De um leitor:
Acredito que o nosso Presidente teve a boa vontade de promover a unidade da sua nação. E foi muito cauteloso no princípio com a decisão do governo de despedir 591 soldados das F/FDTL conhecidos então como peticionários. O governo discordou da opinião do Presidente nessa questão.
Veio uma delegação de peticionários para ter um diálogo com o governo e apresentar as suas reivindicações ao governo mas o governo aparentemente ignorou-os. O governo estava provavelmente a pensar que o despedimento de 591 soldados era um caso simples que não levaria a nenhuma crise política. Estivesse o governo consciente ou não, o certo é que a sua decisão impensada desencadeou desassossego e anarquia, etc. nesta pequena nação.
Não devemos pôr as culpas no discurso como a causa do queimar de casas etc. neste país nem se deve pôr as culpas nele por não cumprir com as suas responsabilidades. Devemos ser justos e ver quem está na raiz de todos os problemas que agora ocorrem no país? Um deles tem sido obviamente alegado e enfrenta o tribunal para uma audição primária – quem será o próximo? É o próximo cavalheiro suficiente para ser responsável por alguma das alegações contra ele? Pense em si e evite culpar outros.
Comentário:
Concordamos plenamente que o governo não lidou como devia com os problemas suscitados pelos peticionários.
Devia ter ouvido e resolvido os problemas a tempo. E mesmo quando chegou a uma situação de ruptura devia ter sido instaurado um processo disciplinara a cada um deles, onde se pudessem defender.
Mas continuamos convictos da manipulação deste movimento para outros fins. O de dar início a um golpe de estado com o objectivo de afastar politicamente de forma definitiva Mari Alkatiri.
sexta-feira, julho 07, 2006
Sobre os peticionários - Tradução da Margarida
Por Malai Azul 2 à(s) 19:23
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
5 comentários:
A história passou-se exactamente ao contrário do que diz este leitor:
1 – Quando surgiram as primeiras queixas, os soldados apresentaram-nas ao PR – ultrapassando a sua hierarquia – o PR enredou-se em conversas e reuniões com eles, e quando entendeu, remeteu a resolução para a hierarquia militar.
2 – A hierarquia militar tentou dialogar, convocou os queixosos para reuniões, estes exigeiram uma comissão, arranjou-se uma comissão que tentou dialogar com eles individualmente, um a um, mas recusaram, não compareceram a uma única reunião e acabaram por sair dos quartéis, desertando.
3 – Dois meses depois de terem desertado e perante a impossibilidade da comissão apurar fosse o que fosse (por falta de comparência dos queixosos) a hierarquia militar decidiu com base nos regulamentos e com a pena mínima: aceitar a situação consumada, isto é o auto-despedimento dos próprios, sem qualquer outra punição.
4 – Perante a decisão legítima da hierarquia militar, o PR apressou-se a criticar publicamente essa decisão da hierarquia militar, e atribuiu as responsabilidades da decisão ao governo em geral e ao PM em particular. O PM, responsavelmente, endossou a decisão da hierarquia militar, entendeu – e bem – que apesar dos queixosos terem saído, se devia mesmo assim investigar as queixas e nomeou outra comissão de notáveis (com representantes dos quatro órgãos de soberania, Igreja e sociedade civil), decisão esta que os “peticionários” aceitaram em teoria, mas que boicotaram na prática, pois que, deram de imediato início a manifestações públicas onde a reclamação não era a satisfação das suas queixas contra alegadas “discriminações”, mas sim a demissão do PM.
O resto da história, já conhecemos. Depois da divisão nas forças armadas, com a subsequente desestabilização, foi a divisão na força policial, e tiroteios contra forças armadas e policiais, e depois, violência nas ruas, queima de casas, entrada das tropas australianas e acantonamento das forças armadas fiéis ao governo (e de lá impedidas de sair), nova vaga de mais violência, agora também de edifícios públicos e sedes da Fretilin (com os australianos a assistirem e a permitirem), etc.
Ao ponto 1 da dona margarida pode ler-se o que obviamente pensa do assunto bem como pintar a movimentação cronológica dos envolventes, mas terá de admitir que o seu Comando Supremo é exactamente o PR. A quem achava melhor apresentar tais questões? Então no quadro do que o aparelho de Estado estava a desenvolver era engraçado apresentar "queixa" contra os que estavam a tomar a posição de descriminação das quais se queixavam! Faz-me lembrar o mesmo comportamento quando, agora, ficaram todos contentes por não ter sido, em prazo legal, apresentada queixa em tribunal contra o processo usado no Congresso da Fretilin em relação ao método de votação...
O ponto 2 parece mais uma sequência de "enrolamento" para que tudo se mantivesse na alçada dum já de si processo de silenciamento. E por falar em Comissões (ou comichões), já deliberou a Comissão sobre os crimes cometidos pela Fretilin em outros tempos?
O ponto 3 é deveras a posição tomada. Eis aqui a decisão legal. E isso resolveu também a crise? Como se vê, deu no que deu.
