Tradução:
Penso que deixei claro porque é que na minha opinião, no melhor interesse de Timor, o Primeiro-Ministro não se devia demitir ou mesmo ser forçado a demitir-se em tais circunstâncias.
Insiste que o PM se devia demitir para permitir que uma investigação tivesse lugar de forma normal e na altura devida, no caso de nada se ter apurado das alegações ele devia ser re-instalado. Isto é sem qualquer dúvida, impossível de realizar se não se fizer nenhuma investigação à crise. Esta investigação deve debruçar-se sobre alegações de um golpe, nos porquês de Alfredo ter instigado os confrontos entre os rebeldes e a FFDTL. Assim corria-se o risco de haver um grande atropelo da justiça se o PM se demitisse por causa duma investigação que até agora não tem base.
Se leu a minha declaração anterior, uma razão que eu dei para o PM não sair por causa duma investigação nesta altura, é que as alegações em Timor são bastante duvidosas por natureza, se se considerar que havia alegações de 60 corpos enterrados em Tasi Tolu para a qual não há evidência para sustentar esta acusação.
Se o PM tivesse saído por causa dessa alegação e depois re-instalado e agora teria que sair para mais tarde ser re-instalado se essas alegações provassem ser falsas.
O país enfrenta problemas sérios e precisa da cooperação de todos e se o Presidente insiste na resignação do PM, sem qualquer princípio de autoridade real, a democracia de Timor e a constituição seriam fúteis.
sábado, junho 24, 2006
Obrigado, Margarida.
Por Malai Azul 2 à(s) 17:03
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Lobato implica Alkatiri nas alegações do “esquadrão da morte”
By Anne Barker in Dili and Reuters
O antigo ministro do interir de Timor, Rogerio Lobato, implicou diretamente o Primeiro Ministro Mari Alkatiri nas alegações de que eles tinha recrutado um grupo de milicias civis.
Lobato confronta quatro acusações sobre alegações de ter fornecido armas à um esquadrão de morte civil para eliminar os oponentes do Dr Alkatiri.
O líder do grupo, Coronel Railos, alegou que Lobato estivera a agir sob ordens do Primeiro Ministro e que ele e o seus homens tinham-se encontrado com o Dr. Alkatiri a 7 de Maio, altura em que foi discutido essa questão.
A ABC confirmou já que o testemunho de Lobato em tribunal confirma a história de Coronel Railos.
Ele disse aos investigadores que o Dr Alkatiri tinha total conhecimento do plano, algo que o Primeiro Ministro tem consistentemente vindo a negar.
Esta noite o Dr Alkatiri resiste a pedidos de sua resignação apesar de uma ameaça do Presidente Xanana Gusmão de que iria demitir-se caso o Primeiro Ministro se recuse a o fazer.
O Ministro de Negócios Estrangeiros, Alexander Downer, disse não ser claro o alcance dos poderes políticos do Presidente Gusmão na constituição de Timor-Leste.
"Nesta Constituição, nenhum tem o poder especial ou esmagador," retorquiu.
"Portanto é uma Constituição de Balanço do Poder, o que faz com que uma situação destas, toda a questão, seja difícil de resolver legal e constitucionalmente."
Ele diz que a Australia não tem algum controle sobre a possibilidade de o Dr Alkatiri se resignar ou não durante as investigações sobre as alegações contra a sua pessoa.
"Quais ligações existem entre o que ele alegadamente fez e o Primeiro Ministro e quão verdadeiras são algumas dessas alegações feitas contra o Primeiro Ministro, são questões que os Timorenses irão ter que investigar,” disse.
http://www.abc.net.au/news/newsitems/200606/s1670626.htm
Lobato implica Alkatiri nas alegações do “esquadrão da morte”
By Anne Barker in Dili and Reuters
O antigo ministro do interir de Timor, Rogerio Lobato, implicou diretamente o Primeiro Ministro Mari Alkatiri nas alegações de que eles tinha recrutado um grupo de milicias civis.
Lobato confronta quatro acusações sobre alegações de ter fornecido armas à um esquadrão de morte civil para eliminar os oponentes do Dr Alkatiri.
O líder do grupo, Coronel Railos, alegou que Lobato estivera a agir sob ordens do Primeiro Ministro e que ele e o seus homens tinham-se encontrado com o Dr. Alkatiri a 7 de Maio, altura em que foi discutido essa questão.
A ABC confirmou já que o testemunho de Lobato em tribunal confirma a história de Coronel Railos.
Ele disse aos investigadores que o Dr Alkatiri tinha total conhecimento do plano, algo que o Primeiro Ministro tem consistentemente vindo a negar.
Esta noite o Dr Alkatiri resiste a pedidos de sua resignação apesar de uma ameaça do Presidente Xanana Gusmão de que iria demitir-se caso o Primeiro Ministro se recuse a o fazer.
O Ministro de Negócios Estrangeiros, Alexander Downer, disse não ser claro o alcance dos poderes políticos do Presidente Gusmão na constituição de Timor-Leste.
"Nesta Constituição, nenhum tem o poder especial ou esmagador," retorquiu.
"Portanto é uma Constituição de Balanço do Poder, o que faz com que uma situação destas, toda a questão, seja difícil de resolver legal e constitucionalmente."
Ele diz que a Australia não tem algum controle sobre a possibilidade de o Dr Alkatiri se resignar ou não durante as investigações sobre as alegações contra a sua pessoa.
"Quais ligações existem entre o que ele alegadamente fez e o Primeiro Ministro e quão verdadeiras são algumas dessas alegações feitas contra o Primeiro Ministro, são questões que os Timorenses irão ter que investigar,” disse.
http://www.abc.net.au/news/newsitems/200606/s1670626.htm
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