quarta-feira, janeiro 30, 2008

JUÍZES PORTUGUESES NÃO TAPAM OLHO A ILEGALIDADES

TIMOR LOROSAE NAÇÃO

Quarta-feira, 30 de Janeiro de 2008

HORTA PRECISA DE JUÍZES BRASILEIROS EM TIMOR

Jaime Silva Pinto

É sabido que Ramos Horta está de visita pelo Brasil e por cá irá ficar para o Carnaval que não tarda, seria impossível a Horta e comitiva resistirem ao cheiro do fórró do Rio. O Brasil está fedendo a ele, ao Carnaval.

No ínterim do samba não samba, os dignitários timorenses vão aprontado os pormenores da cooperação a dispensar por este grande país que, agora, “fala a mesma língua”.

Agora Horta se dá por isso: afinal falamos português, ôba! Como é bom falar português!

Este Nobel é mesmo tiro e queda, é mesmo só para o que interessa, para brasileiro se sensibilizar, bajula na falsa.

Mas apesar da irmandade, que é efectiva, Horta não se cansa de soltar por todo o lado o que lhe esquenta a cabeça: Ivo Rosa Cruz. O juiz português deve fazer parte das estimadas frustrações do Nobel Ramos Horta, senão ele não reagiria como o fez em entrevista que consta aqui no TLN e que a Folha de S. Paulo ontem publicou.

Em realístico exercício de dolorosa frustração Ramos Horta teve de soltar a frustração de não conseguir estatuizar o juiz Rosa, português que quer fazer valer a Constituição timorense relativamente à separação de poderes e ao apuramento de todas as eventuais acções ilegais que possam envolver militares e políticos timorenses, como os casos do ex-comandante da Polícia Militar, Alfredo Reinado, e o actual primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

Segundo por aqui ronda em fofoca, sobre o Nobel Horta, ele despreza mais esse juiz que jacaré saído de sanita, tendo feito questão de o sublinhar na entrevista à Folha. Esse juiz é o seu inimigo de estimação, figadal.

Bem revela o presidente timorense o seu temor e dará graças pelo término do contrato do juiz em terras timorenses.

“Adeus, um queijo da serra e… não voltes mais!”, dirá Horta a Ivo Rosa no aeroporto Nicolau Lobato, em Díli, na hora da abalada.

Sem coragem para pormenorizar foi dizendo com esgar de desprezo que "Os juristas vindos do Brasil entendem as nossas dificuldades e não têm a arrogância de peritos de outras nacionalidades."

Pô, porque não fulanizou? Assim até parece que tudo que quer seguir a lei é português e isso em Timor-Leste não é desejável!

Depois ainda sobra o pormenor de indiciar que juiz brasileiro é comprável e se subjuga às vontades políticas. Que fica de perna aberta à palavra do presidente da República.

Olha que não é bem assim não, senhor Ramos Horta. Ele há juiz brasileiro que não perdoa se há político que tropeça nele. Certeza é que tem pela frente queda certa.

Veja bem, senhor presidente de Timor, não é troca, sai o mesmo. Depois, a falta de cuca do político sobressaiu e há juiz que disso não gosta.

O que disse foi que juiz brasileiro não se interessa por Constituição do país, nem separação de poderes, nem de decidir contra lei "... porque entendem dificuldades" dos militares e políticos que eventualmente possam ter cometido ilegalidades.

Essa é infâmia para os juízes brasileiros.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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