Díli, 06 Jun (Lusa) - Os militares rebeldes timorenses que ainda se encontram nas montanhas vão concentrar-se num único grupo, ficando mais perto de Díli, disse hoje à Lusa fonte da Presidência da República.
Os militares em questão são os majores Alfredo Reinado, que lidera o grupo, e os majores Marcos Tilman e Alves Tara, acompanhados dos seus homens, cujo número não foi determinado à Lusa.
O anúncio da decisão foi feito quarta-feira pelo major Alfredo Reinado durante um encontro que este militar manteve com o Presidente da República, Xana na Gusmão, no Palácio das Cinzas, sede da Presidência da República, em Díli.
Aqueles militares abandonaram a cadeia de comando das forças armadas timorenses no início de Maio, em protesto contra a decisão do então primeiro-minis tro Mari Alkatiri de utilizar efectivos militares em substituição da polícia par a manter a ordem pública.
O grupo vai ficar concentrado em Laulara, a cerca de 25 quilómetros da capital timorense, e o acantonamento visa preparar o reingresso daqueles oficiais nas forças armadas timorenses, no quadro da política de reconciliação encetada pelo Presidente Xanana Gusmão e pelo ministro da Defesa, José Ramos Horta.
O major Alfredo Reinado, que se mantinha nas últimas semanas em Maubisse, 60 quilómetros a sul de Díli, iniciou a 16 de Junho o processo de devolução d e armas, patrocinado por Xanana Gusmão, sob controlo de militares australianos.
O major Alves Tara, que organizou as manifestações contra Mari Alkatiri , a favor da demissão do governo e da dissolução do Parlamento, e o major Marcos Tilman também entregaram as suas armas, quarta-feira passada.
Mari Alkatiri demitiu-se do cargo de primeiro-ministro a 26 de Junho, t endo sido substituído na coordenação do governo pelo ministro dos Negócios Estra ngeiros e da Defesa, José Ramos Horta.
Tanto o major Tara como o major Tilman têm-se mantido no distrito de Ermera, também a sul de Díli.
A crise político-militar iniciou-se em finais de Abril, depois de uma i ntervenção das forças armadas durante uma manifestação em Díli de cerca de 600 e x-militares (cerca de 40 por cento do total de efectivos do exército timorense), que foram despedidos na sequência de denúncias sobre alegadas discriminações ét nicas por parte dos seus superiores.
Dias depois, o major Reinado, que comandava a Polícia Militar, e outros oficiais abandonaram a cadeia de comando alegando que a intervenção após a mani festação dos ex-militares se saldara em cerca de 60 mortos, em vez dos cinco mor tos adiantados pelo governo.
Nas semanas seguintes, grupos armados envolveram-se em confrontos em Dí li e nos arredores da capital timorense, numa onda de violência que provocou mai s de 30 mortos e 150 mil deslocados.
Militares e polícias da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, n um total de cerca de 2.200 efectivos, começaram a chegar no passado dia 25 de Ma io a Timor-Leste, correspondendo a um pedido das autoridades timorenses para aju darem a restabelecer a lei e ordem públicas, face à desintegração da Polícia Nac ional e às divisões no seio das forças armadas.
EL.
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sexta-feira, julho 07, 2006
Militares rebeldes vão concentrar-se mais perto de Díli
Por Malai Azul 2 à(s) 01:12
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
4 comentários:
CHEFE DE ESTADO ????
Xanana Gusmão continua a violar as suas obrigações
É demasiado grave que:
1. O Presidente da República receba um desertor do exército nacional do qual é o Comandante Supremo.
2. O Presidente da República não receba o partido maioritário e dê preferência nos seus agendamentos a infractores da lei.
3.O Presidente da República fale em "política de reconciliação" com desertores do exército nacional como se de elementos de um país invasor se tratassem.
4.O Presidente da República, na qualidade de Comandante Supremo das Forças Armadas, não tenha mandado instaurar inquérito aos militares desertores e apuramento do facto de o terem desertado armados.
5. O Presidente da República ainda não tenha estabelecido qualquer contacto com o General Matan Ruak.
6. O Presidente da República ou fontes do seu gabinete admitam a liderança de militares desertores quando informam a imprensa que se vão concentrar num único grupo perto da capital.
7.O Presidente da República viole ele próprio as medidas de emergência que decretou.
Já agora Malai Azul e se disponibilizasses a lei que regula o funcionamento das FDTL.
Será que na lei está prevista a reintegração de militares desertores?
Será que na lei está prevista a "reconciliação" com quem infringiu os regulamentos militares?
Ou mais uma vez a lei em Timor é a opinião de Xanana Gusmão e Ramos Horta?!
In Laulere. Why not leave them at Aileu, Laulere is strategically located, it will only continue to create a climate of fear in Dili.
How and when will the PR resolve the Internally Displaced People (refugees) problem and return them home?
Xanana terá agora vizinhos novos, os rebeles está movendo-se em Laulara. Isto é melhor para Xanana porque agora não precisas de contatar Alfredo, Tara, Tilman e Salsinha pelo telefone móvel. Pode ter o jantar com eles as noites como convidados. Muinto conveniente não e.
Não necessitar ser um genio para agora saber o relasão entre Xanana e rebeles desde principio de crisis. Não necessitar ser um genio para saber o relasão entre os Rebeles e manifestantes anti-Alkatiri sobre o violensia, queimadura no dili, e instabilidade em Dili.
Os caras feias! Tudo e mais vai ser monstrando em tempo.
Não esqueces há muitos pessoas ainda acampada em Dili como "refugiados no seu pais proprio".
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