quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Ataques de Reinado visam parar processo eleitoral, acusa Fretilin

Lisboa, 27 Fev (Lusa) - A Fretilin afirmou hoje que os incidentes milit ares provocados pelo major Alfredo Reinado em Timor-Leste visam "espalhar o pâni co" e "parar o processo eleitoral" da votação para as presidenciais, marcada par a 09 de Abril próximo.

Num comunicado, o porta-voz da Fretilin em Sidney, Sahe da Silva, referiu que os assaltos a três esquadras da polícia perpetrados pelo antigo comandante da Polícia Militar timorense constituem "parte de uma orquestração destinada a criar uma atmosfera de instabilidade e terror e parar o processo eleitoral" em curso.

"Quanto mais tempo Reinado e os seus homens permanecerem em liberdade, maior instabilidade e terror vão criar", sustentou, defendendo que se a situação se mantiver, "alguns opositores da Fretilin vão usá-la como desculpa para argumentar que as eleições devem ser adiadas".

"Os nossos opositores estão preocupados com o facto de termos o apoio d e maior parte da população", acrescentou.

Sahe da Silva salientou, por outro lado, que as Nações Unidas e as forças australianas presentes no território, "como garantes da segurança" no país, devem dar a "protecção adequada" aos líderes e activistas da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin).

Para o porta-voz, as vidas dos dirigentes da Fretilin estão agora "seriamente ameaçadas por Reinado e o seu grupo".

Em Agosto último, afirmou Sahe da Silva, o antigo comandante da Polícia Militar timorense liderou uma rebelião em Díli e, "apesar do estatuto de fugitivo", tem mantido contactos desde então com as forças australianas.

"Esta charada já foi longe demais e Reinado deve ser capturado e levado à Justiça", concluiu.
Hoje, soldados australianos das Forças de Estabilização Internacionais cercaram na cidade de Same elementos suspeitos de pertencerem ao grupo do major Reinado, entre os quais estará o próprio militar revoltoso.

JSD-Lusa/Fim

8 comentários:

Anónimo disse...

O ESTUPOR...

Desde Maio de 2006 que Timor-Leste está em estado de guerra permanente.
E o pior ainda pode estar para vir, quando a campanha eleitoral tiver início. Já
foi revelado que a acusação contra Mari Alkatiri não produziu efeito, por falta de
provas. O major Reinado, que recebeu treino na Austrália (país onde tem mulher
e filhos), causou a morte de polícias e militares, e depois fugiu para as terras altas
de Timor, instalou-se na Pousada de Maubisse, e acabou por nunca se entregar,
nem ele nem os seus seguidores. E foi a mulher de Xanana que, a pedido deste,
mandou pagar a factura da estadia de Reinado em Dili e em Maubisse. Desafiou
as tropas australianas, e agora assaltou uma esquadra e mais uma vez fugiu com
armas e munições... Até Xanana Gusmão acha que Reinado "passou dos limites".
O comandante das tropas aussies, que têm um comando independente das forças
da ONU, já não é o brigadeiro Mick Slater. O actual comandante, brigadeiro Rerden,
já declarou que não vai descansar enquanto o rebelde Reinado não se entregar.
E Reinado está disposto a matar, antes que seja morto... Desafiou mesmo as
tropas aussies a irem prende-lo... É uma tragédia para Timor. Tem um governo
que não governa e um presidente que pactuou com o chefe dos rebeldes...
http://abrangente.blogspot.com/

Anónimo disse...

Para amigo Sahe da Silva.
Voce mencionou que os opositores da Fretilin estao preocupados pelo facto de este partido gozar o apoio de maior parte da populacao. E em seguida insiste que as forcas de seguranca Internacional deverm prestar proteccao adequada aos lideres e activistas da Fretilin. Nao acha ser uma ironia? Se goza de maioria nada tem que temer. Se os outros sao minoria nem atreveriam obstruir os passos da Fretilin. Por favor seja honesto e acaba la com lutas palacianas.

Lehi

Anónimo disse...

