terça-feira, junho 06, 2006

Dos leitores

Australianos empenhados em derrubar Governo

A Austrália teve pressa em provocar uma situação de instabilidade grave em Timor-Leste de forma a fazer entrar os seus militares. Esta é uma estratégia concertada e não é de agora. Há muita gente envolvida nisto tudo.

Há pessoas que já estiveram no governo de Alkatiri e foram obrigadas a sair por ligação perigosas e manobras de herança indonésia. Esses são os tais que dentro da FRETILIN tentaram em congresso derrubar a actual estrutura (Luolo e Alkatiri). Mas depois há mais, há os de fora de outros partidos de multiplos interesses económicos e que sempre estíveram no patrocínio de imensas acções anti governo.

Pouco interessa para já falar do actual ministro da Defesa, basta passar os olhos pela imprensa internacional e percebe-se claramente qual o seu objectivo. A pergunta que fica, para José Ramos Horta, é apenas uma: se o repugna tanto assim o governo de que faz parte, então qual a razão para não se ter demitido já?
O senhor Ramos Horta, que diz ter principios só parece ter fins e não interessa o meio e a forma de os atingir.

E onde está o senhor ministro do Interior? concorda com a manifestação? autorizou-a, é que apenas ele a pode autorizar. Ou terá sido desautorizado pelo ministro da Defesa? receberá ordens do ministro de Estado? É que até agora ainda não esclareceu o povo da legitimidade desta concentração que se prepara para entrar em Díli.

Já agora, há informações em Díli de que há quem ande a pagar a grupos que participam nas queimadas para promoverem mais pilhagens e que incendeiem mais casas. Há por aí também algumas informações que os GNR é melhor terem cuidado com o "fogo cruzado" australiano.

Ontem, os militares australianos, ela primeira vez desde que entraram a 25 de Maio, dispararam, supostamente, para conterem uns jovens que se apedrejavam entre si. Mau grado não fosse já lá estar a GNR... por que terão sido desta vez os aussies tão levesno gatilho?

2 comentários:

Anónimo disse...

Já agora, outra pergunta:

Depois da tão divulgada e propagada assumpção de poderes de segurança e defesa pelo PR (atingindo o ridículo de incluir comentários jornalísticos de que assumiria as 'pastas' da defesa e segurança), quais são as medidas tomadas pelo PR relativamente a esta manifestação?

Recordo as palavras da Declaração Presidencial do passado dia 30 de Maio:
"Todos devem colaborar prontamente com a aplicação das medidas de segurança em curso, designadamente:
a) Agrupamentos de pessoas que por seu número e natureza possam representar ameaça à ordem pública;"

Passou apenas uma semana, será que se esqueceu já do que leu solenemente perante o Povo de Timor-Leste e a comunicação social nacional e internacional?

Está a manobrar nos bastidores para garantir a ordem pública? Porque não o faz publicamente para que a população saiba ...

Não foi divulgado qualquer apelo do PR para evitar a criação de situações de potencial acréscimo de instabilidade ou de perturbação da ordem pública ...

Porquê tanta ânsia de criticar tudo e todos aos microfones e perante as câmaras dos media e tanta passividade perante pessoas apostadas em destruir o que tem sido construido e conquistado com tanto trabalho e sacrifício?

IC

Anónimo disse...

Os manifestantes gritam vivas ao Xanana e Ramos Horta talvez por isso a medida de segurança,
"a) Agrupamentos de pessoas que por seu número e natureza possam representar ameaça à ordem pública;",
não se aplique a esta manifestação!
A demissão de autoridade é o inicio do fim de um Estado!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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