pre ocupação" os últimos desenvolvimentos em Timor-Leste, afirmou hoje o ministro do s Negócios Estrangeiros, que manifestou a "certeza firme" de que a maturidade do s políticos timorenses acabará por "prevalecer".

Numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo paraguaio, Ruben Ramirez Lascano, Luís Amado lembrou que as autoridades timorenses estão a agir em colaboração com as Nações Unidas para a normalização da situação.

"Em relação aos últimos desenvolvimentos, as autoridades timorenses estão a agir em colaboração com a ONU para normalizar a situação, sendo este mesmo o desejo de Portugal, isto é, que a situação seja normalizada", disse o ministro, manifestando "a certeza firme que a maturidade dos dirigentes timorenses prevalecerá".

"No quadro das Nações Unidas, Portugal tem acompanhado atentamente o processo de decisão para a criação de condições de segurança efectiva e para a organização do próximo acto eleitoral", as presidenciais de 09 de Abril próximo, acrescentou.

A situação em Timor-Leste agravou-se na sequência do ataque perpetrado domingo pelo major Alfredo Reinado, antigo comandante da Polícia Militar timorense, a três postos da polícia junto à fronteira com a Indonésia, o que levou segunda-feira o presidente Xanana Gusmão a ordenar a captura e prisão do oficial rebelado.

Hoje, soldados australianos cercaram na cidade de Same elementos suspeitos de pertencerem ao grupo do major Reinado, entre os quais estará o próprio militar revoltoso.

JSD/PAL-Lusa/Fim

Timor-Leste dá às forças Australianas ordem para caça aos amotinados

(Tradução da Margarida)

ABC – Quinta-feira, Fevereiro 27, 2007. 0:00am (AEDT)

O Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão, autorizou a força de estabilização internacional liderada pelos Australianos para caçarem o desertor das forças armadas major Alfredo Reinaido.

Num discurso na rádio e televisão nacional, em Tétum, a língua local, o Presidente Gusmão descreveu ontem os assaltos do grupo de Alfredo Reinado a postos da polícia na fronteira como uma estupidez.

Disse que os homens de Reinado têm agora mais 25 armas.

O Presidente Gusmão disse que tinham sido feitos todos os esforços para evitar que as autoridades de Timor-Leste tentassem uma solução militar para o que chamou 'o problema de Alfredo'.

Contudo disse que Reinado agora tinha ultrapassado todas as marcas.

O Presidente disse que se tinha encontrado com o Primeiro-Ministro, o representante especial da ONU e o Brigadeiro Australiano Mel Rerden.

Disse que o Governo Timorense tinha autorizado as forças internacionais dirigirem uma operação para capturar Reinado.

O Presidente Gusmão apelou ao povo para não reagir com emoção em relação a Reinado como (se fosse) um herói, mas que em contrapartida cooperasse com a operação militar.

NOTA DE RODAPÉ:

Para não reagirem como se Reinado fosse um herói? Só é herói na cabeça de Xanana e na cabeça de mais meia-dúzia de lunáticos...

Camberra desaconselha australianos a visitar o país

Lisboa, 27 Fev (Lusa) - O governo australiano desaconselhou hoje os seus cidadãos a deslocarem-se a Timor-Leste dado a existência de uma situação de segurança "volátil" e ao risco de confrontos "violentos".

A recomendação está contida num relatório do Ministério dos Negócios Estrangeiros australiano, que alerta que aquelas duas premissas são extensivas a todo o território timorense e não apenas a Díli, a capital.

No documento, a que a Agência Lusa teve acesso, o governo da Austrália adverte que a situação de insegurança "pode deteriorar-se rapidamente", adiantando que há um aumento de hostilidade em relação aos cidadãos e aos interesses australianos em Timor-Leste.

"(Se tiverem de ir a Timor-Leste) terão de ser extremamente cuidadosos. Os australianos que se encontrem actualmente em Timor-Leste e que estejam preocupados com a sua segurança devem considerar a possibilidade de deixar o país se for seguro fazê-lo", lê-se no documento.
Camberra lembrou que quarta-feira vão decorrer em Díli os funerais de dois timorenses vítimas dos confrontos com militares australianos, o que poderá levar a manifestações e desencadear acções violentas direccionadas para interesses da Austrália no país, incluindo a própria embaixada na capital timorense.

