Xanana Gusmão fala a manifestantes para pedir... (ACTUALIZADA)
Díli, 06 Jun (Lusa) - O presidente timorense, Xanana Gusmão, apelou hoj e em Díli para que termine a violência no país, ao dirigir-se a milhares de mani festantes que exigiam a demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri.
"A violência tem que parar", disse Xanana Gusmão, em tétum, numa interv enção em frente ao Palácio das Cinzas, onde se concentraram cerca de dois mil ma nifestantes.
Antes, Xanana Gusmão recebera o major Alves Tara, um dos militares rebe ldes envolvidos na organização da manifestação anti-governamental, que lhe entre gou uma petição cujo ponto principal é a exigência da demissão do governo de Mar i Alkatiri e a antecipação das eleições legislativas.
Na sua intervenção, Xanana Gusmão salientou que "o povo não merece a si tuação que está a viver".
"Não é aceitável que o povo tenha os seus bens e as suas casas destruíd os", afirmou.
"A prioridade máxima agora é acabar com a violência", insistiu, reafirm ando apelos anteriores para a unidade nacional.
Durante a sua intervenção, o presidente timorense foi interrompido pelo s manifestantes, que gritaram os slogans "viva Xanana" e "abaixo Alkatiri".
Xanana Gusmão também agradeceu aos manifestantes a forma pacífica como se deslocaram até Díli, provenientes dos distritos de Ermera e Bobonaro, a sudoe ste da capital.
Já depois de Xanana Gusmão ter voltado a entrar no Palácio das Cinzas, o major Tara dirigiu-se aos manifestantes para afirmar que o seu objectivo de se fazerem ouvir tinha sido atingido.
"Conseguimos o nosso objectivo que era fazer a manifestação", disse.
"A nossa juventude deve ter consciência política e parar com a violênci a em Timor-Leste", afirmou ainda.
O major Tara apelou igualmente para que todos os timorenses se organize m, "de Oecussi a Tutuala (extremos ocidental e oriental do país", para voltarem a Díli e "pedir a demissão do primeiro-ministro".
"Não somos nós que fazemos a violência, mas sim os do grupo de Alkatiri ", acusou.
"Agora, os militares têm a farda suja e só quando houver justiça voltar ei a usar farda", referiu, aludindo à acusação feita pelos rebeldes de que eleme ntos das forças armadas estiveram envolvidos na morte de civis durante as manife stações de final de Abril.
O major Tara secundou as palavras do Presidente da República e apelou a os manifestantes para que regressem a casa "de forma disciplinada" e sem se envo lverem em incidentes.
O militar rebelde terminou a sua intervenção gritando por três vezes "a baixo Mari Alkatiri", no que foi seguido pelos mais de dois mil manifestantes co ncentrados em frente ao palácio presidencial.
Antes das intervenções, Xanana Gusmão recebeu o major Tara, que lhe ent regou uma petição a exigir a dissolução do Parlamento Nacional, com a consequent e demissão do governo, e a formação de um executivo de transição para preparar e leições legislativas num prazo de seis meses.
As próximas eleições legislativas em Timor-Leste estão previstas para o primeiro semestre de 2007.
O chefe da missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNOTIL), o japonês Sukehiro Hasegawa, encontrava-se com Xanana Gusmão quando o presidente timorense recebeu o porta-voz dos manifestantes.
Hasegawa também apareceu ao lado de Xanana Gusmão, quando este falou ao s manifestantes, que começaram a abandonar o local após as intervenções.
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terça-feira, junho 06, 2006
Antes tarde que nunca
Por Malai Azul 2 à(s) 18:44
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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