No ponto 4 sobre a injustiça da decisão parece mais que evidente. Não é porque um órgão decida A, B ou C que lhe assista ser essa a decisão mais correcta. Como se viu não a foi. Não se poderia apontar politicamente culpas à oposição mas sim ao Governo, muito menos ao PR... e mais uma vez se assistiu à criação de outra Comissão, agora de Notáveis... os peticionários passaram ao método das manifs... que chatice! Que fez então o Governo? Usou o aparelho militar sem conhecimento do PR em espaço da responsabilidade da PNTL... deu no que deu.
O resto como bem diz, todos sabem o que aconteceu...
E o que se viu durante esse processo foi que de facto a Fretilin tudo fará para desestabilizar o país. Nunca ouvi dizer que o Governo estaria a tentar ou de facto a desenvolver contactos com todos aqueles que se colocaram em posição oposta à sua tomada de posição.
Pelo contrário aquilo que se sabe e tão criticado aqui, ali e além é que o sr. PR dialoga com todos inclusivé com os peticionários, com os rebeldes, com os desertores, com os actores, com os manifestantes pró e contra e o acusam disso mesmo como se de um criminoso fosse. Ele sempre foi assim. Dialogar, dialogar mesmo que fosse com o inimigo.
Não há nada a aprender?
E mais nada!! foi mesmo isso que aconteceu. As resposabilidades devem ser sempre de quem governa! louvor quando governa bem e critica quando governa mal. PONTO FINAL!
Daily Media Review
Thursday, 09 February 2006
National Media Reports
402 F-FDTL launch protest
On Wednesday, 402 F-FDTL members including those from the Naval, First and Second Battalions and Headquarters who consider themselves as a distinct ethnic group from the West of Timor-Leste, protested at the Presidential Palace in Caicoli. The group directed their protest at the President as the Supreme Commander of the F-FDTL in regard to declarations by some Commanders that it was those from the East of Timor-Leste who were primarily involved in the war. They also launched an angry protest against what they claim to be discrimination within the F-FDTL related to promotions granted exclusively to those from the East.
President Xanana responded by saying that as the Supreme Commander, he has an interest in resolving the conflict but that he is unhappy that the soldiers left their barracks to protest. When meeting with the protesters, the President requested that return to their barracks and allow the internal F-FDTL Commission to investigate the allegations. The soldiers refused to return however, saying that some of the Commanders had threatened that if they participated in the protest, they would be considered enemies. They suggested that they all remain for the time being at the HQ in Tasi Tolu, so that the investigators could speak to them there as a group. They anticipated that they would experience problems with their colleagues if they were to return to their respective offices.
The situation became heated when President Xanana, unable to convince the soldiers to return, left them to return to his office. The President stated that he would have preferred if the soldiers had just presented a petition, and not left their barracks, as this action will not help to resolve the problem. (TP, STL)
Regional Media Reports
East Timor: President gives army protesters ultimatum to return to barracks
Dili, Feb. 8 (Lusa) - President Xanana Gusmão gave hundreds of protesting AWOL East Timorese soldiers an ultimatum Wednesday to return to their barracks or face expulsion from the army.
After meeting with the group of about 400 soldiers for a second consecutive time at the Presidential Palace Wednesday night, Gusmão promised an inquiry into their demands and no reprisal for their action if they returned to their barracks by Thursday morning.
The group of unarmed troops gathered at the Cinzas Palace in Dili early Wednesday to demand the replacement of the Commander of 1 Battalion based in Baucau, Colonel Falur.
"You erred in abandoning your barracks. "If you return (to barracks), you will again be officers, sergeants and soldiers", Gusmão told the assembled protesters, warning that if they disobeyed they would "cease being military".
He promised the soldiers they would face no reprisals and that an inquiry would be opened into their grievances.
Police and army trucks lined up near the Presidential Palace to take protesters back to barracks over night if they so chose.
In comments to Lusa and Portugal's RTP television after his meeting with the military protesters, Gusmão said he did "not know" whether they would follow his advice.
"It depends on them, I showed them the way", the President said. (LUSA)
http://www.unotil.org/UNMISETWebSite.nsf/cce478c23e97627349256f0a003ee127/588584301a1352ba49257110003a98d6?OpenDocument
PS: Anónimos das 7:55:04 PM e 9:06:26 PM: então leiam s.f.f. estas notícias que estão no site da UNOTIL de 9 de Fevereira para ver se metem na cabeça quem é que desestabilizou desde o princípio, quem é que os apoiou na desestabilização e até quem é que lhes mostou o caminho para continuarem a desestabilização, e quem é que vai continuar a desestabilizar.
Pare de ser idiota margarida! o PR dizia com muita razao que preferia uma peticao a uma desercao em massa.
Mas sera que a margarida preferia o contrario? Uma desercao em massa e depois a peticao e depois a crise, as mortes, os deslocados, etc,etc. Ou seja, exactamenbe aquilo que aconteceu.
Mas ate nessa afirmacao o PR desmente essa vossa conspiracao do golpe de estado. Nao e? Porque se o PR estivesse mesmo atras de um golpe de estado teria mesmo os convencido a desertar como eles fizeram para que as coisas acontecessem da forma como aconteceram. Elementar meu caro watson!? Hahahaa...
Afinal quem e esta constantemente a trocar de historia? Mas compreendo que tenha perdido o fio a meada e esteja confusa porque e isso mesmo que acontece quando se tece tantas mentiras. Passado uns tempos acabam por tropecar nelas. "as mentiras tem pernas curtas". Assim nao vao muito longe!
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