quinta-feira, junho 22, 2006

Governo diz que Portugal vai manter empenhamento na missão da GNR

Lisboa, 22 Jun (Lusa) - O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, afirmou hoje que o Governo português acompanha com "preocupação" a crise política em Timor-Leste, mas assegurou que Portugal mantém o seu empenhamento na missão da GNR.

"A crise política em Timor-Leste é naturalmente uma questão interna deste país e não seria curial um Governo estrangeiro pronunciar-se sobre essa crise", afirmou Pedro Silva Pereira no final da reunião do Conselho de Ministros.

Xanana Gusmão anunciou hoje a intenção de se demitir do cargo de Presidente da República sexta-feira, se Mari Alkatiri não assumir as suas responsabilidades pela actual crise em Timor-Leste.

"Peço responsabilidades ao vosso camarada Mari Alkatiri pela crise que estamos a viver, relativamente à sobrevivência do Estado de direito democrático, ou amanhã [sexta-feira] eu vou mandar uma carta ao Parlamento Nacional, para informar que me demito de Presidente da República", disse Xanana Gusmão numa mensagem ao país.

Segundo o ministro da Presidência, o Governo português está a "acompanhar com preocupação a crise política" entre o chefe de Estado timorense, Xanana Gusmão, e o seu primeiro-ministro, Mari Alkatiri, mas "seria uma irresponsabilidade fazer qualquer comentário" sobre essa matéria.

"O Governo português permanece empenhado na missão da GNR em Timor-Leste, no sentido de colaborar na manutenção da ordem pública no país", afirmou.

Interrogado sobre o facto de o contingente da GNR estar na dependência institucional dos órgãos de soberania timorenses, Pedro Silva Pereira respondeu que "os órgãos legítimos de Timor-Leste permanecem em funções" e que o ponto da situação ao nível da ordem pública "é de normalidade".

Para Pedro Silva Pereira, a actual crise política em Timor- Leste "é uma questão que compete aos timorenses resolver dentro do seu quadro institucional".

O ministro da Presidência recusou depois que Portugal tenha exercido pressões para evitar as demissões do Presidente da República, Xanana Gusmão, ou do primeiro-ministro, Mari Alkatiri.

"O Governo português não interfere nas questões políticas de um país soberano, mas está a acompanhar a situação a partir de Lisboa e no terreno [em Díli]", acrescentou.

Pedro Silva Pereira insistiu que, até ao momento, os órgãos de soberania timorenses permanecem em funções, tendo apenas havido "anúncios e notícias de demissões".

"Não vou especular sobre o que poderá acontecer nas próximas horas ou dias [em Timor-Leste]. Seria uma irresponsabilidade especular sobre cenários", declarou o ministro da Presidência.

PMF.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tantos maus contra um imaculado! A coisa mais ridicula que ja vi na minha vida.
Timor e o Alkatiri e o resto e paisagem.
Alkatiri andou 24 anos a lutar no mato para conquistar a independencia. Chora e sofre pelo povo que jurou defender e soube defender ate a morte. Viu muitos dos seus companheiros tombar ao seu lado e as inumeras dificuldades que atravessou no seio do solo sagrado de timor aprendeu a ser democratico e amante da paz. Isto tudo mereceu-lhe a confianca do seu povo que jamais o abondonara. Foi preso pelo barbaro invasor e ainda na prisao nunca traiu a sua patria. Soube sempre ser fiel ao pedido que o seu povo outora lhe tinha feito em solo patrio. Continua a luta Alkatiri porque es a chama do povo massacrado.
viva mari alkatiri.
Comandante em chefe da Fretilin

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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