Good on you lehi....foi boa.

Anónimo disse...

Lehi, Quarta-feira, Fevereiro 28, 2007 10:00:00 AM


Mehi,

FRETILIN tem pouco a ganhar desta crise, é os partidos menores que têm muito a ganhar. FRETILIN demonstrou que tem o apoio com a sua comicios que que foram organisado recentemente em Baucau, Ermera e Oe-Cussi. Eu não vi nenhuma mostra da apoio igual do qualquer um a outra organização ou indivíduo.

Alfredo e outros grupos do anti-FRETILIN carregam armas e continua ameaçam na segurança de Timor-Leste, sabemos porque as eleicoes e ja perto.

Não era FRETILIN que invadiu posto das polícias em Maliana ou em Suai mas foi Alfredo e seu bando de criminosos. FRETILIN acredita em povo e nao armas. FRETILIN acredita em nosso trabalho e nao fabricacoes de buatos e accusasoes sem fundamentos.

FRETILIN acredita em Timor Leste, é promove a tolerância e a disciplina de seus sympatiantes e militantes para nao responder para os provocacoes dos partido minoritarios. Os partidos "menores" mostraram que são capazes somente de organizar demonstrações completamente dos constuido homens e jovems que vieram a Dili forçar a renúncia de um legitimo Primeiro Ministro e alguns desses fizeram parte na queimadura das casas e varias provocasoes em Dili.

So precisa olhar os comcios da FRETILIN que são genuínos. Precisa tambem de deconstruir os resultados das eleições em 2001 e de eleições e locais de 2005 e ver quem tem o verdadeiro apoio de nosso povo.

Sahe foi bem esclarecido, continua.

T2

Anónimo disse...

Prezada Margarida,
Uma coisa parece certa: treinar as tropas timorenses na Austrália é de uma ingenuidade franciscana.
Vale comentar que o golpe militar no Brasil, em 64, teve a participação de militares treinados em academias norte-americanas. Não cometam o mesmo erro!
Alfredo
Brasil

Anónimo disse...

Alfredo, o texto não é meu mas de um blog de Portugal, que se chama o Abrangente. Eu tenho o cuidado de ir pondo por aqui o que vou encontrando nos media ou nos blogs mas deixo sempre a fonte no fim para poderem confirmar.

Quanto ao treino das tropas timorenses na Austrália (e noutros países) não se esqueça que TL tem condicionalismos por via do seu referendo para a independência ter tido o patrocínio da ONU, por isso mesmo eu estou sempre desejando que as coisas acalmem por lá para que todos, incluindo a ONU possam fechar as lojas e deixarem os timorenses a governarem-se a si próprios sem constrangimentos de quem quer que seja, ONU inclusive.

Anónimo disse...

Sahe,parece-me que estas na Australia. Nao sabes que a pessoa a quem estas dirigindo e tambem da Fretilin e sabe de antemao o que e que passa. Nao ouviste os tetemunhas dizerem que receberam armas do Rogerio? ja que querem esquivar de Railos, temos ainda o Antonio 55. Era crise aquela situacao para distribuir armas aos civis? Entao ja nao confia na F-FDTL e Policia? Veja a chantagem politica que voces fizeram durante o Congresso da Fretilin do ano passado? Vejam os comicios politicos de Mari que so a Fretilin garante o sossego e inssossego? Va-la nao venham com ideoligias tiranas que o contexto de Timor-Leste e bem diferente. Sou da Fretilin e bem senti nos anos de 80 que a Fretilin estava ja a afundar se outras forcas nao forem buscadas para o salvar. A gente da Fretilin genuino aceita. So voces que nao tem raizes mas ambiciosos querem adulterar a Fretilin pois bem esperam que os profits do Timor Gap vai levar-vos a viajar por todo o mundo, ter mais mulheres, mais carros, mais casas emfim o Poder. Mas isto nao vai acontecer em Timor-Leste.

Lehi

Anónimo disse...

Waauuuuuuu......... Foi mesmo boa, Lehi.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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