quarta-feira, fevereiro 28, 2007

João Carrascalão e Francisco Xavier do Amaral candidatos a PR

Díli, 28 Fev (Lusa) - João Carrascalão, da União Democrática Timorense (UDT), e Francisco Xavier do Amaral, da Associação Social-Democrata Timorense, a presentaram hoje oficialmente as suas candidaturas às eleições presidenciais de 09 de Abril em Timor-Leste.

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Carrascalão e Xavier do Amaral candidatos a PR

João Carrascalão, da União Democrática Timorense (UDT), e Francisco Xavier do Amaral, da Associação Social-Democrata Timorense, apresentaram hoje oficialmente as suas candidaturas às eleições presidenciais de 9 de Abril em Timor-Leste.

Sendo ambos presidentes dos respectivos partidos, tanto João Carrascalão como Francisco Xavier do Amaral afirmam candidatar-se como independentes.

Francisco Xavier do Amaral, que apresentou a sua candidatura no suco de Ulmera, distrito de Liquiçá (a cerca de 40 quilómetros de Díli), declarou à Lusa que vai suspender o seu cargo na ASDT.

João Carrascalão continuará na presidência da UDT durante a campanha eleitoral.

Francisco Xavier do Amaral, que completa 70 anos em Dezembro, foi o primeiro chefe de Estado da República Democrática de Timor-Leste, mas exerceu o cargo apenas nove dias antes da invasão indonésia - de 28 de Novembro a 7 de Dezembro de 1975.

«Quero acabar com as lágrimas nas caras das pessoas», explicou à Lusa o decano da política timorense, recordando que «a inspiração vem de quando perguntava aos patrícios timorenses quando é que toda a tragédia ia terminar».

«Vejo que os meus sonhos nesta idade não se realizaram plenamente», acrescentou o líder da ASDT, justificando que se candidata «para criar estabilidade para toda a nação e justiça igual para todos».

A justiça é também um dos pontos importantes no programa de João Carrascalão, que se candidata devido «à crise que o país atravessa há mais de um ano» e ao «sofrimento continuado» do povo timorense.

«Tenho consciência das limitadas funções que a Constituição da República Democrática de Timor-Leste atribui ao mais alto magistrado da nação, mas não tenho dúvidas quanto à contribuição do Presidente na boa condução dos actos governativos», refere o manifesto de João Carrascalão.

Carrascalão realçou o papel da família na sociedade timorense, lembrou a população muito jovem do país e dirigiu uma palavra aos veteranos da luta, «a quem o país deve reconhecimento, consagrado até na Constituição».

«Mas não podemos esquecer-nos que a vitória foi alcançada pela luta de todo o povo», acrescentou João Carrascalão, «uma luta que não acabou, apenas mudou de objectivo».

Na corrida às presidenciais timorenses estão também o actual primeiro-ministro, José Ramos-Horta, o presidente do Parlamento timorense, Francisco Guterres «Lu Olo», apoiado pela Fretilin, principal partido político, a jurista Lúcia Lobato, pelo PSD, o deputado Manuel Tilman, do partido Kota, e Avelino Coelho, do Partido Socialista Timorense (PST).
Diário Digital / Lusa

4 comentários:

Anónimo disse...

Quero saudar as duas últimas candidaturas, de Xavier do Amaral e de João Carrascalão. Assim, o leque de escolha é mais alargado e o povo tem 7 alternativas de bom nível para escolher o próximo Presidente da república. Que ganhe o melhor!

Anónimo disse...

Associo-me as palvras bem democraticas do Senhor H Correia. Que ganhe o melhors desses candidatos!...

Anónimo disse...

Ao João Carrascalão a simpatia pela sua candidatura e boa sorte. Porém, poderia ter ficado em casa e deixado ir outro nome ou simplesmente ter a coragem de apoiar o Lu'olo. Como cunhado de Ramos Horta vai desistir a favor do candidato australiano. "A ver vamos", como dizia o cego!

Anónimo disse...

Agora é que vamos ver quais os candidatos que começam a fazer promessas eleitorais que um Presidente não tem constitucionalmente competências para realizar.

E mais para a frente veremos se alguém desiste em favor de outrém.

Tenho para mim que Ramos Horta vai tentar conquistar algumas desistências em seu favor.

Veremos....

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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