quarta-feira, fevereiro 28, 2007

O favorito... da imprensa australiana.

(Tradução da Margarida)

Ramos-Horta visto como o favorito nas eleições presidenciais de Timor-Leste
Nelson Da Cruz

Dili, Fevereiro26 (AFP) – O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta, um laureado do Nobel popular em casa e festejado no estrangeiro, foi visto na Segunda-feira como o favorito para ganhar as eleições presidenciais de Abril depois de ter declarado que se candidata.

Muitos Timorenses pensam que nenhum dos outros candidatos às eleições podem rivalizar com a posição doméstica de Ramos-Horta ou a sua estatura internacional.

Escolheu fazer o seu anúncio no Domingo em Laga, uma região muito pobre do leste, em vez da capital, Dili, em linha com a sua abordagem populista.

Antonio Ximenes, um deputado do Partido da União Democrata-Cristãa, disse que o papel de Ramos-Horta na luta de Timor-Leste pela liberdade e o seu perfil internacional dão-lhe uma margem sobre os rivais.

"Todos os candidatos têm uma possibilidade de ganhar, mas Ramos-Horta tem as suas vantagens como vencedor do Nobel da Paz e uma figura da luta nacional durante 24 anos. Também é conhecido internacionalmente," disse Ximenes.

Acrescentou que pessoalmente quer que o primeiro-ministro se torne presidente.

O primeiro-ministro partilhou o Nobel da Paz de 1996 com Carlos Felipe Ximenes Belo pelos esforços para levar a paz ao empobrecido Timor-Leste.

A vizinha Indonésia tinha ocupado o país de 1975 a 1999 e foi acusada de causar conflito através da opressão.

Ramos-Horta tem 57 anos, durante anos foi o porta-voz exilado do movimento de resistência Timorense, é um poliglota elegante que prefere a sombra das cinco horas e usa laços.

O antigo jornalista passou 24 anos no exílio, incluindo uma década em Nova Iorque onde descobriu uma paixão por cinema e jazz tradicional mas onde também se familiarizou com o trabalho da ONU.

Regressou a casa depois de Timor-Leste ter ganho a independência.

Disse durante o anúncio da sua candidatura que tinha dedicado toda a sua vida a Timor-Leste.

"Os Timorenses e a comunidade internacional conhecem-me e eu conheço muito bem a minha amada terra, de um lado a outro," disse.

O partido no poder, a Fretilin, disse na semana passada que o seu candidate será o Presidente do Parlamento, Francisco Guterres Lu-Olo, mas mesmo o deputado da Fretilin Faustino da Costa concedeu que Ramos-Horta podia ganhar. (Lu'Olo, o candidato da FRETILIN que anunciou a sua candidatura ANTES de Ramos-Horta)

Ramos-Horta é membro fundador da Fretilin mas deixou-a em 1988.

Mariano Soares, um jovem desempregado em Dili, disse que o laureado do Nobel era um candidato forte. "Comparado aos outros Ramos-Horta é com certeza superior. É uma figura pública, uma figura internacional, um democrata que tem dentro dele o espírito do desenvolvimento," disse Soares.

A candidatura de Ramos-Horta foi apoiada pela United Democratic National Struggle for Timor-Leste, um pequeno partido liderado por Cornelio Gama, que é um antigo comandante do braço armado da Fretilin.

O próprio primeiro-ministro apareceu confiante no Domingo, mas insistiu que nunca procurou posições de poder. "Ultimamente foi-me pedido por todos os níveis da sociedade para apresentar a minha candidatura para as próximas eleições presidenciais," disse no discurso.

No ano passado Ramos-Horta tornou-se primeiro-ministro, substituindo Mari Alkatiri, que resignou em Junho de 2006 depois de pressão pública no início do desassossego alasstrado no país em Abril e Maio.

Disse que ocupou o cargo somente porque Timor-Leste estava "numas crise e as nossas instituições estavam em vias de se desintegrarem e o nosso povo estava a sofrer."

Ramos-Horta não elaborou sobre a plataforma da sua campanha mas disse que um presidente deve ser um mediador encorajando o diálogo e a harmonia.

O presidente cessante de Timor-Leste, Xanana Gusmão, mantém-se popular mas decidiu não se recandidatar para passar mais tempo com a sua família e dar a outros a oportunidade de se tornarem presidente.

Outros candidatos das eleições de 9 de Abril até agora incluem o deputado do Kota Manuael Tilman e a advogada Lúcia Lobato pelo Partido Social-Democrata.

Francisco Xavier do Amaral, da Associação Social Democrata Timorense e Avelino Coelho, do Partido Socialista de Timor, também disseram que concorrem.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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