sexta-feira, março 14, 2008

Timor suspect urged to give up

Paul Toohey and Mark Dodd- March 14, 2008
The Australian

MARCELO Caetano may be the most worried man in Southeast Asia right now.
As The Australian reported yesterday, Arsenio Ramos Horta revealed that it was Caetano who shot his brother, East Timor President Jose Ramos Horta, during a raid on his villa on February 11.

Arsenio said the President recognised Caetano because he had allowed him to recuperate in his private villa after Caetano had himself been shot in 2006.

A senior East Timorese government source said last night: "Let's remember he's innocent until proven guilty. He's got to have his day in court. He really needs to surrender, come here (to Dili) and explain himself."

Caetano is one of a dwindling band of ex-army petitioners refusing to surrender to Timorese authorities. He is understood to be with rebel leader Lieutenant Gastao Salsinha and 30 other hardcore rebels holed up in the Ermera district, west of Dili.

Over recent days, 350 heavily armed soldiers and 150 national police have been closing in on Salsinha's group. They have orders to kill. Prime Minister Xanana Gusmao has lost patience after the rebels broke several surrender deadlines.

The Weekend Australian reported on Saturday that Salsinha had been ready to surrender at the weekend. But reports yesterday suggested he wanted to wait until Mr Ramos Horta returned to East Timor after recuperating in Australia.

Yesterday, Salsinha and his men had turned off their phones. Government mediators have been desperate to keep lines open lest a battle between government forces and rebels provokes further deadly street violence in Dili.

It is telling to note that the Australian-led International Stabilisation Force is staying well clear of the frontline action in order not to upset East Timorese from the western part of the country, from where the rebels draw much support.

Amaro Suarez da Costa, also known as Susar, has sworn he did not shoot the President. He was standing alongside Caetano - at a distance of 18 or 19m - when Ramos Horta took two bullets.
The Portuguese news agency Lusa last month obtained a preliminary UN report into the attacks, which said that three rebels stayed outside the Ramos Horta compound and did not enter with Major Alfredo Reinado and six other men wearing balaclavas. Reinado was shot dead in the raid.

The men who stayed outside, in the position from where the President was shot, and not wearing balaclavas, were said to be Alferes Francisco, Susar and Caetano. A source who did not wish to be named said Caetano is known as "a good fellow".

"He was shot several times in the chest on the night of April 28, 2006, just as the petitioner crisis started. Ramos Horta took Marcelo to his house to get him better and after Alfredo (Reinado) escaped from jail in August (2006) he went to join Alfredo and stayed with him ever since."

Salsinha - a former junior army officer once implicated in a sandalwood smuggling racket - has admitted he was involved in last month's leadership attack and is one of 18 people for whom arrest warrants were issued.

Arsenio Ramos Horta said it was "unbelievable" to think Caetano, a man who his brother helped, had turned on him.


Tradução:

Pedem a suspeito de Timor que desista

Paul Toohey e Mark Dodd- Março 14, 2008
The Australian

MARCELO Caetano pode ser o homem mais preocupado na Ásia do Sudeste neste momento.

Como noticiou o The Australian ontem, Arsénio Ramos Horta revelou que foi Caetano quem baleou o seu irmão, o Presidente de Timor-Leste José Ramos Horta, durante um assalto na sua residência em 11 de Fevereiro.

Arsénio disse que o Presidente reconheceu Caetano porque tinha autorizado que ele recuperasse na sua casa particular depois do próprio Caetano ter sido baleado em 2006.

Uma fonte de topo do governo Timorense disse ontem à noite: "Há que lembrar que ele é inocente até ser provado culpado. Ele tem que ser julgado no tribunal. Ele precisa realmente de se render, vir para cá (para Dili) e explicar-se."

Caetano é um dos do bando em vias de diminuição dos ex-peticionários das forças armadas que se recusam entregar às autoridades Timorenses. Sabe-se que está com o líder amotinado Tenente Gastão Salsinha e trinta outros amotinados da pesada escondidos no distrito de Ermera, a oeste de Dili.

Nos últimos dias, 350 soldados pesadamente armados e 150 polícias nacionais têm estado a fechar o cerco ao grupo de Salsinha. Eles têm ordens para matar. O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão perdeu a paciência depois dos amotinados terem quebrado várias datas limites para se entregarem.

O Weekend Australian noticiou no Sábado que Salsinha tinha estado prestes a render-se no fim-de-semana. Mas notícias de ontem sugerem que ele quis esperar até o Sr Ramos Horta regressar a Timor-Leste depois de recuperar na Austrália.

Ontem, Salsinha e os seus homens desligaram os telefones. Mediadores do governo têm estado desesperados a manter as linhas abertas para que não haja uma batalha entre forças do governo e os amotinados que provoque mais violência mortal bas ruas emDili.

Vale a pena sublinhar que a Força Internacional de Estabilização liderada pelos Australianos está bem longe da fronteira da acção de modo a não preocupar os Timorenses da parte oeste do país, de onde os amotinados recolhem muito apoio.

Amaro Suarez da Costa, também conhecido por Susar, jurou que não baleou o Presidente. Ele estava ao lado de Caetano – numa distância de 18 ou 19 m – quando Ramos Horta recebeu as duas balas.