"Os australianos devem ser extremamente cuidadosos e devem evitar o cortejo fúnebre e, se decidirem permanecer em Timor-Leste devem evitar também qualquer saída desnecessária, em particular á noite", acrescenta-se no documento.

O alerta australiano surge na sequência do aumento da tensão e instabilidade social e militar em Timor-Leste, onde se têm registado vários incidentes com grupos armados, actos de violência e de vandalismo e assaltos à mão armada.

A situação agravou-se na sequência do ataque perpetrado pelo major Alfredo Reinado, antigo comandante da Polícia Militar timorense, a três postos da polícia junto à fronteira com a Indonésia, o que levou segunda-feira o presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, a ordenar a captura e prisão do oficial rebelado.

Hoje, soldados australianos cercaram, na cidade de Same, elementos suspeitas de pertencerem ao grupo do major Reinado, entre os quais estará o próprio militar revoltoso.

JSD-Lusa/Fim

Ramos-Horta pede ajuda a Bambang para capturar major Reinado

Lisboa, 27 Fev (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste pediu domingo ao presidente da Indonésia para ajudar a capturar o major Alfredo Reinado e os seus homens, revela na sua edição de hoje o diário indonésio Jakarta Post.

Segundo aquele diário, José Ramos-Horta pediu também a Susilo Bambang Yudhoyono que, no caso de o major ser capturado em território indonésio, nomeadamente na parte ocidental da ilha, seja entregue às autoridades timorenses.

Citando Dino Patti Djalal, porta-voz da Presidência indonésia, o Jakarta Post indicou que as autoridades locais decidiram encerrar a fronteira com Timor-Leste, mas só depois de um pedido nesse sentido feito por Díli.

A rápida resposta da presidência indonésia foi, segundo o Jakarta Post, "muito bem aceite" pelas autoridades timorenses, que, porém, sublinharam a necessidade de Bambang "ir mais longe" nas suas medidas, entre elas o reforço militar da fronteira entre os dois países.

"Para demonstrar o empenho sério da Indonésia na ajuda ao desenvolvimento do jovem país, o Exército indonésio deve tornar pública uma declaração de que (as autoridades de Jacarta) não vão permitir a entrada no país de fugitivos vindos de Timor-Leste e que vão colaborar totalmente (com Díli) na captura do militar dissidente", escreve o jornal.

Segundo o Jakarta Post, o pedido de Ramos-Horta é "muito natural", dado que os militares rebeldes poderão atravessar a fronteira com a Indonésia.

Frequentemente, cidadãos de Timor-Leste tentam atravessar a fronteira "pelas mais variadas razões", entre elas a procura de alimentos e o evitar retaliações.

"O pedido do primeiro-ministro Ramos-Horta tem subjacente uma mensagem mais séria, sobretudo ao Exército (indonésio). Não é impossível que elementos do próprio Exército, incapazes de aceitar o embaraçosa derrota indonésia na votação que garantiu a independência timorense, em 1999, queiram ainda dar uma lição ao governo de Timor-Leste", escreve o jornal.

"Se os rebeldes atravessaram a fronteira, poderão ser usados para criar problemas ao governo de Ramos-Horta pelos que ainda têm rancor a Timor-Leste", acrescenta o Jakarta Post.

Alfredo Reinado liderou uma sangrenta rebelião em Abril de 2006, após ter retirado ao Exército timorense 600 dos 1.400 efectivos das Forças Armadas.

O incidente desencadeou uma segunda onda de refugiados, após a de 1999, quando soldados indonésios e milícias timorenses "incendiaram" o país após a maioria da população local ter votado pela independência.

O jornal adianta, porém, que é também do "interesse" da Indonésia que Timor-Leste recupere a ordem e segurança.

"A este respeito, ao ajudar Ramos-Horta a capturar Reinado, Bambang estará a cumprir a parte indonésia de todo o processo. Mas, ao mesmo tempo, terá de assegurar que o esforço não seja interpretado como uma tentativa para interferir nos assuntos internos de Timor- Leste", conclui o Jakarta Post.

JSD-Lusa/Fim

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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