A agência Portuguesa de notícias Lusa obteve no mês passado um relatório preliminar da ONU sobre os ataques, onde se dizia que três amotinados ficaram no exterior do complexo de Ramos Horta e que não entraram com o Major Alfredo Reinado e seis outros homens encapuçados. Reinado foi morto a tiro no assalto.

Os homens que ficaram no exterior, na posição de onde o Presidente foi baleado, e sem usarem capuchos, diz-se que são Alferes Francisco, Susar e Caetano. Uma fonte que não quis ser identificada disse que Caetano é conhecido como "um bom rapaz".

"Ele foi atingido por vários tiros no peito na noite de 28 de Abril de 2006, exactamente quando começou a crise dos peticionários. Ramos Horta levou Marcelo para a sua casa para o pôr melhor e depois de Alfredo (Reinado) ter escapado da prisão em Agosto (2006) ele foi juntar-se a Alfredo e ficou com ele desde então."

Salsinha – um antigo oficial das forças armadas de baixa patente esteve antes implicado numa fraude de contrabando de madeira de sândalo – admitiu que esteve envolvido no ataque do mês passado à liderança e é uma das 18 pessoas contra quem foram emitidos mandatos de captura.

Arsénio Ramos Horta disse que era "inacreditável" pensar que Caetano, um homem que o seu irmão ajudou, se tinha virado contra ele.

3 comentários:

Anónimo disse...

Arsenio should keep his mounth shut as there is the official media liason from the ET government to do press releases.

Anónimo disse...

Tradução:
Pedem a suspeito de Timor que desista
Paul Toohey e Mark Dodd- Março 14, 2008
The Australian

MARCELO Caetano pode ser o homem mais preocupado na Ásia do Sudeste neste momento.
Como noticiou o The Australian ontem, Arsénio Ramos Horta revelou que foi Caetano quem baleou o seu irmão, o Presidente de Timor-Leste José Ramos Horta, durante um assalto na sua residência em 11 de Fevereiro.

Arsénio disse que o Presidente reconheceu Caetano porque tinha autorizado que ele recuperasse na sua casa particular depois do próprio Caetano ter sido baleado em 2006.

Uma fonte de topo do governo Timorense disse ontem à noite: "Há que lembrar que ele é inocente até ser provado culpado. Ele tem que ser julgado no tribunal. Ele precisa realmente de se render, vir para cá (para Dili) e explicar-se."

Caetano é um dos do bando em vias de diminuição dos ex-peticionários das forças armadas que se recusam entregar às autoridades Timorenses. Sabe-se que está com o líder amotinado Tenente Gastão Salsinha e trinta outros amotinados da pesada escondidos no distrito de Ermera, a oeste de Dili.

Nos últimos dias, 350 soldados pesadamente armados e 150 polícias nacionais têm estado a fechar o cerco ao grupo de Salsinha. Eles têm ordens para matar. O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão perdeu a paciência depois dos amotinados terem quebrado várias datas limites para se entregarem.

O Weekend Australian noticiou no Sábado que Salsinha tinha estado prestes a render-se no fim-de-semana. Mas notícias de ontem sugerem que ele quis esperar até o Sr Ramos Horta regressar a Timor-Leste depois de recuperar na Austrália.

Ontem, Salsinha e os seus homens desligaram os telefones. Mediadores do governo têm estado desesperados a manter as linhas abertas para que não haja uma batalha entre forças do governo e os amotinados que provoque mais violência mortal bas ruas emDili.

Vale a pena sublinhar que a Força Internacional de Estabilização liderada pelos Australianos está bem longe da fronteira da acção de modo a não preocupar os Timorenses da parte oeste do país, de onde os amotinados recolhem muito apoio.

Amaro Suarez da Costa, também conhecido por Susar, jurou que não baleou o Presidente. Ele estava ao lado de Caetano – numa distância de 18 ou 19 m – quando Ramos Horta recebeu as duas balas.
A agência Portuguesa de notícias Lusa obteve no mês passado um relatório preliminar da ONU sobre os ataques, onde se dizia que três amotinados ficaram no exterior do complexo de Ramos Horta e que não entraram com o Major Alfredo Reinado e seis outros homens encapuçados. Reinado foi morto a tiro no assalto.

Os homens que ficaram no exterior, na posição de onde o Presidente foi baleado, e sem usarem capuchos, diz-se que são Alferes Francisco, Susar e Caetano. Uma fonte que não quis ser identificada disse que Caetano é conhecido como "um bom rapaz".

"Ele foi atingido por vários tiros no peito na noite de 28 de Abril de 2006, exactamente quando começou a crise dos peticionários. Ramos Horta levou Marcelo para a sua casa para o pôr melhor e depois de Alfredo (Reinado) ter escapado da prisão em Agosto (2006) ele foi juntar-se a Alfredo e ficou com ele desde então."

Salsinha – um antigo oficial das forças armadas de baixa patente esteve antes implicado numa fraude de contrabando de madeira de sândalo – admitiu que esteve envolvido no ataque do mês passado à liderança e é uma das 18 pessoas contra quem foram emitidos mandatos de captura.

Arsénio Ramos Horta disse que era "inacreditável" pensar que Caetano, um homem que o seu irmão ajudou, se tinha virado contra ele.

Anónimo disse...

Amaro "Suarez" da Costa?

Estamos nas Filipinas ou quê?

Quando é que os jornalistas australianos vão aprender a escrever correctamente os nomes dos timorenses?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.